Easy escrita por Jessica J Hana


Capítulo 2
Palavras que não se deve pronunciar


Notas iniciais do capítulo

Olá Sasusakus ♥

Demorei, mas cheguei. :)


Capítulo triste, mas necessário.



Boa leitura. ♥



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Sakura

Acordei com um peso sobre mim e ao abrir as minhas pupilas dei de cara com a minha princesa me fitando com sua íris negra.

— Mas tão cedo princesinha.

— Papai chegou. – ela me respondeu feliz se deitando em mim novamente e me dando um beijo molhado na bochecha.

Abri um largo sorriso a ela que me retribuiu sorridente da mesma forma.

— Sim, chegou… – respondi fechando os meus olhos novamente, mas ela insistia em me acordar me dando beijos pela face. — Tudo bem meu amor, vamos levantar.

— Eba!

Me levantei e me direcionei até o banheiro, sendo seguida pela minha baixinha que me fitava com aqueles olhos negros que eu tanto amava. Tomei um banho e quando menos esperei ela estava debaixo d'água morna junto a mim. Pior, vestida.

— Ah, Sarada! – ralhei com ela, mas tudo o que ela fez foi rir da minha cara.

— Banho com a mamãe. – cedi e me abaixei retirando as peças de roupas que estavam coladas no seu corpo.

— Já que é assim, então tome banho direito.

— Mamãe? Hoje vamos comprar os enfeites de Natal, não é? – sorri para ela.

— Claro que sim.

— E o papai vai com a gente? – em seus olhos eu podia ver o quão dividida ela estava, já triste com a possibilidade do Sasuke não querer ir.

— Sim, meu amor. – na verdade eu não tinha tanta certeza se ele iria, ou não.

Terminamos e me enrolei em uma toalha, logo em seguida enrolei ela em uma também. A peguei no colo e a levei até o seu quarto para trocá-la. Sentei minha pequena em sua cama, enquanto eu ia até o guarda-roupa buscar um vestido e uma calcinha.

Assim que ela estava vestida penteei suas longas madeixas preta.

Senti que estava sendo observada e levantei a minha cabeça o encontrando no batente da porta me encarando.

— Papai! – ela saiu correndo e nem ao menos me deixou terminar de arrumá-la.

Como ela já estava com ele decidi ir me trocar.

◊◊◊

Após o café da manhã Sasuke se levantou rapidamente da mesa e se dirigiu até o nosso quarto. Eu, é claro, segui ele.

— Sasuke, porque saiu daquela forma da mesa? – questionei e assim que o vi colocar uma mala em cima da cama fiquei incrédula. — O que está fazendo? Vai abandonar a sua família? – me assustei com a sua atitude.

— Tenho uma viagem a negócios. Volto dentro de uma semana. – disse apenas, não me olhava em nenhum momento. Sua atenção estava voltada para as peças de roupas que ele guardava na bagagem.

— Viagem? E como eu não fiquei sabendo disso antes? – ralhei com ele, abismada por eu ser a sua esposa e ficar sabendo disso apenas na última hora.

— Não é da sua conta. São assuntos meus. – ele parou de guardar suas roupas e me olhou furioso.

— Como não é da minha conta? Sou sua esposa, é claro que é da minha conta. Esperava o quê? Que eu ficasse sabendo apenas quando já estivesse chegado ao seu destino, no qual, não faço nem ideia de onde seja? – destratada, era como eu me sentia.

— Não viaja Sakura. Meu trabalho não te diz respeito e não tenho obrigação nenhuma de te manter informada de todos os meus passos. Você está sendo irritante! – ele falou se aproximando mais de mim.

— Mas e quanto as crianças? Hoje nós iríamos comprar os enfeites para o Natal que está chegando, e eles estavam ansiosos por fazer isso com você.

— Não tenho tempo para idiotices como essas. – disse simplesmente, voltando a colocar suas roupas na mala.

— Inacreditável Sasuke, como a cada dia eu me surpreendo mais com suas atitudes. Cuidado, pode ser que um dia você volte da sua viagem e não encontre nem a mim e nem as crianças em casa. – o ameacei apenas para testá-lo, porém, me surpreendi com a sua resposta.

— Eu não me importo, faça o que quiser. Estaria me fazendo um favor. – meus olhos marejaram na mesma hora.

— Espero que não se arrependa de ter me dito isso, Sasuke. – não contive as lágrimas que percorreram a minha face.

Ele permaneceu em silêncio e se virou novamente me fitando. Seu olhar era indescritível, eu não sabia dizer o que ele estava pensando naquele momento, contudo, suas palavras disseram muito bem o que ele pensa de mim, de nós, dos nossos filhos e de tudo o que vivemos.

— Tenha uma boa viagem, Sasuke. – foi tudo o que eu disse antes de me retirar do nosso quarto. Mas, antes pude ver seus olhos arregalados, pareciam estar com medo? Não, devo estar maluca. Sasuke disse o que disse porque quis, e agora sofreria as consequências por tê-las dito.

◊◊◊

Eu estava na sala brincando com as crianças de montar um quebra-cabeças de mil peças, meus filhos eram muito inteligentes, eu mais assistia a eles do que ajudava.

Logo ouvimos o barulho de uma mala de rodinhas sendo arrastada escada abaixo. Meus filhos ao verem ele descendo com sua tralha se desesperaram e correram até ele.

— Papai, onde o senhor vai? – Sato o questionou tristemente.

— Vou fazer uma viagem a trabalho, volto em uma semana. – ele deu um beijo na cabeça de Sarada e sacudiu os cabelos de Sato.

— Papai? Não vai ir com a gente comprar enfeites de Natal? – minha princesinha perguntava inocentemente. Meus olhos me traíam novamente marejando. Droga!

— Não poderei ir, mas a mãe de vocês irá, portanto, se comportem. – Sarada começou a chorar e saiu correndo para o seu quarto. Meu filho como é mais maduro apenas abaixou a cabeça e seguiu para seu quarto também em silêncio.

— São crianças, logo esquecem. – ele disse parado na minha frente. Cruzei os meus braços e o fitei com um misto de raiva, tristeza e amargura.

— Sim, são crianças, amanhã nem se lembrarão do que você disse, contudo, eu não Sasuke. Não me esqueci o que me disse e tão cedo perdoarei as suas palavras.

Dei as costas para ele e segui para o meu quarto me deitando de bruços sobre o colchão desabando em lágrimas, por sua ausência, suas rudes palavras e sua frieza.

 

 

 

Sasuke

Todos me deixaram sozinho na sala e seguiram para o quarto, provavelmente estão chorando, mas o que eu poderia dizer. Já fiz a grande merda de falar o que não devia a Sakura.

Naquele momento fiquei estático por ali, parado, com medo. Não queria sair sem ter a certeza se eu os encontraria quando eu voltasse.

Oras! Sasuke Uchiha com medo?

Ainda por cima da irritante o abandonar?

Não, não ficarei pensando nisso. Tenho um dever a cumprir e não posso ficar me lamentando sobre o que pode acontecer no futuro.

Farei essa viagem que durará cerca de uma semana, onde fecharei um contrato que valerá milhões para o próximo ano. Como estamos no mês de dezembro eu teria que agilizar e conseguir o quanto antes esse contrato, por isso, estou nesse avião seguindo para Seattle.

◊◊◊

Consegui voltar uma semana antes do previsto, então acho que meus filhos ficarão felizes com a surpresa que estou trazendo para eles e para a irritante também, é claro.

Peguei um táxi e em cerca de quarenta minutos eu já me encontrava em frente à minha casa, na qual estranhei, pois já estava anoitecendo e todas as luzes estavam apagadas. Paguei ao taxista e segui até a porta de entrada do meu lar, onde por mais que eu sentisse medo de me entregar totalmente, era o lugar onde eu era recebido de braços abertos todas as vezes em que eu chegava.

Sato sempre estava sentado na mesa com seus livros e cadernos fazendo o dever de casa, enquanto Sarada espalhava suas bonecas pelo tapete da sala. Eu reclamava todas as vezes pela bagunça, mas, no fundo, era o meu lar, meus filhos, minha paixão. Eu os amava e não poderia negar.

Mas, havia ela. A rosada que despertava ao meu lado todos os dias. Quando eu acordava ela estava deitada de lado de frente para mim e eu admirava sua estonteante beleza. Sou um homem de sorte por tê-la ao meu lado, que me ama apesar de todos os meus defeitos. Contudo, não havia melhor visão para se ver do que seus olhos se abrindo numa manhã radiante, com suas pupilas brilhando como duas pedras de esmeraldas de tão verdes que são os seus olhos.

A mulher mais incrível que eu já conheci na minha vida. Acorda cedo e arruma os nossos filhos para levar ao colégio. Logo segue para o trabalho, onde trabalha em uma editora. Quando chega do serviço vai buscar as crianças na escola e segue para a cozinha para preparar o jantar.

E é essa visão que eu tenho gravado em minha mente todos os dias. Chego e a encontro secando as mãos em um pano de prato e vem correndo em minha direção, me dando um aconchegante abraço seguido de um breve selinho me dizendo: Seja bem-vindo, Sasuke-kun.

Todavia, essa noite o que eu mais temia aconteceu. Naquele momento eu não sabia como reagir, ou o que fazer, pois, Sakura havia ido embora. O silêncio na casa era torturante, principalmente para mim, onde o meu pior pesadelo estava se tornando realidade. Estou sozinho, de novo.

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

:'(

É de tirar lágrimas dos olhos quando o Sasukezito age dessa forma, mas eu o amo tanto mesmo assim...


Postarei o próximo no fim de semana. ^^



Até a próxima... Kisses da Julie'H ♥



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