Nossa Química - Segunda temporada. escrita por Liiah


Capítulo 20
May


Notas iniciais do capítulo

Ooie >< Sdds da May e do Alex? Então bora pro cap...
Perdão pelos erros e falo cm vcs nas notas finais!



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Senti alguém me cutucar forte e me sentei assustada. Vi a enfermeira me olhar com aquela cara de “De novo?” pra mim e eu dei um sorriso forçado.

– Não posso te encobertar todas as vezes, vou acabar sendo demitida – Ela falou com um ar sério que me deixou até constrangida – Já faz duas semanas que eu entro nessa sala e te vejo dormindo no chão ao lado dele – Ela apontou com a cabeça em direção a Alex.

– Desculpa, prometo que não vai se repetir.

– Você já disse isso em todas as vezes em que eu te encontrava aqui – Ela suspirou e se sentou ao meu lado no chão – Sei que é difícil, mas você tem que parar com isso. Já peri parentes queridos e sei como é essa sensação de querer estar ao lado o tempo todo. Só que já faz duas semanas em que você está assim e não dá mais pra te encobertar. E olha que ele nem morreu ainda?

Arregalei os olhos.

– Então ele vai morrer?

–NÃO! - Ela falou alto e rápido como se soubesse que eu “piraria” ali do nada – Eu sou péssima pra conselhos, eu não sei nada sobre o estado dela, confie em mim.

Na verdade eu já estava perdendo as esperanças. O médico disse que quanto mais a demora, mais são as expectativas dele viver. Ele não demonstrou nenhuma emoção ou reação.

Levantei do chão junto com a empregada e me despedi de Alex. Saímos para fora e eu vi Julie com certeza vindo me buscar para me levar ao internato.

Ela me olhou com aquela cara de “De novo fugindo de casa para vir pro hospital”.

Sentei em um dos bancos de espera e Julie sentou ao meu lado.

– Como ele está?

Sempre eu aguentava o choro. Até alguém me perguntar como ele está.

Já faz duas semanas que eu venho aqui dia e noite e nada acontece – Uma lágrima escorregou por minha bochecha.

Julie me abraçou.

– Tudo vai ficar bem, acredite. Agora eu acho que você já sabe por quê eu vim até aqui.

– Tenho mesmo que ir? E se Alex acordar do nada? Eu preciso estar aqui do lado dele.

– Os médicos sabem como ninguém que você está esperado por isso e tenho certeza que eles vão te ligar se ele acordar.

Assenti cabisbaixa. Senti meus olhos se encherem novamente ao me lembrar de algo.

– Estou com medo – Sussurrei com a voz embargada – Minha viagem para voltar para o Brasil já está marcada. E se Alex não acordar até lá? Eu não quero ir sem ele.

Julie suspirou lentamente.

– Quer saber eu acho que você merece um dia de folga, sem escola. Eu invento alguma coisa para o diretor e me resolvo com seu pai.

– Serio? - Esbocei um sorriso e ela sorriu em resposta.

Me despedi dela e agradeci pelo oque ela estava fazendo por mim. Assim que ela foi embora achei que seria melhor se eu não fosse para o quarto de Alex novamente pois a enfermeira teria problema e ela me ajudou muito nesses últimos dias.

Fui para fora do hospital e caminhei pelas ruas pensando um pouco na vida. Nem me preocupei em tomar café da manhã.

Passei por diversos lugares até que uma placa em um edificio me chamou a atenção.

“Consultório Psicologico

Dr. Diana Beker.”

Lembrei-me do dia em que Pâmela se despediu de mim. Suas palavras ecoavam em minha mente.

“Vai a uma psicóloga. Você vai entender o por que de eu falar tanto. Porque que eu quero te dar tantos conselhos. Ela vai te ajudar com o que está sentindo”

Sem hesitar subi as escadas do pequeno edifício. Assim que entrei fui até o balcão falar com a recepcionista.

– Oi – Falei tentando chamar a atenção dela que anotava algumas coisas em um bloco de notas.

Ela olhou pra mim calmamente. Suspirou e disse:

– Tem consulta marcada?

– Não, mas quero falar com a psicóloga.

– Ela não está atendendo no momento – Falou voltando a se concentrar no papel – E você precisa marcar consulta pra falar com a psicóloga.

Suspirei estressada e aproveitei que a recepcionista não estava olhando e revirei os olhos.

Quando estava prestes a sair, ouvi uma voz feminina dizendo:

– Não tem problema, deixe ela entrar.

Virei e vi uma mulher que tinha uma aparência um pouco jovem e bonita. Cabelos castanhos compridos, da pele branca e olhos azuis.

Ela sorriu pra mim e aquilo me fez arrepiar. Ela me lembra…

– Entre – Ela disse se virando de costas e colocando a mão na maçaneta da porta a fazendo abrir.

Entrei devagar e analisei a sala. Tinha um espaço amplo e bem reservado. Havia duas poltronas confortáveis, uma mesa de vidro no centro com duas cadeiras e um balcão no canto. Um lugar limpo e bonito.

Me acomodei na poltrona e esperei que a psicóloga sentasse. Ela me analisou por tanto tempo que fiquei incomodada. Só que algo dentro de mim me dizia que tinha algo nela que me fazia lembrar alguém. O sorriso e o jeito de olhar.

– Então o que acha de nos apresentarmos? - Falou sorrindo quebrando o silêncio – Meu nome é Diana.

– Mayane.

Percebi ela s remexer desconfortável na cadeira como se estivesse incomodada por eu ter acabado de falar o meu nome.

Ela pegou um prato com biscoitos com gotas de chocolate e uma jarra de suco e me ofereceu. Aceitei por minha barriga roncar, já que não tomei café.

– E qual o seu problema?

Não era exatamente os meus problemas. Era o porquê. Por quê muitos confiam em psicólogos? Pessoas que a gente conhece pela primeira vez e já sai contando tudo? Era pra isso que eu estava aqui. Para saber se eu podia confiar nela.

– E por que eu deveria contar os meus problemas pra você? - Perguntei tentando não parecer grossa – Por que as pessoas confiam e revelam os seus segredos para psicólogos? Pessoas que mal conhecem?

Ela pareceu não se abalar com a pergunta. Ela suspirou devagar e sorriu.

– E por que você veio até aqui? Com certeza por que tem algum problema. Não veria até aqui para me fazer essa pergunta.

Fiquei calada.

– Acho que nem preciso adivinhar – Falou sorrindo calmamente – Você está com problemas com o menino que gosta.

– Como sabe? - Perguntei assustada.

– Pronto! - Falou mordendo um pedaço de seu biscoito – Respondi a sua pergunta. Você queria saber por que as pessoas confiam tanto nos psicólogos. Eles confiam por quê os piscologos conhecem cada um. Os piscologos estudam cada pessoas. Sabe como ela se sente e estar no lugar nela mesmo que as coisas não sejam com eles mesmos. Por que esse é o conceito de que um psicólogo precisa saber. O conceito principal é se colocar no lugar da pessoa e resolver o seu problema por ela mesma.

Ok, agora ela me deixou de queixo caído. A pergunta que eu fiz foi totalmente estúpida. Preciso parar com a mania de interrogar o trabalho das pessoas.

– Agora você acha que sou capaz de saber os seus segredos? O que está havendo com o seu namorado?

– Ex-namorado – Falei cabisbaixa.

– Quem terminou? Ele ou você?

– Eu – Respondi agora levantando a cabeça e a encarando – Descobri que ele beijou a menina que eu odeio.

– E é isso que está te incomodando?

– Não exatamente. O problema é que primeiro ele beija a menina que eu mais detesto e a duas semanas atrás nós brigamos e eu quase fui atropelada só que ele entrou na frente para me salvar. Ele foi atropelado no meu lugar e esta em coma.

– Entendi – Falou balançando a cabeça devagar – Você está em duvida se ele gosta de verdade de você. Por que primeiro ele beija outra menina e agora ele arrisca a vida.

Assenti.

– Você tem namorado?

– Sim – Falei fazendo uma careta.

Ela se levantou e pegou o prato e a jarra vazia e colocou sobre o balcão. Deu uma volta pela poltrona e sentou novamente.

– Já entendi tudo. Já sei qual é o problema. Você tem um namorado mas não gosta dele. Só está com ele por que acha que ele pode te fazer seguir em frente por não superar que perdeu o ex-namorado e mostrar que é capaz de amar de novo.

Fiquei boquiaberta como se ela tivesse esfregado tudo o que estava realmente acontecendo na mira cara. Quando eu ia começar a falar ela me interrompeu.

– Você ainda ama seu ex-namorado mas tem dúvida se ele ama você. Sabemos que ele traiu você e também te salvou. Mas já parou pra pensar em qual risco ele correu mais?

Olhei pra ela sem entender sua pergunta.

– Vou explicar – Falou calmamente – Ele beijou sua inimiga. Por isso você acha que ele não te ama. Ele teve como risco te perder como namorada. Depois ele sabia que você morreria se não entrasse na sua frente na hora em que o carro te atingisse. Ele te perderia para sempre. Agora eu quero que você me responda: Qual foi o maior risco que ele enfrentou?

– Me perder para sempre – Falei começando a entender completamente – Ele superou me perder como namorada, mas para não suportar me perder para sempre ele arriscou a própria vida.

– Isso mesmo – Falou sorrindo – Até que você pegou o jeito rápido.

Assenti pensando no assunto. Ela tinha toda razão. Alex me ama.

– Só não sei se eu continuo o amar – Falei pensando alto.

Ela me encarou e ergue uma sobrancelha. Mais uma vez ela me lembrou alguém.

– Podemos descobrir – Falou fazendo eu perder o meu foco de achar com quem ela se parecia – Nós temos dois meninos: o ex e o atual. Qual o nome dele?

– Alexander – Falei com um sorriso imenso – Mas todos o chamamos de Alex.

Ela sorriu.

– Alexander é o ex ou o atual?

– O ex.

– Então você ainda ama o seu ex.

Olhei pra ela sem entender. Como ela concluiu isso?

– Você caiu em uma pegadinha. Eu havia falado sobre os dois meninos. Só que quando eu fiz a pergunta eu pedi o nome dele em vez deles. E se você amasse o seu namorado atual, você teria dito o nome dele primeiro. Por que quando duas pessoas se gostam é como se o nome fosse a base. Mas você disse o nome do seu ex, o que significa que você não consegue esquecê-lo. E ainda por cima falou muito alegre o nome dele.

Dei uma risada curta pela pegadinha que ela havia me dado.

– Estou com medo – Falei – De perdê-lo. Ele está em coma a duas semanas e eu não sei o que fazer. Eu me sinto totalmente culpada.

– Não pode se sentir culpada. Algumas coisas acontecem como destino. Se ele sofreu esse acidente era por que estava destinado a acontecer. Desde que ele nasceu, esse foi o destino preparado para ele. E quando alguém morre é por que sua missão na terra já está feita. Ninguém sabe qual é sua missão mas ela existe. Ás vezes a missão dele era trazer momentos bons para você e foi isso o que ele fez. Mas nunca se sinta culpada, Ok?

Assenti. Meus olhos estavam se enchendo de lágrimas, mas as guardei para depois. Não queria chorar ali na frente dela.

– A psicologia diz que quando uma situação interna não se torna consciente, acontece externamente como destino. Forma uma barreira inconsciente, anulando nossas melhores intenções. E talvez não fosse sua intenção machucá-lo e nem magoá-lo.

Respirei fundo sabendo que ela tinha razão.

– Preciso ir – Falei me levantando – Obrigado por me ajudar.

Ela se levantou também e sorriu. Quando está me virando para ir embora ela segurou o meu braço me fazendo me virar.

– May, quando estiver triste cante. Pois isso é o que te ajuda e acalma e pode ter certeza que é a coisa mais linda que faz.

Arregalei os olhos.

– Como sabe que eu canto?

Ela sorriu calmamente. Um sorriso contagiante e bonito.

– Por que eu sinto. Eu sempre estou lá. E eu sempre soube de tudo sem ao menos adivinhar que as coisas se encaixariam assim.

Arrepiei-me completamente. Sorri sem graça e fui embora.


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Notas finais do capítulo

Uooou que final meio curioso né? Kk psé era isso que eu pretendia fazer...
Gente apareceu duas ppersonagens diferentes: A psicologa Diana e a Haven( aquela menina loira que ajudaou a May a pegar a lista de quartos para saber qual que era a do Alex) Então.... eu inventei elas agora por isso que elas nn aparecem no trailer, mas só pra vcs terem um ideia de como elas são aqui está:
Link de como é a Ps. Diana: http://www.mulherbeleza.com.br/wp-content/uploads/2009/11/mulher-de-40.jpg

Link de como é a Haven: http://www.hdwallpapersinn.com/wp-content/uploads/2014/09/Awesome-Elle-Fanning-Image-06.jpg

Até o prox cap



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