Por trás do sorriso escrita por Cria de Ares


Capítulo 5
Eu quase matei a saudade, e o filho de Hades


Notas iniciais do capítulo

Sumi? Ops. foi mal galera, é que Natal, e eu tava sem nenhuma inspiraçao.

Bom, espero que gostem do capitulo. sei la, comente ali em baixo, sejam felizes. e Um otimo Natal (atrasado) e um perfeito ano novo.

beijos
Cria de Ares



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Ok, sustos de mais para um só dia, agora isso é demais. Eu não posso acreditar, não é possível, já não me controlo mais, devo estar em chamas por que o ambiente ficou um pouco mais quente naquele palácio sombrio e gelado. Tá, vamos voltar ao meu surto.

Pegaram todos os meus sentimentos, colocaram em um liquidificador e bateram com leite, estou esperando quando que Hades vai me trazer meu drink de sentimentos. Melhor não duvidar vai que... Não acredito nos meus olhos, aquele fantasma, eu não... Meus olhos agora marejam.

– Leo? É você mesmo? – O fantasma fala se aproximando, cada passo, mais eu percebo como estava quase esquecendo de seu rosto, como eu tinha saudade de sua voz. Ela não envelheceu nem um pouco.

– Ma... Ma... Mãe? – gaguejo algo – É você mes... mesmo?

– Leo! Olha para você! Meu filho você esta enorme e... – minha mae para por um segundo e me analisa – pegando fogo.

– Mae! Desculpa, não foi culpa minha, eu tentei controlar o incêndio – eu apago as chamas e deixo as lagrimas rolarem soltas – MAE! Eu sinto tanto a sua falta!

Com toda a felicidade do mundo, Cara é a minha mae! Ela ta na minha frente, eu corro para abraça-la, mas eu passo reto por ela, não há contato, claro que não, ela é um fantasma. Um sentimento indescritível toma conta de mim e arremessa longe a felicidade que estava em meu peito, é como se toda a tristeza que eu já senti se juntasse de uma vez. Não pude tocar em minha mãe!

– MÃE! Desculpa! – eu estou ajoelhado no chão. – Eu não queria te matar! MAE VOLTA PARA MIM! – eu cubro meu rosto com as mãos e encosto minha testa no chão. Estou soluçando de tanto chorar. POR QUE RAIOS O NICO TINHA QUE FAZER ISSO!?

Só chorei tanto assim, no dia do acidente, e eu tinha 8 anos! Eu odiava falar na minha mae, pensar nela, isso só me lembrava que eu era um garoto sozinho, abandonado. Fazia me odiar por ter nascido com esse maldito poder. Mas a cima de tudo me fazia odiar Tia Callida, Hera para os íntimos, odiava mais do que tudo essa Deusa, ela era a culpada de tudo, e dai que teoricamente ela é minha avó? Ela me fez matar minha mae, minha própria mãe, ela me largou sozinho. Eu sempre fui sozinho, mas Nêmesis, aquela..., me concretizou isso, “Você sempre será o forasteiro, a sétima vela. Não encontrará um lugar entre seus irmãos.” Essas palavras ainda ecoam em minha mente, e me feriam como um facada bem no meio do estomago. Exatamente como esta acontecendo agora, essas palavras são repetidas infinitamente na minha cabeça.

– Leo. – Uma voz doce e calma me faz voltar a realidade, ainda estou soluçando de tanto chorar. – Leo, por favor meu filho.

Eu me sento abraçando os joelhos e cobrindo metade do rosto. Olho para ela, meu choro começa a perder intensidade.

– Mi hijo – Essas palavras me tocam de um jeito que eu fico mais calmo – me escute, não foi culpa sua, meu amor. Eu sei, leo, eu nunca te culpei. Flho, meu maior medo enquanto eu estava la dentro era se você estava bem.

– MAS MAE! – eu ainda choro.

– Leo, olha no que você se tornou. Ah, Sammy estaria tao orgulhoso se ele te visse – ela suspira ao falar de Sammy (não sei se fantasmas respiram, mas ela suspirou.) – Leo, eu sempre recebi notícias suas, meu filho, eu estou tao orgulhosa. Você é um dos 7. Voce é o maior filho de Hefesto, você controla o fogo.

Ela me olha como se eu fosse um rei. Como seu eu fosse o maior de todos. Ela estava orgulhosa de mim. Eu sorrio.

– Viu! Esse é o meu Leo. Filho, além de você ser tudo isso, você é uma coisa, duas aliás, que nunca vão mudar, e que eu não trocaria por nada.

– O que mãe? – eu já parei de chorar.

– Primeiro, você é meu filho, pode não ser grande coisa, mas esse é o meu maior orgulho.

Agora eu abro o meu maior sorriso. Volto a me sentir aquecido. Não por fogo, mas por carinho, faz muito tempo que eu não me sentia assim, acho que a última vez.... eu nem me lembro, já tinha esquecido essa sensação.

– E segundo, mi hijo, você é um palhacinho, esta sempre sorrindo, e trás alegria a todos que estão perto de você.

– Mae! – eu estou sorrindo de novo, ela também. – eu te amo, e desculpa.

– Leo, eu te amo mais do que tudo também, e eu só te peço uma coisa. – Olho para ela com um olhar de “O que?” – Voce nunca mais vai se culpar, por que não foi culpa sua.

Eu ainda não concordo com ela, mas ouvir ela falando assim, quase me convence. Mas, tudo bem, eu nunca vou esquecer disso mesmo. Mas ok, vou continuar orgulhando a minha mãe.

– Ta bem mãe. – Eu sorrio, fecho os olhos e imagino ela me abraçando – ta bem.

– NICOOOOOOOOOO – Uma voz grave e brava soa ao longe, mano que porra é essa.

No instante seguinte o filho de Hades abre a porta com um chute, e com uma cara de apavorado.

– Leo, fudeu, vamo embora.

– Leo, não se esqueça eu te amo muito, meu filho.

– Eu também te amo mãe. – Nesse tempo Nico esta me puxando para a porta enquanto eu olho para minha mae, ou o fantasma dela.

– Filho, só mais uma coisa “ Maos limpas, equipamentos sujos”.

As coisas começam a rodar, tudo ta escuro, as palavras da minha mae ecoam na minha cabeça “Maos limpas, equipamentos sujos”. Caraca isso que ta subindo é o meu jantar? DI ANGELO VOCE NÃO ME AVISOU QUE A GENTE IA DAR UM ROLE NA ESCURIDAO DE NOVO!!! EU MATO ESSE MOLEQUE PALIDO.

E quase que eu chamo o Hugo de novo. Opa, esse é o chalé de Hefesto? Porra, ele ta girando. OU que mao fria no meu rosto, pera são duas. AH, calma, Nico esta segurando o meu rosto com as mãos, ok.

– Valdez, Valdez! Pelos deuses! Volta.

– Han? – as coisas começam a parar de girar. Focalizo os olhos negros e profundos, olhando nos meus com preocupação.

– LEO!

– Nico, você ta perto de mais.

– Graças aos deuses. – e o filho de Hades me abraça.

– Nico, perto de mais.

Mas ele não solta o abraço. E um frio invade o meu corpo, não, não é por que o senhor defunto me abraçou. Mas ver o Nico assim, me lembrou, eu. Quando era um garotinho que viu a mae ser devorada pelas chamas que ele mesmo invocou. E o mesmo sentimento de quando eu quase abracei minha mae. Nico da um passo para tras, enxuga uma lagrima e fala com uma voz meio embriagada, meio desesperada.

– Desculpa Leo, é que.... eu achei que podia ter acabado com a sua força vital. – Mais lagrimas escorrem e ele as enxuga – é, é melhor você ir pro seu chalé, bo-boa noite, leo, desculpa.

– Boa noite Nico – eu estou quase em um estado catatônico, e automaticamente ando em direção ao meu chalé. Quando me lembro tudo o que essa garoto fez por mim hoje, e eu nem agradeci. Olho para tras – Nico, obri..... – O filho de Hades simplesmente voltou para a escuridão.

Eu entro no meu chalé. Com o frio ainda em mim, me cubro com um fino lençol, viro de lado, e deixo esse frio se materializar em lagrimas, exatamente como fiz noite passada, e na outra, e na outra e na outra..... finalmente adormeço.


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