One Shot's Regina Mills escrita por Julia Cristina


Capítulo 2
Para Sempre Ao Seu Lado


Notas iniciais do capítulo

Outlaw Queen

Regina sofre um acidente e os médicos dizem que não há mais nada a fazer. Qual será a decisão de Robin? Desligar os aparelhos que a mantém viva ou continuar lutando pelo seu amor?

Romance, Drama, Universo Alternativo.

Nenhum Aviso.

Boa leitura.



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Andando de um lado para o outro, quase abrindo um buraco no chão, mas isso realmente não importava para Robin naquele momento. Ele queria notícias. Se não fossem notícias, nada mais o chamaria atenção naquele hospital. Até que, para sua felicidade, o doutor apareceu.

–Não podemos fazer mais nada, o melhor é desligar os aparelhos, pois, uma hora ou outra, ela não vai resistir.

Aquilo quebrou o coração de Robin. Não, ele não poderia passar a vida longe da pessoa que o fez feliz durante todo esse tempo. Pensando em tudo o que passou com ela, sentou na cadeira e colocou as mãos em seu rosto. Agora ele não aguentaria mais segurar as lágrimas que segurou por tanto tempo esperando por notícias. Naquele momento, ele permitiu que algumas lágrimas caíssem. Era um homem forte, mas, naquele momento, não tinha como. Ele jamais passaria o resto de sua vida sem sua mulher.

Com suas mãos em seu rosto, com várias lágrimas caindo, ele se viu pensando em todos os momentos em que passou com sua moreninha. Os passeios que faziam juntos, as brigas que eles sempre diziam: “Nunca mais vou falar com você, vou pegar minhas coisas e ir embora” não passava cinco minutos eles já estavam em meio a beijos e declarações. Lembrou-se dos momentos mais íntimos dos dois, de quando sua pequena se acidentava na cozinha cortando os legumes, nas noites em que ela teve pesadelo e ele a puxou para mais perto, nos aniversários que sempre passavam juntos, no dia dos namorados e, principalmente, no dia em que seus olhares se encontraram pela primeira vez. Foi no restaurante dela. Ele havia ido almoçar lá com sua esposa e, quando a viu cumprimentando uma garçonete e dizendo que voltava mais tarde, seu coração bateu de uma forma diferente. Se apaixonou ao ouvir aquela voz doce, seu perfume de maçã. Quando ela se distanciou, ele pediu licença para sua esposa e foi atrás dela. Segurou-a pelo braço e lhe perguntou seu nome.

–Regina.

Ele sorriu. Ela sorriu. Ele soltou seu braço e, com um sorriso no rosto, ela foi embora.

Perdido nesses pensamentos decidiu que ele não podia desistir dela. Se havia 1% de chances dela acordar, isso ainda era alguma coisa. Não, ele não iria pedir para que desligassem os aparelhos. Por mais que os médicos dissessem que não havia chances dela acordar, ele acreditava que ela voltaria para ele. Num ato meio bruto, ele se levantou e se aproximou do médico.

–Ninguém vai desligar os aparelhos.

–Tudo bem.

–Posso vê-la?

–Claro, me acompanhe.

Ele acompanhou o médico até o quarto 333. Quando adentrou no quarto, não pode segurar as lágrimas. Sua amada estava ali, inconsciente, com ferimentos no rosto, ligada a vários aparelhos que a mantinham viva.

–Vou deixa-los a sós.

O medico se retirou do quarto. Robin se aproximou de Regina e segurou sua mão.

–Não importa o que os outros digam, meu amor, eu sei que você vai voltar pra mim. Eu acredito em você. Acredito nas suas palavras dizendo que nunca irá me abandonar, ficará sempre ao meu lado.

Ele deposita um beijo nas mãos de sua morena e se senta na cadeira de acompanhante, repassando todos os bons momentos que passou ao lado dela. Segurando a mão de sua amada, ele adormeceu.

Alguns minutos depois, acordou com o barulho da porta sendo aberta. Era Henry e Emma.

–Mamãe!?!- Henry foi até perto de sua mãe, com lágrimas nos olhos-Eu te amo muito. -ele depositou um beijo no topo de sua cabeça.

Emma apenas olhava o filho. Aproximou-se de Robin e tocou em seu ombro.

–Sei que nada que eu disser vai fazê-lo sentir melhor, mas, mesmo assim, sinto muito, Robin. Nenhum de nós queria que isso acontecesse, ainda mais com Regina.

–Eu sei, Emma. –ele diz forçando um sorriso, para não parecer grosseiro.

Emma sorri e se aproxima de Regina.

–Sei que, provavelmente, você não está me ouvindo, mas eu quero que saiba que todos nós esperamos que você melhore, Rê.

Emma deposita um beijo no topo da cabeça de Regina, assim como Henry, segura a mão do garoto e vai embora. Aos poucos, todo mundo chega e faz o mesmo, até que, finalmente, Regina e Robin estão sozinhos novamente, fazendo com que ele volte os pensamentos ao acidente de Regina.

Regina dirigia calmamente pelas ruas de Storybrooke. Seu destino era, nada mais nada menos, que a casa de seu amor, Robin Hood.Seu telefone toca e, mesmo sem querer atender por estar dirigindo, acaba não aguentando ao ver quem era.

–Olá, meu amor.

–Onde está, Regina? Estou preocupado, você mão chega nunca.

–Acalme-se, querido. Acabei demorando no banho.

–Se perfumando para mim, é?

–Claro que sim. Agora é melhor eu desligar, estou dirigindo.

–Tá bom, meu amor. Antes de desligar, me diz uma coisa?

–O que você quiser.

–Eu te amo.

Ele ouviu o riso de sua amada, o que o deixou feliz. Deus, como ele amava o som daquele riso.

–Okay... Eu... Te... A...

Antes que ela pudesse terminar de falar, Robin escuta um estrondo misturado com os gritos de sua amada. A preocupação toma conta de si e ele grita, esperando que ela responda.

–REGINA? REGINA, RESPONDE! REGINA?

Ele não ouviu mais nada. O celular havia quebrado por conta da quantidade de vezes que o carro capotou.

O som da voz de Regina gritando não saia de sua cabeça, fazendo-o ficar, totalmente, quebrado, sem chão. Novamente tomou a mão de Regina e disse:

–Eu te amo muito, minha vida.

Depois que disse isso, o som mais temido por ele se ecoa no quarto. O coração de Regina havia parado.

–NÃO, REGINA. FICA COMIGO. NÃO FAZ ISSO COMIGO.

Os médicos adentram o quarto e retiram Robin dali. Começam todo o procedimento para tentar trazer Regina de volta.

Um minuto... Dois... Três. Robin não aguentava mais esperar por notícias. Quando resolve arrombar a porta do quarto, o médico sai de lá.

–Sinto muito.

Ele sai de cabeça baixa e Robin adentra o quarto. Ele olhou para o rosto de Regina. Nunca mais veria o sorriso daquela mulher que ele tanto amou. Nunca mais sentiria os lábios da morena nos seus. Nunca mais sentiria o calor de seu corpo no seu. Totalmente quebrado, tanto por dentro como por fora, se aproximou de seu amor e encostou a cabeça no topo da de Regina.

–Me perdoe, meu anjo. Se eu tivesse deixado você desligar o telefone na hora que você disse, nada disso teria acontecido. Eu sinto muito por não ter cuidado de você, como prometi.

Ele selou seus lábios nos da morena. Aquela seria a última vez em que ele sentiria os lábios de sua mulher.

–Eu te amo.

E assim Robin se despediu de Regina para sempre.

Uma Semana Depois...

Regina já havia sido enterrada. Robin continuava do mesmo jeito, sozinho, não conversava com ninguém, mas uma coisa que impressionava a todos é que: Todos os dias, no mesmo horário de sempre, ele ia ao emprego de Regina no mesmo horário em que ele ia busca-la todos os dias. Todos os dias, após sair da frente do antigo local de trabalho de Regina, ele ia à cafeteria e pedia um café expresso com açúcar e outro com adoçante. Todos os dias, depois de tomar um banho, ele servia dois pratos, enchia duas taças de vinho e jantava com uma foto de Regina. Todos os dias, após o jantar, ele escolhia uma camisola para sua mulher, deitava-se na cama, sentia o perfume da camisola e, por fim, a abraçava, depositava-lhe um beijo e lhe desejava boa noite, mas, infelizmente, ele não obtém resposta. Todos os dias, ao acordar, prepara o café da manhã e, com uma foto de Regina, aproveita o comecinho da manhã contando o que havia acontecido nos últimos dias. Todos os dias, após o café da manhã, se arrumava para o trabalho, separava uma roupa para sua morena e ia para o antigo emprego de Regina novamente. Só que agora, uma nova coisa havia sido adicionada em sua rotina: Todos os dias, após acordar, tomar seu café da manhã com a foto de Regina, se arrumar para o trabalho, separar uma roupa para sua mulher, leva-la para o emprego, ele passava em uma loja de flores, comprava um buquê e ia ao cemitério ver sua esposa e contar-lhe as novidades.

Depositou o buquê no túmulo de Regina e começou a conversar com sua amada.

–Você não sabe a falta que você me faz, Regina. Nunca pensei que uma pessoa tão chata como você iria fazer tanta falta em minha vida. Queria poder ver seu rosto novamente, sentir seu cheiro, seus lábios. –Robin já se encontrava com o rosto cheio de lágrimas- Sabe o que eu lembrei?-ele solta uma gargalhada- Lembrei do dia que a gente se conheceu. Marian ficou furiosa comigo quando soube que eu havia me retirado da mesa para descobrir seu nome. Por sua culpa eu dormi no sofá-Ele continua gargalhando, mas logo se acalma- Eu prometo, amanhã, no mesmo horário, eu estarei aqui para falar com você, meu amor. Afinal... Lembra que dia é amanhã? Nosso aniversário de casamento. Cinco anos te aturando, hein? Quem diria que esse cara chato teria a oportunidade de casar com uma mulher tão maravilhosa como você, não?-Robin acaricia o túmulo- Sinto muito, pequena. Gostaria de passar horas com você aqui, mas o trabalho me chama. Amanhã, mesmo horário, buquê de flores. – Ele beija o túmulo de Regina- Eu te amo.

Robin vai embora. Depois do trabalho, mesma rotina de sempre. Vai ao emprego de Regina, vai à cafeteria: Um expresso com açúcar e um com adoçante, e assim ele fez até o outro dia.

Só que, nessa manhã, ele faria uma rotina diferente, faria a rotina do aniversário de casados. Levantou-se, foi até a cozinha e preparou um café da manhã especial, colocou-o em uma bandeja e foi até o quarto. Tomou um café com uma foto de Regina no dia de seu casamento. Depois de tomar café, beijou a foto, levou as coisas para a cozinha e foi se arrumar. Depois de pronto, separou um lindo vestido para Regina e o colocou no carro. Ele foi até a loja de flores, comprou um buquê e depois foi a uma joalheria. Comprou um lindo anel para Regina.

Quando dirigia para o cemitério, um caminhão acertou o seu carro. Tudo o que ele conseguiu lembrar foi de ver tudo se escurecendo.

Ele acordou. Viu Mary em sua frente.

–Onde estão minhas flores e o meu anel?

–Estão aqui. –ela me entrega os objetos.

–Mary, por favor, me leve ao cemitério.

–Robin, não, está louco?

–Hoje é meu aniversário de casamento, tenho que passar ao lado da minha mulher.

–De jeito nenhum.

–Por favor, Mary, me leve até lá.

–Eu te entendo, Robin, mas não posso fazer isso.

–Eu te imploro, Mary, me leva até lá.

Mary o olhou e viu o desespero em seu olhar. Depois de muito Robin insistir, Mary concordou. Levou-o até o cemitério e ficou o observando.

–Eu disse que vinha, minha rainha. Comprei um lindo presente para você-ele diz colocando as rosas e o anel em cima do túmulo de sua esposa- Eu disse que ficaria com você nesse dia, não disse? Sempre que prometo alguma coisa, eu cumpro.

–Robin, é melhor ir embora, você está fraco, precisa descansar.

Robin se sente tonto. Ele estava sentado à frente do túmulo de Regina apoiando-se nele. Ele cai.

–Mary, se o pior acontecer, me enterre junto a Regina, enterre esse anel junto a mim.

–Nada vai acontecer com você, Robin.

Ele começa a respirar com dificuldades.

–Eu imploro, Mary, me prometa.

–Eu... Eu prometo.

Robin não conseguia respirar, até que tudo ficou escuro.

...

Ele vê uma pessoa se aproximando. Aperta os olhos e tenta descobrir quem é que está a sua frente... É Regina. Ela segura sua mão e o levanta.

Uma coisa que ele não esperava aconteceu. Ela lembrou-se do que ele lhe pedira dentro do carro.

–Amo. –Regina diz completando a frase que não conseguira terminar.

Robin sorri e a abraça. Agora sim eles ficariam eternamente juntos. Nada mais poderia os separar, pois agora eles estavam na vida eterna, JUNTOS.

–Eu disse que no final eu estaria Para Sempre Ao Seu Lado.


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Notas finais do capítulo

Sabem por que eu mereço comentários? Porque eu escrevi essa m*rda chorando. Sério... Nunca chorei escrevendo história ‘-‘ Espero ter agradado vocês. E, por favor, coloquem aí nos comentários os casais que vocês querem e o que vocês querem que aconteça com eles.
Gostaria de agradecer a Lady Eva que deixou um comentário aqui. Muito obrigada, flor. Foi graças a você que eu postei outra One Shot ;)
Gostaria de dizer que estou escrevendo essas notas chorando por culpa daquele ep. Filho de uma Cora. O que é isso, Régis? Pra que rasgar a página, meu :’( isso quebrou meu coração



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