One Shot's Regina Mills escrita por Julia Cristina


Capítulo 1
Undo


Notas iniciais do capítulo

Outlaw Queen

Regina perde seu amor verdadeiro e não sabe o que fazer. Será que alguém conseguiria preencher o vazio em seu coração?

Romance, Songfic, Universo Alternativo.

Nenhum aviso.

Boa leitura...



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Meu maior sonho? Ter um final feliz. Meu nome é Regina Mills, tenho 24 anos. Irei contar um pouco de minha história para vocês.

Alguns Anos Atrás...

Sempre gostei muito de ler. Toda semana eu tinha uma lista de livros novos para buscar na biblioteca que havia na minha cidade. Na escola sempre fui muito estudiosa e carinhosa com todos. Sempre que havia alunos novos eu gostava de recebê-los bem. Havia apenas algumas “meninas populares” que não me suportavam por todos gostarem de minha companhia, mas eu nunca me importei com isso. Um dia, eu estava pegando alguns livros no armário e uma das “garotas populares” parou do meu lado encostada no armário. Olhei para ela e dei um meio sorriso. Ela deu um sorriso debochado. Fechei a porta do armário e olhei para ela novamente.

–Posso ajudar?-perguntei o mais simpática possível.

–Seu jeito doce me irrita garota!-ela disse- Você não percebeu que essa escola não é para pessoas como você?-ela me perguntou cruzando os braços.

–Como assim não é escola para pessoas como eu?- eu realmente não tinha entendido o que ela quis dizer.

–Você parece uma criança!-ela sorriu debochada novamente. Aquilo havia me irritado- Aqui é uma escola para adolescentes.A-D-O-L-E-S-C-E-N-T-E-S!-ela disse soletrando.

–Mas eu sou adolescente!-aquela garota já estava me irritando.

–Você tem jeito de criança, se veste como criança, VOCÊ FALA COMO CRIANÇA!-ela gritou na última frase- Sua doçura quase me da diabetes!

–Escuta aqui. -eu comecei a alterar a voz- Quem você pensa que é para falar assim comigo?

–Eu sou uma garota bem melhor que você, meu bem. Se conforme com isso.

–Você é uma vadia louca isso sim! Garanto que suas “amigas” não aguentam mais você. Não sei nem como sua mãe te aguenta!

Ao falar isso, ela me deu um tapa na cara. O tapa foi tão forte que me derrubou no chão. Coloquei a mãe em meu rosto. Ela puxou o meu braço e me colocou contra a parede. Eu posso ser muito boa em matemática, português, física, biologia, etc. Mas briga? Não sou boa mesmo. Mal sei me defender com palavras. Acho que não sou capaz de machucar alguém.

–Você nunca mais vai falar assim comigo sua idiota.

Ela me jogou no chão e sentou em cima de mim. Ela me deu um soco fazendo meu nariz sangrar. Ela me deu mais um soco e, antes de fechar os olhos, pude ver um garoto tirando ela de cima de mim e me pegando no colo. É apenas disso que eu me lembro antes de desmaiar.

Acordei e tentei identificar o lugar em que estava, mas foi difícil, a luz do local estava muito forte. Demorei um pouco para me adaptar com a luz. Quando eu consegui abrir os olhos por completo, percebi que estava na enfermaria do colégio. Olhei para o lado e vi um garoto desconhecido. Ele sorri pra mim e eu retribuo o sorriso.

–Está melhor, Regina? É esse o seu nome, não é?-ele perguntou com uma voz simpática. Deduzi que ele era um aluno novo.

–Estou sim, obrigada. E sim, sou Regina. Regina Mills.-Eu sorrio fraco- Seu nome é?

–Daniel. Sou novo aqui na escola. É o meu primeiro dia aqui.

–Desculpe pela recepção. -eu dou uma risada leve- Não é assim que eu costumo receber alunos novos.

–Não tem problema nenhum.

–Está em que ano?

–Terceiro.

–Que ótimo, já tem uma colega de classe!-ele sorri.

–Isso é bom! Pensei que não fosse fazer amizades aqui.

–Pois você está muito errado. Hoje mesmo eu vou te apresentar para os meus amigos.

E foi assim que conheci Daniel.

1 Ano Depois...

Eu e Daniel não desgrudávamos um do outro. Aonde um ia, o outro ia atrás. Hoje nós estamos assistindo um filme na casa dele. Seus pais e seu irmão haviam ido para o cinema. Resolvemos assistir um filme em seu quarto, já que estava escurecendo e nós dois estávamos muito cansados. Eu estava deitada abraçada em Daniel que fazia carinho em meus cabelos. Fazia muito frio lá fora. A janela estava meio aberta e um vento gelado soprou dentro do quarto. Abracei Daniel um pouco mais forte e ele sorriu.

–Quer que eu feche a janela?

–Por favor. -eu sorri e ele foi fechar a janela.

Quando ele voltou, ficou na mesma posição anterior e nos cobriu.

–Está melhor agora? -ele me perguntou e deitou minha cabeça em seu peito.

–Bem melhor. –eu sorri e abracei-o.

Na metade do filme, acabei pegando no sono, mas acordo na mesma hora pelo alto som do trovão. Logo começaria uma longa chuva.

–Oh, nossa. –eu digo sentando na cama- Acho melhor eu ir embora. –eu digo já ficando em pé.

–Nada disso Re. –ele levantou e chegou perto de mim- Não vou deixar você sair nesse frio com uma chuva prestes a cair.

–Eu vou incomodar Daniel. –eu digo- Daqui a pouco seus pais chegam e vão achar estranho eu estar aqui até tarde.

–Por que estranhariam? –ele cruzou os braços e sorriu.

–É que... Ah... Você sabe né? Fica meio estranho uma garota ficar até tarde na casa de um garoto.

–Nós somos amigos. Você não é qualquer garota! –eu sabia onde ele queria chegar, então fui logo ao ponto.

–É que, geralmente, os namorados fazem isso. Nós somos apenas amigos. –eu digo e sinto minhas bochechas queimarem.

–Podemos mudar isso! –ele disse isso até o quarto de sua mãe e voltou com uma caixinha vermelha- Minha mãe disse para eu dar esse anel para o meu amor verdadeiro. –ele disse enquanto abria a caixa e pegava o anel. Eu paralisei- Acho que eu já encontrei a pessoa certa! –ele pegou minha mão e, com delicadeza, colocou o anel- Regina Mills, mesmo que não aceite ser minha namorada, fique com o anel. –ele beijou minha mão- Você é meu verdadeiro amor!

Eu estava sem palavras. Olhei para minha mão com lágrimas nos olhos. Sorri e olhei dentro de seus olhos. Nossos lábios se tocaram pela primeira vez. Coloquei minhas mãos em sua nuca aprofundando o beijo. Ele colocou suas mãos em minha cintura impedindo nosso corpo de se separar. Nossas línguas se tocaram, pareciam estar em sincronia, estávamos explorando a boca um do outro. Quando o ar foi necessário, trocamos um selinho e nos separamos.

–Você aceita então? –ele sorri ofegante.

–Claro que sim! –sorrimos e ele me pegou pela cintura e me girou no ar. Quando me pôs no chão, me beijou novamente.

–Eu te amo! –ele disse.

–Eu também te amo!

Nós sorrimos e nos abraçamos.

2 Anos Depois...

Eu e Daniel estávamos juntos a dois anos. Todos os dias nós saímos juntos. Nossas famílias estavam sempre marcando um dia para almoçar ou jantar. Haviam virado bons amigos, isso é ótimo!

Hoje nós vamos ao parque para ver as crianças brincarem. Parece bobo, mas eu adoro ver aqueles sorrisos maravilhosos que as crianças têm quando estão juntas brincando. Olho em cada olhinho e vejo a alegria de estar ali, naquele momento tão bom que é a infância. Eu e Daniel sentamos em um banquinho do parque e ele colocou um de seus braços em volta de mim.

–Por que você gosta tanto de vir aqui Regina? –ele pergunta.

–Quando eu tinha uns seis ou sete anos, minha mãe sempre me trouxe aqui. –eu sorrio com a lembrança- Gosto de ver as crianças brincando juntas, lembra meu passado. Sempre gostei de brincar aqui com meus amigos. Minha mãe sentava neste mesmo banco e me observava brincar com as outras crianças. Sempre conseguia fazer amizades novas.

–Você tem um jeito meigo e divertido que fazem todos se apaixonarem por você, inclusive eu! –Daniel me olha profundamente nos olhos e sorri.

–Eu te amo muito Daniel!

–Eu te amo mais Regina!

Selamos nossos lábios. Após o beijo, olho profundamente em seus olhos.

–Promete que você nunca vai me abandonar? –apesar de muitas pessoas gostarem de mim, não suportaria perder Daniel. Ele é o grande amor da minha vida. Se eu o perder, não irei amar mais ninguém e ninguém irá me amar.

–Que pergunta é essa Regina? –ele me olha confuso.

–Apenas prometa. –uma lágrima escorre pelo meu rosto.

–Lembra quando nos conhecemos? Você havia levado uma surra. –nós sorrimos- Olhei para aquela garota linda e, mesmo não conhecendo ela, fiquei preocupado, com medo. Peguei-te em meus braços e te levei para a enfermaria no mesmo instante. –ele fez uma pausa e logo continuou- Não saí de seu lado um momento se quer. Olhava em seu rosto e ficava com medo de te perder. Perder uma garota que eu nem mesmo conhecia, mal sabia seu nome. Mas aquele rosto lindo e perfeito me dava paz. Uma paz que nunca havia sentido antes. Eu já estava completamente apaixonado por você! –ele sorriu pra mim. Já havia várias lágrimas em meus olhos. Ele as limpou e colocou minha testa junto a sua- Por isso Regina Mills, eu te digo, te prometo... Nunca irei te abandonar!

Eu sorri e ele me beijou.

Atualmente...

Ontem, quando estava esperando Daniel para jantar, recebi uma mensagem dele que dizia:

“Regina, sei que fiz uma promessa dizendo que nunca iria te abandonar, mas eu achei outra pessoa. Estou me mudando para Atenas. Apesar de estar indo embora, quero que fique bem claro que tudo o que aconteceu entre nós foi real. Eu te amo, mas não como antes. Espero que entenda.”

Sim, Daniel foi embora com outra mulher e nem se quer se despediu de mim. Arranquei o anel que ele havia me dado e larguei no criado mudo do lado da cama.

Em silêncio, eu não posso esperar aqui em silêncio
Trabalhando uma tempestade dentro da minha cabeça
Nada, eu só fiquei por nada
Então, eu me apaixonei por tudo que você disse.

Eu me lembro de quando eu pedi para que ele não me abandonasse. Ele me prometeu. Eu me apaixonei por tudo que ele disse.

Em silêncio, eu não posso esperar aqui em silêncio
Tenho que fazer uma mudança e fazer algum barulho.

Tenho que desfazer minha tristeza, desfazer o que dói tanto, desfazer minha dor. Uma forte chuva cai lá fora. Vou sair através da chuva. Saio de casa e fico andando sozinha pelas ruas. Não ligo se estou apenas com minha camisola e descalça. Vou até o parque que ele me disse as mais belas palavras. Vejo o banco em que nos sentamos e me ajoelho no chão chorando muito.

EU SEI QUE SUPEREI VOCÊ. –eu grito em meio a soluços.

Um homem corre até mim e me levanta. Ele me envolve em seus braços e, como estou frágil, abraço-o de volta. Não sei, aquele abraço me confortou. Sei que não devo abraçar desconhecidos, mas estou tão péssima que seria capaz de tirar minha própria vida.

–Como é seu nome? –ele me perguntou.

–Regina, Regina Mills. –eu respondo com a voz fraca.

–Vamos Regina. Tenho que te tirar dessa chuva. Você pode pegar um resfriado.

–E daí? Ninguém vai se importar. Eu quero morrer mesmo.

–Não diga isso. –ele falou- Vou te levar para sua casa.

–Você pode me levar para qualquer lugar, menos para minha casa.

–Okay.

Ele me pegou no colo estilo noiva e me levou para seu apartamento. Quando chegamos lá, algumas pessoas olhavam preocupadas para nós. Não estava me importando com nada no momento.

Chegando ao seu apartamento, ele me levou até seu quarto e me colocou em sua cama. Ele foi até o guarda-roupa e pegou uma toalha.

–O banheiro é ali. Tome um banho quente que eu estarei te esperando lá em baixo. –eu sorri em forma de agradecimento e ele saiu do quarto.

Peguei a toalha e fui tomar um banho. Chegando ao banheiro, pude perceber que Robin voltou ao quarto.

–Vou separar uma roupa para você.

Eu sorri e fechei a porta do banheiro. Dei uma volta na chave e comecei e retirar minha roupa. Entrei no Box e liguei o chuveiro. Quando a água quente escorreu pelo meu corpo, soltei um espirro. Ótimo, peguei um resfriado. Termino o banho e me enrolo na toalha. Destranco a porta do banheiro e dou uma olhadinha para ver se Robin estava lá. Nenhum sinal dele. Tranco a porta do quarto e coloco a roupa que ele separou para mim. Uma calça moletom preta sua e uma camiseta branca sua também. Ao colocar a roupa, ela fica um pouco grande em mim. Volto para o banheiro e pego minha peça de roupa que estava encharcada de água. Vou lá pra baixo e o procuro pelos cômodos da casa. Encontro-o na cozinha.

–Onde eu deixo isso? –pergunto mostrando minha camisola.

–Coloque-a atrás da geladeira. Até amanhã estará seca. –após dizer isso, fiz o que ele disse e me sentei ao seu lado. Espirrei mais uma vez e me encolhi na cadeira. Estava frio, como sempre.

–Parece resfriado. Vamos, vou colocar você na cama. Levo seu chocolate quente lá pra cima. –ele se levantou e segurou minha mão. Conduziu-me até o quarto e me colocou na cama. Ele voltou lá para baixo e logo trouxe um chocolate quente. Pegou uma coberta em seu guarda-roupa e jogou a coberta sobre mim.

–Após tomar seu chocolate quente, coloque o copo na mesinha do lado da cama e durma. Amanhã eu te levo para sua casa.

–Obrigada...

–Robin, me chamo Robin Hood.

–Prazer Robin. Muito obrigada por tudo o que tem feito por mim. –eu digo com um sorriso simpático.

–O prazer é meu, Regina. –ele sorriu- Agora tome seu chocolate quente e durma.

Sorrimos um para o outro e ele saiu do quarto. Tomei o chocolate quente que estava maravilhoso e o coloquei na mesinha como ele pediu. Deitei-me na cama e minha cabeça estava a mil. Adormeci por volta de meia hora.

No outro dia ao acordar, levantei-me e fui até a cozinha para levar a caneca. Ao chegar lá encontro Robin lendo jornal e tomando uma caneca de café. Ele logo olha pra mim.

–Bom dia, bela adormecida. –ele disse colocando o jornal na mesa.

–Bom dia. –eu o olho de volta- Que horas são?

–11h33min.

–SÉRIO? –eu me espanto e ele ri- Eu dormi de mais.

–Você foi dormir muito tarde. –ele diz.

–Mesmo assim. –eu digo me sentando ao seu lado após colocar a caneca na pia.

–Regina, se não quiser contar não tem problema, mas... O que aconteceu ontem?

–Uma pessoa que eu confiava me prometeu um dia que nunca me abandonaria... Mas ela não cumpriu a promessa. –eu digo calmamente. Robin me passava um conforto tão grande que falar de Daniel, por pior que fosse, não estava sendo difícil.

–Eu te entendo. –ele olha para baixo- Minha ex-mulher fez a mesma coisa comigo.

–Sinto muito. –agora eu me senti mal. Ele tem o mesmo problema que o meu e eu ainda fico colocando mais peso em suas costas.

–Eu nem me importo mais. A única coisa que eu quero fazer é seguir a minha vida. -ele diz.

–Eu também!

Olhamo-nos por alguns segundos.

–Sabe, eu sei que parece loucura, mas... –Robin começou a falar, mas eu não o deixei continuar. Selei nossos lábios. Quando nos separamos, eu olho fundo em seus olhos.

–Robin, me desculpa, eu... –dessa vez Robin me cala com um beijo.

Após nos separarmos sorrimos envergonhados.

–Bom, como eu ia dizendo –nós rimos- eu sei que parece loucura, mas eu quero tentar recomeçar ao seu lado. Sei que nos conhecemos praticamente hoje, mas eu sinto que é a coisa certa a fazer–ele faz uma pausa- A partir do momento em que eu te abracei naquela chuva, senti Como se o meu dever fosse protege-la para o resto da vida. Sei que é cedo de mais para perguntar se você quer recomeçar, mas...

–Robin, eu quero. Quero recomeçar ao seu lado. -eu o interrompo- Naquele abraço eu me senti tão confortável. Me senti protegida, como nunca me senti antes.–eu digo sorrindo- Sinto que devo ficar perto de você. Por incrível que pareça, sinto que serei feliz ao seu lado. –faço uma pausa- Quando eu estava com Daniel, não tive tanta segurança quanto eu tenho com você. É louco, né? A gente se conhece em um dia e no outro já está se declarando.

-Vamos com calma, okay?

-Certo.

Sorrimos um para o outro.

Esse é o começo de minha felicidade. A única coisa que eu precisava fazer era Desfazer minha tristeza.


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Notas finais do capítulo

Sim, pessoal, essa é a Fic Undo que eu tinha postado anteriormente. Decidi modificar pois eu estou gostando de fazer One Shots, já tenho outra pronta que, se alguma alma penada comentar, eu posto hoje mesmo. Para vocês terem piedade de mim, pensem: Eu comecei a escrever 1 da madruga e terminei 4:44 - Please, comentem que eu posto a nova que eu fiz.
Beijocas, Evil Regals.



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