Vidas Paralelas escrita por CelticSponsor


Capítulo 7
Desvendando os segredos


Notas iniciais do capítulo

Eita Snape e Lílian.



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— Vipera oficinalis!

Severo Snape estava salvo, mas estava enrascado até o pescoço. Em um só dia, lidara com diabretes proibidas em lei, causou a morte de um trouxa indiretamente, e utilizou dois feitiços das trevas, tão perigosos quanto às Maldições Imperdoáveis. Para fechar com chave alada, ele ainda fez tudo isso na frente de uma garota trouxa, que devia ser bruxa.

— Se você fosse a bruxa que conheço, estaríamos salvos.

— Assim você me insulta. Ah - ela soltou o fôlego, a cobra acabava de picá-la - isso vai me ajudar em algo?

De fato ajudaria. Snape conhecia muito do mundo dos ofídios e da magia negra para criar seus próprios feitiços. Considerando o Silentiaurum que ele inventara para usar feitiços à vontade sem a intervenção do Ministério, coisas como Evanesca Maxima, e principalmente o Vipera oficinalis eram de extrema importância. A serpente azulada que ele conjurara possuía uma peçonha aquosa e transparente, que estava ajudando Lilian a recuperar um pouco do couro cabeludo queimado, e de seu braço esquerdo, o qual Snape não impediu a serpente de fogo conjurada pelo inimigo de lamber.

— Onde estamos? - ela quis saber.

Ele respirou fundo. Ainda tentava se controlar. Um trouxa havia morrido por sua causa. Ele precisava correr contra o tempo. O cheiro de ervas era evidente naquele espaço, e ele tentou se sentir em casa, também conhecida como Hogwarts.

— Estamos no depósito de ervas dos Coquelles.

"A Loja dos Duendes Anciãos de Coquelles não vai me ajudar em m#$% nenhuma agora. Por amor a grindylows, o que devo fazer contra um cara sem ser expulsa de Hogwarts e ter minha varinha quebrada pelo Ministério? Okay, eu sei um pouco de magia elemental, mas... Magia Elemental. Pensa rápido Lílian ele está vindo."

— PENSA RÁPIDO LÍLIAN ELE ESTÁ VINDO!

"Que droga! Ele não para de gritar e mexer em meus livros! Pense, pense, pense, sua cabeça de cobre! Porque estou me insultando? Ele está vindo. Ele usa uma arma de raios. Não é uma varinha. Ele é trouxa. Espere. Ele é trouxa."

Azure! - apontei em direção ao homem. Ele trajava roupas escuras, uma jaqueta e uma bota verde muito feia, de muito mau gosto mesmo. Eu não teria coragem.

"Bem agora com essa fumaça ele vai ficar confuso por tempo suficiente. Santa madame Norra. Ele parou de andar. Ele parou de andar! Ele... que barulho é esse? Oi? Pegaram minha varinha! Snape?"

Ouvi alguns passos. Então a voz de Snape falou em um tom claro e decidido.

— Estamos aqui na loja porque precisamos do chá de baunilha especialmente temperado com pé de mandrágora. - ele disse enquanto desfazia a serpente com o feitiço não-verbal.

— O QUÊ?

— É o chá que pode nos salvar. Ele vai nos mostrar o que fazer.

***************

— Levicorpus!

O Snape simplesmente enlouqueceu! Você deve ter percebido pela minha reação que ele acabara de roubar minha varinha e lançar alguma coisa. Mas o que foi isso, Levicorpus? Nunca tinha ouvido falar. Nunca que Flitwick dera alguma aula sobre esse feitiço. Ele estava mexendo em meus livros... Mas não tem nada neles sobre isso. Eu tenho certeza. Eu também já li Hogwarts: Uma História. Não tem registro disso por lá.

Snape acabou de criar um feitiço?

Eu saí lentamente detrás da coluna da plataforma 10, enquanto tentava ajustar minha visão em meio à fumaça azul que pairava em toda a estação. Então eu vi: lá estava o homem, pendurado pelo calcanhar, se debatendo e tentando descer inutilmente. Snape sorria logo abaixo, debochando do homem da arma de raios. Mas espere... O homem da arma de raios ainda estava com ela nas mãos! E estava mirando!

— Se abaixe Snape!

Se meus lindos olhos verdes não fossem tão bons, Snape teria virado comida de testrálio. Não que eu já tenha visto um, mas depois disso seria bem provável. Ele pulou bem a tempo de evitar ser tostado pela descarga, essa que quebrou toda a área da plataforma e derrubou a coluna número Nove. Bye bye Coluna Nove. Bye bye bilhete de Hogwarts. Bye bye caminho de volta.

Aff.

Percebi ali que, enquanto Snape pulou, minha varinha se projetou para a frente e fez o homem bater contra a parede. Snape ainda se concentrava no feitiço enquanto era atacado. Se ele fosse um bruxo, certamente seria muito bom. Mas... Um trouxa usando MAGIA? UM TROUXA USANDO VARINHA?

Corri em direção a ele e peguei-a de volta.

— Snape, como foi que você fez isso?

Lílian perguntou ainda apavorada, enquanto Snape conjurava um caldeirão e algumas ervas do nada. Dumbledore mal sabia que ele quem vendera a famosa receita do Chá de Coquelles para os Duendes. Seria por isso que ele estava envolvido na profecia? Enquanto preparava o chá, que no momento tinha cor de vômito, ele respondeu à garota.

— Sou um bruxo, assim como sua irmã, Petúnia - ele respondeu - mas, no meu mundo, você é a bruxa, Lílian. Você é quem tem sangue mágico. É você quem eu a--

— Sua admiração por mim é estranha. Eu não tenho nada a admirar.

"Será que até com a Lílian trouxa eu nunca conseguirei expressar o que sinto?"

Ele se apressou a preparar a poção, que começou a apresentar uma coloração mais agradável à medida que os pés de mandrágora eram jogados e misturados. Não tardou e todo aquele depósito de ervas começou a brilhar um intenso tom de vermelho; a poção estava pronta.

— E agora, o que devemos fazer?

— Se eu estiver correto - ele disse, enquanto conjurava duas taças adornadas - nós temos de beber. Ainda bem que não é Amortentia.

— O que é Amortentia? - Lílian perguntou, enquanto pegava, apreensiva, a taça das mãos do garoto.

— É uma poção do Amor. - ele sorriu enquanto servia o chá com o aceno da varinha -  Na verdade uma poção da obsessão. A vítima que tomar se torna perigosa.

Lílian se arrepiou e balançou todo o corpo, como se tivesse sentido um dementador roçar sua pele. Snape sorriu disso, lembrando-se da outra Lílian. Aquela que ele conhecia tão bem. Aquela que ele não passava um dia sem pensar. Aquela que ele amava. "Onde será que ela pode estar agora...?"

— Onde é que ele se meteu?!

Eu e Severo estávamos parados ali. O trouxa sumira.

Então a garota Evans e Snape estavam ali sentados. Um duende surgiu da porta única, e em suas mãos ele carregava um vira-tempo.


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