Daniel Alexander escrita por Hikaru Hamano Inca


Capítulo 7
Ela jurou nunca desistir e sempre dar o seu Melhor


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Desculpe a demora, mas estou aqui mais uma vez!
Capítulo novo na área, para representar o mês de julho! XD
Espero que 'cês se divirtam!
Bem, vamos ao capítulo!



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Manhattan, Nova York.

Piper estranhou a pergunta de Leo, e o ficou importunando o tempo todo até a casa do mesmo. O médico ia atendê-lo lá.

— Apenas se acalme McLean. — Falou ele para a amiga, enquanto ela o ajudava a descer até seu quarto no porão.

— Leo, se for sobre o que eu estou pensando... — Piper continuaria se Leo não tivesse cortado sua fala.

— É exatamente sobre isso, o Primordial. — Leo pediu para Piper ajuda-lo a deitar. — Eu salvei num chip as informações que tínhamos sobre esse ser. Além de guardar ódio de Percy, ele é canhoto, e tem acesso a algumas de nossas conversas de algum modo.

— Você está desconfiando do Nico? — Piper estava realmente intrigada.

— Se você soubesse os livros que ele tem, e a poeira que falta na lombada de certos deles... — Agora Leo que foi cortado por Piper.

— Leo Louis Valdez, isso não é motivo! — Piper falou com certeza na voz. — Eu não acredito que o cara que faz todos os trabalhos do Percy de bom grado possa querer mata-lo.

— Não conhecemos essa relação a fundo, ela pode ser rude, corroída, péssima, cheia de cicatrizes do passado. — Leo retrucou Piper genialmente. — Temos saber quem mais é canhoto e está próximo de Percy, e acho que vou colocar muitas pessoas nesse saco.

— Leo, veja bem o que você está fazendo! Eu também quero pegá-lo, mas temos que tomar cuidado com quem vamos acusar — Piper avisou o amigo, antes de subir as escadas e se despedir do amigo e parceiro de investigações.

–x-

Frank não gostava do frio do Central Park, afinal parecia que aquela grande área verde da Ilha de Manhattan era o local mais frio de toda Nova York. Ele, no entanto, não podia negar uma saída com a mãe, recém-chegada de uma guerra no Oriente Médio.

E ela se divertia pisando nas folhas secas de outono. Frank amava a simplicidade e o carinho da mãe, não acreditando como ela poderia não ter herdado nada do comportamento militarizado da avó, apesar de ser uma oficial do Exército dos Estados Unidos, apesar os Zhang serem naturais do Canadá.

— Vamos Frank, ainda quero muito comer naquele restaurante mexicano que você me falou! — A mãe de Frank despertou o garoto do transe.

— Ah, sim, sim! — Frank pulou do banco e foi para o lado da mãe, e começaram a caminhar para fora do Central Park. — Vamos logo então, mamãe!

Os dois atravessaram os portões do Central Park e caminharam algum tempo até o restaurante, onde se fartaram de burritos, nachos e chili, enquanto Frank atualizava ainda mais sua mãe, principalmente em relação as suas notas, vida escolar e amorosa.

— Olha, então o meu filhote está interessado numa menina! — Emily Zhang fez o filho corar. — E quem seria a felizarda?

Frank engasgou com um pedaço de Nacho. Ele não acreditava nas palavras que saíam da boca da mãe, especialmente porque a garota por quem ele estava apaixonado estava com a morte batendo na porta.

— É uma garota muito legal. — Frank falava de Hazel Levesque. — Ela é muito alegre, inteligente, e se sai bem em francês.

— Interessante! — A mulher sorriu. — Fale mais filho!

— Bem, ela, ela... — Frank não sabia mais o que falar sobre Hazel. — Sei lá, ela é bem bonita.

— E você já falou com ela? — Emily insistiu no assunto.

— Não muito. — A última vez tinha sido no dia de Hallowen. — Ela nem deve lembrar o meu nome, faz tempo.

— Então faça ela lembrar, filho! — A mamãe Zhang o incentivou. — Amanhã converse com ela na escola, arranje um assunto, abrace-a se ela precisar!

— Sim, eu farei isso! — Frank levantou os braços abraçando a mãe.

Os dois terminaram a refeição e saíram no vento gelado de outono.

–x-

Jason estava cansado. Ele se matou de estudar para tirar dez em química, e queria ir dormir logo, mas do outro lado da linha Piper não o deixava pregar os olhos.

— Eu já não disse para vocês pararem de jogar Detetive?! — Jason se enfureceu ao saber que Leo fizera uma lista de suspeitos.

— Olha Jason, não vamos discutir isso, ok? — Piper pediu pacientemente para o namorado. — Pelo menos não agora, por favor!

— Não Piper, eu estou indo aí agora, nem pense em falar com uma das suas irmãs para dizer que você está dormindo! — Jason desligou o telefone, e do outro lado Piper bateu a mão na testa várias vezes.

Jason sabia que a garota estava se achando burra por ter aberto a boca para ele, e pior, poderia estar sendo grampeada pelo Primordial e daqui a poucos dias eles estariam sendo metralhados, bombardeados ou coisa pior.

Mas a McLean era muito esperta, ela sabia que Jason estava descendo a rua para dar uma bronca gigantesca nela. O casal não estava se falando muito, mas ainda gostavam um do outro, do mesmo jeito que estavam meses atrás, mas Piper achava que ele tinha ficado distante dela e dos amigos, focado em estudar e tentar arranjar um emprego.

Não demorou muito até ele sair de casa, após se agasalhar bastante. O vento de outono era congelante e cortava os ossos e a pele do loiro, provocando arrepios que fizeram Jason se abraçar buscando calor.

Seus passos não emitiam sons, e a rua estava pouco movimentada, mas Jason viu um obstáculo à frente: A calçada interditada para obras. Ele resolveu então entrar num dos becos para depois sair novamente na rua principal.

–x-

Emily Zhang gostava de correr. E ela corria cada vez mais veloz numa disputa com Frank, que deixou o garoto vermelho depois de tanto esforço físico. Os dois apostaram quem chegava mais rápido no prédio onde moravam.

— Calma mãe, essa rua está em obras! — Ele gritou para uma Emily que estava consideravelmente distante dele. — Vamos virar no próximo beco!

— Ok, Fai! — Ela respondeu com um gracejo. Frank sabia que era o nome que a avó gostaria que ele tivesse recebido, e não “esse nome inglês acovardado”, como diria a Vovó Zhang.

Emily entrou com tudo no beco mais próximo, e Frank conseguiu alcançá-la, encontrando a mãe agachada atrás de uma caçamba de lixo. Intrigado, ele se aproximou rápido, mas a mãe gesticulou para ele abaixar e rastejar até ela.

— Mãe, o que é que está acontecendo? — Indagou o garoto a sua mãe, recebendo a mão dela tapando sua boca em resposta.

Frank pode ouvir então os sussurros aumentarem. Ele soube que eram vozes, e elas discutiam. Uma pedia clemência, perdão e similares misericórdias, mas a outra não queria ceder, não importava o quanto a outra voz implorava.

— Não, eu não! — Uma das vozes gritou, e Emily não resistiu.

O barulho do tiro foi alto, e a sino-canadense levantou a cabeça segundos antes, enquanto o grito da voz que clamava perdão era ouvido por Nova York. Emily deu um pequeno grito, e seu corpo caiu nos joelhos de Frank, que se assustou, e prontamente se levantou, sendo empurrado por alguém que se pôs a correr desesperadamente. Ele caiu em cima do corpo da mãe, e então a olhou. Com a face ensanguentada e um tiro único atravessando a testa que Emily Zhang se apresentaria ao legista.

— Mãe, mãe, mãe... — Frank ficou repetindo por um bom tempo a palavra, até que um garoto loiro se apresentou para ele, abraçando-o, e agradecendo a ele. Jason apresentou condolências e pediu perdão por ter desviado do tiro.

–x-

Na manhã do dia 24 de dezembro o auditório da Associação dos Combatentes de Guerra estava lotado de antigos colegas de Emily Zhang, a “Canadense mais Americana das Forças Armadas”, de acordo com os jornais Nova-iorquinos. Frank não saía do lado do caixão de sua mãe.

Depois de uma cerimônia segundo os costumes chineses, Frank reparou que Hazel estava lá acompanhada de Nico, além de Jason, o cara para quem a sua bala ia. Apesar de agora estar tudo bem, Frank inicialmente xingou Jason o quanto pode, afinal, graças aquele idiota sua mãe tinha partido desse mundo, mas agora tudo estava bem, pois ele se lembrou que sua mãe sempre disse que o destino pode pregar peças para que sejamos mais fortes. E na visão de Frank era isso que o destino queria, apesar de Frank ainda querer bater um pouco naquele loiro maldito.

— Frank, oh Frank! — Hazel chegara perto do palco para abraça-lo. Ele notou que ela estava com os cabelos curtos, e toda coberta. Nico por sua vez estava com todas as roupas pretas, e um óculos de sol tapando os olhos. — Como foram esses dias? Você sabe que eu não pude falar antes contigo Frank.

— Hazel. — Frank lamentou e em seguida abraçou a garota, enquanto derramava lágrimas. Ela havia se tornado uma grande amiga, por mais que eles se falassem mais pelas redes sociais do que cara a cara. Hazel, quando Nico não podia, desabafava com o sino-canadense naturalizado americano.

— Acalme-se meu amigo, respire, seja forte. — Ela tentava colocar força na voz, mas parecia que a cada palavra ela perdia as forças, o ar e calma. A garota que tinha sangue louisiano nas veias começou a chorar mais do que antes. — Deixe-a descansar, meu amigo.

Frank chorou mais um pouco. O calor que suas bochechas emanavam era muito notável por causa da vermelhidão das mesmas. Hazel quis deixar o amigo a sós e saiu com Nico do lugar, se despedindo de Frank e deixando condolências para o resto da família.

Frank decidiu ir ao banheiro rapidamente para lavar o rosto e tentar se recompor para o enterro de Emily, mas a paz que esperava encontrar enquanto estivesse lavando o rosto foi embora quando Jason o assustou no banheiro.

— O que está fazendo aqui? — Frank gritou nervoso e assustado.

— Achei que tínhamos resolvido que eu não tive culpa. — Jason entrou em defensiva.

Frank ficou o encarando, e Jason começou a ficar ansioso.

—Piper me disse para não vir aqui. — Jason começou. — Mas eu me vi aqui, eu tinha que prestar minha solidariedade de novo, Frank, para você e sua mãe. Além de que esse é o lugar em que nós dois podemos ficar um pouco em paz e calma, afinal a imprensa está nos perseguindo desde aquela noite, e eles não podem entrar nesse auditório nem em sonho.

— Prestou suas condolências. — Frank rosnou e o encarou. — Pode ir embora.

— Olhe Frank, eu realmente não gostaria de sair daqui sabendo que você ainda tem alguma mágoa contra mim, mas entenda que eu não sabia que o Primordial estava atrás de mim, e nem que vocês escutaram a conversa e sua mãe ia ver o que estava acontecendo... — Jason ponderou.

— Chega! — O grito de Frank foi alto, que ele achou que até seus parentes em Vancouver e Beijing o ouviriam. — Saí daqui Jason! Me deixe sozinho! Me deixe respirar! Você e os outros estão me sufocando. Só Hazel sabe perguntar sem ofender, sem machucar, sem remexer naquela noite!

Quando o oriental caiu de joelhos no chão Jason saiu do banheiro deixando Frank ter seu ataque de raiva ali.

–x-

Grover chegou no apartamento de Percy com Júniper e uma mala de lembranças para seus amigos. Além de Percy e Annabeth ganharem algum souvenir, Nico, Thalia, Bianca, e outros estavam com a lembrança reservada.

— Por quantos países vocês passaram? — Percy perguntou interessado.

— Cinco: Brasil, Peru, Colômbia, Panamá, e Costa Rica. — Júniper respondeu animada. — São países adoráveis, cheios de cultura natural e paisagens fantásticas.

Percy não entendeu o que Júniper quis dizer com cultura natural, mas não quis voltar ao assunto, afinal a garota tinha explicações que confundiam um pouco sua mente. Júniper largara os estudos em Engenharia Ambiental para fundar a ONG Ninfas Pelo Mundo com Grover, para ajudar a parar com o desmatamento, e também divulgando o estilo de vida hippie e vegan, que eles adotaram.

— Ah Percy, foram meses ótimos! — Grover tomou a frente da conversa. — E você? Como foram esses meses? Como está sendo a experiência de ser pai?

— Bem Grover, era sobre isso que eu queria conversar com você, mas em particular. — Percy olhou para Júniper, que entendeu o recado e disse que ia aproveitar e ver como andava a cidade, saindo do apartamento de Percy.

— Grover, os problemas são maiores que Atena, ou meus pais. — Percy começou a desabafar e Grover o olhou buscando entender o que aquilo significava. — Annabeth foi estuprada, e o maldito que fez isso quer me fazer sofrer e me matar.

E Percy contou sobre todos os problemas, angústias, sofrimentos, e turbulências que ele enfrentara, e das cartas que o Primordial enviara ameaçando não somente ele, mas quem tentasse descobrir quem esse ser era.

— Medonho. — Grover emitiu a palavra com receio e medo.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, espero que tenham gostado. Eu não sei como dar umas pistas sobre o Primordial (Mesmo porque eu ainda não decidi quem será ele, apesar e dois nomes estalarem forte na minha mente).
Mas, podem fazer qualquer pergunta que quiserem sobre ele, sintam-se a vontade!

Trecho do próximo capítulo
"Nico ouvia música enquanto observava o portão de desembarque, ansiando por Thalia, pela vontade de tocar de novo com ela."



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