Daniel Alexander escrita por Hikaru Hamano Inca


Capítulo 4
A Dor parece Eterna


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas está aqui.
Espero que gostem!



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Manhattan, Nova York.

Piper estava em seu quarto, que dividia com suas irmãs, Drew e Lacy, e com elas que discutia sobre Percy e Annabeth.

— Você só sabe falar sobre eles agora! — Drew se irritava com a irmã. — Se eu quisesse saber, perguntava para qualquer jornalista fofoqueiro do jornal da escola.

— Vocês não estudam no mesmo colégio que eu, se esqueceram? — Piper retrucou sua irmã oriental.

A família de Piper podia ser toda adotada, igual à Lacy, mas não era. A mãe delas, uma atriz de cinema muito famosa, chamada Afrodite, adotou além de Lacy, o único garoto Mitchell. Piper era filha do segundo casamento dela, com um ator descendente dos cherokee, enquanto Drew era do primeiro, com um diretor de cinema descendente de japoneses. Além dos quatro, a atriz tinha mais uma filha, infelizmente falecida.

— Mas poderia ainda estudar. Mamãe me tirou de lá porque eu era muito assediada, me pediam muitos autógrafos dela, e coisas assim. — Drew se vangloriou.

— Eu sei que você foi expulsa depois de dar um golpe no refeitório, essa mentira só cola com quem não te conhece. — Piper falou saindo do quarto, deixando Drew enfurecida, e a calada Lacy rindo.

Piper atravessou a enorme sala, e saiu do apartamento. Na rua, buscou por lojas que vendiam luvas, ferramentas, e câmeras. Ela havia embarcado na onda de Leo Valdez, se melhor amigo, que eles podiam fazer uma investigação própria. Buscou também algumas livrarias, para conseguir material para ler. Piper estava decidida que iria ajudar Annabeth e Percy desse jeito, não queria que fatos como a perseguição de carro por Manhattan, que seus amigos e seu namorado sofreram, se repetissem.

—x-

Hazel estava ansiosa para saber o resultado dos seus exames. A sala de espera do consultório estava vazia, e ela e sua mãe estavam apenas com a companhia da secretária. Depois de alguns minutos, o paciente que estava sendo atendido foi liberado, e finalmente Hazel, e sua mãe Marie, entraram no lugar.

— Boa tarde Dr. Asclépio. — Hazel educadamente cumprimentou o doutor e se sentou na cadeira em frente a mesa. — Como foram meus exames?

— Hazel, senhorita Levesque. — Ele parou um pouco e suspirou. — As notícias não são boas.

Hazel e sua mãe ficaram encarando o médico, esperando que ele se pronunciasse.

— Hazel, é triste, mas... — Asclépio fez uma pausa. — Você está com leucemia.

Hazel ficou sem reação por algum tempo, e quando voltou a si, começou a chorar, enquanto sua mãe já estava nesse estado, e ela saiu do consultório, começando a correr.

Hazel correu sem rumo. Entre as grandes avenidas e os becos e vielas de Nova York que ela estava vagando sem direção. Hazel então parou um pouco, respirou, e voltou a chorar. Ela não acreditava, afinal, era uma pessoa muito saudável, considerada entre os amigos, uma miss saúde. Ela virou o rosto para o lado, e viu um pequeno restaurante chinês aberto e resolveu entrar.

Do lado de dentro, a decoração remetia aos palácios chineses, dragões dourados se enroscavam nas colunas menores, e na principal, era um dragão cor de jade que se enroscava. Ideogramas que significavam “comida”, “sabor”, “alegria”, e similares, estavam escritos nas mesas, enquanto as paredes tinham quadros e desenhos chineses. O local está com poucas pessoas. No balcão do caixa, ela enxerga um rosto familiar, o do garoto dos achados e perdidos da escola.

Ela correu para ele, e o abraçou.

— Hey, garota do celular, o que você... — Ele corou com o abraço da garota, que voltou a chorar.

Ele a abraçou de volta, e colocou a dúvida do que poderia ter ocorrido para ela chorar daquele jeito. A garota então saiu do colo dele, pediu desculpas e saiu correndo do lugar, e após um pequeno choque, ele saiu atrás dela, mas foi impedido pela avó, que o chamará na cozinha do restaurante.

—x-

Nico estava no campus da faculdade com Will, a quem poderia chamar de diário, afinal ele sabia de todos os segredos de Nico.

— Você não pode abandonar a faculdade, pelo menos não agora. — Will brigava com Nico.

— Calado Solace! — Com ele Nico ficava mais rude, apenas por ele conhecer o verdadeiro di Angelo. — Eu preciso fazer isso, senão eu vou enlouquecer!

— Nico, eu sei pelo que você passou, pelo que a sua irmã passou, eu sei tudo sobre a estadia de vocês em Washington. — Will tentava persuadir Nico. — Mas eu te pergunto, é isso que a sua mãe ia querer? Que a mente brilhante que ela tem em casa deixe de aprender mais?

— Maldito seja você e a sua persuasão, Solace. — Nico empurrou o garoto e saiu correndo do lugar, deixando Will sozinho.

Após se afastar bastante do lugar, Nico chegou no centro de Manhattan, onde buscava por qualquer lugar onde pudesse se distrair dos problemas que sua vida lhe apresentava diariamente.

Ele percorreu os becos de Manhattan, onde encontrou uma pequena loja de tatuagens e discos, aparentemente vazia, e resolveu entrar. Depois alguns minutos vendo discos, ele saiu e esbarrou com uma garota que chorava muito, de cabelos encaracolados.

— Me desculpe! — Eles soltaram em uníssono.

A garota estava aparentemente cansada. Nico teve a estranha sensação de que devia ajuda-la. Ele segurou a garota e começou a conversar com ela.

— Qual o seu nome? — Nico a colocou sentada no degrau da loja que acabara de sair.

— Hazel... — A garota, muito cansada, não se importava mais com o mundo desde aquela tarde.

— E o que te deixou tão abalada, Hazel?

— Eu descobri que posso, e com certeza, vou morrer em breve. — E dito isso, Hazel voltou a chorar. — Eu tenho leucemia.

— Mas, Leucemia é curável, menos em um caso, mas nesse nunca foi registrado em crianças e adolescentes. Nico falou, tentando animá-la.

— Eu vou morrer, não adianta você dizer que eu tenho salvação. — Hazel falou. — E mesmo que eu possa sobreviver, eu vou sofrer muito.

— Isso eu não nego, Hazel. — Nico falou. — Você terá de ser muito forte. E você sabe qual o tipo de leucemia você tem?

— Não. — Ela ainda choramingava. — Eu saí correndo do consultório.

— Quando você chegar em casa você vai descobrir qual tipo é. — Nico falou pegando uma caneta no bolso. — Quando você descobrir, você pode me ligar. Esse é o número, e o meu nome é Nico.

Hazel assentiu com a cabeça, enquanto olhava o braço todo marcado pela caligrafia de Nico. O garoto a ajudou a levantar, e a levou até o ponto de ônibus mais próximo. Ali ele esperou pelo ônibus que fosse levá-la até o lar. Após Hazel embarcar, Nico voltou para o beco onde estava, e percebeu que a mochila da garota estava ali. Ele a pegou e resolveu leva-la consigo.

—x-

Piper ria muito, enquanto Leo continuava a fazer ajustes em alguma coisa. Jason acabara de abrir a porta do quarto de Leo, e encontrara a cena, desanimado com os amigos. Ele não entendia de onde vinha a fixação repentina pelo Caso Percy, mas também não queria magoá-los, dizendo que toda a investigação seria inútil.

— Boa noite. — Jason interrompeu. — Leo, vamos fazer o trabalho de sociologia?

— Sim, Super-homem, mas antes, eu só preciso terminar de fixar essa placa no meu novo equipamento. — Leo falou enquanto ajeitava a tal placa.

— Piper, enquanto isso, eu posso conversar com você? — Jason pediu, e eles foram para um canto do quarto de Leo, fixado em fazer sua nova máquina.

— Fala, Jason. — Piper ficou rapidamente preocupada.

— Vocês vão mesmo bancar os detetives? — Jason falou com tom áspero. — Vão mesmo brincar de Clue, até que quem esteja por trás desse pandemônio todo venha atrás de vocês?

— Nós temos uma pista, você sabe. — Piper retrucou. — O cara é canhoto, temos um caminho, e queremos ajudar Percy e Annabeth, afinal, sabemos que a polícia ainda nem conseguiu se mover nesse caso, apesar deles já terem sido atacados duas vezes. Eu não vou parar e aposto que Leo também não, mas se quiser pular fora do barco, fique a vontade.

Jason ficou parado, pensando. Ele sabia que seria tolice continuar com aquilo, mas se algo acontecesse com Piper e Leo ele não se perdoaria, afinal, era sua namorada e seu melhor amigo que estavam loucos para descobrir quem é o criminoso que atacou Annabeth e Percy.

— Eu fico nesse barco, só pra ficar de olho em vocês. — Ele abraçou Piper que retribuiu, e assim que se separaram a cherokee começou a comemorar.

—x-

Era madrugada, e Nova York nunca dorme, assim como alguns de seus cidadãos. Uma sombra está observando o quarto de Leo. O garoto aperfeiçoava alguma máquina, enquanto terminava de baixar um programa para a mesma. Apesar do horário, Leo fazia um barulho considerável e não tinha olheiras. Após alguns minutos, tendo concluído o trabalho, Leo foi se deitar, por isso desligou todas as luzes.

Do lado de fora, a sombra fez um corte silencioso no vidro, por onde jogou um objeto que caiu perto da mesa de Leo, e do objeto vinha um som de tic-tac.

Leo que quase dormia, ouviu o barulho e foi caça-lo, mas o tempo foi pouco, e quando já estava quase desistindo, a bomba explodiu.


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Notas finais do capítulo

Trecho do próximo capítulo:
"— Olha, é muito triste, mas no que isso me afeta diretamente, McLean? — Annabeth estava preocupada ao telefone, afinal, nunca ouvira Piper chorar tanto. — Uma carta? Para mim, Percy e vocês?"

Espero vocês lá!



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