Daniel Alexander escrita por Hikaru Hamano Inca


Capítulo 2
Um Dia Anormal


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu tô aqui de novo!
Agradeço aos reviews do capítulo passado!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572752/chapter/2

Manhattan, Nova York.

Percy corria pelas ruas e becos de Manhattam, até que esbarrou em Leo. As aulas do dia haviam acabado mais cedo, e Percy corria para a casa de Annabeth.

— Grávida? É sério? — Leo falou com o amigo. — Olha que eu nunca pensaria que Annabeth se entregaria antes de um casamento, ou sem proteção, ou todas as opções anteriores juntas.

— É sério Valdez! Ela nunca fez isso, e nunca faria, com ninguém. — Percy olhava para o prédio que estava na outra esquina.

— Então como é que ela está grávida, Cabeça de Alga? — Leo debochou de Percy.

— É isso que eu quero descobrir! — Percy atravessou a rua e se despediu de Leo, que jurou manter segredo, por enquanto.

O apartamento de Atena era uma cobertura com vista para o Central Park, toda em preto e branco. Enquanto o branco estava nas paredes e em alguns móveis, o preto estava no chão e no teto, além dos aparelhos eletrônicos e em outros móveis. Algumas vezes Percy via as coisas do lugar num tom de cinza, mas nesse momento enxergava cinza, pois estava com um pensamento devastador sobre Annabeth.

— Pode subir Percy. — Malcom olhava para Percy com um olhar de compreensão. — Ela me falou que esse filho não é seu, mas ela quer te contar tudo.

Percy começou a chorar, pensando por que Annabeth havia traído ele. Qual o motivo da garota mais perfeita do mundo ter o traído?

Ao chegar na porta do quarto, Percy bateu de vagar, e ouviu Annabeth murmurando algo. Ao abrir a porta, ele encontrou sua amada com os olhos vermelhos de tanto chorar. Annabeth estava sentada na cama, com o cobertor envolvendo suas pernas. O quarto, mais colorido que a casa inteira da mãe, estava gelado por causa do ar. Percy não sabia o que fazer.

— P-ercy... — Annabeth fungava. — Me desculpe, me... Me desculpe mesmo!

— Annie, como você está gravida, se nós nunca... — Percy foi interrompido por um abraço da garota, que pulara da cama na direção de seu amado. — Me conte o que aconteceu.

Annabeth se negou com a cabeça, e depois chorou um pouco mais em Percy.

— Por que você não quer me contar? — Percy indagou. — Por que foi alguém que eu conheço?

— Percy, eu... — Ela respirou e depois soluçou. — Eu fui estuprada.

Percy ficou paralisado. Como assim sua namorada foi estuprada, e não contou nada para ninguém?

— Conte-me melhor, Annabeth, por favor. — Percy a conduziu de volta à cama, onde ela tristemente se lembrou de cada coisa, que a deixava com ânsia de vômito e tonturas.

Algumas horas depois, a casa da família de Percy estava cheia de gente. Seus parentes mais próximos e seus amigos estavam ali para escutar o que Ele e Annabeth tinham para falar a respeito da gravidez.

— Gente, é o seguinte, eu e Annabeth vamos ter um filho, e vamos nos casar em breve. — Percy falou para os presentes. — Bem, é só isso, então, não precisavam ter vindo aqui.

— Percy! — A mãe e o pai de Percy falaram em uníssono. — Não fale assim para seus parentes! — Agora apenas a mãe dele havia se pronunciado.

— Desculpe, mas é isso. — Percy falou, segurou Annabeth pelas mãos e subiu para o quarto, junto de seus amigos, deixando os adultos na sala.

No quarto, Percy pediu um momentos à sós com Annabeth, e foi prontamente atendido.

— Annie, está tudo bem agora. — Percy falou com a namorada. — Nós vamos nos casar, e tudo ficará em paz novamente.

— Não, não ficará em paz. — Annie não parou de chorar desde que chegou na casa dos Jackson. — O cara que fez isso comigo disse que não me deixaria em paz, até me ver gritando de medo novamente.

— Hey, Annabeth, eu estou aqui e vou te proteger, custe o que custar. — Percy abraçou e depois começou a beijar a namorada. — Eu te amo Sabidinha, você nunca mais ficará desprotegida.

— Percy, nunca mais se separe de mim! — Annabeth pediu retribuindo o abraço de Percy.

Após mais alguns abraços e beijos, a janela do quarto de Percy foi apedrejada, e ele correu para debaixo da cama com a namorada, que gritava e chorava muito. A porta do quarto foi arrombada por Leo, que entrou com Piper.

— Percy, Annabeth, vocês estão bem? — Leo chegou arfando, procurando pelo casal.

— Sim, estamos! — Percy gritou debaixo da cama. — Estamos embaixo da cama.

— Podem sair, pois o perigo já passou. — Piper falou com eles, enquanto Leo olhava para a janela de Percy quase destruída.

— O que houve exatamente? — Leo perguntou sem desviar o olhar da janela.

— Estávamos aqui, quando de repente um bando de pedras veio e começou a quebrar a janela. — Percy falou, enquanto segurava Annabeth.

— Venham, vocês precisam se acalmar. — Piper ajudou Percy com Annabeth e eles saíram do quarto.

Ele aproveitou que Percy e Annabeth saíram do quarto junto com Piper e começou a procurar pelas pedras usadas no ataque. Encontrou algumas, paradas perto da cama de Percy, e outras perto da cômoda do garoto, até que encontrou uma que vinha com um papel amarrado.

— Finalmente te achei princesa. — Leo sorriu. As histórias de detetive que assistia e lia, sempre estavam certas. — Agora é só ver o que está escrito aqui...

Leo abriu o papel e se chocou com a ameaça que vinha dali.

— Dio Mio, isso é terrível! — Leo saiu correndo com o papel na mão, procurando Percy e Annabeth.

Ele desceu as escadas do dulpex até chegar na sala, que agora contava com poucas pessoas, entre elas seus amigos, e começou a fazer gestos desesperados com o papel.

— O que houve Leo? — Piper questionava-o.

— Deve ser o papel. — Jason falou, pegando a folha da mão de Leo, e lendo em voz alta. — “Atenção, isso não é brincadeira. Annabeth ainda sofrerá muito por mim e para mim, para o meu prazer. Será contagiante ter que acabar com Perseu Jackson utilizando sua namorada para isso, ou o contrário”. Que mau gosto é esse?

Annabeth chorou mais depois da carta. Não podia perder seu namorado, nem sofrer mais, nem se deixar vencer. Ela enxugou as lágrimas, e se pois de pé, chamando a atenção dos amigos e da família.

— Percy, acho que devemos ir para Nova Roma. Para cuidar do nosso filho. — Annabeth forçou um sorriso, mas a voz saía embriagada.

— O quê? — Percy se levantou da cadeira. — Mas nem eu, nem você terminamos de estudar, e Nova Roma só tem faculdades, Annabeth.

— Dessa vez eu me vejo a concordar com esse idiota! — Atena falou, olhando torto para Percy. — Em Nova Roma vocês não vão viver até terminarem o colegial.

— Concordo com Atena, o que também é muito estranho. — Poseidon, pai de Percy, falou.

— Mas acabamos de ser ameaçados, e vocês só pensam em estudos! — Annabeth nem acreditou que falou aquilo, na frente de sua mãe ainda por cima.

— Mas, Annabeth, vocês... — Atena foi interrompida por Annabeth, que soltou um grito altíssimo, e saiu correndo do lugar, deixando todos surpresos.

— Eu vou atrás dela. — Percy falou correndo atrás da amada, deixando o lugar.

Os remanescentes se olharam, pegaram suas coisas, se despediram, e foram para suas casas. Poseidon e Sally saíram para buscar Tyson, o irmão mais velho de Percy, que ficou preso no trabalho.

No apartamento de Hades, ele dormia profundamente do sofá, após a cansativa reunião de trabalho, quando Nico chegou, se esforçando para não acordar o pai. Possivelmente sua madrasta estava com o quarto trancado, por isso seu pai dormia ali. Nico não gostava de Perséfone, apesar dela ser a única pessoa da família a saber seu maior segredo. Tudo por que ele a deixou usar o computador dele, e ele se matava mentalmente cada vez que se lembrava disso. Chegando no seu quarto, entrou e trancou. Acendeu as luzes, que revelaram um quarto todo preto, com uma cama, suspensa, presa no teto, e uma escada grudada a ela. Embaixo, uma escrivaninha com seus jogos, seu computador, uma foto de sua mãe, falecida, e sua irmã. Nas paredes, uma tv, algumas estantes com diversos livros, pôsteres de bandas e jogos, e da sua janela, ele via um beco cheio de gatos. Ele abriu a janela, e deu um assovio, e um gato veio correndo para perto dele.

— Boa noite, Pequena Maria, quer comer? — Nico se pôs a conversar com o animal. — Venha, afinal eu comprei mais daquela ração que você adorou.

Nico pegou a gata, colocando ela num cesto, enquanto ele derramava uma ração no pote que tinha gravado o nome “Pequena Maria”. Nico começou a conversar com ela.

— Pequena Maria, se eu te contar o que aconteceu hoje, você vai ficar abismada. — Nico começou a se abaixar, e se deitou, encarando a gata. — Sabia que o seu sobrinho, Perseu vai ser papai? Ele conseguiu engravidar a namorada dele. — A gata fez um miado baixo. — Né? Não tomaram os devidos cuidados, e deu nisso, e ao que parece enfureceu muita gente também. —Nico sorriu, e começou a acariciar a gata. — Hoje eles foram atacados por uma saraivada de predas, mandadas por um ser soturno. Sabe o que mais mãe? Ainda tenho que entregar mais um trabalho para o Percy. Ele é sobre a Segunda Guerra Mundial, aquele período que você me disse que foi muito tenso, contando muitas histórias de nossa família. — Ele segurou a gata, e a abraçou, a fazendo miar de reclamação. — Você, Bianca, são as únicas pessoas que me aceitariam se eu decidisse falar, tirando, claro, ele, até porque ele sabe.

Nico deixou a gata terminar de comer, e foi em direção ao computador, enquanto fazia uma ligação do celular. Ligou a máquina, e começou a conversar com quem estava do outro lado da linha.

— Olá, você pode vir aqui, eu preciso conversar com você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um trecho do próximo capítulo, para animar vocês:

"-- Como assim? -- Jason seguiu ela pelo corredor, até o elevador. -- Hoje temos uma prova importante, e entregar um trabalho sobre a Segunda Guerra Mundial.

—- Esqueça, hoje temos que falar com Leo. -- Piper entrou no elevador. -- Ele quer falar algo sobre a ameaça que fizeram com a Annie e o Percy."

E aí, gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Daniel Alexander" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.