Daniel Alexander escrita por Hikaru Hamano Inca


Capítulo 1
Um Dia Normal


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, será uma longa história, com drama, quem sabe comédia, e com um mistério show!



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Manhattan, Nova York.

O sol nascia e Percy buscava o despertador para desliga-lo. Odiava o toque que ele colocara, de uma gravação da mãe de sua namorada gritando, mas era a única coisa que o acordava às seis da manhã. Ele preferia as ondas do mar, coisa que podia ter quando ia até Long Island, mas era um dia comum de aula. Nem sabia quando as férias iam começar.

Ele levantou, ainda com sono, e foi até o banheiro, onde se arrumou, e depois desceu as escadas do apartamento duplex em que morava com seus pais e seu meio-irmão mais velho. Nenhum deles estava na mesa quando ele chegou à sala de jantar. Seus pais viajavam de férias, enquanto seu irmão já devia ter saído para o trabalho.

Percy pegou um bolinho e saiu de casa. Ele desceu alguns andares até o segundo, onde tocou na porta negra que estava enfeitada com cenas de morte. Ele ouviu um barulho e a porta se abriu, e dela saiu um homem de terno negro, de gravata vermelha, e com uma maleta de couro legítimo. Era Hades, tio de Percy.

— Bom dia titio! — Percy falou sarcástico. — Tudo bem?

Hades suspirou antes de começar o diálogo.

— Sim, tudo excelente Perseu, apesar de você sempre aparece aqui de manhã. — Hades foi tão irônico quanto Percy. Eles tinham apenas um respeito de caras que se encontram diariamente. — Bem, eu sei que você vai entrar, então, não toque em nada.

— Ok, ok! — Percy gesticulava para o tio não se exaltar.

O apartamento de Hades era quase todo negro. Paredes, teto, chão, tudo era escuro. Os sofás tinham estampas de animais, mas todos sintéticos, para não desagradar a sogra de Hades, uma ambientalista vegan. Os móveis todos de madeira, e alguns eram talhados para lembrar ossos e esqueletos. No alto da sala de jantar a figura de um anjo negro voando pairava por cima da mesa, pendurada no teto. E era lá que Percy encontrou Nico di Angelo, seu primo. Nico devorava cereais de chocolate com leite, enquanto lia o jornal.

— Nico! Finalmente te achei, cara! — Percy sentou na cadeira ao lado da dele. — Você fez o que eu te pedi?

— Sim, sinto saudade de fazer esses trabalhos de escola. — Nico falou, parando de comer os cereais. — São como um hobby, um hobby nada ético, mas divertido. — O garoto retirou uma pasta de dentro de uma gaveta que havia na mesa.

— Nossa, valeu! — Percy falou abraçando, recebendo um suspiro de desapontamento, como se Nico já suportasse aquilo por um bom tempo. — Já te disse que você é o melhor primo do mundo?

— Você fala isso todo o dia, mas ainda acredito que sua resposta no Natal em que nós tínhamos nove anos seja mais sincera. — Nico respondeu para Percy.

­— Magoou. — Percy fingiu desapontamento. — Então, você vai para a sua faculdade hoje? — Percy perguntou olhando para Nico, ainda de pijamas.

— Hoje não. Essa semana toda para falar a verdade. — Nico virou a página do jornal. — É semana de alguma coisa lá, em que transformam aquilo tudo num circo idiota, e eu não vou participar como recrutador de imbecis novatos, apesar das aulas já terem começado faz uns dois meses.

— Entendo. E, eu vou indo, para não me atrasar. — Percy se levantou, olhou para varanda, onde viu as flores de sua tia, e logo depois saiu do lugar.

O dia estava ótimo, o sol brilhava, mas não estava um calor de matar. Percy estava no pátio da Escola Meio-Sangue, um nome exótico, mas excelente na visão de Percy. Ele esperava pela namorada, Annabeth, e enquanto isso jogava em seu celular.

— Don’t touch the spikes, cara. É sério? — Um garoto de aparência latina chegou e sentou-se ao lado dele.

— Sim Leo, eu estou entediado, Annabeth ainda não chegou, e não tô muito a fim de conversar. — Percy respondeu ao amigo.

— Entendo miguxo! — Leo falou dando um abraço no amigo, e saindo logo em seguida.

O tempo passou, e nada de Annabeth. Percy teve que ir para sala, e Annabeth nunca chegava. Ele pensou em falar com a diretora da escola, que era mãe dela, mas ela também não havia ido, assim como Malcom, o irmão de Annabeth.

— Estranho, muito estranho. — Percy murmurou.

— O que é estranho, Bro? — Jason, outro primo de Percy sentou ao lado do mesmo na aula de química.

— Ninguém da família de Annabeth apareceu até agora! — Percy se virou para o primo. — Cara, eu tô muito preocupado com ela!

— Quando as aulas acabarem você pode ir na casa dela. — Jason sugeriu ao primo.

— Eu sei, mas eu tô com uma sensação estranha, como se algo tivesse acontecido com ela. — Percy respondeu.

— Senhor Jackson e senhor Grace, podem parar de se falar, e prestar atenção na aula? — O professor reclamou com os dois. — Afinal, estou a cinco minutos esperando vocês me responderem o que é uma isomeria óptica.

— Desculpe professor! — Os disseram em uníssono, e aula prosseguiu.

Assim que a aula acabou, Percy e Jason foram para o pátio da escola, onde se encontraram com os amigos. Enquanto caminhavam para o refeitório, o alto falante do lugar começou a fazer ruídos, e uma voz começou a falar através do aparelho.

— Senhor Perseu Jackson, a Diretora está encarecidamente lhe chamando para o seu gabinete. — O aparelho fez mais um ruído até parar.

— O que você fez Percy? — Jason soou preocupado.

— Só espero que não tenha colocado fogo nas lixeiras, ou libertado as rãs da dissecação. — Hazel, uma amiga deles, também se pronunciou olhando para Leo e Piper, a namorada de Jason.

— Desculpe, mas as rãs são seres vivos, não devemos trata-las com crueldade! — Piper respondeu ao olhar de Hazel, enquanto Leo arregaçava as mangas, mostrando uma tatuagem: “bad boy supremo”.

— Ok gente, eu vou ver o porquê de me chamarem. — Percy caminhou rumo a Direção.

O prédio da Direção era separado do resto da escola, assim como o do refeitório, todo pintado de azul, com pinturas de heróis gregos e romanos gravados nas paredes, além de outras artes históricas. Por dentro era como um escritório, cheio de arquivos, computadores, e muitas pessoas correndo de um lado para o outro. A sala de espera para o gabinete da diretora era mais calmo, com um sofá, uma janela onde se via outras alas do lugar, e uma mesa com um computador, e mexendo nele, estava a secretária da Diretora, Aracne.

— Senhor Jackson, que surpresa vê-lo aqui. — Aracne falou ajeitando os óculos que trazia no rosto. Era muito bela, e sempre usava roupas feitas por ela mesma.

— Eu também estou surpreso, senhorita Aracne. — Percy falou, tentando não reparar no avantajado decote da mulher. — A Diretora está?

— Claro, pode entrar! — Aracne se levantou e abriu a porta, por onde Percy entrou.

O gabinete era grande. Todo branco, possuía colunas gregas, que remetiam ao Parthenon, e uma janela que mostrava todo o terreno da escola. Estantes de livros ocupavam toda a extensão das paredes, e todas estavam cheias. Uma mesa ficava a frente da janela, e nela estava a sogra de Percy, e diretora da escola, Atena.

— Senhor Jackson, ou melhor, Percy. — Atena se levantou. — Como você está?

— Muito bem, senhora, digo, Diretora Atena! — Ele se aproximava da mesa.

— Que bom, muito inteligente sua resposta. — Atena fez um gesto para que ele se sentasse. — Porque em breve você pode ser um adolescente de 17 anos morto.

— O que? — Percy curvou a cabeça. Não entendeu o porquê dela falar aquilo. — Por que eu seria morto?

— Perseu Jackson, se eu pudesse, eu te matava, te esfolava, te incendiava, triturava, enforcava, empalava, esquartejava, faria o diabo a quarto, e o mesmo com o ridículo do seu pai. — Atena gritava. — Mas não posso.

— Eu ainda não entendi nada! — Percy se levantou da cadeira.

Atena, impulsivamente chegou perto do garoto sorrindo, e colocou as mãos nos ombros dele, o que o fez ficar receoso.

— Annabeth está grávida, e tudo graças a você, seu Cabeça de Alga galanteador! — Atena chutou as partes íntimas de Percy, que se sentou na cadeira novamente. — Sabe o que vai acontecer agora? Vocês vão ter que criar um filho, um filho que eu aposto que não era desejado para agora.

— Por isso que ela não veio hoje. — Percy falou consigo mesmo. — Eu preciso falar com ela!

— Não antes de comunicarmos aos seus pais. Quero ver a reação daquele pescador maldito. — Atena pegou o telefone. — Por mim, Annabeth nunca ficaria com você, mas mesmo que se separem um quarto do meu DNA será misturado com o DNA de peixe seu e do seu pai! Isso será a maldição da minha vida.

Percy ainda absorvia o que acontecera no gabinete de Atena. Annabeth estava grávida, mas uma certeza sobre esse filho ele tinha: Ele não era o pai.


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Notas finais do capítulo

Bem, um trecho do próximo capítulo, para animar vocês: " Finalmente te achei princesa.
Leo sorriu. As histórias de detetive que assistia e lia, sempre estavam certas.
Agora é só ver o que está escrito aqui...
Leo abriu o papel e se chocou com a ameaça que vinha dali.
Dio Mio, isso é terrível!
Leo saiu correndo com o papel na mão, procurando Percy e Annabeth."

E aí? Gostaram?



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