Daniel Alexander escrita por Hikaru Hamano Inca


Capítulo 14
É crendo de Coração que se obtém a Justiça


Notas iniciais do capítulo

E aí povo, como vão?
Bom, antes de tudo, eu venho me desculpar com vcs! Aconteceram algumas coisas na minha vida nos últimos meses, entre elas, a minha entrada na Universidade! Então eu realmente não conseguia ter tempo para vir escrever aqui, e espero mesmo que gostem, pq a história vai entrar no clímax por agora, hein!
P.S.: Vou tentar voltar ao ritmo de 1 por mês, ok, mas por enquanto não prometo nada! >.



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Manhattan, Nova York.

Percy estava impaciente e chocado. Leo ser o Primordial não descia por sua garganta de maneira alguma.

Reyna tomava um copo de café encarando o latino através do vidro da sala de interrogatórios. Ela serenamente mudava a posição da cabeça para encarar ora Leo, ora Percy e Annabeth ao seu lado, com o filho de Poseidon ainda atônito com os últimos acontecidos.

A delegada só se arrependeu de ter ligado para eles tão cedo numa véspera de ano-novo conturbada, onde se dizia que uma nevasca arrasadora poderia cair sobre toda a Nova York. A princípio ela queria somente o Perseu ali, mas Annabeth com certeza insistira para estar com o namorado.

— Como você pode ter tanta certeza? — Percy a questionou depois de um tempo. — Como estar tão certa de que ele é o Primordial?

— Eu vou ter uma conversa com ele, e você entenderá o porquê disso tudo Percy. Pode acreditar em mim. — Ela falou voltando a beber o café. — Só espere mais um pouco, quero observar mais as reações dele a esta situação, quanto tempo ele aguenta. Aproveitem e tirem um cochilo, vocês merecem.

Do outro lado, Leo andava de um lado para o outro gritando, e de vez em quando batia no vidro clamando por Reyna. O jovem já havia chorado um pouco, e se Reyna estivesse certa eram lágrimas de raiva que saíam de seus olhos.

—x-

Nico acordou sabendo da prisão de Leo por Bianca.

— Maldição, aposto que nem se deram ao trabalho de investigar tudo direito. — Nico falava se vestindo e tentando ligar para Will. — Sempre pegam o latino pra Cristo. Se não tem latinos envolvidos são os árabes, senão, os chineses.

— Nico, menos, bem menos. — Bianca tentava fazê-lo ficar em casa. — Você não tem necessidade de ir lá.

— Eu tenho, eu devia ter ido ontem inclusive. — Nico falava enquanto amarrava os sapatos. — Mas a minha enxaqueca estava tão forte com esses pensamentos que deixei, estupidamente, para ir hoje.

— Afinal, o quê que houve com você ontem? Por que você estava tão assustado? Você veio pálido pra casa. — Bianca interrogou o irmão. — O quê que te abalou daquela forma Nico?

— Coisas, Bianca, coisas que podem livrar o Leo da cadeia inclusive. — Nico correu e saiu sem a irmã poder esboçar reação.

Bianca então saiu atrás dele. A menina desceu as escadas como o Flash faria, e logo estava do lado de fora do edifício, apenas vendo Nico entrar num táxi e partir. A filha de Hades não hesitou e logo pegou outro táxi para ir atrás do irmão.

—x-

— Percy, Percy... — A voz longínqua de Reyna tirava Percy de um pequeno cochilo que ele resolvera tirar.

 — Quero os doces azuis. — O rapaz respondeu sonolento.

— Sem doces para você, eu preciso que você acorde nesse momento. — Reyna explicou. — Eu vou conversar com o Leo agora, e quero você acordado e atento em tudo, por favor.

— Por quê? — O jovem esfregava o olho enquanto tentava se por de pé. Ao lado dele, Annabeth já roncava profundamente.

— Você verá. — Reyna o avisou. — Mas acima de tudo, quero que você me ajude. — E de costas, a mulher entrou na sala de interrogatório, preparada para enfrentar Leo Valdez, aquele que poderia ser o Primordial.

—x-

Hades tomava coragem mais uma vez. Estava em frente a fachada do prédio de Hazel, tremendo, não só de frio, mas de ansiedade. Observava a janela do andar da família Levesque, pensando em qual seria a reação de Marie e de sua filha diante de seu retorno.

— Marie! Marie! — Ele gritou no meio da rua semidesértica, numa véspera de fim de ano, e com ameaça de uma tempestade se aproximando.

O homem se preocupava de não ter ninguém no prédio, como acontecera da última vez que tentara chamar a dita feiticeira. Gritou mais alto e mais forte, atraindo de novo a ira dos vizinhos das Levesque, até que Marie apareceu na janela para acabar com a confusão.

Os olhos de Hades se encheram de felicidade quando a amiga e ex-amante o chamou para entrar.

— Saudades Marie. — Hades a abraçou, e foi retribuído. — Muitas saudades.

— Por que você sumiu da vida dela? — A mulher foi direta. — Ela nem se lembra do teu rosto, apesar de te amar de uma forma que até me espanta as vezes.

— Eu sei, eu sei, mas era necessário. — Ele começou a se explicar. — Eu precisava focar nos meus filhos, especialmente em Nico. E apesar disso não sou só eu que estou errado.

— Ele é um bom menino, mas não entendi o porquê dessa última frase. — Marie indagou o tio de Percy.

— Há quanto tempo vocês estão em Nova York? — O executivo perguntou à mulher. — Por que você não me avisou? Do nada na ceia de Natal eu vejo Hazel, crescida, inconfundível, e doente.

— Eu ia te mandar uma carta... — Ela respondeu sendo cortada.

— Que ia antes para Nova Orleans, para aí voltar pra Nova York, não é? — Hades falou com a mulher. — Há quanto tempo vocês estão aqui em Manhattan?

— Sim, eu pedi para fazerem isso para mim por lá. — A mulher começou a ficar com os olhos lacrimejados. — Eu vim há sete anos, mais ou menos, com Hazel. Eu ia te avisar, porém Maria acabou morrendo, e eu fiquei mal, e esperei, mas aí você se casou com a modelo, então eu resolvi ficar quieta até achar a hora que fosse pertinente eu reaparecer.

— Podia ter sido há qualquer momento! — Hades engasgou. — Eu queria tanto ter visto a minha segunda crescer. Por favor, não esconda mais ela, não me esconda mais dela. Eu vou aceitar todas as dores para ter ela perto de mim!

Marie começou a chorar e abraçou Hades.

—x-

Reyna conseguiu acalmar Leo, que depois do surto, pode beber uma água e respirar.

— Então Leo, me diga, com uma prova consistente, o porquê de você não ser um dos maiores criminosos que Nova York inteira já viu? — Reyna questionou o latino exalando tranquilidade.

— Porque eu quase morri pelas mãos dele também! — O menino exclamou. — E duas vezes! Duas!

— Mas você pode ter planejado isso tudo Leo Valdez! — Reyna falou. — Você saiu muito bem em relação aos dois atentados, além de ter encontrado, se podemos falar assim, a maioria das provas, se podemos dizer provas, sobre o Primordial.

— Eu sou um bom detetive, fazer o que... — Leo conseguiu rir depois da frase. — Por isso eu me encanto tanto com seu trabalho detetive, mas infelizmente vocês tem barreiras legais para cumprir, e isso deixa tudo chato.

— Entendo o que você fala, mas é para isso que a lei existe. — Reyna deu um suspiro. — Me convença de que você não tem um cumplice, Leo, alguém que te ajude a emboscar tudo isso para o Percy. Afinal, você estava com ele em dois ataques.

— O do carro e o das pedras no quarto dele. — Leo parou e refletiu. — É tão óbvio que tem alguém junto com o Primordial, que eu nunca pensei em como caçá-lo, senão por este cidadão que ajuda nas maldades desse asqueroso.

— Quem você chamou pra te ajudar? — Reyna engrossou a voz, o que deixou Leo assustado. — Nico di Angelo? Jason Grace? Tyson Jackson? Quem é o seu cúmplice?

— Por que você acha tanto que eu quero ferrar o Percy? — Leo perguntou para ela.

— Porque ele sempre foi melhor que você, sempre teve mais amigos, melhor nos esportes. — Reyna jogou a isca. — Ele não foi maltratado por outros alunos por ser parecido com um elfo latino. Aposto que nunca ouviu que seus pais eram traficantes de drogas, nem que eles tentavam roubar empregos, muito menos, que a família dele vivia na selva batucando tambores e danças mestiças e sincréticas.

— Se fosse por isso, eu nem teria me tornado amigo dele. — Leo retrucou. — Percy é muito mais do que vários alunos da Escola Meio-Sangue, afinal, ele me acolheu, ele faz piada, faz, mas porque eu permito, ele tenta entender os outros, coisas pelas quais eu nunca ia deixar de ajuda-lo quando ele precisasse, e ele precisou, e eu fui, investiguei, e acredito que se juntarmos o que sabemos, nós vamos capturar esse monstro.

— Por isso que eu sei que você não é o Primordial, Leo. — Reyna suspirou.

O tempo parecia ter parado por uma eternidade, quando o latino recuperou os movimentos da face.

 — Como assim? — Leo se enfureceu um pouco. — Você tá me usando de isca?

— Mais ou menos Valdez. — Ela se levantou da cadeira primeiro. — Infelizmente foi necessário, além do mais, até o fim do dia espero que você não saia daqui, possivelmente até o fim da semana.

— Me fala, Delegada Reyna, me fale, por favor! — Leo implorou, se derrubando aos pés da oficial, e agarrando suas pernas. — Me deixa saber.

— No momento certo, mas antes, você merece comer. — Reyna falou pegando uma bandeja de comida e entregando para ele, que se desgrudava das pernas dela para receber o objeto.

— Então pode me falar pelo menos uma coisa? — Leo pediu, recebendo um olhar curioso da policial. — Como descobriu que eu estava te seguindo naquele dia?

— Um bom mágico não revela seus segredos tão facilmente. — A ferina policial falou, enquanto deixava Leo comendo com muitas dúvidas na cabeça, saindo de cena e trancando a porta da sala.

—x-

Reyna saiu da sala, chamando alguns oficiais e logo encarou o casal Percy e Annabeth, onde a loira estava dormindo, e começou a conversar com Percy.

— Então ele é ou não o Primordial, ó grande detetive Reyna. — Percy jogou ironia no fim da pergunta.

— Sim e não, Perseu, ele está inocentado, mas precisamos que achem que capturamos o verdadeiro. — A porto-riquenha suspirou e se sentou em outra cadeira, encarando os olhos azuis do menino com quem conversava. — Percy, você se lembra quando eu disse que todos seriam investigados?

— Sim. — Concordou ele ainda desanimado. — Você prometeu aquilo antes disso tudo.

— E você acha que todos foram investigados? — Ela o questionou.

— Se eles foram, vocês da polícia foram tal qual um Sonic. — Falou Percy jogando um pouco de ironia na fala. — Ou melhor, Barry Allen, o homem mais rápido do mundo.

— Realmente. — Reyna suspirou. — É óbvio que não investigamos todo mundo, apenas marcamos depoimentos Perseu, só para testar uma armadilha para o Primordial, que ele, eu espero, deve ter caído bem direitinho.

— Como assim? — Percy se atentou no que a detetive dizia para ele.

— Lembra do que eu te falei a respeito do depoimento da Annabeth? — Reyna recordou o fato. — Disse que não podia fazer aquilo, pelo menos naquela situação.

— Claro. — Percy enrubesceu o rosto, e virou-se para observar a namorada grávida dormindo na cadeira ao lado. — Na visão dela, Nico é apaixonado por mim, ou foi apaixonado, enfim.

— Eu só te contei para ver a sua reação, e mais, para que o Primordial soubesse de que você sabia ou tinha ideia sobre o Nico ser apaixonado por você, porque ele nunca teve a verdadeira paixão, o verdadeiro amor do Nico, e não só do Nico, apesar de querer muito. — A porto-riquenha falava, em tom mais baixo. — Eu sabia que ele ia de alguma forma escutar isso.

Naquele mesmo tempo, Nico di Angelo entrou disparado pela porta principal do andar da delegacia, assustando alguns funcionários e pessoas que aguardavam selecionar seus casos.

— Detetive Reyna, eu tenho um assunto urgente para tratar com você. — Ele gritou desesperado, assustando aos dois que dialogavam ali. — Eu sei quem é o Primordial e ele sequestrou a Thalia, para muito possivelmente matá-la.

Reyna olhou absorta para Nico.

— É sério, e nós não temos tempo. — Ele respondeu buscando tirar a policial do transe.


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Notas finais do capítulo

Bem, ainda vem uma palinha do que já está escrito, como sempre!
Prévia:
— Eu te conto no caminho, mas temos que ir agora para a Escola Meio-sangue. — Nico falava tentando puxar Reyna pelas mãos.
— Explique-se melhor Nico di Angelo! — Bianca interrompeu o irmão. — Que história é essa?

Até o próximo!



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