Daniel Alexander escrita por Hikaru Hamano Inca


Capítulo 13
Não vou Parar até te ver Pirando


Notas iniciais do capítulo

Olha a fogueira!
É mentira!
Olha a cobra!
É mentira!
Olha o capítulo de Junho de Daniel Alexander!
É verdade!

Divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572752/chapter/13

Manhattan, Nova York.

Frank estava com seus irmãos em frente ao novo lar de Leo Valdez. O sino-canadense utilizou o cargo de achados e perdidos para encontrar o endereço de Leo e tentar ver o que o descendente de latinos tinha investigado.

— Vamos logo com isso Frank! — Deimos falou se aproximando da porta do edifício. — Afinal, não temos toda a madrugada do mundo.

— Eu sei, eu sei! — O Zhang falou apreensivo.

O trio com um grampo abriu a porta do edifício, e já dentro do prédio correu pelo Hall do lugar até as escadas. Subiram até o terceiro andar, e na porta do apartamento de Leo arrombaram a porta silenciosamente. Do lado de dentro, se esgueiraram pelos cômodos, até encontrarem o quarto do menino latino, cuja porta eles também arrombaram em silêncio.

Dentro do lugar encontraram o computador e dois notebooks ligados, alguns jornais e cópias de cartas. A cadeira de rodas estava ao lado da cama, Leo roncava e soltava alguns grunhidos que amedrontaram um pouco Frank.

— Vamos acordá-lo agora, ou só depois de encontrarmos algo? — Frank perguntou para os irmãos.

— Vamos vasculhar, e se não encontrarmos nada, acordamos o Señor Tacos Felizes aí. — Phobos respondeu ao irmão, se pondo a procurar qualquer coisa para ajuda-lo a encontrar o assassino de sua mãe.

Aproveitaram a deixa dos computadores ligados e buscaram neles qualquer dado que o latino tivesse conseguido. Frank buscou entre pastas e pastas, enquanto Deimos se cansou e foi procurar em cantos do quarto do garoto.

Logo, porém, Phobos e Deimos demonstravam cansaço, enquanto Frank percorria os olhos por todas as letras dos arquivos que Leo possuía. Em sua cabeça, o sino-canadense só pensava em não vacilar, afinal, ele tinha que vingar a morte de sua mãe.

—x-

Percy e Annabeth estavam se encarando fazia alguns minutos. O garoto estava revoltado com a informação dada pela namorada para a delegada Reyna.

— Eu não menti Percy, você sabe disso. — A jovem falava encostando as mãos no rosto, estressada com o escândalo do namorado.

— Mas, de onde você tirou essa doideira de que o Nico se apaixonou por mim? — Percy bufou. — Atualmente ele deve preferir me ver num caixão, ou sei lá, no Everest.

— Eu estava refletindo sobre isso há alguns dias Percy. — A menina segurou nas mãos do namorado, encarando Percy novamente. — Você realmente nunca teve nada com o Nico?

Percy encarou a namorada, abismado.

— Como assim? Você realmente acredita nisso? — Percy levantou a voz. — Acredita que eu fiz aquilo com ele?

— Não é isso que eu estou falando Percy, é de outra coisa. — Annabeth também elevou o tom de voz. — Eu sei que você teve um relacionamento com a Thalia, mas o Nico, você também não teve nada com ele nesse sentido? Você nunca alimentou nenhuma esperança dele ter alguma coisa com você?

Percy bufou. O jovem se sentou na cadeira e bufou mais um pouco, juntando as mãos sobre a testa.

— O Nico é gay Percy, eu acho que você já deveria saber disso. — Annabeth complementou e saiu do quarto do namorado bufando.

Quando a porta fechou, Percy começou a chorar. Chorando mais e mais relembrou de quando era mais jovem, assim como Nico. Lembrou-se do “mini gênio” que era como o chamava, brincando com o alto intelecto do primo. Os vários trabalhos feitos por Nico como passatempo para ele, também passaram pelos pensamentos de Percy. O filho de Poseidon também se lembrou das idas da família a Long Island, enquanto vislumbrava a cidade no intenso da noite com várias luzes iluminando-a, e por fim, do dia em que, na mesma Long Island, ele deu o primeiro beijo de Nico di Angelo.

—x-

Nico estava com um terço em mãos. Rezava os Santos Mistérios na quase vazia Igreja de São Thomas More, perto do Central Park. Bianca o acompanhava na meditação dos mistérios, na fria antevéspera de Ano Novo.

Nico havia colocado Hazel e o transplante nas intenções pelas quais rezava. Ele estava muito preocupado com a menina Levesque, que deixara chorando no apartamento que ela dividia com a mãe. Nico queria fazer o exame, para saber se era no mínimo compatível com Hazel. Estava decidido, mesmo que Will tivesse aconselhado que ele pedisse para os familiares também tentarem.

Os dois já terminavam as rezas, e logo caminhavam para fora da construção. Ali, no frio de Nova York, se abraçaram e a menina seguiu para casa enquanto Nico saiu andando na direção do Central Park. Encarando a paisagem cinzenta, viu as pessoas correndo para comprar algumas coisas, afinal, os noticiários prometiam uma nevasca violenta para logo depois da virada do ano.

O menino, além de Hazel, trazia também nos pensamentos o primo. Percy o encantara e o deixara desolado. Era quase como a nórdica deusa Hel, conhecida por causa de suas duas faces: uma bela e viva, e a outra decrépita e morta. Assim, tempos atrás, foram definidos os contraditórios sentimentos que Nico sentia pelo parente de olhos verdes: algumas vezes bons, e outras vezes, horrendos.

Andando pelo Central Park, coberto pela neve, o menino relembrou muito de sua infância. O assassinato da mãe, a infância com Percy, Thalia, e Jason, onde seu pai ficara meio recluso e Bianca fora para Itália. Tinha alguns flashes do também recluso Tyson, e dos momentos em que ficava com Sally e Poseidon.

Lembrou-se de Thalia cantando pela primeira vez, enquanto a mãe dela e de Jason ainda era viva, e do convite recente que a prima fez para eles tocarem para todos na véspera de Ano-novo. Nico ainda pensava se aceitaria ou não. A festa agora seria na casa de Zeus, seu tio workaholic, mas desde que o a violência que ele sofreu veio à tona, Nico evitava estar no mesmo lugar que Percy.

— Nico di Angelo? — Uma voz o chamou.

Nico buscou a voz, sem saber de onde vinha, nem quem o tinha tirado dos pensamentos.

— Volte até o último banco! — A voz falou de novo.

Nico ficou intrigado, e resolveu continuar andando. Nisso um som de tiro veio e o gorro que ele usava na cabeça foi levado por uma bala até o chão alguns metros a frente. Assustado, o jovem preocupado voltou até o último banco do caminho que fazia. Ali pegou um papel, e lendo ficou incrédulo. Agora sabia de quem era a voz.

O jovem virou a cabeça de um lado para o outro, buscando alguém, mas só via a neve fina caindo sobre a neve que já estava no chão, sobre as árvores farinhadas pelo branco, e sobre os prédios que estavam na paisagem.

O di Angelo buscou o gorro e saiu correndo para fora do lugar. Assustado, tremia também com um pouco de frio. Ele pensou onde poderia ir com aquela informação, quando uma luz veio na sua cabeça e ele acelerou.

— Corra, Nico di Angelo, corra, afinal, não pode mais salvá-la. — A voz falou observando o menino saindo pelo portão. — Eu a condenei antes de fazer essa sentença.

—x-

Leo gritou, mesmo que estivesse sozinho em casa até o dia 10, que era quando sua mãe voltaria de Santa Fé, no Novo México. Ele acordara com Frank Zhang, seu colega sino-canadense cochilando no tapete do quarto, além de dois outros caras dormindo abraçados num puff gigante que tinha num canto do quarto, o qual tinha sido presente de Piper.

Frank logo acordou com o berro de Valdez, e assustado, começou a pedir desculpas por ter entrado no apartamento dele sem permissão.

— Frank, eu sei que raramente troquei palavras com você, mas podia ter me pedido para vir aqui, sabe. — Leo falou furioso tentando manter seu disfarce de paralítico. — E quem são aqueles dois, o que vocês vieram fazer aqui? Por que invadir a minha casa?

— Sinceramente Leo, eu quero te ajudar. — Frank falou fitando o chão, e Leo encarou o descendente de asiáticos desconfiado. — Acho que você sabe o que aconteceu com a minha mãe.

— Sim, toda a cidade, senão, todo o país sabe o que aconteceu com a brava Emily Zhang. — Leo respondeu tirando a coberta e virando as pernas e o corpo na direção do chão. — Foi o Primordial, correto?

— Sim, não o vi, mas, ele ia atirar naquele seu amigo, Jason, quando acertou na minha mãe. — Frank ia começar a chorar, quando resolveu prosseguir antes de soltar as lágrimas. — Ela caiu no meu colo, e eu a abracei enquanto ela perdia toda a vida.

— Espera, o Jason já se encontrou com o Primordial? — Leo se pôs de pé sem pensar, assustando Frank. — Isso pode nos dar uma nova luz! Eu preciso falar com ele!

A campainha de Leo então toca várias vezes, acordando Phobos e Deimos, e atrapalhando o latino que tentava se ajeitar na cadeira de rodas.

— Frank, vá abrir para mim, por favor. — Leo falou, enquanto Phobos e Deimos ainda estavam desorientados em cima do puff.

Frank atravessou a casa, e em frente a bela porta branca dos Valdez, olhou pelo olho mágico vendo apenas o corredor do prédio.

— Quem está aí? — Frank gritou.

— A Polícia de Nova York — Uma voz feminina gritou do outro lado. — Aqui é a Delegada Reyna Avila Ramírez-Arellano, abra a porta agora!

Frank assim fez e Reyna entrou com outros dois policiais apartamento adentro.

No quarto, Leo saía, e ao encontrar a policial abriu um sorriso travesso.

— Delegada, eu tenho uma novidade, uma boa novidade.

— Que bom Leo, vamos aproveitar que você já vai para delegacia, e lá podemos falar a vontade.

— Como assim? E por que você veio com mais dois tiras? — Leo questionou, enquanto os policiais o puxavam da cadeira. — O que tá acontecendo?

— Leo, eu também recebi uma novidade hoje. — Ela falou retirando as algemas do bolso. — Detetive Ramírez-Arellano. Leo Valdez, você está preso, acusado de ser o criminoso popularmente conhecido como Primordial. —Ela falou algemando o adolescente, que se espantou. — Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que você disser poderá e deverá ser usado contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Se você não puder pagar um advogado, um defensor lhe será indicado. Você entende seus direitos?

Um chocado e atônito Leo foi levado de pijamas para a delegacia sob o olhar de Frank. Phobos e Deimos pularam pela janela ao ver que era a polícia que chegava ao quarto para vasculha-lo, e ficaram no beco ao lado do prédio, esperando a movimentação dos mesmos cessar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou dizer, tive um trabalhão com esse capítulo, mas valeu a pena!
Espero que tenha gostado!
Sugestões, críticas, elogios, comida, e barras de ouro imperial que valem mais do que dinheiro nos reviews! XD

P.S.: No próximo vem a grande revelação da história! E vocês, já descobriram quem é o Primordial?

Preview de Julho e até lá:
"Percy estava impaciente e chocado. Leo ser o Primordial não descia por sua garganta de maneira alguma."



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Daniel Alexander" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.