Do not be a princess. escrita por Haane


Capítulo 5
You are the princess of real life


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por adicionar as historia a seus favoritos Natalie, fico imensamente feliz :D



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Finalmente adormeci, quando escutei um farfalhar de folhas. Levantei rapidamente e depois me encolhi novamente, e se for algum indígena? Ou canibais? Não esse não pode ser meu fim de jeito nenhum. Olhei para cima e vi um par de olhos. Soltei um grito involuntário.

— Zara!

Olhei para baixo e vi Erick. Tentei descer o mais rápido possível. Que bicho era aquele? Corri para os braços de Erick totalmente aliviada por ele ter me achado. Afundei meu rosto em seu ombro, agradeci mentalmente por seu abraço quente.

— Você está louca? Por que você saiu pro meio da ilha de noite? - Disse segurando o meu rosto. Segurei sua mão

— Obrigada. - Agradeci em um fio de voz, foi quase inaudível. Erick assentiu e segurou minha mão, me guiando de volta.

— Sua mãe ligou e eu tive que dar a desculpa que você estava no chuveiro.

Não andamos nem dez minutos e estávamos de volta para a casa. Comi uma lasanha e depois fui dormir. Totalmente esgotada e sem energia nenhuma, esta era minha definição perfeita.

Acordei com o telefone tocando ao meu lado. Resmunguei algo inteligível e atendi com voz de sono.

— Zara, é sua mãe. - Disse minha mãe com sua voz calma e tranquila. Sorri.

— Mamãe, não sabe como eu estou com saudades.

— Não parece, você não nos ligou de volta.

— Ah, é que ontem eu estava cansada. Só isso.

— Tudo bem. - Ela suspirou triste. - Estou muito orgulhosa de você Zara. Sei que não é uma coisa fácil, e entendo como isso é injusto. Mas prometo que não vai ficar por isso. Eu te amo muito querida.

— Eu também te amo mãe.

Jogamos um pouco de conversa fora antes de desligar. Tomei um banho quente e troquei de roupa. Sabia que as roupas do Erick são muito confortáveis? Peguei uma blusa dele social e dobrei as mangas, vesti algum short qualquer da minha mala. Desci as escadas, Erick estava lendo um jornal de Unya. Me olhou de relance e depois voltou sua atenção para o papel.

— Sério que agora tenho que compartilhar minha mala contigo ? - Falou com um pequeno sorriso nos lábios.

— Bom dia para o senhor também. E à propósito, casamento é exatamente isso. Temos que compartilhar as coisas. Se quiser pode vestir minhas roupas também, tenho um vestido que ficaria ótimo.

— Acho que elas não me serviriam nada bem.

Fui até a cozinha e vasculhei o armário atrás de alguma coisa que fosse instantânea. Achei um pacotinho escrito "Lamén". Na embalagem dizia "macarrão instantâneo". Foi bem fácil fazer, era só por água para ferver, depois o macarrão e o tempero. Ficou um resultado razoável. Vi que já eram cinco da tarde. Não acredito que dormi isso tudo.

Fui até a praia praticar yoga quando o pôr-do-sol chegou. Minha professora dizia que essa era melhor hora e que o nosso astral fica equilibrado. Ela falava isso e também repetia inúmeras vezes a frase "Sinta o verde". De alguma forma isso funciona. Você se sente bem mais calma. Me alonguei até perceber que um convidado indesejado estava se aproximando.

— O que você quer ? - Perguntei já na defensiva mas sem parar com meus movimentos.

— Você tem ossos? - Devolveu boquiaberto.

— E você tem cérebro? - Caçoei.

— Que ótimo humor. Vim aqui para fortalecer a amizade. Afinal, vou ter que te aturar a minha vida toda. - Respondeu Erick sentando na areia.

— Você deveria estar feliz por ter o prazer de ver meu lindo rosto. - Eu disse sorrindo, ele riu.

— Além de chata ainda é convencida.- Indagou afundando seus pés na areia. Pus minha língua para fora e sentei em posição de Buda.

— Ooonnnn. - Repeti isso várias vezes.

— Você é muito estranha.

— Vai ficar aqui pra me chamar de estranha?

— Desculpe. - Ele levantou os braços em sinal de rendição. Logo depois. - Eu estou tentando...não fazer com que isso vire um inferno. Não quero que você olhe pra mim com nojo e ache que eu sou um monstro.

— Eu não acho que você seja um monstro. Eu só... Ah não sei, tudo parece estar bagunçado. - Suspirei. - Você não é como eu esperava.

— Isso é bom ou ruim?

Engoli a seco. Eu o imaginava com um terno 24 horas por dia, sempre sério e nunca fazendo brincadeiras. E é uma ótima pergunta, isso é bom ou ruim ? De certa forma é bom e ruim.

— Não sei, talvez seja bom. Mas, já que serei a futura rainha de Unya, você poderia me contar como são as coisas por lá. Que tal?

— Bom, eu sei poucas coisas sobre você, e uma dessas poucas coisas é que você é extremamente apaixonada pelo seu povo e seu país. Posso falar que também sou. Nossa população é bem trabalhadora e orgulhosa. Poucas são as famílias que aceitam o seguro desemprego. Também incentivamos as pessoas à se alistarem no exército, e por isso não precisamos obrigar a ninguém. Nosso país também não é tão receptivo ou festeiro.

— Totalmente o oposto do meu. - Sorri. - Estou disposta a conquistá-los.

Passamos o resto do dia conversando. Descobri que ele é péssimo em cozinhar e estava se alimentando apenas de frutas esses dias. Além de gostar muito de esgrima. Contei que também não sei cozinhar e falamos mais um pouco sobre como ser da realeza era cansativo.

— Sabe, apesar de ser difícil e as vezes você ser obrigado a fazer coisas que não quer, eu não escolheria outra vida. Tenho muitos planos para o meu reino.

— Eu escolheria, princesas são apenas paparicadas o dia inteiro. Não faço nada. - Confessei.

— Errado, princesas de contos de fadas não fazem nada. Você é uma princesa da vida real. E não ache que vai fugir não, eu quero todas as suas sugestões.

— Isso é sério? - Perguntei animada.

Ninguém nunca me deixou participar de nada. Sempre que eu tentava dar alguma sugestão sobre qualquer coisa, sempre era "Não é necessário, princesa." ou "Cuidaremos disso, pode voltar para seus afazeres".

— Claro, você deve ter idéias assim como eu.

Bom, talvez possamos nos dar muito bem.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam do capítulo. As coisas que gostaram, as coisas que n gostaram. Suas sugestões e etc bjs