Espadas de prata escrita por Someone


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

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Sentou-se na cadeira, seus olhos examinando as cartas lacradas, se curvou pegando a última que mandara.

Querida Rachel,

Deus eu sinto tanto a sua falta. Estou rogando a qualquer um que me ouça que o tempo voe para bem longe e me deixe te olhar uma vez mais. Agora falta pouco minha princesa uma semana até que eu chegue e possamos nos unir para sempre, esse tempo longe só me fez ter mais certeza que quero estar contigo…

Dobrou o papel sem terminar de ler, a luz da lua entrava pela janela, olhou para o céu a noite muito limpa. Não parecia que estava vindo uma grande tempestade. Recostou-se jogando o peso para trás, seus dedos brincavam com a aliança preguiçosamente antes de solta-la, levou a mão até a gaveta lateral e a abriu, revirou algumas coisas ali dentro até achar o que procurava. Um pequeno porta-joias onde tinha uma fina corrente de prata colocou o anel na corrente e a prendeu envolta do pescoço.

– Vai ler a carta? – A voz macia da latina veio da porta.

Quinn a olhou um pouco alarmada, não tinha notado Santana encostada a parede.

– Não sei. – Seus dedos brincaram com a carta de Rachel.

– Eu acho que deveria. – A Lopez se acomodou no banco da janela.

Quinn olhou o envelope com atenção antes de rasga-lo cuidadosamente, um papel caiu de dentro do envelope, a frase simples e curta estava no meio da página datada daquele dia.

Eu te amo.

Santana olhou por cima do ombro da loira e deu um sorriso pequeno.

– Eu sabia. – Cantou vitória baixinho, observou os ombros tensos de Quinn. – Vamos Fabray abra os olhos.

– Isso é alguma piada de mau gosto? – Se virou para olhar a mulher de pele morena.

– Tomei a liberdade de procurar saber sobre o nosso “amiguinho”. – Se ajeitou ficando de frente para a loira. – Sério que você não o reconheceu?

– Não. – Balançou a cabeça.

– Pelo amor de Deus. – Santana bufou baixinho. – Lembra no nosso segundo ano quando tivemos aquele pequeno recesso?

– Santana isso já tem algum tempo.

– Você vai lembrar. – Rolou os olhos para o teto. – Teve um garoto que te convidou para sair no meio da nossa prática de esgrima. No meio da turma e você disse que não por que já estava comprometida com uma menina.

Quinn franziu o cenho tentando se concentrar na lembrança, sua testa suavizou quando a memória floresceu com um pouco mais de clareza.

– Finn Hudson. – Resmungou dando uma tapa na testa.

– Exatamente. – A latina arqueou as sobrancelhas. – E logo em seguida você o derrotou no jogo.

Quinn olhou para a carta encima da mesa.

– Ela te ama, isso ela deixou claro, mas tem algo que não encaixa. – Santana se levantou andando de um lado para outro. – Finn só está fazendo isso por que quer se vingar de você? É uma boa possibilidade.

– A mãe dela tentou me seduzir hoje. – Estremeceu com a lembrança.

– Sério? – Santana parou fazendo uma careta. – Isso explica o pequeno encontro dela com o Hudson hoje cedo.

– Como é? – Se levantou inclinando o corpo sobre a mesa.

– Eles estão armando. – Santana estalou os dedos. – Óbvio que eles estão armando, você é a herdeira do trono.

– Espera Santana o que tem o fato de que eu sou a herdeira do trono com isso? – Ergueu uma mão. – Se fosse assim a Shelby iria querer que a Rachel casasse comigo.

– Use a cabeça. – Resmungou agitada. – Ela quer o lugar da filha, mas para isso teria que tirar o marido de cena. Finn quer roubar a Rachel se mostrando superior a você, para isso ele teria que enganar o seu pai e o pai da Rachel, Hiram não faz negócios sem passar pelo teu pai antes.

Quinn cruzou os braços tentando seguir o raciocínio.

– Se a Shelby deixou claras as intenções dela com você hoje…– Parou se virando para a loira, os olhos se encontraram em mutua compreensão. – É sinal que este é o último ato do Se. Berry.

*

Rachel ouvia as pequenas batidas nas portinholas de madeira que tampavam suas janelas, se mexeu rapidamente achando ser um gato.

– Quinn? – Sussurrou assustada deixando a loira pular para dentro do quarto. – O que você está fazendo aqui?

Quinn pressionou o indicador contra os lábios grossos da morena aproximando os rostos perigosamente.

– Silencio. – Moveu os lábios sem deixar escapar som algum.

Moveu-se pelo quarto, puxou a espada da bainha com o maior cuidado possível, empurrou a porta olhando para fora com cuidado.

– Você precisa ir embora. – Implorou para a loira a tomando pelas mãos e a puxando para longe da porta. – Finn mantem homens vigiando a casa, ele não pode te pegar aqui.

– Você vai me explicar o que está acontecendo? – Rugiu o mais baixo que conseguiu. – Agora Rachel.

A morena avançou fechando as janelas sem antes olhar pela rua deserta. Manteve-se de frente para a madeira antes de se virar para encarar a loira.

– Me perdoa? – Pediu o mais silenciosamente que conseguiu.

– Quando você me disser o que realmente está acontecendo. – Deu um passo na direção dela.

– Eu te amo. – Murmurou fechando os olhos castanhos. – Sempre amei, mas não posso Quinn.

Sentiu os dedos frios tocarem seu rosto quente e inconscientemente abriu os olhos para encontrar os verdes tão intensos.

– Me diz o que está acontecendo princesa. – Assoprou as palavras.

– Não sou uma princesa.

– É a minha princesa. – Retrucou com um meio sorriso. – Não fuja do assunto.

– Finn ameaçou matar o meu pai. – Murmurou tentando conter as lágrimas. – Tenho quase certeza que ele e a minha mãe tem um caso, mas eu não sei o que ele quer exatamente.

– Um caso. – Inclinou a cabeça para o lado, sua mente começou a trabalhar. – A coroa, era isso que Santana estava enxergando.

– O que? – Segurou a mão pálida entre as suas roçando o rosto contra a pele macia de Quinn atraindo sua atenção.

– Sua mãe me procurou hoje cedo ela me fez algumas sugestões. – Seu olhar voou para a porta. – Ela queria tomar o seu lugar junto a mim.

– O que? – Sua expressão de choque logo se transformou em raiva.

– Shh… - Acariciou a face morena. – Pensa comigo, se o seu pai morrer e o Finn se casar com você ele se torna o responsável pela família, Miguel ainda é criança e influenciável.

– Miguel o idolatra. – Balbuciou tentando se acalmar.

– Viu? Se a sua mãe consegue tomar o seu lugar alegando que a família perdeu a honra ou qualquer coisa do tipo, preservando um período de luto respeitoso.

– Ela sobre ao trono com você quando for o momento.

– E se eu morro durante o meu reinado?

– Ela assume a coroa.

– E se você morre?

– Ela e o Finn tem o caminho livre. – Franziu as sobrancelhas grossas. – Você tem que sair daqui.

– Não sem você. – A segurou gentilmente pelo queixo com a mão livre enquanto entrelaçava a outra a mão de Rachel. – Não saio daqui sem você.

– Não, eles podem mudar de plano.

– Eles precisam que eu suba ao trono. – A tranquilizou com um sorrisinho de canto. – Agora preciso dar um jeito de alertar o seu pai e te tirar daqui em segurança.

– Não, não quero que você se arrisque.

– Eu não me perdoaria se fosse de outra forma. – A beijou na testa antes de se afastar. – Junte algumas roupas, pouca coisa, Santana irá te levar ao porto e de lá você vai partir para algum lugar seguro.

– Ele já deve saber que você está aqui. – Rachel avançou para Quinn a segurando pelos braços.

– Não tenho medo dele.

– Ele pode te matar.

Abraçou Rachel com firmeza.

– Ele já me matou, quando me tirou você. – Sussurrou com calma. – O coração ele já arrancou o que está aqui é só a casca.

*

Desceram as escadas cuidadosamente, Quinn carregava a pequena valise que continha poucas roupas e algumas joias. Ajudou Rachel a passar pela porta da cozinha que dava para os fundos da casa onde Santana esperava sentada em uma carroça coberta de feno.

– Aqui. – Santana saltou da carroça olhando para os lados. – Vamos rápido.

Quinn desprendeu a capa de seu pescoço a colocando envolta de Rachel cuidadosamente, escondeu a mala entre o feno e se aproximou da morena pronta para colocá-la na carroça.

– Vem comigo. – Pediu segurando os braços da loira.

– Não posso. – Colocou uma mecha de cabelos escuros para longe do rosto. – Agora vá com Santana ela vai te manter segura, vocês vão pegar um barco no porto.

– Não.

– Eu vou manter o seu pai seguro, prometo.

– Me promete que vai mandar me buscar quando tudo estiver resolvido.

– Eu vou mandar te buscar. – A embrulhou em seus braços firmemente. – Agora vá.

Rachel se inclinou ficando na ponta dos pés depositando um singelo e calmo beijo nos lábios de Quinn. Santana acalmou os cavalos agitados.

– Fabray precisamos ir. – Apressou o casal.

Quinn se separou brevemente antes de impulsionar o corpo pequeno para cima da carroça.

– Se esconda. – A puxou para mais um breve beijo.

– Eu te amo. – Murmurou para a loira. – Me prometa ficar bem.

Quinn deu uma tapa nas ancas do cavalo que rapidamente começou a trotar para longe.

– Prometa. – Rachel pediu elevando a voz.

– Eu te amo. – Quinn respondeu erguendo a mão.

Deu as costas para a carroça, marchou até a frente da casa onde um sujeito mal vestido estava sentado próximo a porta completamente adormecido. Revirou os olhos antes de dar um bom chute nas pernas dele que acordou assustado.

– Vá chamar o teu patrão. – Ordenou friamente. – Tenho assuntos a resolver com ele.

*

Santana puxou os arreios do cavalo indo por um caminho diferente.

– Não vamos para o porto? – Rachel perguntou, seu rosto estava baixo enquanto o corpo era envolvido pela capa.

– Quinn não vai conseguir enfrentar o babaca do Hudson e os capangas dele sozinha. – Santana olhou por cima do ombro conferindo se não tinha ninguém as seguindo. – Ela pode achar nobre morrer por uma boa causa, mas eu acho burrice.

– Então para onde vamos?

– Para o palácio, falar com o rei.

*


Quinn se sentou na cadeira que o homem tinha usado, apoiou um dos pés sobre um toco ali próximo e repousou os braços sobre o joelho elevado. Sua cabeça apoiada na parede e a expressão de tédio.
Calculou mentalmente as portas e janelas da casa, enquanto seus olhos examinavam a praça e as casas que a cercavam.

Ouviu o trotar dos cavalos e os gritos, as casas que iam despertando, com a balburdia que o Hudson causava. Ele parou o cavalo quase de frente para ela, seus olhos se encontraram e ela não se mexeu nem por um milímetro.

– O que você quer? – Latiu as palavras. – Por que está na frente da casa de minha noiva.

Quinn se manteve ciente que as luzes da casa se ascenderam e as pessoas que saíam para a rua.

– Será que você não consegue ser um cavalheiro educado e perceber que acordou as pessoas? – Arqueou uma sobrancelha, ouviu a porta da frente se abrir e um Hiram confuso sair.

– O que está acontecendo aqui? – Olhou de um para o outro.

– Essa mulher ousou agredir o meu subordinado que eu cedi especialmente para cuidar de minha noiva. – Finn colocou a máscara de pobre coitado. –O homem quase não conseguiu chegar a casa, está recebendo os devidos cuidados.

A espada repousava calmamente no colo de Quinn brilhou perigosamente refletindo o brilho da noite e dos lampiões.

– Cuidado. – Alertou ao Hudson com um rosnado baixo em sua garganta. – Não fale coisas que não fiz. Ainda.

– Rachel não está no quarto. – Shelby apareceu ao lado do marido, parecia estar abalada com a ausência da filha.

Finn reagiu pegando Quinn pela gola da camisa a colocando em pé com brutalidade.

– Onde ela está? – Rosnou contra o rosto da mulher.

Quinn se limitou a torcer o nariz afastando o rosto para o lado.

– Me solte. – Resmungou entediada.

– Solte-a. – A voz fria e inflexível. – É uma ordem.

Os dois se viraram para o homem que estava lá parado montado em seu cavalo branco, a coroa bem assentada nos cabelos loiros já rareados. Sua postura firme com os olhos azuis em duas pedras de gelo fino.

– Solte minha sobrinha.

Finn a soltou a contragosto enquanto Quinn ajeitava as roupas calmamente.

– Onde está Rachel? – Shelby começou um pequeno escanda-lo. – Minha filha foi desonrada exijo reparações.

– Sua filha está bem. – O rei desmontou do cavalo o entregando a um cavaleiro próximo. – Está no meu palácio sendo muito bem cuidada.

Hiram pegou no braço de Shelby a puxando para dentro da casa, ordenou que ela ficasse com Miguel no quarto aquele não era um assunto para ela.

– Hiram. – O Rei acenou com a cabeça parando ao lado da sobrinha que curvou a cabeça para ele.

– Meu rei. – Se curvou respeitosamente.

– Fui acordado de uma maneira interessante. – Seus olhos faiscaram na direção da sobrinha. – Sua filha estava batendo as minhas portas pedindo abrigo, Hiram.

– Minha filha? – Hiram perguntou ainda curvado.

– Ela trouxe ao meu conhecimento coisas interessantes. – Seu olhar vagou da sobrinha para Finn que lhe encarava sem um pingo de respeito, ergueu uma sobrancelha num característico gesto da família Fabray. – Algum problema rapaz?

– Meu problema é que a sua sobrinha roubou a minha noiva. – Cuspiu algumas gotas de saliva.

– E eu achando que era o contrário. – Considerou calmamente com um pequeno sorriso sarcástico, olhou para a sobrinha. – Já disse que você não tem que curvar a cabeça para ninguém.

Quinn se endireitou prontamente.

– Vamos para o palácio quero conversar com você. – Deu as costas para a sobrinha se encaminhando para o cavalo.

– Eu quero minha noiva. – Finn bradou. – Minha honra foi manchada.

O rei apenas montou em seu cavalo antes de olhar para ele.

– Quer defender a sua honra? – Perguntou com calma, olhou para Quinn fazendo um aceno com a cabeça.

Quinn se virou para ele estufando o peito, sua voz saiu alta e límpida.

– Ambas as honras foram manchadas nesse caso só podemos limpa-las com um duelo. – Empinou o queixo com sua postura firme. – Amanhã pela manhã no rio.

– Aceito.

*

O sol se levantou preguiçosamente, Quinn estava em pé perto da água ajeitando a luva na mão direita. Seu tio havia mandado levar alguns bancos de madeira para quem quisesse ver o duelo, ele próprio estava sentado em uma cadeira de espaldar reto ao lado da rainha. Rachel se sentou tensa ao lado dos reis, evitava olhar na direção de sua mãe.

Quinn prendeu a luva bem firme, puxou a espada fincada na terra, seu tio havia lhe dado à espada de seus antepassados como uma honra.

A pesou na mão sentindo a confiança aumentar quando percebeu o encaixe perfeito, rodou o ombro se sentindo confortável.

Ouviu as rodas da carruagem e não precisou virar o rosto para saber que era o seu adversário. Afrouxou as cordinhas que prendiam o colarinho da blusa branca, seus olhos verdes encarando a água dourada pelo nascer do sol, estava em alerta máximo.

– Vamos acabar logo com isso. – Ouviu a voz que Finn julgou ser superior, se virou.

O homem marchou até Rachel lhe tomando pela mão bruscamente, o rei levantou a mão impedindo que um de seus guardas lhe decepasse a mão fora. Avançou com o rosto forçando seus lábios nos dela. Rachel estremeceu com o contato áspero e suspirou aliviada quando ele se afastou com um sorrisinho torto.

Quinn se manteve impassível diante da demonstração de afeto que ele forçou, se manteve firme enquanto ele se aproximava puxando a espada com um movimento teatral.

– Um beijo de boa sorte para que eu liquide logo esta questão. – Ele deu um sorriso afetado.

– Sabe aquela história do sapo que com um beijo virá príncipe? – Se virou fazendo um movimento fluído com o braço para o lado. – Então, não importa quantos beijos você force, sempre vai ser o sapo gosmento que ela tem nojo.

Ele atacou, Quinn se defendeu erguendo a espada e dando um passo para o lado. O som do metal feriu os ouvidos mais sensíveis. Quinn o rodou enquanto Finn se mantinha parado tentando lhe dar uma estocada, a loira jogou o corpo para trás quando ele tentou lhe acertar o rosto. Quinn trocou o apoio de perna se abaixando rapidamente tentando lhe acertar no estômago, Finn tentou se desviar se defendendo com a espada, mas um risco vermelho superficial apareceu em seu abdômen.

O grito irado rasgou a garganta do homem que investiu seu corpo pesado contra ela, movimento errado. Antes de rolar pelo lado cravou a espada na coxa do Hudson que soltou um grito, Quinn se levantou correndo por trás dele deu um pequeno salto cravando a espada no ombro direito. Assim que pousou no chão girou no próprio eixo sua espada se tornou um borrão pela rapidez com a qual se moveu, a lâmina parou a poucos centímetros da nuca de Finn.

– Minha honra está restaurada. – Abaixou a espada se afastando dois passos. – Não vejo honra em tirar a sua vida.

– A luta é até a morte. – Finn arfou, sua mão apertou na pega da espada. – Só assim se restaura uma honra.

– Com sangue? – Sua expressão se contorceu em nojo. – Minha honra eu não lavo a sangue, o que queria já demonstrei.

– E o que era?

– Sou melhor do que você. – Deu as costas se afastando. – Eu lembro de você, o garoto patético que não conseguia se sobressair em nenhuma aula, apenas mais um garoto de família rica sem sangue nobre.

Entregou sua espada para um guarda, se ocupou em tirar a luva.

– Só darei um aviso. – Lavou as mãos em uma bacia com água fresca. – Na frente do meu rei, dos nobres e de MINHA noiva.

Finn levantou o rosto para olhá-la.

– Não torne a se meter nas minhas terras e com o meu povo, diga ao seu tio que a dívida será paga e que ele tem um dia para sair do reino senão eu irei sim lavar o chão com sangue. – Seus olhos verdes encontraram os castanhos dele, observou o homem engolir em seco.

*

Rachel se levantou de um salto correndo até Quinn que a recebeu com os braços abertos, a morena se segurou ao corpo da loira a prendendo firmemente.

– Nunca mais faça isso. – Murmurou sentindo uma lágrima quente escorrer.

– Eu nunca mais faço isso, desde que você volte a usar o anel que eu te ofereci a alguns dias atrás. – Murmurou limpando as lágrimas com calma. – É claro tirando os momentos em que o reino exigir a minha presença.

Rachel sorriu estendendo a mão para que Quinn coloca-se a aliança, a loira puxou a corrente para fora do pescoço pegando a aliança e deslizando com cuidado no dedo anelar.

A promessa foi selada com um beijo carinhoso nos lábios…

*

Alicia bateu palmas pulando animadamente no sofá, Henry cruzou os braços emburrando o rosto.

– O que foi Henry não gostou? – Michele se aproximou pegando o menino no colo.

– Não queria que acabasse. – Emburrou ainda mais o rosto.

– Amanhã eu conto outra história. – Elise se levantou com a pequena nos braços.

– Mas e a mamãe da Rachel? – Alicia se manteve sentada.

Michele e Elise trocaram um olhar rápido.

– O papai da Rachel descobriu o plano maquiavélico e a mamãe dela foi expulsa do reino. – Pegou a menina pela mão enquanto iam andando para fora da sala, Michele vinha atrás carregando um Henry amuado.

– E o Miguel? – O garoto perguntou interessado.

– Se arrependeu de tudo e virou padre. – Respondeu a primeira coisa que veio em sua cabeça. – Agora pra cama meus monstrinhos favoritos.

Colocaram as crianças na cama e saíram desligando a luz, Elise parou no corredor segurando Michele pelo pulso. Ouviu que eles se mexiam pelo quarto.

– Eu mandei dormir. – Falou por cima do ombro, ouviu os risos dos filhos e eles voltando para a cama.

Michele sorriu balançando a cabeça enlaçou o pescoço de Elise.

– Você tinha que usar os personagens da série? – Murmurou antes de dar um leve beijo nos lábios da esposa.

– Não consegui inventar outra coisa. – Suspirou a apertando cuidadosamente contra o seu corpo.

– Minha heroína. – Soltou uma pequena risada a beijando mais uma vez. – Final feliz?

– Como todo conto de fadas.


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Notas finais do capítulo

@just_someone13 e ask.fm/PSomeone



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