All About You escrita por selinakyles


Capítulo 9
Seus pais.


Notas iniciais do capítulo

*se esconde atrás das parede*
Oi minhas lindinhas e lindinhos!
Venho aqui com a maior cara deslavada depois de dezoito dias (sim, eu conto quando minha consciência pesa) para deixar pra vocês o maior capítulo de All About You até agora, com a participação ilustre do Sr. e Sra. Snow.
Explicações nas notas finais.

Não está revisado, perdoem qualquer erro e divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572679/chapter/9

Capítulo nove – Seus pais.




Algo estava muito errado com Caitlin Snow.

Seus passos pelo laboratório pareciam pesar toneladas conforme sua silhueta perdia um pouco de sua graciosidade característica para a preocupação eminente em todos os seus trejeitos. O castanho amendoado de seus olhos pareciam perder um pouco de sua vida ao olhar fixamente para canto algum.

E o lábio inferior se prendia entre seus dentes. Incontáveis vezes em um só minuto.

Definitivamente, algo a estava incomodando.

Ela atravessava o cômodo pela milésima vez quando Barry se materializou em sua frente, impedindo-a de seguir seu caminho em direção aos computadores e quase chocando seu corpo com o dela no processo.

Ela o olhou como se estivesse tentando decifrar um dilema, e ele não conseguiu evitar achá-la tão adorável quando um filhotinho de cachorro.

Estava mesmo perdido.

“Algo está te incomodando.” Barry afirmou convicto, não tirando sua atenção dela por nem um segundo.

“Está tudo bem, Barry.” Caitlin tombou a cabeça, olhando-o ternamente. “Eu estou bem.”

Sua voz vacilou por um instante ao perceber que tentava convencer mais a si mesma do que o homem a sua frente.

Não poderia dizer que estava acostumada a ter alguém se preocupando com ela. Normalmente o ciclo de pessoas que realmente se importavam se limitava as mesmas pessoas com quem ela passava grande parte de seu tempo, Dr. Wells e Cisco.

Alguns julgaria como deprimente, mas depois de tudo o que aconteceu no ano anterior – claro, a perda do único que se preocupava com ela sem fazê-la parecer patética –, Caitlin se sentia uma mulher de sorte.

A mania de se esconder em seu casulo e não deixar ninguém entrar foi um grande dilema na sua vida nesses meses que passaram, a felicidade ao perceber que isso finalmente estava no passado era algo que ela gostaria de sentir mais vezes, de sentir sempre.

E ela sentia, sempre que via os olhos esverdeados transbordando preocupação ao olhá-la da forma que só Barry Allen a olhava.

Mesmo quando todos expressam pena, Barry era compreensão. Enquanto muitos simplesmente olhavam e julgavam, Barry lhe estendeu a mão e a aconchegou em seu abraço… e fez com que se sentisse viva novamente.

“Sinto lhe informar que ninguém caminha pelo laboratório com o efeito uma manada de elefantes nos pés sem ter algo muito errado, principalmente você.” Cisco comentou, muito interessado em seu tablet para avaliar o gesto repleto de censura que a morena lhe lançou.

“Não é verdade, eu estou bem.” A frustração de ser contrariada se espelhou em seu tom de voz, e ela detestou reparar tal fato.

Eu sou uma adulta e vou lidar com tudo isso perfeitamente, como tudo o que eu faço.

Ela suspirou.

“Vamos deixar pra lá, certo?” As mãos de Barry envolviam as suas, erguendo-as até seus lábios macios para depositar leves beijos nos nós de seus dedos. Seus olhos se iluminaram como alguém que está presenciando neve pela primeira vez. “Temos um meta-humano para lidar.”

“Tudo bem.” Os polegares faziam círculos pelo dorso de suas mãos gélidas, ele sorriu.

“Certo.”

Ternura se revelava em todo seu rosto ao observá-lo tratá-la com tanto carinho e cuidado. Pela primeira vez naquele dia estressante, ela havia deixado de lado os pensamentos que transbordavam sua cabeça.

As preocupações não tinham espaço quando Barry Allen estava diante de si, fazendo seu coração bobo tamborilar em seu peito como uma britadeira.

***

Caitlin alisou o vestido em seu corpo pela terceira vez nos últimos dez minutos, tentando eliminar o suor que se acumulava entre seus dedos devido ao seu nervosismo exacerbado. Ela estudou seu reflexo no espelho de sua penteadeira por mais um tempo, retocando o batom em seus lábios quando o som peculiar da campainha adentrou seus ouvidos.

O estômago se contorceu em sua barriga, fazendo com que ela limpasse sua mente e fechasse os olhos para começar sua contagem até dez. O ar ia e vinha em seus pulmões na tentativa de acalmá-la e cessar toda ansiedade que lhe torturava.

Afinal, seus pais fazendo uma visita não deveria parecer como um bicho – ou dois? – de sete cabeças.

Mesmo que eles conseguissem ser bastante intimidadores quando querem.

Andou até a sala de estar, avaliando se algo ainda estava faltando na organização perfeita de seu jantar e então se dirigiu até a porta, respirando fundo uma última vez antes de abri-la para encontrar a última pessoa que esperava no mundo lhe recepcionando com um sorriso que literalmente lhe tirou o fôlego.

Barry Allen estava ali, com uma pizza em mãos e as sobrancelhas arqueadas em uma confusão eminente.

“Não bem a pessoa que eu estava esperando…” Caitlin pensou consigo mesma, não se dando conta que suas palavras não passaram despercebidas aos ouvidos dele.

O sorriso vacilou e ele ajeitou sua postura, claramente incomodado por aquela sensação estranha de que seu timing estava lhe pregando uma peça.

Tinha que admitir, ele era realmente péssimo.

“Desculpe, você parece ocupada, eu… Eu posso voltar outra hora…” Seu polegar apontou para trás, e ela quis rir com sua falta de jeito. Poderia até mesmo jurar que Barry Allen estava corando, bem em frente aos seus olhos, por uma simples falha de comunicação.

Ela deveria ter contado, deveria ter compartilhado com ele o motivo de sua inquietação e seu nervosismo, e ainda assim não o fez. Porque em sua pequena mente sempre tão organizada e impecável, deixar que Barry conhecesse seus pais seria a mesma coisa que dar um passo maior que sua perna.

Parte de si sabia que isso não era verdade. Parte de si sabia que ela estava apenas se impedindo de mergulhar ainda mais fundo no mar de desconhecido que era seu novo relacionamento. Parte de si queria poder deixar tudo isso de lado e simplesmente deixar acontecer pelo menos essa noite.

As intenções de Barry eram as melhores, ela poderia dizer. Nada mais justo que retribuir à altura, certo?

Talvez…

“Não, não, tudo bem.” Ela pegou a pizza em suas mãos, meneando a cabeça para que ele entrasse e então fechou a porta. “Me desculpe, eu não quis ser rude.”

Barry a seguiu até a cozinha, percebendo que ela ainda mordia sua bochecha – outra hábito que demonstrava claramente a sua ansiedade.

“Eu que não deveria vir sem avisar, é só que…” Pausou por um segundo, repensando suas palavras e admirando-a colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha. “Eu quis ver se estava tudo bem. Sabe, você não consegue contar uma mentira convincente quando eu conheço até os gestos que você faz quando está nervosa.”

Os cantos de seus lábios se esticaram em contentamento, fazendo com que sua bochecha levemente rosada se ressaltasse.

Ele nunca foi exatamente um bom observador e talvez por isso aquela urgência em rir agora a atingiu. Era irônico relembrar que há poucas semanas ele sequer conseguia perceber o que estava a sua volta e agora até mesmo estudava e conhecia suas manias e hábitos.

“Eu sei que algo está te incomodando.” Barry se acercou, inebriando-se com o perfume sutil que dela exalava. “E estava esperando que você mesma me contasse, mas agora eu percebo que tem algo a ver com você estar toda arrumada em sua própria casa numa noite de sexta-feira.”

O ar escapou traiçoeiro pelos lábios entreabertos de Caitlin, e ela recuou, se preparando para deixá-lo entrar por completo.

Seu momento foi interrompido pelo ressoar da campainha por todos os cômodos de seu apartamento.

“Não preciso lhe contar, você pode ficar e presenciar tudo com seus próprios olhos.”

Seus dedos gélidos já não mais soavam quando se envolveram nos de Barry, arrastando-o ao seu lado para que pudesse atender a porta. O barulho de seu salto entrando em contato com o assoalho foi a última coisa a ser ouvida quando a porta se abriu e revelou um casal de meia idade sorrindo como se estivessem em uma propaganda de creme dental.

“Atrasados demais para jantar, querida?” A senhora pousou as íris amendoadas sobre Caitlin com uma ternura quase palpável. “Seu pai esqueceu o andar que você mora.”

“Eu não esqueci, eu fui aquele que te lembrou, na verdade.” O senhor encarava a senhora com certa irritação nos olhos esverdeados.

“Tudo bem, isso acontece sempre.” Caitlin bufou, assistindo-os entrar e pendurar os casacos no pequeno suporte enquanto o olhar confuso de Barry pesava sobre si. “Pai, mãe, este é Barry Allen. Barry, esses são meus pais Laura e Peter Snow.”

Barry prendeu a respiração por alguns instantes, não permitindo que o pânico da situação tomasse controle de si ao ver o senhor de cabelos escuros – levemente grisalhos nas têmporas – cravar os intimidadores olhos verdes em si e logo lhe estender a mão em um cumprimento.

Ele retribuiu, sentindo a força e segurança de seu aperto de mão.

“Muito prazer, Sr. e Sra. Snow.” Seu timbre se manteve forte, tão simpático quando o sorriso que criava espaço em seu rosto. “Desculpe invadir o jantar de vocês assim, Caitlin e eu tivemos uma falha de comunicação.”

Barry vacilou o olhar do homem a sua frente para a senhora que o encarava como se estivesse vendo um unicórnio bem em sua frente. Os mesmos olhos amendoados que ele tanto amava estavam ali, brilhando em euforia, emanando júbilo.

Os cabelos castanhos escuros presos em um coque banana e uma áurea brilhante – quase tocável – que destacava suas feições tão delicadas e graciosas quanto as da filha.

Caitlin tinha muito de sua mãe, era inegável.

“Eu já estava de saída, não…”

“Sem problemas, garoto. Nós que nos desculpamos pelo atraso, Peter é um desastre com endereços.” A mulher meneou a cabeça lentamente, recebendo um rolar de olhos do homem ao seu lado.

“Nós conversamos sobre isso depois, certo?” O timbre forte e bastante distinto de Peter Snow ecoava como um trovão, carregado da autoridade que ele aparentava também em sua postura rígida e reverente. “Agora nós podemos nos sentar, aproveitar a culinária maravilhosa da minha filha enquanto colocamos os assuntos em dia. Você está convidado, rapaz.”

Os lábios de Caitlin se repuxaram ao ouvir o elogio, sendo envolvida pelos braços calorosos de seu pai. Se aconchegou ali como se estivesse recarregando suas energias, matando toda a saudade dos meses em que se recusou estar ao seu redor por se sentir muito fraca.

Barry sentiu a mão calorosa da Sra. Snow lhe dar tapinhas leves em suas costas, abaixando um pouco sua visão para encarar o castanho claro daqueles olhos lhe estudarem sutilmente sob os longos cílios. Sua simpatia era contagiante.

“Fique, Barry. Nós adoraríamos sua companhia, e tenho certeza que Caitlin também.”

Ele crispou os lábios, percebendo a felicidade ostentar-se nas feições da dona de seu coração.

Felicidade cabia perfeitamente nela, e claramente, seu coração concordava ao se apertar em seu peito sempre que ela lhe direcionava um sorriso.

***

Caitlin serviu orgulhosamente sua receita de macarrão-especial-da-Caitlin qual ela desenvolveu há alguns anos, quando ainda era uma estudante muito saturada por macarrões instantâneos e refeições rápidas para comer algo saudável e mais trabalhoso. Era uma das coisas que aperfeiçoou na faculdade e que nunca cansaria de se gabar: suas habilidades culinárias e criatividade para criar pratos.

O jantar seguiu bastante calmo, muito diferente do que ela realmente esperava. Talvez fosse a presença de Barry, talvez fosse todo o tempo que ficaram longe, ela não sabia dizer. Uma interrogação imensa parecia criar vida sobre os fios grisalhos de seu pai sempre que ele vacilava os olhos verde-oliva entre ela e o homem sentado ao seu lado – esse estava muito concentrado em rir das piadas de sua mãe para notar qualquer coisa.

Quando o riso de Barry invadiu sua audição pela décima vez só nos últimos vinte minutos – sim, ela estava contando, ela sempre está contando –, sua mãe decidiu lhe presentear com um pouco de sua atenção.

Claramente, Barry Allen havia ganhado outra admiradora.

“E Cisco, como está? Faz um tempo que eu não ouço notícias dele.”

Caitlin tentou ignorar a leve indireta que sua mãe implicou naquela frase, molhando os lábios com seu suco de laranja.

“Está bem, você sabe, o mesmo cara estranho e enérgico de sempre.” Ela disse ao dando de ombros.

“Eu prometi a ele que apresentaria sua prima Carrie a ele já há algum tempo, mas devido as circunstâncias, não deu muito certo.” Os olhos castanhos cintilavam algo que Caitlin reconhecia muito bem.

Sua mãe estava tentando fazê-la se sentir culpada, ela podia dizer, era óbvio. Estava mesmo esperando por esse momento, a noite estava pacífica demais para Laura Snow deixar passar sem um de seus aborrecimentos.

E era isso o que mais tinha raiva em sua mãe, ela sempre teria o dom de mexer com seus nervos.

“Oh, é mesmo, mãe?” As sobrancelhas se juntaram em uma falsa comoção, logo seu pai fitava as duas como se soubesse perfeitamente o que viria a seguir. E ele sabia, sabia perfeitamente. “Poderia me dizer quais são essas circunstâncias?”

Os lábios já não tão cobertos pelo batom vermelho se entreabriram e dali Laura deixou escapar um suspirou cansado, logo se recompondo para enfrentar a tempestade que ela mesma havia causado.

“Você sabe perfeitamente do que estou falando, Caitlin.” A sutileza havia fugido de seu timbre, se revertendo em frieza e descontentamento.

Barry estava apreensivo em sua cadeira, e sem saber muito bem como lidar com a situação ao seu redor, ele pousou sua mão direita na coxa de Caitlin na tentativa de acalmá-la. Entretanto, a fúria refletida nas lagoas amendoadas só fez com que sua apreensão crescesse.

Caitlin estava brava. Muito, muito brava. Muito mais brava do que quando ele voltava de alguma de suas missões suicidas, ou daquela vez em que Cisco disse que ela nunca havia ficado tão brava desde Ronnie.

Aquele momento em especial não cabia em nenhum dos anteriores, sua magnitude era desconhecida até mesmo para ele. O cara que sabia os momentos em que deveria abraçá-la, que sabia suas manias e trejeitos e que agora também descobria todo um lado de Caitlin Snow que desconhecia.

O que ela tinha quando estava na presença de seus pais – especialmente sua mãe.

“Oh, você está falando do meu noivo morto, certo? Realmente, é uma circunstância bastante difícil, mãe. Imagino como tenha sido pra você, já que você não faz questão de imaginar como foi pra mim.”

E o barulho da cadeira se arrastando finalizou seu discurso raivoso, deixando um Barry atônito de preocupação e seu pai desconcertado demais pra mascarar sua decepção ao olhar para a esposa.

Peter parecia desarmado, mas ao prender os olhos verdes nos seus, Barry pode perceber a súplica subintendida ali. Acalme-a, cuide dela, console-a. Coisas que ele não precisava de um pedido para fazer, já aconteciam naturalmente.

“Caitlin, não é assim!”

O coração de Barry se afundou em seu peito ao vê-la se afastar apressadamente em direção à cozinha, e o gosto maravilhoso do jantar que ela havia preparado era revertido para o amargo que se impregnava em sua boca sempre que a via chorar.

Ele queria fazê-la parar. Ele tinha que fazê-la parar. Ver o rosto gracioso, adorável que estreava em todos os seus sonhos e devaneios coberto por lágrimas era como viver em um pesadelo.

A felicidade lhe servia tão bem que a tristeza parecia não ser sequer uma opção.

E não era. Não enquanto ele estivesse ali.

“Ei Cait.” Sua voz era macia, calma. “Ei, ei, olha para mim.”

O dedo indicador de Barry pousou em seu queixo, fazendo com que as mãos que antes cobriam seu rosto e seus soluços fracos caíssem ao lado de seu corpo. Os olhos levemente avermelhados o encaravam vergonhosos, como se quisessem se esconder da profundidade que os esverdeados lhe destinavam.

“Está tudo bem agora, certo?” Ela meneou a cabeça negativamente em réplica.

“Não, Barry. Não está tudo bem e nem vai ficar.” Sua voz fraquejou devido ao nó que se instalou em sua faringe. “Ela não entende o quanto foi difícil para mim também, que foi justamente por essa razão que eu não era capaz de ter ninguém por perto.”

“É uma situação complicada.” Seus dedos se emaranhavam nos fios ondulados do cabelo castanho, aproximando-a de seu peito. “Mas você tem que entender que pode ter sido tão difícil para eles quanto foi pra você. Você é a filha deles, a única. Dá pra ver como seu pai te olha, é como se você estivesse segurando a Lua.”

Caitlin quase engasgou com um riso, afundando ainda mais seu rosto no sweater azul marinho de Barry ao envolver seus braços entorno dele.

“É verdade, não é? Já a minha mãe olha dessa forma pra você.”

Ele ergueu o cenho em descrença, feliz por vê-la sorrir mesmo tão singela.


“Sua mãe é uma réplica sua daqui há alguns anos.” Ele admitiu, ainda muito contente em sentir a textura dos cabelos castanhos entre seus dedos. “Caso você não me queira mais, acho que seu pai não se importaria em dividi-la.”

Ela bateu no braço dele, arrancando um riso divertido daqueles lábios que logo se abaixaram para se encontrar com os seus. Um beijo calmo e tão carinhoso que acordou o ninho de borboletas em seu estômago.

Algumas pessoas não poderiam estar mais certas quando dizem que o lar é onde o coração está.

O dela está completamente entregue e bem guardado com Barry Allen, muito obrigada.

Pela brecha da porta da cozinha, dois pares de olhos curiosos assistiam tudo o que se passava ali de camarote e com a satisfação tintilando em seus corações bobos de pais preocupados.

Talvez fosse hora de parar de se preocupar. Peter e Laura Snow conheciam perfeitamente o sentimento que cintilava naqueles olhos sempre que se olhavam, os sorrisos cúmplices que trocavam e a forma única e tão natural que sua filha raramente ria.

“Eu não disse?” Laura sussurrou furtiva, lançando um olhar confiante para o esposo que se encolhia ao seu lado para ter uma visão melhor. “Eu soube que ela encontrou amor no momento em que a vi sorrir. Ela nunca sorri, não dessa forma.”

“Parece que dessa vez eu não tenho saída a não ser concordar.”

“Já que está tão compreensivo, agora também pode admitir que é péssimo com endereços.” Laura sorriu, cutucando a barriga do marido antes de voltar sua atenção para o casal a sua frente novamente, feliz por não terem sido descobertos espiando.

“Nope, não vai acontecer.” Ele respondeu com o 'p' pulando de seus lábios ao sorrir abertamente.

Sua filhinha havia mesmo crescido, mais uma vez, ele estava prestes a deixá-la ir para alguém que parecia amá-la verdadeiramente.

Eles só esperavam que dessa vez, Caitlin finalmente estivesse encontrado a metade de sua laranja.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

I'm soooo faaaaaancy, you already knooooooow! *canta*

Bem, pra quem teve uma semana dos infernos e cheia de estresse, depois de responder todos esses comentários maravilhosos (114 comentários, wow!) meu humor foi de negativo para positivo em tempo record! Vocês são os melhores leitores que uma autora poderia ter, já disse isso? Não? Estão estou dizendo. E por isso vocês merecem uma explicação pela demora...
Minha avó está com problemas de saúde e eu tive que fazer uma viagem de sete horas pra um lugar onde nem meu 3g queria pegar, de última hora. Passei uma semana maldita ilhada sem internet e nada pra fazer ouvindo minha família buzinar nos meus ouvidos. Eu já posso dizer sim que paguei meus pecados porque sequer pude escrever a atualização de AAY em paz sem alguém olhando o que estava fazendo. Resumindo: só me estressei e nem consegui me concentrar pra escrever. Me serviu de castigo, viu?
Mas para recompensar vocês pela minha demora, postei também uma nova fanfic Bellarke que está no meu perfil caso alguém tenha interesse, se chama Once In a Lifetime. Deixando claro que é parcialmente a culpada pelos atrasos nas atualizações de AAY, junto dessa minha mania desprezível de procrastinação. Enfim, se gostarem comentem por lá também! Vou adorar demais.
Aviso da semana: não, AAY NÃO será abandonada. Acalmem os popótis em suas cadeiras! E talvez as atualizações possam demorar duas semanas, mas eu realmente não pretendo deixar passar disso. Se passar, explicarei como sempre o motivo porque gosto demais de interagir com vocês!

Bem, o que me dizem dessa atualização, uh? Estou esperando seus pensamentos na minha caixa de comentários, junto com qualquer crítica positiva, dica, sugestão ou até mesmo amor! (Hahaha, eu amo quando vocês me dão amor, sou carente desse tanto!)

Obrigada para quem leu até aqui e quem já está se preparando para me deixar um comentário! Beijinhos dessa criatura destrambelhada que vos fala! ;)