“É agente tá no quarto de Bianca…”- Diz ofegante, tentando se controlar, quase sofrendo de tanto desejo.

Catarina tinha o cabelo bagunçado, seu vestido estava todo amassado, sua maquiagem toda borrada, uma de suas pernas quase sem meia...

"Temos que descer já imaginou se ela entra aqui e nos vê desse jeito!"-Diz se dirigindo apressadamente ao espelho do quarto, se recompondo.

Petruchio um pouco triste, a observa arrumando o cabelo, sorri, se levanta, a abraça por trás beijando seu pescoço:

“Mas será que não há outro quarto nessa casa tão grande!?”- Diz baixo em seu ouvido, acariciando sua barriga enquanto ela retocava a maquiagem.

Ela sorri.

“Você não muda Julião Petruchio, sempre pensando no que não deve. Não há outro quarto não, agora é melhor descermos porque já devem ter dado pela nossa falta.”-Diz ao mesmo tempo que ajeitava o cabelo com as mãos.

Petruchio a observa, através do espelho, reparando no jeito dela falando, tinha sentido tanta falta de sua voz.

Ele não a largava um segundo, a abraçava, cheirava seu pescoço e ela se contraia arrepiada, enquanto ia puxando sua meia para cima e ajeitava o vestido.

Catarina tentava se fazer de forte mas o que é certo é que estava louca pra ficar com ele, sentia sua respiração bem perto de seu rosto, sua barba raspando seu pescoço, seus lábios… revirava os olhos.

“Petruchio… agora vamos nos arrumar pra descer.”- Diz uma vez mais, se dirigindo para a cama enquanto ele continua abraçado a ela.

Ela pega o casaco dele de cima da cama.

“Pare Petruchio, pare… coloque seu paletó…”- Manda entre sorrisos.

Ele pega o paletó de suas mãos e joga de novo na cama, tenta beija-la, ela se faz de difícil, mas logo o abraça e se beijam novamente. Entre os beijos ela pedia

“Petruchio… temos de descer, pare… não faz assim Petruchio…Pare já falei… eu também não sou de ferro...”-Com uma voz mansa, já sem saber o que fazer.

Mas ele não parava...

Ele senta na cama, puxa-a pela cintura e senta-a no seu colo, se beijam e depois se abraçam, ele coloca a mão no fecho do vestido começa a desce-lo. Mas ela encara seu rosto novamente e fala com muito carinho, como se com uma criança tivesse falando:

“Petruchio olha pra mim… calma muita calma”- Dizia acariciando e beijando seu rosto.

“Depois vamos poder fazer tudo o quisermos! Mas agora temos que descer, hoje é o noivado da Bianca e eu tenho que ficar com ela.”-Diz acenado com a cabeça, perguntando se ele entendia.

Ela sabia que só falando daquele jeito ele se acalmava um pouco, só um pouco!

Ela se levanta, o vestido estava caindo porque estava aberto:

"E agora suba o fecho do vestido, não consigo sozinha."-Diz se virando de costas para ele.

Por mais inocente que toda aquela situação parecesse, tudo o que Catarina fazia ou dizia despertava nele um desejo enorme.

Ele se levanta segue suas ordens subindo o fecho do vestido, por mais que sua vontade fosse de desce-lo ainda mais.

Ela pega seu lenço preto que estava jogado no chão e se dirige novamente ao espelho colocando-o na cabeça.

Petruchio bufando, pega em seu paletó e se veste:

“Arre égua Catarina eu já não aguento mais eu tô morrendo de saudade de você meu favo de mel.”

“Mas vai ter que aguentar! E além do mais você já me viu, não sei saudade de quê agora!” – Diz com um ar indiferente.

“Catarina, Catarina! Não se faça de desentendida que você sabe muito bem do que é que eu tô falando… ou vai dizer que tamae não tá com saudade?!”-

Diz se aproximando dela.

Ela vira o rosto e responde:

“Hum…?! É claro que não seu safado, eu sou de respeito…”
Ele dá uma gargalhada.

“Ha, ha …Tá rindo de quê grosseirão.”- Diz olhando pra ele imitando seu riso, séria.

Ele a agarra novamente e diz bem baixo em seu ouvido.

“Há você é de respeito ?! Então vamos ver isso daqui a pouco… onça.”- Diz dando um selinho em seu pescoço.

Ela fica sem jeito.

“Você nunca vai deixar de ser safado mesmo, grosseirão! ”- Diz empurrando-o e se apreçando ajeitando a cama de Bianca,depois também ajeita o paletó de Petruchio.

“Vá agora podemos descer, vamos.”- Diz puxando-o pela mão.

Mas ele a puxa novamente pra ele, ficam cara a cara mais uma vez.

“Catarina eu sei que você já me perdoou, mas eu quero saber se agora que você tem suas apólices de novo... ocê vai fica aqui na cidade pra criar essa criança?”- Pergunta desconfiado.

Ela sorri não fala nada.

“O que você acha?”- Ele encolhe os ombros, ela volta a sorrir.

“Depois agente fala sobre esse assunto, agora vamos, vá venha!”- Dizia pegando e puxando sua mão novamente.