Catarina e Petruchio escrita por Cristina Fontes


Capítulo 26
Capitulo 25


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!



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“Petruchio!”-Chama Catarina, deitada sobre o peito dele.

Ele abre os olhos lentamente.

“Diga meu favo de mel!”-Ele responde, acariciando as costas nuas de Catarina.

“Sabe, a Bianca esteve cá hoje, conversamos assim… sobre a escola, e ai eu lembrei… Porquê agente também não dá um jeito nessa fazenda com o dinheiro da herança?”-Ela diz com uma voz baixa, serena e pausada, fazendo gestos com a mão e depois pousando-a novamente sobre o peito de Petruchio, esperando sua resposta.

“Hum… não to gostando dessa ideia, se ocê tá pensando em transformar essa casa num palacete lá que nem o do seu pai pode tira o cavalo da chuva.”-Ele responde.

“Ai credo.”-Ela resmunga, se levantado do peito dele, se vira de frente pra ele, tapando o corpo com o lençol.

“Eu não vou transformar essa casa num palacete não... é só umas obrinhas assim… Coisa pequena.”-Ela desvaloriza.

Ele pondera, abana o rosto de um lado para o outro... pensando, coça a barba.

“Você até que tá certa, essa casa tá muito velha, as parede tá quase caindo no chão, a varanda tá toda quebrada, as medira toda velha… é… umas obra… tá certo.”-Catarina sorri, mostrando os dentes, entusiasmada.

“Mas olha lá Catarina, olha lá onde é que ocê me mete…”-Ele avisa.

“Julião Petruchio confie em mim, vai dar tudo certo!“-Ela diz contente, endireita as costas, olha em volta, pensando já em ideias para remodelar a fazenda.

“Agente podia era comprar mais vaca, pa fazer mais queijo e a fazenda aqui do lado que eu já te falei também… Catarina você tem que bota esse dinheiro em alguma coisa, porque ele não vai dura pa sempre.”-Ele diz.

Ela sorri, se baixa, colocando as mãos perto dos ombros dele e encostando o seu rosto no dele.

“Nós não vamos só comprar a fazenda aqui do lado, vamos comprar todas que precisarmos, vamos comprar muitas vacas, muita ração, muito sal… tudo! Porque nós vamos produzir o melhor queijo que esse país já provou! Vamos ser os melhores!”-Ela diz, sem desfazer o sorriso, com os olhos brilhantes, visivelmente orgulhosa e confiante no que dizia.

O coração de Petruchio se sobressalta, como ela ainda conseguia lhe causar aquela sensação de puro espanto e orgulho imenso?

Ele não consegue conter a alegria, sorri pra ela, era bom ter uma mulher que acreditava nos seus sonhos e que lutava ao seu lado pelos seus objetivos.

Beijam-se novamente. Ele a puxa pra baixo, ela perde a força nos braços e cai em cima dele deixando escapar uma gargalhada.

Subtilmente, ela inclina o rosto, e ele num único movimento devora seu pescoço e apodera-se de todo o seu corpo. O clima aquece.

Mas como o prazer é bom e efémero.

Quando estavam prestes a cair nas garras um do outro, escutam um choro de bebê.
Catarina deixa cair o rosto sobre o peito de Petruchio, não podia acreditar que aquilo estava acontecendo.

“Ai! Eu não acredito…”-Ela murmura dolorosamente, sem sair de cima de Petruchio, que beijava seu ombro.

Se concentra. Rola de cima dele, cai na cama, se deita por uns instantes e ele como se não fosse nada, continua apertando e beijando o corpo dela. Reúne forças, levanta o rosto, tirando o cabelo da frente.

"O que foi?"-Ele pergunta.

"Choro! Não está escutando!"-Ele cai em si.

“Arre égua…”-Diz, esfregando as mãos no rosto, soando, tentando manter o mínimo de sanidade mental naquela hora.

Catarina desvia o olhar para ele, mostrando nutrir do mesmo sentimento que ele.

Procura a sua roupa de noite, olhando ao redor, não encontra. Com aquele tumulto todo, nem viu para onde foram jogadas as roupas. Envolve-se novamente no lençol da cama e se levanta.

“O que foi, meu bebê?”-Ela diz pegando ele do berço e ele para de chorar.

Quando as crianças choravam era só Catarina chegar perto que eles paravam imediatamente. E quando Catarina pegava eles no colo, faziam uma carinha tão fofa, um beicinho tão encantador, mostrando-se confortados.

Catarina pega a chupeta dele e bota na boca e abana ele levemente. Encosta a cabeça dele um pouco abaixo de seu ombro, pousa uma de suas mãos sobre a nuca acariciando e beijando sua testa. Ele fecha os olhos e volta a dormir.

"Pronto, pronto."-Ela diz, carinhosa, tentando acalmá-lo.

Petruchio agora encontrava-se deitado na cama, quase dormindo. Catarina olha-o com desdém, era impressionante a rapidez com que ele passava de um extremo ao outro.

Volta-se de frente para a janela, embalando Julinho, com um sorriso no rosto, pensando nas futuras remodelações.

Ele adormece. Catarina devolve-o cuidadosamente ao seu berço. E logo em seguida Laurinha chora, Catarina levanta o rosto deparando-se com a menina se esperneando de tanto chorar. Cobre o menino e vai ao encontro dela.

“Tá vendo, não comeu antes de dormir agora tá com fome!”-Ela diz pegando no colo.

Catarina já conhecia aqueles meninos como a palma de suas mãos. Sabia extamente quando queriam comer, quando tinham a fralda suja, quando queriam dormir e até mesmo, quando eles simplesmente queriam o seu colo de mãe.

“Hai meu Deus eu não vou dormir hoje!” Ela pensa olhando para Petruchio que já dava altos roncos, como sempre.

Ela revira os olhos, odiava quando ele roncava daquele jeito, vai para a cama, se senta e começa amamentar a menininha como fazia quase todas as noites.

Se encosta na cabeceira de cama e começa a cutucar Petruchio.

“Para de roncar! Assim eles não dormem!”-Ela diz baixo perto do ouvido dele, para não assustar as crianças.

Ele para, abre o os olhos por instantes, se aproxima de Catarina, abraça sua cintura e deita-se sobre as suas pernas.

"Meu favo de mel!"-Ele murmura.

Catarina com um sorriso bobo, abana a cabeça.

"É pior que as crianças." pensa pra si.

Não resiste e começa a acariciar o cabelo rebelde dele, que estava ali perfeitamente ao alcance de sua mão. Enrolava e esticava cada fio carinhosamente.Depois afagava sua barba...

Entretanto, com o outro braço, sustentava a menina que quase adormecia.

“Come filhinha! Come!”-Ela diz terna.

(...)

E... dezenas de noites se seguiram...

(...)

As obras na fazenda iniciam.

Trabalhadores, andando de um lado para o outro, baldes de tintas ocupavam a casa e a varanda. Tudo ganhava mais cor e mais vitalidade.

Petruchio era o líder do exercito de formigas em que se tinha transformado a fazenda de Santa Clara.
Pontualmente, durante esses dias a produção de queijos parou, dedicando-se todos a cem porcento ás obras.

Já no interior da casa, Catarina detalhava à decoradora contratada, a cor dos móveis, das tapeçarias, as mobílias que não queria retirar e as queria incluir...

Exigia eficiência e afirmava constantemente que não admitira erros ou atrasos, porque se isso eventualmente acontecesse, descontaria no pagamento.... e como sempre não deu margem para protesto e contestação.

Por outro lado Petruchio opunha-se a algumas exigências de Catarina, achava um exagero, mas ela sempre dava a volta por cima.


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Notas finais do capítulo

A fic está mesmo terminando gente! Últimos capítulos! Até quarta!



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