Na sala…

Ao ver os gêmios Petruchio fica doido de tanta felicidade, achava a menina tão linda e o menino muito parecido com Catarina.

Andava com eles no colo, de um lado para o outro.

“Que orgulho! Um filho e uma filha.”-Ele dizia sorrindo.

Era o pai mais feliz do mundo, nem conseguia acreditar que acabara de ter não um mas dois filhos. Finalmente seu sonho se tinha realizado, os seus tão desejados filhos agora estavam ali em seus braços.

Não parava de olhar pra eles com um ar de total satisfação.

... Alguns minutos depois...

“E... e Catarina tá tudo bem com ela?”-Pergunta Petruchio ainda com as crianças no colo.

“Sim ela está bem, perdeu algum sangue, é natural que se sinta fraca durante alguns dias, mas ela vai recuperar rapidamente.”

“Mas está tudo certo com ela não tá?”-Ele pergunta preocupado.

“Está não se preocupe! Ela teve dois filhos de uma vez, com certeza deve de estar muito cansada.”-Tranquiliza o médico.

“E… Eu posso vê ela?”-Pergunta sorridente.

“É claro, pode sim senhor Petruchio!”-Responde o médico.

Petruchio devolve as crianças a Neca e Mimosa e vai até ao quarto.

Era impossível conter tanta alegria, ansiava ver Catarina, partilhar esse sentimento com ela e dizer-lhe que aquele era o momento mais feliz de toda a sua vida.

Assim que entra no quarto, vê Catarina deitada, realmente parecia muito fraca.

Ele se aproxima, se agacha perto da cama e pega na mão dela, beija sua testa com cuidado, depois passa a mão no rosto dela,

pensando no quão importante ela era em sua vida, aquela mulher tinha acabado de lhe dar dois filhos.

O sentimento que tinha por ela era tão forte que mesmo depois de todo aquele tempo, seu coração ainda acelerava ao vê-la, e seus olhos se deslumbravam cada vez que a admirava.

Em sua mente só surgia a palavra "Obrigado, obrigado". Obrigado por lhe fazer o homem mais feliz do mundo, obrigado por toda aquela alegria que havia transformado literalmente toda a sua vida, obrigado por ser quem ela era e obrigado por ser mãe de seus filhos...

Ele vê que seus olhos fechados tentavam abrir-se, e movia o rosto milimetricamente:

"Catarina!"-Ele a chama carinhosamente.

Ela de olhos fechados sentia alguém ali perto de si, pegando na sua mão e afagando seu rosto... assim que ouve a voz de Petruchio chamando por si abre os olhos gradualmente, enquanto ele continuava acariciando seu rosto com um enorme sorriso.

“Petruchio…”-Ela sussurra ainda com os olhos parcialmente fechados e com a garganta apertada.

Finalmente, já de olhos abertos fixa o seu olhar no dele, pestaneja e caem lágrimas de seus olhos novamente.

(Aquele era oficialmente o dia mais emotivo de toda a sua vida).

Ele pega a mão dela com suas duas mãos, como se fosse a maior pérola que alguma vez tinha visto e beija-a.

"Meu favo de mel!"-Ele dizia carinhosamente.

“Eles são os melhores filhos que eu podia ter nessa vida. Obrigado Catarina por me fazer o home mais feliz desse mundo!”

Num misto de emoções ela esboça um sorriso meigo, ao ouvir as palavras dele. Ver toda aquele felicidade em seu olhar, fazia com que sua alegria crescesse ainda mais, uma alegria que lhe fazia sorrir e chorar em simultâneo.

Ele aproxima seu rosto do dela, ela fecha os olhos e beijam-se.

(...)

"Catarina ocê tá sentindo alguma dor, quer alguma coisa? Me diga que eu faço tudo..."-Ele diz prestativo e preocupado com ela.

"Não! Só me ajuda a sentar!"

Ele pega em suas costas e ajuda-a a sentar-se na cama, ainda ajeita as almofadas pra que ela se sentisse mais confortável.

"Tá bom assim? Se ocê quiser..."
Catarina interrompe Petruchio:

"Petruchio traga eles aqui, eu quero muito ficar com eles aqui perto de mim."-Ela diz com um sorriso enorme, já ansiosa pra vê-los novamente.

Ele não podia negar um pedido daqueles, se levanta e vai buscar os meninos.

Ela sorri.

Ele entra no quarto sorrindo, com os meninos no colo, e o rosto dela toma uma feição fascinante, alegre... suas emoções voltam a falar por si.

A imagem de Petruchio ali com as crianças no colo, trantando-lhes com tanto amor e carinho era algo que realmente transtornava e sensibilizava todo o seu ser, era uma imagem que certamente nunca iria esquecer e que iria se emocionar ao relembrar.

“Vamo ver a mamãe, vamo! A mamãe já tá aqui já!”

Catarina olhava pra eles fixamente, totalmente rendida.

Ele se aproxima e coloca as crianças no colo de Catarina, depois se senta na cama perto dela olhando para os três sorrindo.

“Afinal vocês eram dois! Que surpresa boa!”-Ela diz meiga, sorrindo com as crianças no colo, deixando-se invadir novamente por todo aquele imenso sentimento e por aquela paz angelical.

A menina abre os olhos e imediatamente depois o menino também, e olham fixamente pra ela, só pra ela, abrindo o fechando a boquinha, dando gritinhos, como se estivessem felizes, e loucos pra lhe falar alguma coisa.

Catarina ria, contagiada pela energia deles.

O menino mexia os braços e as pernas, depois parava, colocava a mão na boca e mamava na mãozinha pequena.

"Que lindos que vocês são..."-Ela diz olhando pra um e pra outro sucessivamente, sem conseguir detetar nenhum defeito.

Era uma sensação indescritível, aqueles dois bebes estiveram dentro de si durante nove meses e agora estavam ali, nos seus braços. Eles eram mais perfeitos do que ela algum dia pode imaginar, era sem duvida o momento mais emocionante de toda a sua vida.

Tanto ela com Petruchio esperavam por aquele momento há meses, o momento em que iriam finalmente segurar e ver o rosto do filho, que afinal de contas eram dois…

Tudo aquilo também causava, a Catarina, uma certa estranheza, porque nunca se imaginou naquela situação de mãe, agora ela era oficialmente mãe de duas crianças, que dependiam totalmente de si, de tal forma que sentia que eles os três eram um só... e tinha certeza que iria senti-lo para o resto de sua vida..

De repente a menina começa a chorar. Catarina se assusta tenta embela-la mas ela não parava.

"O que foi, o que ela tem?"-Pergunta Petruchio preocupado.

"Não sei..."-Ela responde ainda mais preocupada, com medo que o menino também começasse a chorar.

Catarina reflete por uns momentos, enquanto Petruchio pegava o menino e ela continuava tentando acalmar a menina.

"Eu acho que...acho que ela deve estar com fome... é só pode."-Ela dizia olhando pra ela carinhosamente.

"Com fome? E agora o que agente dá pra ela comer?"-Pergunta Petruchio.

Catarina ri, olha pra Petruchio.

"As crianças desse tamanho não comem esqueceu Petruchio? Só bebem leite da mãe."-Ela afirma divertida.

Ele faz um ar mostrando que estava entendendo...

Ela baixa uma das magas de sua roupa e começa a dar de mamar a menina que para logo de chorar.

Catarina com os lábios entreabertos, olhava pra ela. Com tudo o que tinha acontecido, acabou esquecendo daquele momento tão importante... E novamente aquela emoção, aquela vontade incontrolável de chorar invade seus olhos. Tudo era tão intenso, tão puro e lindo.

A menina com os olhinhos fechados e com a mãozinha pequena pousada em cima do seio de Catarina continuava manando.
Catarina acariciava seu rosto e sorria ao vê-la mamar tanto.

"Você estava com fome... Come, pode comer o quanto quiser, minha menininha."

Petruchio que pegava o menino no colo, se derretia com aquela linda cena. Apreciava aquele lindo momento em que sua mulher alimentava sua menina, ali, naquele preciso momento ele teve mais uma vez a certeza de que não poderia ter escolhido melhor mãe para os seus filhos.

Catarina olha para Petruchio sorri radiante, e ele retribui o sorriso com um ar bobo.