Catarina e Petruchio escrita por Cristina Fontes


Capítulo 18
Capitulo17


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde! Boa leitura!



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Ainda naquela noite...

Catarina estava deitada na cama, enquanto Petruchio acariciava delicadamente sua barriga, tão serenamente… suas mãos grandes envolviam quase toda a barriga de Catarina. Ele olhava pra barriga dela pensando que o dia em que a criança nascesse iria ser o dia mais feliz de toda a sua vida… beija a barriga dela, e pousa a cabeça sobre ela, carinhosamente, enquanto Catarina acariciava os cabelos dele.

“Parece até que eu to sentindo o coraçãozinho dele…”-Ele diz sorrindo.

Ela sorri sem dizer nada, pestaneja e deixa cair uma lágrima, olhando pra ele apaixonadamente, com as mãos no cabelo dele.

Ele envolve seus braços á volta da cintura dela, delicadamente, beija mais uma vez sua barriga e imediatamente depois ela sente a criança se mexendo dentro de si.

Era uma sensação inexplicável, Catarina leva as mãos a boca e se emociona ainda mais. Fica impressionada e maravilhada com o puder que Petruchio tinha sobre aquela criança, ela reagia a cada estimulo dele. Catarina fica sem palavras, com a respiração parada... apenas olhando pra ele meigamente, apertando seus próprios dedos que ainda se encontravam perto de sua boca que permanecia entreaberta... ele passa a mão na barriga… e surge outro movimento dentro de si… a cada movimento da criança ela estremecia e sentia uma dor aguda em cada osso de seu corpo, em cada músculo... fechava os olhos.

Petruchio se aproxima dela e a beija afagando seu rosto.

Eles se olham por alguns momentos, enquanto ele continuava com a mão no rosto dela e ela pestanejava lentamente.

"Ele se mexeu, eu senti..."-Ela diz baixo, de olhos fechados, colocando a mão na barriga, com um sorriso subtil no rosto.

Ele sorri, olhando pra ela e pra barriga. Ele coloca a mão sobre a barriga, perto da dela, e beijam-se mais uma vez...

(...)

Adormecem abraçados...

No dia seguinte….

O galo canta…

Catarina acorda, ainda cheia de sono, fecha os olhos novamente. Segundos depois volta a abri-los, observa Petruchio... ao mesmo tempo sentia um medo enorme do momento em que ele iria acordar, despedir-se e ir embora pra trabalhar... iria ficar novamente o dia inteiro sem vê-lo... abraça-se a ele...

Decide pegar o cobertor que estava na beira da cama e cobre os dois, tapando os rostos, para que a luz do sol não o despertasse, ela sabia que ele mais tarde ou mais cedo iria acordar, ele era madrugador, mas pelo menos assim ela poderia senti-lo ali bem perto de si, nem que fosse por mais uns minutos... por ela eles podiam ficar assim, perto um do outro... para o resto da vida.

Já debaixo dos cobertores, ela abraça-o com força novamente, com cuidado, para não acordá-lo.

Acaricia seu abdómen, surge uma vontade enorme de o beijar, mas não podia, ele iria despertar certamente. Sem fazer movimentos bruscos ela aproxima-se e beija seu rosto, passa os lábios por sua barba e deita em seu peito suspirando. Pega na mão dele, pensando que agora tudo iria dar certo porque ninguém iria conseguir destruir o amor deles, ninguém jamais iria conseguir derrotá-los, juntos eles iriam construir uma vida, não a vida que ela havia imaginado pra si, mas a vida que havia sonhado juntamente com ele. Perto dele, ela se sentia ainda mais forte, capaz de vencer tudo e todos.

"Estamos juntos!" ela pensava sorrindo, olhando para as mãos deles unidas.
Ela adormece novamente sem separar a sua mão da dele.

Momentos depois...

Petruchio acorda, estranha ter o rosto tapado, ele nunca dormia com o rosto tapado, pega o cobertor de cima deles e joga na cama, se mexe e imediatamente depois Catarina:

“Não!”-Ela diz baixo quase implorando, ainda de olhos fechados, mexendo o rosto, aconchegando-se em seu peito.

Ele sorri, adorava acordar assim perto dela. Enquanto ela dormia ele olhava pra ela atentamente, pensava no quão linda ela era e na falta que sentiu dela assim perto dele de manhã, na cama deles, do cheiro dela… o corpo dela… não se cansava de olhar pra ela.

Ele se mexe cuidadosamente até se aproximar do rostos dela, ele beija seus lábios, pegando no rosto dela delicadamente.

“Eu não embora não…”

Ela pega na mão dele enquanto ele pegava no rosto dela.

“Não?”-Ela diz serenamente, sorrindo abrindo os olhos lentamente.

“Não. Hoje vou fica aqui memo na fazenda, não vou pra cidade."

Ela sorri e fecha os olhos abraçando-se a ele que desliza suas mão até suas costas, ao mesmo tempo que olhava ela dormindo. Ia percorrendo suas dedos pelas costas dela, e por sua barriga, proporcionando-lhe o maior conforto possível. De repente ela muda de posição, se vira de costas pra ele, (ela se mexia muito quando dormia…) ao mesmo tempo puxa sua mão pra debaixo dela, ele automaticamente abraça-a pelo peito e beija seu pescoço…

Ela sorri, com uma de suas mãos encostada na boca…

“Petruchio…”-Ela avisa sorrindo, brincado, pois ele estava lhe provocando seriamente.

Ele pega o cobertos que havia jogado momentos antes na cama e cobre os dois, cola seu peito em suas costas e a puxa pra mais perto, ela mexe o corpo todo se aconchegando o mais perto possível dele, ela pousa suas mãos em cima da almofada por baixo do rosto. Por baixo de seus braços ele permanecia com um de seus braços sobre seus seios, coloca a outra mão na barriga e a percorre até as pernas dela, que estavam entrelaçadas nas dele.

(...)

Petruchio se levanta, se veste e vai até a cozinha com um ar muito bem disposto enquanto Catarina continuava dormindo.

“Bom dia!” -Ele diz com o maior sorriso do mundo.

“Bom dia.”-Responde Neca e Mimosa.

“Que boa disposição é essa senhor Petruchio?”

“É que a vida é muito boa... muito boa..."-Ele diz dando uns goles de café, pensativo.

"Ocê não acha Neca?”-Ele ainda pergunta.

“Com esse sorriso só pode ter se acertado com a Catarina!”-Diz Mimosa.

“Fala senhor Petruchio vocês se acertaram de novo.”-Diz Mimosa.

Petruchio sorrindo num impulso ia responder, mas de repente para, e sorri novamente.

“Mas o que é que é que vocês tem com isso, já tão querendo saber demais.”-Ele diz ainda com o sorriso no rosto servindo mais uma caneca de café. Ele come sorrindo, pensando na noite perfeita que tinha passado com Catarina.

Enquanto isso Neca e Mimosa trocavam olhares sorrindo, imaginando o que teria se passado pra ele estar tão sorridente.

Ele se levanta e vai até ao galpão:

“Bom dia senhor Petruchio, o senhor hoje não vai na cidade?”

“Não hoje não vou não…”-Ele diz mexendo nos queijos.

“Então como que foi ontem com a fera, ela tava uma onça só faltou dar mordida…”

“Oh Calixto você não fala assim da minha mulher que eu não gosto.”-Ele diz se exaltando.

“Ueh mas se é senhor memo que chama ela de fera, de onça…”

“Mas eu posso porque ela é minha mulher, mas não vou admiti que você fique chamando ela de fera na minha frente.”

“Ah mas as ca…”

“E nem das cavera dos meus pais, arre égua Calixto, vai quere me deixar nervoso logo de manhã cedo.”

Petruchio se dirige ao caldeirão pra ver com estava o coalho, Calixto segue atrás dele.

“Há mas o senhor nem precisa dizer dá pra ver no semblante do senhor…”

Petruchio sorri.

“Calixto, Calixto... você nem sabe... que mulher… que mulher.”- Ele diz distraído com o olhar perdido sorrindo.

Calixto se aproxima dele:

“O senhor ama ela de verdade não é, pode falar?” –Ele diz curioso.

Petruchio fica em silêncio por uns momentos.

"Só sei que quero ela perto de mim pra sempre..." -Ele responde ainda com o olhar perdido, pensando nela.

“Você já viu como ela fica linda com aquela barriga de grávida…”

“É, ela pode ser uma fera mas é bonita mesmo.” -Reponde Calixto.

Petruchio deixa o caldeirão, respira profundamente:

“Catarina não é bonita não… ela é linda, linda…”-Ele diz sorrindo, preparando as coisas pra começar a fazer os queijos.

“Mas vamo deixa da conversa fiada e vai lá tira leite das vaca que hoje agente tem que acabar de fazer esses queijo tudo!”

Calixto vai para estábulo e começa a tirar leite das vacas.

Entretanto no quarto…

Catarina acorda, o ar da manhã da fazenda… o cantar dos galos, a luz entrando pelo quarto a dentro…

Ela sorri, pega sua roupa de noite que estava em cima do baú, se veste , se levanta muito bem disposta. Abre as gavetas e os armários escolhendo uma roupa pra colocar. Depois de escolher se veste e vai até a cozinha…

“Bom dia!”-Ela diz bem disposta.

“Bom dia!”-Elas respondem.

E ali estava a confirmação da boa disposição de Petruchio, se é que ainda restavam duvidas.

Catarina pega uma caneca bebe um pouco de café, depois senta na mesa, leva a mão ao rosto e suspira profundamente, sorrindo.

“Catarina,Catarina…”-Elas chamam.

“Sim o que foi.”-Ela diz voltando ao mundo real.

“Você não ouviu o que a agente disse? O que você quer para o almoço?”

“Há! Não sei uma coisa qualquer, tanto faz.”-Ela diz serenamente, gesticulando com as mãos.

As empregadas encolhem os ombros e continuam seus afazeres.

Catarina continua ali por um bocado suspirando de dois em dois minutos, distraída, com um brilho no olhar...

"Catarina..."-Diz Mimosa, tocando em seu braço.

"Aai quer me matar de susto, o que foi agora."-Diz Catarina.

"Você tá bem, tá ai parada faz tanto tempo..."-Ela apercebesse que estava demasiado expressiva, endireita as costas, coloca um ar serio.

"Faz tanto tempo assim?"-Ela pergunta e elas acenam com a cabeça.

(...)

Naquele dia Catarina não quis ficar o dia todo na cozinha em frente ao fogão, ajudou Petruchio a fabricar os queijos, mesmo ele sendo contra pois afirmava que ela devia de descasar... mas ela estava cansada de descasar e não conseguia ficar parada, sem fazer nada por muito tempo.

Quem levou por tabela foi Calixto que tinha não só que seguir as ordens de Petruchio com ainda tinha que aguentar Catarina desprezando o seu trabalho.

Algumas vezes eles não resistiam e trocavam uns beijos enquanto faziam os queijos, mas Calixto logo aparecia interrompendo tudo... Nesses alturas ele ainda era mais mal tratado, sem entender o porquê.

(...)

Os dias foram passando...

A barriga de Catarina estava cada vez maior, ela já não conseguia fazer nada sozinha, seus pés inchavam bastante e suas costas doíam.

De vez em quando Joana e as crianças iam vesita-la, levavam presentes para o nene e Joana comentava sempre que a barriga de Catarina estava grande demais. Fátima ficava perto de Catarina passando a mão na barriga dela, fazendo perguntas, atrevida como sempre. Já Jorginho e Buscapé corriam pela fazenda, brincando com os animais, matando saudades.

(...)

Catarina conclui que a vida de grávida não era fácil.

Sentia um calor sufocante durante o dia e de noite morria de frio, sentia grande desconforto ao dormir, mas felizmente Petruchio a aquecia e dava sempre um jeito naquele desconforto que perturbava seu sono.

(...)

Catarina já havia comprado algumas roupas para o bebe, tanto de menina como de menino pois não sabia o sexo da criança, todos os dias arrumava e olhava as roupinhas contente... sentia dentro de si que havia de ser uma menina e então comprou uma bonequinha de trapos de cabelos castanhos, ela olhava para a boneca sorrindo, tinha a certeza que sua filhinha ia adorar aquela boneca, as vezes ela dormia com a boneca na mão colocando perto da barriga...

Já Petruchio não gostava nada dessa história da boneca, onde já se viu colocando bonequinha perto do filho homem dele, e obviamente brigavam por isso na hora de dormir, mas ela nem ligava, ela sentia que assim a sua filha dormia melhor e se mexia menos durante a noite. E assim ela também poderia dormir tranquilamente...

Afinal de contas ela que tinha razão é a mulher que sente o desconforto, é a mulher que sente as dores do parto, é a mulher que dá de mamar o homem só assiste...

Por isso Petruchio não tinha muito palpite nessa matéria se isso contribuía pra ela dormir melhor.

Mas no final de contas eles não conseguiam dormir brigados, logo se abraçavam e faziam as pazes e adormeciam agarradinhos.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima quarta! ;)



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