... Para de chover...

Passado algum tempo ela acorda esfrega os olhos, olha pra Petruchio e sorri ao vê-lo dormir tão profundamente, tenta se soltar dele, mas cada vez que se mexia e tentava tirar os braços dele de volta de si, ele a apertava ainda mais, ela sorria… aos poucos com cuidado para não acordá-lo consegue-se soltar. Se levanta sem fazer barulho.

Se olha no espelho, vê seu rosto todo borrado, seu cabelo todo desalinhado, seus lábios vermelhos sorri novamente e pensa “ O que esse grosseirão faz comigo…” ao mesmo tempo que tirava a maquiagem…

De repente ele também acorda olha pro lado não a vê, olha em volta e ali estava ela de costas pra ele enrolada num longo lençol branco, sentada, se olhando no espelho, limpando o rosto… ele a admirava quieto, analisando cada gesto.

Passado um pouco ela se levanta, ele logo pergunta:

“Onde ovê vai favo de mel?”

Ela se vira pra ele:

“Há já acordou…? Vou tomar um banho pra tirar essa maquiagem melhor, tá pesando no meu rosto.”

Segue em direção ao banheiro.

Ela sorri volta a trás, olha pra ele e ainda diz:

“E não me chame favo de mel!”

Ele sorri se levanta, se aproxima dela.

“Eu sei muito bem que você gosta de ser o meu favinho…”-Diz a trazendo pra perto dele, apertando seu corpo.

Ela desvia o olhar:

“Eu não! Quem disse?”-Diz com voz mansa sorrindo.

“Não precisa de dize, é só olhar pro seu jeito... eu te conheço muito bem.”-Diz divertido.

“Pare de se exibir vai... está todo cheio de si.”-Responde com um sorriso brincalhão.

Eles se beijam... ela segura o lençol que quase cai...

"Vem!"-Diz Catarina num tom que não dava pra dizer que não!

Se dirigem para o banheiro do quarto de Catarina … em baixo do chuveiro, se abraçam, se beijam, ele lava o rosto dela carinhosamente e ela fecha os olhos sentindo seu toque...não só no rosto como em outras partes do corpo...

Depois ela esfrega as costas dele lentamente, abraça-o pela cintura enquanto ele enxaguava o rosto.

O banho prossegue…

(...)

Eles saem do banheiro ela se senta na cadeira em frente ao espelho enrolada numa toalha, ele se veste, depois ajuda-a, ajoelhando-se e enxuga seus pés e suas pernas, pois devido ao tamanho da barriga, havia se tornado uma tarefa um tanto quanto complicada pra ela.

Depois ela passa um creme pra ele passar nas pernas dela, ele passa o creme suavemente com uma certa safadeza, mas isso já era de se prever, o que se podia fazer se ele parecia um fogo em brasa cada vez que tocava nela?

Depois, também lhe passa um par de meias pretas, para que ele a ajudasse a colocar. Ele coloca o primeiro par, olhando atentamente para cada centímetro das pernas dela, sobe até um pouco acima do joelho, depois a outra meia...

Tudo sempre sob o olhar atento e terno dela pra ele.

(...)

Já depois de ajudar Catarina, Petruchio se deita, olhando pra ela que continuava sentada se arrumando em frente ao espelho.

Tira a toalha que tinha enrolada em sua cabeça, escova os cabelos molhados, passa creme nas mãos, nos braços. Pega outro creme, cheira-o, depois passa em sua barriga, massajando olhando pra ela e sorrindo, pensando que aquela hora o nenê certamente estaria dormindo tranquilamente, agora estava tudo calmo, ela se sentia serena e feliz, e isso certamente, ele também estava sentindo.

Se levanta se dirige a um armário e tira uma roupa de noite, a mais larga que tinha, pra que servisse em sua barriga, se veste, amarra o laço da roupa e coloca um robe de cetim por cima.

Volta a se olhar no espelho, escova o cabelo uma ultima vez e coloca sua água de cheiro(o cheiro que ele tanto gostava) no pescoço e nos pulsos.

Agora, pronta para o seu marido, sorrindo se dirige para a cama e deita do lado dele abraçando-o, e ficam ali sem dizer nada apenas sentido a presença um do outro!

Ela olha pra ele que permanecia de olhos fechados e começa a fazer carinhos nos rosto dele e no cabelo, entretida. Depois volta a deitar-se em seu peito.

Minutos mais tarde:

“Petruchio, Petruchio??!”-Chama Catarina.

“Diga meu favo de mel…”- Diz de olhos fechados calmamente.

"Eu tô com fome, preciso comer alguma coisa.”- Diz com ar inocente.

Ficam em silêncio por uns momentos, depois Petruchio cai em si, abre os olhos assustado:

“Arre égua Catarina você não vai fazê eu ir apanhar aquela chave uma hora dessa?!”.