Fênix. escrita por Thaís Romes


Capítulo 2
Amigos e parceiros.


Notas iniciais do capítulo

Olha resolvi postar mais esse capítulo hoje, especial para a Catarina!
Então espero que gostem...



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“Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber”

Apenas mais uma de amor – Lulu Santos

FELICITY SMOAK

Uma semana sem Oliver. Eu sei que deveria estar em luto, e apesar de devastada minha ficha ainda não parece ter realmente caído. Eu entro na caverna em meu habitual estado de silencio, em qual tenho andado nos últimos dias. As pessoas não tem culpa se o amor da minha vida morreu sem que eu lhe dissesse que também o amava, ainda existia uma cidade da qual precisava ajudar a manter salva.

–Oi. –Digo vendo Lyla sentada em minha cadeira com Diggle e Roy a seu lado. –Mais alguma tragédia que eu ainda não sei? –Pergunto com sarcasmo.

–Na verdade hoje é sua noite de folga. –Diggle diz com a voz suave e um olhar cheio de compaixão.

–Por... que exatamente? –Volto a perguntar.

–Por que você tem parecido uma versão feminina do Oliver ultimamente. –É Roy quem responde. – E já estamos preocupados. Todos nós estamos sofrendo.

–Nunca menosprezei a dor de nenhum de vocês! –Respondo em voz baixa contendo as lágrimas. –Eu vejo Diggle cabisbaixo, tentando se agarrar a qualquer coisa que mantenha sua sanidade. Laurel é a nova vigilante! E tem vasculhado a cidade atrás de quem matou Sara, quando nós sabemos que ela nunca vai descobrir. –Respiro fundo tomando folego e vou em direção a Roy que tem os olhos cheios de lágrimas. –E você. –Falo com a voz doce. –Tem espancado todo bandido que aparece em sua frente. Está com mais cede por vingança do que eu, e tenho certeza que só não matou Merlin até hoje, por que ama a filha dele. –Deixo que as lágrimas escorram por meu rosto sem me importar e encaro os três a minha frente. –Eu queria John ter uma família para a qual voltar à noite. Queria poder vestir um uniforme e uma peruca e vasculhar Starlling com algum propósito que não fosse Oli... –Não consigo dizer o nome dele. –Queria ter sua força Roy, ser capaz de lutar. Mas não! Tudo o que eu posso fazer é tentar salvar a cidade com as armas que eu tenho. De dia como vice CEO e a noite aqui nessa caverna escondida do mundo. –Abro meus braços apontando ao redor. –Não questiono a forma de vocês lidarem com a dor que sentem. Por favor, não questione a minha.

Com isso Lyla se levanta da cadeira me dando lugar. Quando me sento ela coloca a mão em meu ombro com carinho. Seguro sua mão lá por alguns segundos aceitando o consolo enquanto permito que as últimas lágrimas escorram por meu rosto, então as seco e começo a digitar a procura de trabalho para Roy e Diggle.

OLIVER QUEEN

–Sabe que Ra’s Al Ghul vai te matar assim que souber que está me ajudando. –Minha voz sai fraca enquanto tomo a sopa que Maseo havia preparado.

–Não tenho mais nada a perder Oliver, e ainda tenho uma dívida com você. –Fala se sentando na cama ao lado.

–Por que me trouxe para esse lugar? –Questiono.

–Não vão nos rastrear aqui e você precisa se curar.

–Eu já me sinto melhor. Me deixe aqui e volte, não vou ser responsável por sua morte.

–Se sente melhor por causa das ervas que tenho usado em seu ferimento, mas não está. Não ainda. E me matariam eu voltando ou não Oliver, e como disse não tenho mais nada a perder.

FLASHBACK ON

–Chien Na Wei, ela foi a responsável pela bomba! –Falo passando a mão nos cabelos. –Ela matou todas aquelas pessoas.

–E vai matar Tatsu se não a encontrarmos.

–Então vamos entrar em contato com a ARGUS.

FLASHBACK OFF

–Aquilo não foi sua culpa. –Digo a ele, mas eu mesmo sabia que se fosse o contrário eu me culparia até o ultimo dia da minha vida.

–Ela se entregou a eles para salvar nosso filho Oliver. –Ele solta um riso nervoso se levantando. –E quando voltamos ele foi... –Sua voz se perdeu em meio a frase. Nós encontramos seu filho morto. –Eu ainda me lembro de você se oferecendo a ir no lugar dela. Você se colocou em segundo plano por minha família, e por esse motivo eu sei que não foi você quem matou Sara. –Eu permaneço o olhando sem mudar minha expressão. –Não estou pedindo que me diga se foi ou não. –Acrescenta. –Não farei isso.

–Obrigado. –Ele assente e vai em direção ao banheiro pegando uma toalha.

FELICITY SMOAK

Sábado pela manhã escuto a campainha da minha casa tocando e tudo o que eu peço é que não seja Ray com mais uma invenção. Visto um moletom por cima da regata branca que usava e não me importo em tirar a calça de corações que eu usava para dormir. Abro a porta e encontro Roy do outro lado.

–Posso entrar? –Pergunta parecendo devastado, vejo um corte em seu supercilio e imediatamente lhe dou passagem.

–Você está bem? –Questiono preocupada depois de fechar a porta, ele simplesmente me abraça e posso sentir o fogo de seu desespero, pois era o mesmo do meu, me junto a ele em seu choro silencioso.

–Você disse ontem que não tem uma família para qual voltar. –Ele fala me olhando nos olhos quando nos afastamos. –Sabe que é mentira não sabe? –Eu balanço a cabeça concordando sem conseguir falar. –Podemos ser a família um do outro, não precisamos passar por isso sozinhos. –Ele me sorri com tristeza e eu correspondo o abraçando novamente.

–Obrigada. –Sussurro em seu ouvido.

–Ai! –Exclama baixinho quando o aperto um pouco mais, o que me lembra de seu rosto machucado e faz com que eu me afaste colocando minhas mãos na cintura esperando por explicações. –Se quer mesmo falar sobre isso, vou precisar de café e um sofá.

–Sinta-se em casa. –Indico o sofá para ele e vou para cozinha preparar o café. Volto alguns minutos depois com duas xícaras nas mãos e me sento ao seu lado a entregando uma. –Agora me fala.

–Eu topei com Merlin ontem quando voltava para casa.

–Onde?

–Ele conversava com um informante do tráfico nos Glaides, aquele que Oliver e eu interrogamos pela última vez. –Balanço a cabeça indicando que eu entendi para que ele prossiga. –Ele queria alguma informação a respeito de um carregamento de armas, então eu esperei que o idiota o contasse e corri por um atalho, vindo da direção contrária. Ele me avistou e não se preocupou em fugir ou se esconder, então nós lutamos.

–Roy, você estava desarmado, poderia ter sido morto! –Exclamo horrorizada.

–Nunca me senti mais vivo antes. –Ele sorri e eu tento não acompanha, mas não consigo. –Queria ter feito aquilo no seu lugar no dia, você sabe.

–Queria ter dado o outro. –Acrescento sorrindo.

–Aliás, bom soco aquele. –Elogia orgulhoso.

–Obrigada! O que quer fazer agora? –Pergunto implorando por companhia com o olhar, se ficasse sozinha, provavelmente choraria até a noite.

–Eu estaria treinado a essa hora. –Murmura saudoso.

–Então vamos fazer isso. –Digo animada me levantando e Roy permanece no mesmo lugar me olhando descrente. –O que foi?

–Felicity, não vou te levar para a caverna a essa hora, precisamos de distração, não mais lembranças trágicas! –Argumenta e eu me sento novamente, ele estava coberto de razão.

–Filme? –Sugiro desanimada. –Mas vou avisar, é mais fácil me ver chorar com algum de ação ou de super herói, do que em um romance! –Roy dá risada ligando minha televisão.

–O que acha de “Se beber, não se case”? Ou “O lado bom da vida”? –Ele sugere olhando o catálogo.

–Uou! Alguém aqui é fã do Bradley Cooper. –Provoco brincando.

–O cara é bom. Vai querer qual?

–O lado bom da vida. Vai que dá sorte, por que até agora nossa maré tem nos levado apenas para o pior. –Tagarelo e Roy dá play e volta a tomar seu café.

–Quanto tempo já faz? –Ele pergunta com os olhos fixos na televisão.

–Uma semana dois dias e dezoito horas. –Respondo com precisão e ele não estranha em nada isso.

–O que vou falar para Thea? –Suspira cansado.

–Nada, não acredito que ele esteja morto. –Falo pela primeira vez em voz alta e Roy me olha com compaixão.


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Notas finais do capítulo

Comentem galera, me digam se estão gostando ou não! Bjs