Sacrifice escrita por Sirena


Capítulo 5
Uma ligação na madrugada


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Finalmente, eu estou de volta! (Assobio, abraços e um tapa na cara pelo atraso kkk)
Bem, foi dificil, mas finalmente aqui está ele... Mais um capitulo narrado pelo nosso amado (gato e agora um pouco sanguinário) Hook...
#Enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572531/chapter/5

Capitulo Quatro

Uma ligação na madrugada

Storybrooke

Presente

A primeira coisa que fiz assim que sai do banho foi pegar uma garrafa grande e velha de rum.

Eu não era um alcoólatra como as pessoas julgavam. Um, no máximo dois copos de um ou um bom vinho em ocasiões especificas. Uma disciplina ainda mais rígida após o inicio do meu relacionamento com meu verdadeiro amor, Emma.

Não era preciso salientar que minha “dieta” regrada e especifica foi por água abaixo após seu desaparecimento.

Uma garrafa por noite. Era praticamente assim por semanas e por mais que parecesse estranho, não chegava a ficar completamente bêbado. Era isso que realmente me atormentava. Minha completa e repugnante lucidez que me prendia e me fadava a consciência e tudo que estava acontecendo.

A perda de Emma.

Agarrei um copo quadrado e não muito fundo. Só havia dois deles na prateleira, perdidos na duzia de copos comuns e nas quatro taças longas e formais. Sem cerimonias, coloquei-o sobre a mesa, imaginando-me já o delicioso sabor de uma possível amnésia temporária e programada.

Pensamento interrompido pelo som do telefone.

Eu tinha telefone residêncial?Nossa! Fazia tanto tempo que não ouvia ele...

Era certo atender?Quer dizer, e se fosse a policia?

E se fosse uma testemunha? Alguém que presenciou aquele maldito ocorrido?

–Que se dane- Exclamei agarrando o objeto branco e velho, tão velho que não sabia como ainda estava funcionando.

–Oi- Falei, logo me adiantando no cumprimento moderno.

–Gancho?- Eu conhecia aquela voz. Só um cara tinha ela. Um homem velho, centenário e vovó com carinha de trinta e poucos anos...

–David?- Estava surpreso. Ele nunca me ligava, nem mesmo quando Emma estava aqui. Era um relacionamento extremamente distante e vago. Não sabiamos nada um da vida do outro, estranhos, porém ligados pela mesma pessoa.

–Sim- Ele confirmou, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

–Pensei que um rato de circo me ligaria antes de você- Joguei. Um rato, um tubarão ou até mesmo um zumbi de uma série decadente de televisão. Qualquer um antes dele.

–Preciso falar com você- Confidenciou, a voz abafada.

Passei a mão pelos cabelos negros, os dedos se apoiando nos fios.

–Pode dizer- Não era um termo ou uma frase muito conclusiva. Estava apenas curioso e minha curiosidade estava se sobressaindo a razão e a consciência. Ultrapassando até mesmo os limites da fala.

–Não quero falar pelo telefone.- Afirmou com poucas palavras.

–Por que não?- Inquiri, arquenado uma sombrancelha e olhando de soslaio para meu rum abandonado.

–Por que o que quero dizer tem que ser pessoalmente. Apenas eu e você.

Pela primeira vez, depois de tanto tempo de sofrimento,eu quase ri. Aquilo, aquela colocação, estava parecendo mais um encontro do que um chamado. Um encontro com o velhinho- jovem em plena madrugada.

–Ficou com saudades, vovô?- Brinquei, tentando irritá-lo.

–Gosto de falar com você tanto quanto você gosta de falar comigo-Desabafou- Mas realmente tenho que falar com você...Falar sobre Emma.

Aquele nome me despertou, como um forte ruído intermitente gritando, assobiando e pulsando como batimentos cardiacos em meus ouvidos.

–Emma...- Ainda era dolorido pronunciar o nome dela. Como uma facada.

–Eu preciso muito que você venha me encontrar.- Pediu o jovem com centenas de anos, com uma voz esganiçada.- Eu descobri algumas coisas e... Só posso confiar em você, Hook.- Disse com urgência. Estava tão impressionado com o que ele disse, que nem reparei que ele tinha usado as duas palavras mais improváveis do mundo no mesmo paragrafo:

Hook e confiança.

–Agora?- Eu queria que fosse. Precisava que fosse.

–Sim. O mais rápido possível- Ele falou quase em desespero.

Eu estranhei aquelas palavras e o tom de voz. O pouco que conhecia do David, muito pouco devo admitir, era que ele era um homem tranquilo e relaxado. Alguém que esperaria até o alvorecer para conversar com alguém que ele não tinha quase contato.

Mas ele não queria esperar...

Ou será que não podia?

E se...

–Você está com algum problema?- Inquiri, aproximando o telefone ainda mais do meu rosto.

–Te conto detalhes quando chegar.- Falou brevemente, ignorando-me.

–Onde?- Murmurei com urgência. Até aquele momento ele não havia dito onde realmente estava.

Foi com uma voz cansada e apressada, cercada de palavras cruzadas e pontuações inconspícuas que meu narrador deu o endereço e a localização exata onde deveria encontrá-lo.

–Venha rápido- Ordenou, antes de bater o telefone na minha cara.

–Eu irei, David- Falei sozinho, observando com certo interesse a faca longa e afiada no balcão.- Pode deixar que eu irei...- Repeti. Meus olhos adquirindo um brilho gelado e intenso como o inverno e a neve.

Quem sabe, muito em breve por uma segunda vez, aquela faca ficaria manchada com sangue...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Ruim, bom, mais ou menos...
Bem não esqueçam de comentar!