Os Filhos de Umbra escrita por Rarity


Capítulo 17
Capítulo Dezessete: 1991 – 1353 dias antes


Notas iniciais do capítulo

Eu estou bastante orgulhosa de mim por ter feito um capítulo mais ou menos como eu queria em menos de 3.000 palavras. Estive tentando faz um tempo *_*
Vamos entrar em 1991. O tempo está acabando, kids. Quase 1994.



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Capítulo Dezessete: 1991 – 1353 dias antes

Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.

Amado Nervo

11 de Março de 1991

 Suspirei, batendo o lápis no piso do quarto de balé de Belle. Estávamos juntos, deitados no piso para terminar o dever de casa antes de ter que ir embora pra casa, pelo menos tentando. Eu descobri que odiava matemática, meus dons ficavam completamente na comunicação e no uso das palavras. Tentar entender os números decimais e fazer operações com eles já era pedir demais. Leo sofria em Geografia, tendo que fazer um mapa representando o caminho de nossa casa até a escola –e era bem difícil, porque era grande. Eu fui obrigado a fazer a mesma coisa ano passado. Emily já tinha terminado, e lia feliz o livro de história sobre as cidades e suas formações. Mel estava terminando o trabalho de Ciências sobre o ciclo da água, um cartaz colorido que mostrava as etapas da água na Terra, cuja data de entrega era semana que vem. Eu não tinha nem começado. Belle já tinha declarado ter terminado e estava num canto do quarto alongando as pernas e ensaiando, como uma boa bailarina, enquanto Henrique coloria as imagens do dever de Português, claramente desocupado, mas sem vontade de ir embora.

O tique do meu lápis foi mais rápido. Estava faltando alguém muito importante.

—Pedro, querido, quer parar com essa droga?! –Emily massageou as têmporas, incomodada com o barulho.

—Olha o coração! –Mel brincou, para aliviar o clima.

Eu me sentia uma droga.

Suspirei, valorizando a tentativa dela.

—Eu não estou a fim de fazer o dever. –reclamei, afastando o caderno e o livro.

Todos os meus eu dos espelhos da sala me encararam de volta, sem piscar. Eu me irritei com meu próprio olhar perdido do espelho, esse não era eu, algo estava seriamente errado e eu não podia ficar parado e permitir.

A começar pela falta que Pablo fazia na minha vida.

—Eu sei, Pedro. –Belle começou do canto da sala enquanto abria um espacate. –Mas precisamos dar tempo ao tempo. Ele precisa de espaço, agora mais que nunca.

—Ele precisa dos amigos! De ver gente! De saber que não está sozinho! –gritei, jogando os braços pra cima.

Má ideia. Eu estava de bruços, e a pressão na barriga cresceu sem o apoio dos cotovelos

—Pedro, não é como quando Chocolate morreu. –Belle balançou a cabeça. –Sufocá-lo não é uma boa ideia.

—Eu concordo com o Pedro. –Mel falou baixo, suave, como que para acalmar uma tempestade.

E a tempestade ia começar agora.

—O quê? –Belle olhou para a amiga como se Mel tivesse pisado no rabo de Scooby, o que, na casa de Belle, era uma traição cabível de morte.

Mel engoliu em seco, gesticulando com as mãos para evitar outra tragédia.

—O que eu quis dizer é que quando os meus pais morreram, tudo o que eu queria era companhia. Estava cansada de ficar sozinha, e ter vocês foi o que mais me ajudou. –ela deu de ombros. –Cada caso é um caso.

Belle suspirou, entendendo. Ela não parecia muito à vontade no assunto, e ficou quieta depois disso.

—Concordamos nesse ponto? –olhei para meus amigos.

Emily brincou com as pontas do cabelo. –Se isso vai fazer Pablo sair da caverna.... Eu até sinto a falta dele.

—Awn. –Leo brincou, colocando uma mão no coração. –Estou tocado. Espere Pablo ouvir.

—Calado, tampinha. –Emily revirou os olhos, mesmo que estivesse com um rubor nas bochechas.

—Admitir que se importa é o primeiro passo, Emily, liga não! –Henrique piscou para a ruiva, claramente brincando com a vergonha dela.

—Vocês são horríveis. –ela completou, um sorriso de canto.

—É disso que o Pablo precisa! –apontei. –De alguém pra fazê-lo sorrir!

—Pode dar certo, no final. –Leo concordou. –Precisamos tentar, pelo menos.

—Esse é o espírito! –aplaudi. –E precisa ser agora, antes que escureça demais.

—E o dever de casa?! –Mel perguntou, exasperada.

—Prioridades, Melissa!

—Certo. É claro. –ela balançou a cabeça em concordância, como que se convencendo de que amigos vinham antes da escola. –Você tem razão.

—Tem mesmo. –Henrique confirmou, fechando o caderno e se alongando. –Amigos cuidam uns dos outros.

Henrique se aproximou de Belle, que ainda estava num espacate, e estendeu uma mão para ajudá-la a se levantar, que ela aceitou com hesitação.

—Pois bem. Não vão me deixar em paz até termos falado com ele, vão? –ela arqueou uma sobrancelha.

—Não mesmo. –Leo riu.

—Vamos visitá-lo. Se ele não quiser falar, vamos embora. Combinado? –ela cruza os braços, e nós balançamos a cabeça em concordância. –Ótimo. Vamos lá.

(***)

Assim que eu me aproximei do chalé de Pablo, o som suave do violino chegou até mim, acompanhado de outro violino que tentava seguir o ritmo sem o mesmo tom. Ignorei a música em favor de me apressar até a porta de entrada, dando batidas rápidas. A varanda estava empoeirada, como se ninguém a usasse em dias –o que era verdade. Não tinha nada pior que passar pela casa e meu melhor amigo não estar ali me esperando. Eu me sentia vazio.

A porta de madeira rangeu ao abrir uma fresta, e pude apenas identificar os olhos verdes de Dete brilhando ao espiar.

—Dete? –chamei, suave, sem querer assustá-la. –Eu posso entrar?

A menina pareceu pensar por um momento antes de concordar, sem abrir a boca, apenas balançando a cabeça. Assim que ela abriu a porta completamente, vi que Dete usava apenas um vestido cinza de mangas cumpridas. O cabelo, que já era volumoso e cacheado, estava bagunçado, como se ela não o penteasse há dias. Os olhos não estavam vermelhos, só perdidos, o que já era um alívio, já que a última vez os olhos dela estavam vermelhos e inchados. Dete segurava a bola de cristal, aquela que ela ganhou no Dia das Bruxas de uma cigana, forte ao peito.

—Como você está? –Leo perguntou docemente à ela.

Deixei-o cuidar da situação, de todos nós ele tinha a maior experiência com Dete.

—Eu não sei. –ela respondeu, sincera. Piscou para espantar lágrimas dos olhos. –Não sei.

—Oh, Dete. –Belle suspirou, abraçando a menina. Mel foi logo em seguida, cada uma de um lado para abraçar a menina. –Estamos aqui, tudo bem?

Dete chorou, lágrimas caindo pelas bochechas, mas ela as limpou rapidamente.

—Pablo está no quarto com o papai. –a menina avisou. –Vocês deviam falar com ele.

—Vão vocês. –Mel falou. –Eu e a Emily vamos ficar com a Dete.

—Eu também! –Leo exclamou, um tanto alto. Ele tossiu. –Digo, eu também quero ficar.

—A gente já volta, Dete. –garanti com um sorriso hesitante.

Belle deu um beijo nos cabelos dela antes de seguirmos para o quarto de Pablo, notando que todos os retratos que enfeitavam as paredes estavam cobertos ou foram retirados completamente. As paredes estavam nuas, e foi um sensação horrível saber que alguém estava passando por isso. Belle estava certa. Eu nem imaginava com Pablo devia estar se sentindo, e me perguntei se ter vindo foi mesmo uma ideia.

Os violinos foram ficando mais fortes, mas nossos ouvidos se acostumaram ao som, então as notas eram apenas um zumbido, exceto quando as notas desafinavam bastante, e o ruído irritava o ouvido. Quando chegamos na fonte, eu olhei para meus amigos.

—Quem bate? –sussurrei.

—Você, lógico. –Henrique sussurrou de volta.

—Belle?

—A ideia foi sua.

Droga. Parecia o tipo de discussão pra gente ter na frente da sala dos professores, não em frente ao quarto do Pablo.

—Vamos, Pedro. –Henrique apressou.

Dei duas batidas fortes e rápidas na porta, e em seguida os violinos pararam. Sons de passos ecoaram pelo corredor, e essa porta rangeu como a da sala. Pablo, ao contrário de Dete, abriu a porta rapidamente e nos encarou confuso quando nos viu.

—O que estão fazendo aqui? –foi a primeira coisa que saiu da boca dele.

—Ideia do Pedro! –Henrique e Belle exclamaram juntos, levantando as mãos em sinal de inocência.

Revirei os olhos pela traição, mas Pablo me encarou inflexível.

—Sinto sua falta. –soltei. –Você está se afastando, e eu sei que está passando por algo difícil, mas eu... Quero passar por isso com você. Quero que saiba que a gente vai ficar do seu lado pro que der e vier. Sou seu amigo, na alegria e na tristeza.

Pablo tombou a cabeça, nos encarando inflexível.

—Isso não é um casamento. –ele avisou.

—Não mesmo. –concordei, um sorriso nos lábios.

Ele me abraçou imediatamente, os braços apertando meu pescoço, e ele soluçou em meus ombros. Reafirmei meu aperto nas costas dele, o deixando pensar o que ele quisesse. A única mensagem que ele precisava entender era: Eu estou aqui com você. Com Pablo agarrado em mim, observei o quarto. Estava igual da última vez, paredes de madeira todas desenhadas, mas sem as roupas jogadas e os brinquedos desorganizados. Seu Vinicius estava na cama, roupas pretas e parecendo que não penteava os cabelos há dias, com um violino em mãos, outro deitado na cama. Ele tentou nos dar um sorriso, mas só pareceu forçado, me deixando completamente triste por não ter vindo antes.

—Senti a falta de vocês também. –Pablo sussurrou. –Eu só... Estava com medo, eu acho.

—Da gente? –sussurrei de volta.

—De encontrar o mundo do mesmo jeito que estava antes dela ir.

Código para: Ver que nada mudou.

Fiquei quieto, até que Pablo me soltou e tentou disfarçar ao enxugar as lágrimas.

—Vem cá. –Belle chamou, o abraçando, e Henrique correu para abraça-lo também, o sufocando no meio de braços, sorrisos e amor.

Botei as mãos nos bolsos enquanto esperava que eles acabassem, e assim que Belle soltou Pablo ela correu para oferecer conforto para Vinicius, subindo no colo dele e o dando um abraço. Henrique puxou Pablo para uns cascudos amigáveis até ele rir com o ato.

—Ficaram esse tempo todo tocando? –Henrique perguntou, encarando os violinos na cama enquanto Vinicius segurava Belle como que para quebrar alguns ossos.

—Era... –Pablo piscou. –Calmante. Pai tem tentado me ensinar, mas eu não acho que esteja funcionando.

—Pelo que eu ouvi, não mesmo. –concordei, ganhando um soquinho de brincadeira.

—Ajudou? –Henrique indagou doce e baixo.

Pablo balançou a cabeça, olhar perdido. –Ajudou. Acho que encontrei minha paixão.

—Cada um com sua garota. –Henrique brincou.

Pablo apertou os olhos, um sorriso ameaçando aparecer. –Inacreditável.

—Ah! Palavra grande demais pra gente do seu tamanho. –ele continuou, a mão mostrando a diferença de altura entre os dois.

Eu ri. Henrique definitivamente não era o mais maturo de nós.

—Ganhamos uma Bailarina e um Violinista, olha só. –Henrique brincou.

—Deixamos sua irmã na sala, Romeu. Precisamos voltar. E você perdeu muita coisa na escola! –mudei de assunto.

Belle nos seguiu de mãos dadas com Seu Vinicius, enquanto eu explicava os deveres de casa e Henrique contava as novidades da escola –a famosa “Rádio Corredor”. Não vou julgar, muitas vezes era eu quem inventava os boatos.

Leo, Dete, Emily e Mel estavam deitados no sofá e cercados de bonecas, penteando cabelos. Assim que eu comecei um sorriso e as palavras estavam prontas na ponta da língua, Leo me deu um olhar feio e fechou a cara, o que eu interpretei como “mau sinal”.

—Tudo bem, querida? –Seu Vinicius perguntou à Dete.

—Sim, papai. –ela respondeu.

—Bem... Eu acho que tem leite e bolachas no armário... –Seu Vinicius coçou o pescoço.

—Tem frutas? –Mel levantou a cabeça. –Mel? Acho que consigo fazer uma salada de frutas pra gente.

—Eu não sei... Acho que as frutas já apodreceram. –Vinicius confessou envergonhado. –Eu não saio faz uns dias...

—A gente percebeu. –Emily apontou a poeira da casa. –A gente pode dar uma organizada antes de sair.

—Você não precisam–

—Vou ver o que tem na cozinha. Talvez dê pra fazer guacamole. –Mel pegou Belle pela mão e foi com ela pra cozinha, fazer guacamole.

Eu já tinha comido o prato várias vezes na casa de Tia Gina e sabia que ela tinha ensinado Mel a fazer. Como era só ter os ingredientes, picar e amassar tudo numa tigela, eu não estava preocupado com acidentes, e imaginei a maravilha com torradas ou bolachas.

—Eu vou ver se tem pão velho na cozinha e fazer torradas pra acompanhar. –Seu Vinicius falou, deixando a sala.

—Seu pai parece triste. –Emily observou, com uma cara de pena.

—Estamos todos tristes. –Dete brincou com uma boneca, o reflexo aparecendo na bola de cristal.

—Sinto muito de novo, Dete. –falei.

Eu já tinha falado essa mesma frase diversas frase para Dete, Pablo e Seu Vinicius. Quando o dia tinha amanhecido normal, mas Pablo não estava em casa, tinha passado a noite no posto de saúde, do lado da cama da mãe, e assim que o abracei as palavras pularam da minha boca. Quando a notícia chegou, um derrame, e Pablo, Dete e Seu Vinicius choravam e soluçavam e eu não sabia o que fazer para eles pararem, para mudar o que aconteceu, pra trazer Dona Creuza de volta. Quando o caixão ia sendo abaixado no chão, e a terra ia sendo empurrada pra dentro junto com lágrimas de todos nós e eu fui obrigado a perceber que tudo aquilo estava mesmo acontecendo, que nenhuma criança devia ser obrigada a ver o enterro da mãe. Eu repeti “Sinto Muito” como um mantra, para tentar melhorar coisas que nunca mais seriam as mesmas.

Mas me lembrei das minhas duas melhores amigas, que passaram por isso e conseguiram se reerguer e hoje eram as duas pessoas mais lindas e talentosas que eu já conheci. Com um pouco de apoio e amigos, até a tristeza passa vergonha e sai de cena.

—Vai ficar tudo bem. –Emily garantiu.

—Você vai ver. –Leo completou, entregando uma boneca à Dete, duas trancinhas laterais no cabelo loiro.

A menina sorriu, satisfeita, abraçando a boneca. –Obrigada.

Pablo piscou pra garota.

—É melhor a gente honrar a promessa e dar uma limpeza nesse lugar. Depois de comer a gente precisa ir embora. –Henrique sugeriu. –Minha mãe vai me matar se eu voltar muito tarde.

—Nós nem terminamos o dever de casa. –Emily suspirou. –Mel vai ter um ataque.

—Podemos fazer amanhã de manhã na sua casa. –opinei. –Aí dava pra gente passar a matéria pro Pablo. –me virei pra meu amigo. –Já vai voltar pra escola?

—Não... Amanhã. Eu... Preciso de mais tempo. –Pablo pediu, os olhos assustados.

—Tudo bem. –me rendi, sem querer pressioná-lo. –Ainda podemos te passar a matéria, pra você não ficar no prejuízo quando voltar.

Afinal, ele teria que voltar em algum momento.

—É. Parece bom. Vou levar a Dete. –ele concordou.

—Todos os pirralhos pra minha casa. –Emily falsamente reclamou.

—Casa da Mel também, tá? –Leo deu língua pra ela.

—Cada um com uma vassoura! –Henrique exclamou, indo pegar os produtos de limpeza.

—Vocês limpam. Eu vou pegar o violino e nos dar uma trilha sonora. –Pablo brincou.

—Ah, nem vem! Pode ajudar! –Emily gritou. –Tá achando que vai ficar de folga?

—Bem... Sim.

E que comece a guerra.

(***)

Pablo ajudou na limpeza. Mel e Belle limparam a cozinha depois de fazerem o guacamole, e eu e o resto da turma organizamos o resto da casa, varrendo, tirando o pó dos móveis e organizando as coisas. Levamos a roupa suja pra lavanderia, arrumamos as camas e passamos pano no chão. No final, a casa já não parecia um mausoléu como estava quando chegamos. Deixamos de propósito bonecas de Dete espalhadas para dar um ar de vida e de infância à casa.

Com suor escorrendo, Mel nos mandou limpar as mãos e nos reunimos na varanda para comer. As meninas tinham feito o guacamole, Seu Vinicius fez as torradas e as ajudou a espremer laranjas para um suco. Conforme comíamos, Seu Vinicius trouxe o violino, e o som acalmava a noite, a Lua e as estrelas. Era um som suave e acolhedor, nem um pouco chato, mais como uma grande noite de descanso.

E conforme o som reverberava nos ouvidos, eu só podia pensar que o dia acabou estranhamente melhor do que tinha começado.


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Notas finais do capítulo

Acho que essa é a melhor época para alertar sobre derrame-AVC. Saúde vem sempre em primeiro lugar. Segue-se 10 sinais para lhe alertar sobre possíveis AVCs em você ou alguém próximo :)
1. Fraqueza facial: dificuldade para sorrir ou um canto da boca ou olhos está com aparência caída
2. Dificuldade para falar e entender: problemas para articular as palavras
3. Fraqueza nas pernas, de um lado do corpo
4. Perda de visão: visão turva ou dupla, especialmente se for em um olho só
5. Dificuldade para caminhar
6. Dificuldade para mover os braços
7. Tontura e desequilíbrio
8. Tombos sem explicação
9. Dor de cabeça forte e que não passa
10. Dificuldade para engolir
Fonte: Saúde - iG @ http://saude.ig.com.br/minhasaude/2015-01-14/10-sinais-de-que-voce-pode-estar-sofrendo-um-avc.html



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