Annabeth Chase não podia estar mais ferrada.
Órfã de mãe e pai por causa de uma acidente trágico, agora perdeu seu único familiar vivo, seu avô, Zeus Chase.
Milionária, bonita e com um ego inflado. Annabeth tem tudo que quer sem nenhum esforço ou trabalho. Todos que a veêm pensam que a garota é apenas mais uma mimadinha da California, apenas seus amigos mais intimos sabem o passado e os segredos da Chase.
Escondendo a dor da perda com bebidas e drogas, mas a garota que vivia em um mundo de festas e garotos tem que amadurecer e assumir o controle das empresas Olympus.
Mas nem tudo é o que ela pensa. Depois de ler o testamente descobre que só poderá assumir a empresa quando estiver casada.
E para quem mais ela poderia pedir esse grande favor a não ser seu melhor amigo gay?

***

Party girls don't get hurt

Can't feel anything, when will I learn

I push it down, push it down

P.O.V Annabeth

Parecia que minha cabeça ia explodir. A festa de ontem tinha ido longe demais. Meus olhos lacrimejavam na tentativa de abri-los, a luz do sol entrava pela janela, que infelizmente esqueci de fechar ontem a noite.

Tateei a cômoda que tinha no lado esquerdo da cama para me apoiar e poder levantar. A primeira coisa que fiz foi fechar aquela cortina infernal, assim bloqueando o sol que ardia meus olhos, caminhei até o banheiro e liguei a torneira da pia, lavando meu rosto. Encarei a garota loira do reflexo com o rosto borrado de maquiagem, cabelo parecendo um ninho de passarinho e com marcas roxas no pescoço. Qualquer um que eu tinha ficado ontem fez um bom trabalho arruinando minha aparência.

Resmunguei alguns palavrões enquanto ia até o chuveiro. A água estava morna, me fazendo despertar, a noite de ontem foi longa. Minha cabeça latejava e meu corpo doía por inteiro.

Assim que sai do banho tentei arrumar meu rosto e pescoço. Peguei a primeira peça de roupa que achei e me vesti. O resultado final não tinha ficado ótimo, mas dava para o resto do dia.

Estava saindo da garagem quando ouvi meu telefone tocar. Atendi rapidamente, podendo ser o hospital para dar boas noticias do vovô. E aquelas não eram boas.

– O que... ele... – não consegui segurar minhas lagrimas, a última pessoa que me restava, a última pessoa que eu admirava, o homem que me criou desde pequena estava morto. A dor que se alojava em minha cabeça não estava mais lá, e sim em meu coração. Lagrimas caiam soltas pelo meu rosto. Só de imaginar meu vô em um caixão tinha vontade de desmaiar. Queria poder ter feito alguma coisa. Mas eu não podia fazer mais nada. Só queria enganar aquela dor.

Liguei para Percy, ele seria o único a me ajudar agora. Só ele poderia me entender.

***

Eu e Percy estávamos esparramados na cama comendo chocolate e assistindo um filme de comédia romântica, meu rosto continuava inchado devido ao ataque de choro de duas horas atrás.

A cada minuto recebia uma mensagem ou ligação, primeiro do advogado do vovô, alguns minutos depois de paparazzi’s e reportes. Logo recebi mensagens de Thalia e Silena, tentando me consolar. Mas agora eu não queria falar com elas, nenhuma me entenderia como Percy.

Ele afagava meus cabelos enquanto tinha uma imensa colher de brigadeiro na boca.

– Obrigado por estar aqui... você é o único que me entenderia.

– Ei, tudo bem, quando minha mãe morreu você me ajudou tanto, eu seria o cara mais escroto do mundo se não viesse te ajudar.

Assenti, já sentindo o sono chegar, queria dormir o máximo que puder, amanha será um longo e triste dia.