Um anjo sem asas - Jonathan Morgenstern escrita por Lalaland


Capítulo 5
Lugares desconhecidos


Notas iniciais do capítulo

Gente! Eu sei que estou a muito tempo sem postar, e coloca muito tempo nisso kkkkk. Relaxem q eu nao esqueci da fanfic, o problema foi que a escola me deixou sem tempo e além disso tive de me acostumar com o sistema, o que foi um pouco complicado no começo. Mas o que importa que estou de volta e com alguns capítulos prontos. *-* Aproveitem



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Eu devia ter desmaiado, porque acabei acordando com o solavanco do carro passando pelo quebra mola, quando saltei do banco. Dois homens estavam fora do veículo, os dois conversando, mas não conseguia os identificar. Tentei levantar e olhar para fora, porém meus movimentos foram inúteis: 1) Eu estava com dor por todo o corpo; e 2) Meus pés e mãos estavam amarrados. Consegui com um pouco de esforço colocar a cabeça pra fora. Estávamos em uma cidadezinha muito diferente de Nova York. O céu estava clareando, sugerindo que estava prestes a amanhecer. A janela do carro abriu e o rosto de um garoto muito bonito apareceu. Sim, demorei um tempo para perceber que era o Sebastian.

– Já despertou? - perguntou.

– Não sei. Estou com uma sensação ruim...- gemi de dor.

– Por que? - Perguntou abrindo a porta do carro, sentou no banco, e pegou as minhas pernas, e as depositou em suas coxas. Apertou a corda que amarrava meus pés. Quase gritei, mas ele tampou minha boca na mesma hora.

– Está doendo...- balbuciei-, as dores, por favor... estão me incomodando.

– Não, você não irá se sentir incomodada se ficar quieta.

– Eu vou gritar- ameacei chorando mais alto. Doía ter que chorar. Doía meus pés, minhas mãos, minhas costas, e meu coração, que não havia superado a morte de minha irmã. - Eu não consigo mais me segurar...

– Então, grite. – ele disse já pulando para o banco da frente. - Só cuidado para não perder a voz. – riu e ligou o carro.

– Seu monstro! - gritei para ofender, mas não surtiu efeito algum. Depois comecei a espernear e a chorar inconformada com aquela situação. – Por favor, me deixa em paz. – eu falava e chorava ao mesmo tempo, algumas vezes chegava até a engasgar. Sentir aquele gosto de água salgada, que vinha de meus olhos, só piorava a situação.

– Mas é tão antecipada a hora de gritar.- ele disse entrando em um estacionamento.- Demônio!- gritei.

– Você acha que eu sou um demônio? Isso é porque eu já vivi no inferno. – Nunca algo me causou tanto terror. Ele disse cada palavra com uma certa entonação, que você quase acreditava que era o próprio Lúcifer se revelando ali no banco da frente estacionando o carro.

– Por que você me sequestrou? O que você quer de mim? É dinheiro?

– Você só sabe reclamar, é? Você deveria me agradecer!- agora, ele estava furioso, bateu a porta do carro, me pegou e me jogou no chão.- Agora você está livre! Satisfeita?

– Agradecer? Pelo o que?

– Você está sozinha, e não tem para onde ir.

– Como?!- Receber aquela notícia foi como descobrir que fui a única que sobrevivi a um tsunami.

– Essas suas lágrimas e olhar de dor realmente me agradam.- foi nessa hora que chorei que nem uma desesperada.

– Mas, é melhor ficar quieta! Você é muito barulhenta essa não é sua casa. Então, não faça barulhos.- ele me pegou no colo e me levou a um elevador, que tinha no fim do estacionamento. Não queria admitir, mas me senti segura nos braços dele, era muito bom sentir o calor e o cheiro que emanavam do corpo dele, aquela sensação me fez parar de chorar e esquecer de tudo. Não sei dizer direito o que sinto por ele é tipo pavor e ao mesmo tempo me sinto bem ao lado dele. Talvez, eu seja masoquista ou algo do tipo.

***

Quando o sol decidiu visitar a janela do quarto, o que estava escondido pela escuridão foi revelado, e ao mesmo tempo despertei pelo incomodo da luz. A cama, na qual eu me encontro sentada no momento, não era macia e nem dura, exala um cheiro de morango, e um pouco de segurança. O assoalho com um tom de madeira mais claro, não deixa a friagem passar para os meus pés. Um armário grande, uma escrivaninha, e uma penteadeira que tinham um tom de marrom um pouco mais escuro, e ao mesmo tempo deixavam o quarto com um ar mais vintage; de frente a penteadeira existe um banquinho, que agora estava sentindo o meu peso.

Virei-me para o espelho e vi o quanto o meu cabelo estava armado. Decidi tomar um banho, mas não antes de vasculhar o quarto. Fui em direção ao armário, que cobria quase duas paredes formando a letra L, também era feito de portas de correr, e cada uma dessas portas tinham um espelho anexado, fazendo com que qualquer canto do quarto que eu me olhasse conseguiria me ver. E bom com esse cabelo para o alto me ver é a última coisa que quero no mundo. Não ouso abrir as portas por medo ou inquietude de uma alma curiosa.

Alguns tênis e sapatos jogados ao chão faziam uma trilha a um banheiro, que fica dentro do quarto. Meu tão desejado banho foi realizado. No fim do banho, prestei um pouco mais de atenção na estrutura do banheiro. Ele não era muito grande e nem muito pequeno. Vamos dizer que o tamanho era considerável em relação ao tamanho do grande quarto. O piso era brando e gelado, o que me causava arrepios, e me fez andar na pontinha dos pés e escovar os dentes mais rápido.

Quando coloquei os pés para fora do banheiro, Sebastian estava sentado em cima da cama, que eu estava dormindo a uns 15 minutos atrás. Seus cabelos quase brancos caiam sobre seus olhos, o que me fez questionar se já não era a hora dele cortar os cabelos. Ele usava apenas uma regata cinza, que deixava a amostra partes do seu corpo definido, e uma calça de moletom preta, e estava descalços. Ele percebeu que eu havia saído do banho e estava o observando atentamente, e apenas riu.

– Você ainda não trocou de roupa.- Eu desejava tanto que aquilo fosse uma pergunta, mas não, não era, eu me encontrava apenas de toalha na frente de um desconhecido.- Por favor me dê 1 minuto para me trocar.

– Eu ficaria honrado em te ajudar com isso.- Ele apenas sorriu de um jeito assustador, e veio em minha direção tão rápido, que eu não consegui dar um passo para trás. Sebastian me puxou para mais perto de seu corpo, aquilo me deixava um pouco excitada, e apavorada. E eu pensava que não tinha medo de nada, mas o jeito que ele me olhava era como se fosse me comer viva.

Sebastian tira sua camisa, e eu tive uma bela visão de seu tanquinho. Ele percebe meu olhar, e apenas sorriu debochado. Ao mesmo tempo ele pega meu braço com força, e me joga na cama e me beija. De primeira comecei a bater e a empurrá-lo, mas seus lábios tocaram os meus com força, e eu tentava sair. Mas por um momento, e não sei porquê, cedi.

Cedi ao melhor beijo de minha vida. Na primeira dança de nossas línguas foi um pouco difícil era como se nenhum de nós quiséssemos perder o controle sobre o outro. Pensei em dar mais um pouco de atenção em outros detalhes como os seus cabelos encaixavam perfeitamente entre meus dedos, e como sua boca tinha um gosto bom de hortelã, e nossos corpos se encaixavam como peças de quebra-cabeça. Agora, suas mãos estavam passeando em minhas coxas, e foi nessa hora que eu o empurrei com tudo e ele caiu no chão com todo seu peso.

– Aii.- Ele disse se levantando do chão e se pondo de pé. Não sei como a toalha conseguiu não cair fiquei feliz com isso, no entanto ainda dava para ver boa parte de minhas pernas, e não foi só eu quem percebeu isso.

–Desculpa, mas você é um desconhecido para mim e ...- E ele não se importou com o que eu iria dizer foi em direção ao meu pescoço e deu um enorme chupão. Quando ele saiu ficou uma grande marca roxa na minha pele morena.

– Essa marca é para nunca esquecer que você é minha.- Dito isso ele foi embora do quarto com um pouco de raiva. Eu fiquei com muito medo de ser estuprada ou alguma coisa assim, porém eu gostava dele, gostava do seu jeito mal de ser, mas eu sabia que era errado e que deveria dar um jeito de sair daqui e encontrar Emma e Andrew, e dar um jeito de ligar para meus pais, que estavam no Brasil.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D



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