Um anjo sem asas - Jonathan Morgenstern escrita por Lalaland


Capítulo 2
Tiro por todos os lados


Notas iniciais do capítulo

Gente miil desculpas por demorar a postar o segundo capítulo vou tentar postar mais :D



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Já estava escurecendo e o clima esfriando. O beco onde me encontrava com o tal de Sebastian aparentava ter um aspecto mais sombrio. E em questão de minutos começara a chover, quero dizer chover é um eufemismo na verdade aquilo era uma tempestade.

– Droga! Não trouxe guarda-chuva - lembrei e virei para o Sebastian, que já estava andando em outra direção, provavelmente me deixando para mofar - Ei! Você vai me deixar aqui? – Ele nem se virou continuou andando, ignorando, esquecendo que, talvez, deixou uma garota perdida pra trás.

Não vou me dar ao luxo de correr atrás de homem. Saí correndo para outra direção evitando um possível atraso para o jantar, mas fui embora com a sensação de que iria reencontrar aquele garoto novamente, só não sabia onde e nem quando, mas que a gente iria se ver de novo... Ah, vai!

Cheguei na porta de casa, completamente, encharcada. Apertei a campainha e Louis foi quem atendeu, ele era o irmão mais novo e era conhecido como o mais levado dos irmãos, e o mais bonito filho homem, na verdade ele era o único filho homem do casal Black, que estava nos Estados Unidos. Louis tem uns 8 anos seus cabelos eram loiros encaracolados, e olhos verdes, um lindo anjinho, mas as aparências enganam o Mr. Black é chamado na escola quase toda semana, na maioria das vezes é sobre as proezas do Louis. A família Black tem cinco membros, quero dizer seis, a Emma e o Andrew me consideram como filha moramos juntos faz um ano e meio, e volto para visitar meus pais no Brasil somente nas férias. Considero a família Black a minha segunda família já chamei a Emma de ‘’ mãe’’ e o Andrew de ‘’ pai’’ diversas vezes, e quando digo ‘’ diversas vezes’’ quero dizer ‘’ sempre’’.

O filho mais velho deles, o Paul, está morando com os meus pais no Brasil foi tipo uma ‘’ troca’’ porque o que Paul quer fazer é mais fácil de achar serviço lá no Brasil do que aqui nos EUA, e eu sempre quis fazer intercambio no ensino médio, e como as famílias Black e Amorim eram bastante ligadas concordaram com a ideia minha e de Paul, nós sempre conversávamos pelo telefone, agora, usamos uma rede social chamada Skype. Paul sempre foi muito bonito e desejado pelas mulheres (e homens também), seus cabelos também eram encaracolados como o do mais novo, porém os seus eram castanhos, e seus olhos castanhos-esverdeados, tinha um corpo definido e era alto, Paul, deve estar na casa dos 20 ainda está na faculdade. A Alexia era a filha do meio tem 15 anos, mesma idade que eu, diferente dos irmãos seus cabelos eram lisos e longos, seus olhos eram castanhos, mas não deixava de ser linda, sempre fomos muito amigas, e ela era bastante popular lá na escola, e era a filha que menos fazia bagunça, mas como sempre tem que compensar em alguma coisa ela não possuía notas muito boas no boletim fazendo com que eu fosse sua tutora durante as semanas de prova. Aí vem a pergunta ‘’ E você?''. Bom, nunca fui desejada pelos meninos lá da escola e não sou super popular, na verdade, sou considerada ‘’ a nerdzinha’’ da turma e da escola. Não sou feia. Sou aquilo que você pode chamar de ‘’ baranga’’, porque feia todo mundo pode ser, agora, pra ser ‘’ baranga’’ você tem que ralar muuuuito. Ok, talvez, eu esteja exagerando isso porque tenho 15 anos na cara e nunca fui beijada, não por falta de homem e sim de coragem, sempre achei os caras lá da escola umas galinhas e por isso nunca fiquei com ninguém não quero entrar na listinha deles ‘’ Essa já peguei se eu quiser pego de novo’’. Sou morena com cabelos cacheados, lábios carnudos, olhos castanhos, com um corpo que muitas americanas queriam ter e só as brasileiras tem, poderíamos dizer que dou pro gasto.

Agora, estou jantando e estávamos em silêncio, porém não um silêncio comum aquilo estava beeem tenso. Alguém, finalmente, quebrou o silêncio.

– Como foi a aula hoje? - perguntou nosso pai tentando nos testar, talvez, ME testar.

– Bom...- comecei, porém fui interrompida pelo Louis- Nada demais. - falou mexendo com as ervilhas como se aquilo fosse muito interessante, pelo visto não fui só eu quem aprontou. Até mesmo a Alexia parecia bastante culpada como se tivesse sido cúmplice de um crime.

–NADA DEMAIS?!- Nunca pensei que uma suspensão fosse motivo para tanto estresse. Nós ficamos bastante assustados com o grito dele, a mãe, acabou engasgando, Louis acabou deixando o garfo cair no chão, apenas eu e Alexia ficamos paralisadas olhando para ele como se tivéssemos feito a pior coisa do mundo. Queria tanto saber o que ela fez.

– Calma, querido. - disse Emma tentando acalmar o marido.

– Você quer que eu mantenha a calma?!

– Foi só uma suspensão, posso me recuperar eu sei disso- relutei

– A questão não é você.

– Não?!- dissemos eu e Emma em uníssono e Alexia apenas de cabeça baixa.

– Se eu dissesse pra vocês que o campo de golfe ao invés de 18, agora, tem 19 buracos. - Quando ele revelou aquilo lágrimas involuntárias caíram dos olhos de Alexia. Eu e a mãe apenas olhamos de Alexia para o pai sem dizer nada, não tínhamos nada para dizer estávamos chocadas demais para proferir alguma coisa.

– Eba! Quer dizer que estão inaugurando uma nova área para o campo de golfe- disse Louis, algumas vezes queria ser inocente tanto quanto aquele garoto, porém sou pervertida o suficiente para saber o que aconteceu no campo de golfe.

– Filho, suba e tranque a porta do seu quarto- pediu Emma, que levou o filho até o quarto pra ter certeza que não nos espionaria, e ficamos somente eu, o pai, e a Alexia e aquilo começara a ficar bastante desconfortável. Quando a Emma desceu a nossa reunião continuou com insultos do pai de um lado, defesas da mãe de outro, Alexia chorava cada vez mais, e eu lá esperando a minha vez de receber bronca.

– ACALMEM-SE! – Gritei e todos olharam pra mim- Ok. O que diabos aconteceu?!- Todos começaram a falar ao mesmo tempo eram tiros por todos os lados não tinha pra onde fugir. – Ei! Assim não vamos a lugar nenhum. Um de cada vez, tudo bem? – Dessa vez todos assentiram e quem começou foi a Alexia, lógico foi ela quem aprontou.

– Bom, tudo começou quando comecei a ficar com o Sean em uma festa, e queríamos ficar em um lugar sozinhos já que entre nós as coisas começaram a ficar quentes. Então, decidimos ir ao campo de golfe a noite, já que não teriam pessoas lá...

– Não precisamos de detalhes. – interrompeu o pai com a cara emburrada.

– Aí transamos lá e foi a minha primeira vez, depois começamos a combinar nos encontrar no campo de golfe antes das aulas começarem, por isso menti dizendo que tinham treinos mais cedo na escola...- Agora EU interrompi.

– COMO ASSIM?! Não eram treinos? Eu levei suspensão por nada?

– Levou suspensão porque quis. Você podia muito bem acordar mais cedo e ir pra escola com a gente. Porém, você é tão preguiçosa que nem isso teve vontade de fazer! – falou ela um pouco mais alto.

– Então quer dizer que isso estava rolando a um bom tempo? - perguntou Emma, que depois de um bom tempo disse alguma coisa.

– A escola hoje me ligou dizendo que a Alexia ainda não tinha chegado na escola, e eu disse que aquilo era um absurdo porque a tinha deixado em frente à escola por causa dos treinos, e a diretoria relatou que não tinham treinos mais cedo para líderes de torcida. Depois, a escola ligou de novo relatando que a nossa filha voltou toda descabelada com um garoto e que fotos foram espalhadas por toda escola...- Quando ouviu isso Alexia chorou mais alto, e eu fiquei boquiaberta.

***

A discussão foi bastante longa estava cansada e me joguei na cama. Eles continuam brigando lá embaixo com a filha e esqueceram completamente da minha suspensão. Acabei deixando- os sozinhos, e subi para tomar um banho. Abri a janela para entrar um pouco de ar. Quando fechei os olhos dormi, rapidamente.

Acordei no meio da noite por uma silhueta de um homem que se formava na parede onde a cama ficava encostada. Pulei por causa do susto quase soltei um grito, mas o garoto tampou a minha boca.

– Só vou te soltar se você prometer não gritar. - Ele disse e eu apenas assenti.

– Ok. Como você sabe onde moro?! - perguntei ao garoto que conheci hoje mais cedo.

– Não está sentindo falta de alguma coisa? – fiquei confusa não estava sentindo falta de nada. – Acho que não.

– Tem certeza? – disse me encarando o meu pescoço, ou pelo menos acho que estava encarando o meu pescoço, naquele exato momento percebi que meu colar tinha sumido entrei em desespero. Acho que ele percebeu porque ele estendeu a mão e, finalmente, pude ver o colar que meus pais me deram antes de viajar para os Estados Unidos, e eu não tinha percebido que sumiu, uma lágrima involuntária caiu dos meus olhos e ao mesmo tempo sorri alegremente.

– Muito obrigada, muito obrigada mesmo! – falei chorosa.

Sebastian apenas arqueou as sobrancelhas.

– Põe em mim, por favor? – ele não concordou muito com a ideia, mas acabou pondo em mim, não me pergunte o que aconteceu depois, acabei dormindo.

Acho que ele querendo ou não juntos vamos viver muitas aventuras.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que eles passam pouco tempo juntos vou tentar mudar isso no próximo capítulo, okay?!