The Monster Inside Me escrita por Lina


Capítulo 3
Sometimes revenge is the only way to heal the heart.


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
Primeiramente, quero agradecer as três únicas lindas pessoas que leram e comentaram: Perina Lover, Another Julia e a Livia, que recomendou essa história. MESMO TENDO DOIS CAPÍTULO, QUANDO EU VI A RECOMENDAÇÃO FIQUEI MUUUUIIITO FELIZ, e pasma ao mesmo tempo, a história nem começou direito ainda. Mas que bom que gostou linda, ficou feliz, e obrigada pelos comentários, isso me incentivou a fazer o três e já estou na metade do seis, parece que minha inspiração voltou a se dar bem comigo.
Bem, boa leitura, deixem um comentário no final, e espero que gostem!



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Quando Stefanie voltou pra casa, seus pais ainda estavam olhando televisão. Seu pai abaixou o volume quando ela entrou.

–Achei que voltava mais tarde… - notou. - Estávamos olhando um filme.

Stef assentiu indiferente, indo para seu quarto.

–Stefanie Jayer, o que falamos sobre essa roupa? - criticou sua mãe. - Ela é de 2013, dois anos atrás.

–Maureen, eu paguei caro por ele. - reclamou seu pai.

–Eu pago cinco vestidos com esse mesmo valor, desde que seja bonito! - aumentou o tom de voz. Stefanie revirou os olhos e foi em direção a seu quarto.

–AMANHÃ VAMOS AO SHOPPING. - Gritou sua mãe, antes da garota bater a porta.

Não queria pensar em muita coisa. Ainda estava confusa em relação à Daiane, mas decidiu ignorar.

Havia feito o melhor

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Acordou na manhã seguinte com sono. Muito sono. A insônia a dominara, com pensamentos confusos. No que ela estava se transformando? Talvez Daiane estivesse certa. Talvez em decorrência dos fatos dos últimos dois meses, ela se tornara uma pessoa sem coração.

Não que Daiane não tivesse sua parcela de culpa. Ah ela tinha. E como tinha.

Mas não só ela. Muitos, como seus pais e seu primo.

Ao pensar em seu primo Jay, sua espinha arrepiou. Tudo o que ela havia sofrido nas mãos dele faziam ela se sentir uma inútil.

E fazer sua raiva crescer mais ainda.

Contara para seus pais, os quais não acreditaram em nada do que ela falou. O perfeito Jay nunca seria capaz de fazer o que Stef o acusara.

As pessoas não são nada quando estão com suas máscaras.

Eliminando esses pensamentos da cabeça, foi colocar seu uniforme.

Olhou-se no espelho e ouviu algo dentro dela.

“Como seria bom, não seria Stefanie? Fazer todos eles pagar pelo o que você fez…”.

Aquela voz. Aquela voz dentro dela. Uma voz adormecida por 18 anos, finalmente acordando.

–Como assim, fazê-los pagar por tudo? - falou notando um pouco de nervosismo em sua voz. - Nossa, eu realmente devo estar maluca por estar falando com minha cabeça.

Ao invés de ouvir o silêncio de sua casa, ouviu uma risada interna.

“Ora Stefanie. Você sabe o que quer. Não seria bom para o seu primo após ter abusado de você duas vezes, uma pobre garotinha? E para Daiane, sua ‘amiga’, aquela que te humilhou perante tudo e todos?”

Estes pensamentos rondaram a cabeça de Stefanie por um bom tempo. Talvez a tal voz estivesse certa, mas ela estava assustada com o que pensou em seguida.

Assustada se desse errado, mas não conseguiu se sentir culpada com seu plano.

“Cada pessoa merece sofrer de acordo com suas escolhas.”

Desceu para tomar café e viu sua mãe rindo com um homem, o qual não era seu pai. Segurou o impulso de perguntar quem era. Provavelmente um cara que sua mãe dormira enquanto seu pai viajava.

Clássico.

Pegou as chaves do carro e saiu, sem se despedir.

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–Sua saída ontem da festa da Hanna foi, no mínimo, brusca. - ouviu Harry do outro lado da linha falando com ela.

–Tá, e…? Ela fez MUITO pior que eu. - retrucou sem demonstrar emoção. Harry ficou em silêncio por algum tempo. - Harry?

–Nada, é que às vezes eu… Tenho que concordar com o mundo.

Stefanie freou bruscamente o carro, parando em um acostamento.

Ele não havia dito aquilo.

–C-COMO assim? - se odiou profundamente por ter gaguejado, mas ignorou esse feito.

–Ah é que ás vezes eu tenho que concordar o fato de você não ter sentimentos e ser um… - Stefanie rezou. Ele era o amor da sua vida. O motivo pelo qual ela ainda tinha sentimentos. O motivo pelo qual ela não fazia o que monstro sugeria. Ela o amava. Bem, o pouco de amor que ainda restava em sua alma. E esperava profundamente que ele não dissesse a palavra. - Ah Stef, alguém sem coração.

E ele havia dito.

“Viu sua idiota? Ele só te vê como uma parceira de sexo. Nada mais do que isso.”

Stefanie sentiu as lágrimas correrem em seu rosto. Como Harry ousara falar isso pra ela?

–Stef? Stef me desculpa… Eu não quis dizer isso. Stef? Stef você ta aí? Stef? Não desliga, eu…

Mas Stefanie não ouvira mais. Era só ódio por dentro. Colocou as mãos no rosto para secar as lágrimas.

Mas elas não estavam lá.

Seu rosto estava seco.

A sensação que teve dois meses atrás quando a mensagem não havia sido enviada para Daiane a tomou novamente.

Um sorriso psicótico invadiu seu rosto e ela gargalhou. Muito alto, enquanto dirigia ao som de “Creep.”. Como naquele dia, estava doendo E MUITO.

Mas não tinha uma forma de curar aquela dor sem ferir a si mesma.

Ou sem ferir alguém.

–Oi Jake, é a Jayer. - começou a digitar. - Tenho um trabalho pra você. Te ligo mais tarde.

A resposta veio imediatamente.

“Feito Jayer, prometo não decepcionar.”

Estacionou o carro no estacionamento do colégio e entrou no prédio. Localizou seus “amigos” sentados na mesa de sempre, mas não foi falar com eles. Ouviu diversos “Stef!” ou “Stefanie, aqui” ou “Stef, senta aqui”, mas os ignorou por completo. Eles eram bons demais pra ela. Ela era um monstro sem coração, não era? Iria ouvir seu monstro interior.

E todos aqueles que a fizeram sofrer, iriam pagar.

Passou a aula inteira elaborando seu plano, sem sentir uma pontada de culpa. Tudo sairia do jeito que ela estava planejando. Ok ela poderia estar errada, mas não tinha nada a perder.

No fim da aula, foi até seu carro, ouvindo passos atrás de si.

–STEFANIE JAYER, ME ESCUTA AGORA! - Gritou Hanna tirando-a de seus devaneios. Stefanie a ignorou e entrou no carro. Hanna a seguiu. - TÁ BOM, EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ CHATEADA CONOSCO, MAS VOCÊ TEM QUE ENTENDER QUE OS SEUS COMPORTAMENTOS FIZERAM CHAMARMOS VOCÊ ASSIM.

Stefanie abaixou o vidro do carro e a olhou sem emoção.

–Grandes amigos vocês, hein. - deixando-a parada, fechou o vidro e foi embora, deixando Hanna e seus “amigos” confusos.

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–E me conta como saiu tudo Jake. - falou, dando um grande maço de dinheiros para o homem. - Quero todos os detalhes.

–Uôu. - falou, sua voz surpresa. - Isso tudo por vingança?

Stefanie olhou para a janela da casa.

–Ás vezes, a vingança é a única forma de curar o coração.

O homem assentiu, sem se importar muito com aquelas palavras.

–Aqui ó. - entregou o celular para a garota. - É só o que eu tenho.

Assentiu, entregando para ele um celular pré-pago que comprara antes de se encontrar com o homem.

–Se alguém, qualquer pessoa que seja descobrir sobre isso, eu vou pro inferno. Mas te levo comigo.

Jake contou novamente o maço.

–Não se preocupa Jayer, já me pegaram antes. Passo uns aninhos na cadeia, sou liberado por bom comportamento, faço de novo e o ciclo se repete. Pergunta pra Morris se alguém sabe o que ela fez. - deu uma risada sarcástica. - Essa daí vive uma vida de luxo. Tipo a sua sabe? Não se preocupa, comigo tudo fica tranquilo. - pegou um pote com algum tipo de pó branco. - Mesmo achando que quero desistir dessa vida. - deu de ombros. - Sei lá, pegar essa grana e fugir. Dizem que a Turquia é um lugar muito bonito, mas sei lá. Tem também muitas ilhas no Japão. Teria que aprender a falar japonês, mas…

Stefanie assentiu, despreocupada, enquanto o homem tagarelava sobre o que ia fazer com todo o dinheiro arrecadado de todo seu serviço.

Tentou se sentir mal por tudo que estava fazendo, mas tudo que sentiu foi prazer.

Não sabia no que estava se transformando, mas talvez fosse naquilo que ela sempre quis ser.

–Tá, eu vou indo. - pegou sua bolsa.

–Olhos verdes e cabelo claro? - perguntou. Stef assentiu.

Agora não havia mais como voltar atrás.

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Daiane estava sentada em uma floresta com um livro na mão. Sempre ia pra lá após a aula acabar. Era seu esconderijo. Lugar onde podia se refugiar. Sem pensar em problemas, sem pensar em o quão difícil estava sendo a adaptação no internato onde ela finalmente pode sair para relaxar um pouco, ou nas coisas que dissera pra Stefanie na noite anterior. Estava arrependida e com remorso, mas os comportamentos recentes da garota estavam-na assustando.

Mas já sabia o que faria.

Iria pedir desculpa para Stef e ambas iriam relembrar os velhos tempos, onde riam e se divertiam, contavam e compartilhavam segredos e choravam juntas.

Bem, ela chorava mais que Stefanie, mas Daiane achava que esta era uma das razões de Stefanie não ter sentimentos.

Só que o que Daiane não sabia era que, enquanto Stef chorava, ela pintava as unhas. Enquanto Stef desabafava seus problemas, ela tomava café.

Daiane nunca quis saber como estava Stefanie.

E ela já estava cheia disso.

Ouviu seu telefone apitar e fechou o livro por um instante. Era uma mensagem de um celular desconhecido. Decidiu ler.

“Sabe, não é só você que consegue se valer da tecnologia para fazer o mal alheio. Eu também estou surpresa com o fato da santa Jayer conseguir. Olha, sem muitas formalidades, quero que saiba que eu achava que te amava, mas consegui refletir que não era amor. Eu lambia o chão por você sua inútil, achava que éramos amigas, mas percebi que era só uma ilusão. Tomei uma decisão que pensei que ia me sentir mal, mas percebi que foi tudo passageiro. Pensei que poderíamos voltar a ser amigas, mas…”.

–Tem coisas que nem o tempo apaga e coisas que ninguém pode esquecer. - ouviu uma voz atrás de si. Virou-se e a última coisa que viu antes de morrer foi um homem com uma faca na mão.


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Notas finais do capítulo

E então?