The Monster Inside Me escrita por Lina


Capítulo 2
The first step.


Notas iniciais do capítulo

O capítulo iria ser postado sexta, mas dependeria dos comentários e da minha inspiração. Consegui terminar o capítulo ontem a noite e quero agradecer as pessoas linda Perina Lover, Nobody, Blue Bunny e Another Julia. Não sabem o quanto isso me motivou a continuar. E mesmo quem leu e não comentou, obrigada por lerem. Espero que gostem do 2.
Boa leitura e deixem um comentário no final.



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—Amiguinhos lindos da vida da Hanna… E Luke. - começou Hanna, batendo palmas. -Vocês sabem que dia é hoje?

—2 de março? - falou Luke como se fosse óbvio. - Como assim “E Luke”?

Hanna o ignorou e continuou.

—Gente, hoje é meu aniversário! - falou animada. - Como vocês ousam esquecer o dia em que eu finalmente vou virar maior de idade?

—Não esquecemos. - falou Juliana, sentando- se na mesa. - A Stef talvez, já que o dela é daqui a seis dias, mas eu não.

Stef revirou os olhos.

“Claro Jayer, sempre pensando apenas em si mesma.”

—O que eu ainda estou fazendo aqui mesmo? - perguntou a garota, a falta de emoção em sua voz. Hanna pegou sua mão.

—Você é minha amiga e vai estar na minha festa hoje! Só convidei vocês cinco porque não vai ser nada demais.

Amiga. Claro, até porque amigas ficam sem falar com você por causa de motivos que não lhe envolvem.

Espera, ela havia dito cinco?

—Hanna, tirando você nós somos quatro. - afirmou, temendo as palavras da outra que revirou os olhos.

—É óbvio que eu convidei a Daiane. - falou digitando algo no celular. - Os pais dela a liberaram do internato, só por um tempo.

—Ótimo. - bufou Stef. - Eu não vou.

—QUE? - Gritou Juliana. -POR QUÊ?

“Como se ela se importasse”.

—Ah Stef qual é, POR FAVOR! - Falou Hanna em tom de desespero.

—Hanna, meus pais não vão deixar. - inventou uma desculpa qualquer. Hanna revirou os olhos e fez um rabisco na mesa.

—Tá, conta outra. E desde quando você se importa com alguém além de si própria?

“Já que ela é tão egoísta, por que quer que ela vá?”

—Já que eu sou tão egoísta, por que quer que eu vá? - perguntou surpresa com as palavras da voz sombria sendo iguais as suas.

“Quero que fique claro, suas palavras são iguais as minhas a partir de agora.”

Hanna demorou um pouco antes de responder aquela pergunta.

—Porque você é minha amiga e eu acredito que ainda haja Stefanie A. Jayer dentro desse coração.

—A Daiane vai estar lá… - murmurou, fazendo Hanna bater na mesa.

—Ainda isso? Qual é, finjam que não se conhecem OU finjam se amar pelo menos NO MEU ANIVERSÁRIO!

“Tem certeza que só você pensa em si mesma Jayer?”

Queria dizer isso para Hanna, mas pensou em sua amada popularidade. Havia se humilhado pra consegui-la de volta, mas prometera a si mesma que era a última vez que se humilhava por alguém.

—Ta Hanna, eu vou. - falou, gerando pulinhos na amiga. - Quer carona Ju?

A outra arqueou a sobrancelha, surpresa, mas logo sua expressão se transformou em alegria.

—Pode ser. - deu de ombros. - Vocês vão meninos?

Harry deu de ombros, sem demonstrar animação.

—Pode ser. Luke?

Já o outro sorriu, animado.

—Nem morto eu perderia briga de mulher. - sorriu malicioso. Stef revirou os olhos.

—Até parece.

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—Por favor, convence a Hanna que eu ir nessa festa é uma má ideia! - pediu Stef a Harry na fila do almoço. O garoto revirou os olhos.

—Se eu conseguisse, nem eu mesmo ia. - colocou uma carne em seu prato. - Sabe, não faço parte do “Daiane Fã- Clube”.

—Acha que eu tenho culpa de algo? - perguntou servindo-se de arroz integral. Sabia qual seria a resposta do garoto, mas sempre perguntava para se sentir menos inútil.

O garoto sorriu e beijou o topo de sua cabeça.

—Não que você não tenha feito nada de errado, mas humilhação pública foi demais. - direcionaram-se a uma mesa vazia para esperar os outros. Começou a comer, enquanto Stef apenas encarava o prato. - Você só queria ajudar, nada demais. Agora come a porra da salada.

Stef sorriu e colocou uma alface na boca.

—Meu maior erro é sempre querer ser heroína. - murmurou. Harry deu de ombros.

—Pensa pelo lado positivo, vai dar uma ótima médica.

Riu e afastou a bandeja para Luke se sentar. Logo todos os outros foram chegando e começaram a conversar. Stef apenas tentava ouvir, preocupada com a noite.

“Você é melhor que ela, não se esqueça disso.”

E aquele fora o melhor conselho que a voz havia dado a ela.

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“Eu só rio de você, que realmente pensa ser alguém nesse mundo. Você não é nada. Ninguém liga pra você…”.

—Eu tenho que parar de reler a mensagem. - falou indo ao guarda roupa.

“Seria melhor pra todos, acredite.”

Franziu o cenho. Aquela voz estava invadindo sua mente há meses, mas não era uma voz normal, uma voz da consciência. Era grossa, masculina… Uma voz que ela nunca tinha ouvido na vida.

—Eu devo estar ficando maluca. - atirou o telefone na cama.

“Ficando?”

Olhou suas coisas e pegou um vestido azul que seu pai trouxera da França quando ela tinha 16 anos. Bons tempos, bons tempos.

Colocou um salto qualquer e seu par de brincos favorito. Harry havia dado a ela no Natal, em uma falha tentativa de fazer a garota se animar. Não dera certo, mas a garota amou saber que alguém ainda se preocupava com ela.

Pegou seu celular e as chaves do seu carro e desceu. Seus pais já haviam chegado.
“Legal ver que eles vêm anunciar isso Jayer, super bacana.”

—Stefanie? - chamou sua mãe, o nojo em sua voz. - Onde pensa que vai vestida assim?

—Festa da Hanna, eu volto tarde. - abriu a porta e foi em direção ao seu carro. Aquilo era típico de sua mãe, notava sua roupa, mas não se importava aonde ela iria.

Parou em frente à casa de Juliana, buzinando para alertá-la. Quando a porta se abriu, ela e um homem alto estavam discutindo sobre alguma coisa. Ela empurrou o homem e se direcionou ao carro, mas o homem a puxou pelo braço e sussurrou algo em seu ouvido. Ela apenas assentiu e foi ao carro de Stef. Seu braço estava com marcas vermelhas.

—Algum problema? - perguntou após ela entrar no carro. Ela negou com a cabeça, colocando o cinto.

—Só o idiota do filho do meu padrasto. - revirou os olhos. - Você não entenderia.

Um “pode me contar” ficou entalado em sua garganta, fazendo-a ficar quieta perante as acusações da outra.

Talvez ela estivesse certa.

—Ei, tenta se controlar ao ver a Daiane. - falou passando batom. - Essa festa é da Hanna, não sua. - e saiu do carro, sem esperá-la. Stef mostrou o dedo do meio para a garota que estava de costas e saiu do carro, trancando-o.

“É agora.”

Juliana tocou a campainha e logo abriu a porta.

—Típico dos Hauser nunca fechar a porta. - notou Stef, enquanto ambas se direcionavam a sala. - Até por que essa é uma cidade tão segura. - completou irônica. Juliana deu uma risada.

—DAIANE! - Gritou Juliana correndo para abraçar a outra. - QUE SAUDADES!

—Feliz aniversário Hanna. - Stef entregou o pacote para a outra, que a abraçou.

—Valeu Stef. - atirou um beijo para a garota. Ela falou algo sobre como amou aqueles sapatos e ia comprá-los, mas estavam em falta, mas Stef não prestou atenção. Ficou encarando Daiane conversando com Ju, seu sangue fervendo. Ela deu um abraço na garota e virou-se para encarar Stef com um grande sorriso.

—JAYER! - Gritou, indo até Stef animada. O que ela queria era explodir vendo aquela vadia sorrir para ela, mas simplesmente deu o sorriso mais falso que conseguiu.

—Essa não é a briga que eu imaginava. - sussurrou Luke para Harry, que sorriu. - Sério, elas quase se mataram nas férias e agora estão todas animadinhas? - revirou os olhos, fazendo Harry rir.

—Ah Luke, Luke… Sinto saudades do seu senso de humor - começou, fazendo Stef ter nojo daquela voz. - Vem Stef, vamos sentar.

Puxou a mão da garota para algum sofá, onde Daiane e Hanna ficaram tagarelando sem parar, Harry tentava convencer Luke que brigar não era a melhor solução para seus problemas e Juliana puxou Stef.

—Está indo bem Jayer. - sussurrou. - Não estraga tudo como você sempre faz.

Revirou os olhos automaticamente, sentindo-se sortuda por sua ausência de raiva. Desde o dia que Daiane praticamente arruinara sua vida, ela estava tentando eliminar todos os seus sentimentos. Um dia, a voz invadira sua mente, falando que felizes são aqueles que não sentem. Aquela voz falava com ela com ela como se fosse um velho conhecido acordando-a 18 anos depois para a realidade.

Mas sinceramente, se Stefanie soubesse o pesadelo que seria a realidade, preferia continuar sonhando.

—Você parece melhor que nunca Stef. - notou Daiane, tirando-a de seus devaneios. - Mas nunca tive a chance de te perguntar, o que você achou da mensagem.

Nesse momento, a sala inteira ficou em silêncio.

—Daiane, para. - alertou Harry, fazendo-a revirar os olhos.

—Desculpa Harry, só quero ouvir uma opinião civilizada da sua amiguinha. Sabe, sem choros, gritou ou humilhações. - notou a falsidade em sua voz. Juliana bufou nervosa, enquanto Hanna mordia o lábio. Luke sorriu feliz por uma briga.

Stefanie Jayer apenas respirou fundo.

“Não a deixe vencer essa. Se ela sabe não sentir emoções, você também sabe.”

O desejo de vingança a tomou, fazendo-a falar tudo que sempre quis desde que a mensagem fora enviada.

—Bem Daiane… Não me surpreendeu nada escrito naquela mensagem. - pegou uma comida da mesa. - Entendo que vadias como você só conseguem ter a felicidade vendo a ausência dos outros, mas meu mundo não se resume só a você. Mensagens com aquele nível só poderiam vir com pessoas do mais baixo calão. - deixou seu modo fútil falar por si. - Então, o que eu achei? Típico de pessoas como você.

Stefanie parou. Era da sua boca que haviam saído àquelas palavras? Um misto de felicidade e adrenalina tomou conta de si, enquanto Daiane ficava vermelha.

—Até por que… - continuou. - Não fui eu quem engravidou de um cara que eu nem conhecia.

—CALA A BOCA! - Berrou, levantando-se. A raiva tomara conta da outra. - ESCUTA AQUI JAYER… - começou, sua mão levantada.

—Vai me bater? Nossa, que clássica. - falou sarcástica. Levantou-se, cruzando os braços. - Vai em frente, vai provar que eu sempre fui melhor que você.

Daiane levantou a mão, mas ficou sem resposta.

—VOCÊ É UM MONSTRO SEM CORAÇÃO! - Berrou. - EU… EU TE ODEIO STEFANIE JAYER.

Há dois meses, quando Stefanie recebeu aquela mensagem, ela pensou em chorar, mas prometeu que nunca mais se incomodaria. Aquela sensação veio novamente, porém mais fraca desta vez. Quase imperceptível

Stef deu de ombros.

—Bom saber que não sou a única. - pegou sua bolsa. - Espero que tenha gostado do presente Hanna. - virou-se pronta para ir embora. Juliana correu até ela.

—ESPERA, VOCÊ É MINHA CARONA! - gritou. Stefanie riu sarcástica.

—Tem certeza que eu sou à única que se preocupa apenas consigo mesma? - perguntou irônica, indo até a porta. - Repensem seus conceitos.

E foi embora, sem esperar resposta.

“Você vai conseguir Jayer. E eu também”.


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Notas finais do capítulo

E então?