– Just don't give up, i'm workin' in out... – Kurt cantarolava em frente ao espelho de seu quarto sem camisa enquanto penteava o cabelo.

– Eu ainda acho que você devia procurar um médico pra ver essa sua pinta nas costas... – disse Santana entrando no quarto do castanho o assustando.

– Santana! Quantas vezes eu já te disse que eu não gosto que entre sem avisar?! – A mulher deu apenas de ombro - E não tem nada demais com a minha pinta, é apenas uma marca de nascença.

– Se você está dizendo... – Santana mais uma vez deu de ombros e voltou pra sala.

Kurt Hummel era um jovem de 21 anos que dividia seu apartamento em Nova York com suas duas amigas. Santana Lopez, que possuía um humor ácido, mas tinha um bom coração e Rachel Berry, uma judia obcecada por fama, porém também era uma grande amiga. Ambas tinham a mesma idade do amigo.

Os três sempre foram muito próximos desde a época do colegial, faziam parte do mesmo coral e de outras classes. Então quando chegou a hora de decidir seus futuros não foi diferente, eles tinham que continuar unidos.

Hummel, Berry e Lopez trabalhavam em uma lanchonete, chamada “Spotlight” que além de atenderem aos pedidos de refeição, eles também atendiam a pedidos musicais. Por isso eles se divertiam trabalhando lá, era como estar em casa.
Além do trabalho, Rachel e Kurt estudavam em uma faculdade de artes dramáticas, a NYADA.

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– Britt?! Brittany, cadê você?! – procurava Blaine pelo apartamento.

– No quarto, B!

– Posso entrar?

– Claro, só estou tendo uma conversa séria com o Lord Tubbington, ele anda aprontando de novo e eu estou muito preocupada...

– Oh, entendo... – Blaine sempre ria das coisas que a amiga falava, ele a achava adorável com toda aquela sua inocência – Eu estava pensando em ir comer fora hoje, vamos?

– Tudo bem, eu já acabei de falar com esse rapazinho aqui. – acarinhou o gato – Só vou pegar um casado e vamos!

– Okay, te espero na sala.

Blaine Anderson, um rapaz de 20 anos, morava com sua amiga Brittany e seu gato de estimação, o Lord Tubbington também em Nova York e ganhava sua vida com pequenos shows em alguns bares à noite. Brittany S. Pierce, 21 anos, era dona não só de um gato, mas também de uma grande ingenuidade como uma criança de apenas cinco anos, mas sabia dar os melhores conselhos de um jeitinho que só ela tinha nas horas certas e esse era um dos motivos pelo qual Blaine amava sua amiga. Pierce dava aulas de dança para crianças.

Os dois são amigos de infância, pois eles eram vizinhos e sempre brincavam juntos já que não havia crianças da idade deles para interagirem. Então, acabaram crescendo juntos, estudando juntos e ao final morando juntos, um conhecia o outro como se fossem irmãos.

– Estou pronta B, vamos?

– Está bonita, Britt! – disse Blaine abrindo a porta para a amiga passar.

– Obrigada B, você também! Eu já disse o quanto eu gostei da ideia de você ter largado o gel? Nunca gostei daquele seu penteado, parecia um capacete.

– Já disse sim, mas eu ainda estou me acostumando...

O casal de amigos foi caminhando e conversando até a lanchonete da rua de trás do apartamento deles. Assim que entraram se sentiram a vontade no lugar e logo encontraram uma mesa vazia para esperar que alguém os atendesse.

– Uau B, esse lugar é tão legal. Porque nunca viemos aqui?

– Não sei, eu nunca havia reparado esse lugar antes. Eu o vi ontem de noite enquanto estava voltando a pé de um show, mas estava fechado. – Blaine olhava cada canto do local em que estava – E eu não sei por que fiquei tão atraído pra vir aqui, por isso te chamei.

No instante em que Blaine terminou de falar, um jovem garçom castanho de patins chegou a sua mesa com um belo sorriso.

– Boa tarde, o que vão querer hoje? – disse Kurt com um pequeno bloco e uma caneta em mãos.

– Boa tarde! – disse Britt olhando Kurt com o mesmo sorriso no rosto – Você é tão lindo, parece um pônei!

– O-obrigado? – Kurt achou inusitado o elogio da menina, mas aceitou.

– Boa tarde! – Blaine disse ainda olhando o cardápio – Eu vou querer um...

Anderson enfim levantou a cabeça para olhar quem o atendia, e quando se deparou com Kurt a sua frente ele apenas perdeu a fala. O moreno ficou encarando o castanho como se estivesse tentando reconhecê-lo de algum lugar, mas não conseguia.

– Senhor? – Hummel estranhou o silêncio repentino de seu cliente e em como ele não parava de encará-lo – Está tudo bem?

– B? – chamou Brittany – Blaine!

– O-oi Britt... – o moreno enfim acordou do transe em que estava.

– Seu pedido gatinho...

– Ah sim, claro! Perdão! – pegou o cardápio outra vez e dessa vez tentou não olhar para o garçom confuso ao seu lado – Pode ser esse hambúrguer aqui mesmo um suco de laranja e batatas fritas.

– Eu vou querer o mesmo que ele... – Brittany olhou o pequeno crachá do castanho – Obrigada, Kurt.

Kurt anotou os pedidos e patinou de volta ao balcão da lanchonete. Enquanto isso Brittany quis saber do seu amigo que continuava com a cabeça baixa.

– Blaine? – ele levantou a cabeça – Meu amor, está tudo bem?

– E-está sim Britt. Não se preocupe.

– Blaine Devon Anderson, eu te conheço muito bem! Porque você ficou daquele jeito quando viu Kurt?

– Nada. É porque parece que eu o conheço de algum lugar, mas deve ter sido algum devaneio meu, esquece isso!

Os lanches chegaram, porém dessa vez pelas mãos de Santana que trocou olhares com Brittany e Blaine apenas riu discretamente da amiga percebendo o clima que ficou entre as duas.

– Gostei daqui... – disse Brittany olhando fixamente Santana patinando de volta ao balcão – Tenho um pressentimento que vamos voltar aqui muitas vezes.

Blaine apenas riu da observação da loira e deu uma rápida olhada em Kurt mais uma vez.