Maps escrita por Jho Potter Eaton Mellark


Capítulo 27
Disappear- Bônus parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo! Dois capítulos em dois dias? Ou seriam 24 horas? I don't know. Só sei que sim, estou postando mais um cap e esse é especial, ele é um bônus de duas partes! Ebba, aproveitem meus amores...



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Se eu tivesse implorado ou chorado
Isso mudaria o céu essa noite?
Isso me traria alguma luz?
Devo esperar que você ligue?
Há alguma esperança no fim das contas?
Que você vai passar por aqui?

— Disappear

P.O.V Katniss

Flashback On

— Hey Katniss! Como vai? – Annie vem falar comigo assim que apareço no saguão de entrada do colégio. – Animada pelo último mês de aula?

— Você minha querida amiga sabe melhor do que ninguém que estou. – Digo ajeitando os óculos que quase estavam caindo do meu nariz. – Não vejo a hora de me livrar desse colégio e das pessoas estúpidas que estudam aqui. – Falo e vejo minha amiga fazer uma cara de ofendida.

— Ain Kat desse jeito você parte o meu coraçãozinho. – Diz colocando a mão sobre seu peito.

— Não precisa ficar assim, eu, você e Annie somos as únicas que se salvam. O resto não passam de um monte de Autralopithecos. – Tento esclarecer a situação, claro que ela já entendia, mas eu queria falar aquele adjetivo particular que eu e minhas amigas tínhamos delegado ao resto dos alunos do colégio. Principalmente o grupinho de populares. Tenho ódio e nojo deles. Só de pensar já me embrulha o estômago.

— Gaaatas! Esse é o último mês. Depois seremos adultas e estaremos livres. – Madge aparece do nada dançando e cantando, gira em torno de si mesma e começa a dançar em nossa volta. – Três universitárias curtindo a vida. Saindo no meio da noite e indo para a balada. – Ela aparece por trás de nós e coloca um dos braços em meu ombro e outro no de Annie, juntando nós três.

— Vai com calminha aí ô rainha da balada. – Annie ri e se vira para Madge.- Quem foi que garantiu que nossas vidas universitárias será assim?

— E pelo que eu me lembre não estaremos totalmente livres. Ainda dependeremos de nossos pais, financeiramente. E creio eu que não será algo que podemos renunciar tão facilmente, afinal é dinheiro. – Esfrego meu polegar e meu indicador em sua frente, claro sinal de dinheiro e a vejo abaixar a cabeça e os ombros derrotada.

— Vocês tem razão. – Fala fazendo biquinho. – Mas não custa nada sairmos de vez em quando, se divertir um pouco.

— Tem razão Mad. – Annie concorda começando a caminhar em direção aos armários. – Ficar o tempo todo estudando não é bom para nossa saúde mental.

— Não gosto dessa ideia de sair e se divertir. – Digo fazendo careta. – Podem ir sozinhas porque eu mesma não irei.

— Ah deixa disso KitKat. – Madge fala. – Qual o problema de sair e se divertir? Pegar uns boyzinhos. – Ela diz como se isso fosse me animar. Faça-me o favor né Madge! Você sabe melhor do que ninguém porque não gosto de fazer esse tipo de entretenimento. E com esses pensamentos lanço-lhe um olhar de “você sabe o motivo”.

— Porque eu sou feia e não m aceito como sou, meu corpo não é legal e não passo de uma nerd sem graça. – Annie diz fazendo uma vozinha fina, tentando me imitar. – Isso é coisa de gente mal amada Kat.

— Já falamos milhares de vezes o quanto que você é linda. Você está fazendo exercícios e seu corpo já está mudando, é notório isso. Você apenas se esconde atrás desses óculos e dessas roupas super largas. Se parasse de se automutilar e amasse a si mesma, tenho certeza que seria a mais linda desse colégio. – Termina parando em frente ao seu armário, eu apenas solto uma risada de deboche do que ela falou e começo a colocar a senha do meu, o abro e pego o material necessário para as aulas de hoje pela parte da manhã. Física, Literatura, Inglês e infelizmente Matemática, não que eu odiei matemática é só que isso quer dizer que tenho que aturar Peeta Mellark e a sua turminha, essa é umas das matérias que sou obrigada a assistir com eles e embora tente ficar invisível e fingir que também são. Eles sempre arranjam um jeito de me atormentar.

— Matemática não é amiga? – Annie percebe ao visualizar minha careta, assinto pegando o resto de meu material. – Madge tem razão sabia? – Reviro os olhos fechando meu armário e voltando a caminhar, sinto minhas amigas e andando atrás de mim e percebo que não vão desistir tão fácil.- Você tem que se amar, se dar valor, ficar perambulando por aí resmungando que é um nada que não chega nem aos pés das líderes de torcida e daquela vaca da Glimmer...

— Eu não faço isso! Vocês sabem. – A interrompo. Elas sabem que não me sinto assim, sou mais inteligente que qualquer pessoa desse colégio, eu sei disso.

— Claro que sabemos que você sabe. – Madge continua. – Mas mesmo assim ainda passa pela sua cabeça que você é inferior à eles, no mesmo instante que você pensa que é linda, o que não é mentira, você também pensa que não é verdade que é apenas algo de sua cabeça.

— Nós queremos apenas que se toque disso. Não desse que eles te humilhem. – Abro minha boca na tentativa de interromper Annie, mas ela é mais rápida. – Também sabemos que você sabe lidar com isso, você aprendeu a se defender deles, você é forte Katniss. Apenas falta se valorizar um pouco mais.

— Porque não vai ao baile conosco? – Madge sugeri animada, já imaginando a tão sonhada noite, o sonho de todas as garotas do colégio. É uma besteira isso, só serve para nos mostrar quem é melhor do que o outro e quem manda nesse lugar chamado escola. Faço cara de entediada quando o sinal toca. Sala pelo gongo

— Graças a Deus. – Sussurro para que elas não escutem. – O sinal tocou. Eu tenho que ir. Vocês tem que ir. Tchauzinho. – Falo me virando e correndo para minha aula de Física.

— Não pense que você escapou dessa conversa senhorita Katniss Everdeen. – Ouço Madge gritar pelas minhas costas.

— Boas aulas! – Annie grita ironicamente e solto uma risada, minhas aulas podem ser tudo menos boas.

Flashback Off

— Ela vai ficar bem? – Escuto uma voz familiar se pronunciar ao meu lado. Sinto algo ser tirado de baixo de minhas axilas.

— Vai sim. Se acalme que é apenas um resfriado. A febre é resultado disso. – Alguém fala do meu outro lado. Eu conheço essas vozes. Só não se de onde. Escuto um suspiro de alívio vindo da direção da primeira voz.

— Graças à Deus que está tudo bem com ela. – É um cara, o dono da primeira voz, na verdade os dois são. tento abrir meus olhos porém eles estão pesados e não consigo abri-los. Percebo que estou deitada em uma confortável cama. – Obrigada por ter vindo assim que liguei. Não sabia o que fazer, estava desesperado e só o pensamento que algo grave poderia acontecer com ela me deixou em pânico. Obrigado Finnick. – Finnick.

— Não precisa me agradecer, sabe que faço qualquer coisa por ela, por você. Sei o quanto a ama, sempre soube. Fique tranquilo que minha cunhadinha ficará bem. Vou receitar alguns remédios que ela terá que tomar, antibióticos, vitaminas, nada demais. Ela terá que tomá-los e ficará bem, tem que repousar também. – Silêncio, acho que o outro cara está apenas concordando com o que Finnick fala. – Agora, já que sabe que a Katcat está bem. Me diz o que foi que aconteceu Peeta. – Peeta! Era ele que estava aqui. Do meu lado. Tento abrir os olhos novamente mas sou jogada na escuridão.

Flashback On

Olho para o relógio na parede me cima do quadro branco que a professora está escrevendo, torcendo para que falte ainda um bom tempo para essa aula acabar. A próxima é matemática. Incrível como a matéria que eu mais amo em toda face da terra se tornou uma tortura apenas por conta de certas pessoas, indivíduos, criaturas, insetos...

Lamento-me ao notar que o sinal irá tocar em poucos minutos. Miranda, minha professora de literatura, está falando sobre a grande época em que predominou o romantismo romântico pelo mundo, principalmente Inglaterra, jovens debutantes da alta sociedade atrás daquele que seria o grande amor de sua vida, em uma sociedade que predominava os títulos hierárquicos e onde os mesmo eram o mais importante. Tanto na vida social como na busca por um marido. Quanto mais alto o título melhor. Ela estava dizendo sobre como essas mocinhas se encontravam com homens galanteadores e atraentes, verdadeiros libertinos, que viviam a vida como se não houvesse amanhã, jogos, festas, amantes, o casamento não seria prioridade para eles. Então, as personagens principais se encontravam com eles e se apaixonavam perdidamente, o contrário de seu amor que queria apenas diversão, desvirtuar as pobres moças recatadas, tirar-lhes sua honra. Às vezes eles eram obrigados a casarem, um casamento de negócios onde os noivos não se amavam de verdade, apenas assinaram um contrato que beneficiaria a família de ambos. Só que com a convivência o s dois se apaixonavam e viviam felizes para sempre. Clichê, mas tenho que admitir que gosto desse tipo de estória, amo romance romântico, aprecio a riqueza dos lugares do século XVIII ou XIX, assim como as roupas. Mas casar por obrigação? Isso com certeza não faria como não farei caso um dia me proponham essa ideia.

O sinal interrompe meus devaneios e me levanto já sofrendo. Imagino que irei até a sala de matemática me martirizando, Annie diz que sou muito dramática, e ela tem razão, mas que graça teria se não houvesse um pouco de drama?

Rapidamente chego em frente a sala e quando vou entrando a Vaca Rainha me impede chocando seus ombros com os meus me empurrando contra a parede.

— Sai do meio esquisita – Fala soltado aquela voz enjoada.

Toda a sua turminha de líderes de torcida passa rindo a minhas costas e ocupam o fundo da sala. Não me importo nem um pouco com o que fazem, já sou acostumada com isso e não me rebaixarei ao nível delas. Volto-me para a porta da sala e de novo sou interrompida de entrar, desse vez por Marvel.

— Olha se não é a Nerbaranga da escola! – Se coloca entre mim e a porta. Fico indiferente a ele e escuto os risinhos atrás de mim. Com certeza os jogadores do time de futebol. – Tá muito gata hoje Everdeen. Onde comprou essas roupas? Na loja de velhinhos da sua avó? – Estava usando apenas a minha velha blusa do Batman vs Coringa, uma jaqueta azul, calça jeans preta e meus novos e belíssimos all stars também azuis. Um súbito sentimento de raiva começa a florescer dentro de mim, aquela raiva que nos possui por completo e faz com que ajamos descontroladamente, tenho pena das pessoas que sofrem quando estou nesse estado, a raiva vem e faz com que eu me comporte como uma serial killer, mas nesse caso não me importaria de dar uns belos chutes no traseiro do Marvel. Porém, sou uma pessoa civilizada e o meu jeito de demonstrar superioridade a esses orangotangos é bem diferente de seus próprios métodos. Então respiro fundo e tento me acalmar, sem deixar transparecer toda a minha ira. Calma Katniss, calma! Marvel é apenas um cara desprovido de inteligente e com sérios problemas mentais. Ele não tem culpa de ser assim. E como se ouvisse minhas preces ele entra na sala junto com os babuínos que dizem ser atletas, não sem antes me empurrarem.

Odeio-os com toda a minha alma. Pelo menos é o último mês de aula e poderei me ver livre desses idiotas.na faculdade será diferente, pessoas adultas, que agem como adultos e não coo um bando de moleques malcriados. Pego algumas coisas que caíram no chão quando me empurraram contra a parede. Me levanto lentamente e já estava entrando na sala quando alguém me interrompe.

— Desculpa pelo que eles fizeram. – Congelo ao escutar a voz que vem por trás de mim. Essa voz. Giro lentamente pelos calcanhares e me deparo com um par de olhos azuis me encarando. Fico olhando para ele tentando entender o pedido de desculpas que ele acabou de me oferecer, olho de um lado para o outro para ter certeza que realmente foi para mim, não há ninguém no corredor, apenas nós dois. Isso tá muito estranho. Como não respondo ele continua a falar. – Sei que deve estar achando estranho, você bons motivos para isso, não precisa falar comigo de volta. Na verdade não esperava que falasse. Eu apenas vim me desculpar. Por tudo. – E falando isso ele entra na sala e caminha para o fundão.

Preciso falar que a aula foi um porre? Apesar de gostar da matéria, essa era a única coisa boa nessa aula, a matemática, Glimmer e Marvel não me deixava quieta, apesar da minha indiferença e das broncas que levavam da professora eles não paravam, o que faziam o resto da manada fazia também. O mais estranho, como no início da aula, foi que Peeta não se pronunciou um minuto sequer, que com certeza era muito esquisito já que na maioria das vezes ele que liderava os ataques contra minha pessoas. Ao contrário ficou na dele, calado o tempo todo e me lançando olhares que transmitia arrependimento e sincero pedido de desculpas.

O sinal para o fim da aula toca e como todo aluno que ama matemática a turma saiu correndo e gritando felizes por finalmente a aula ter acabado. Fico parada, sentada na minha carteira na primeira fileira da turma, sou uma nerd e tenho que fazer jus a esse título. Pergunto mentalmente porque Peeta está agindo dessa forma para com a minha pessoa, nos últimos anos o que ele fez foi apenas e atacar e me humilhar na frente de todo mundo. Agora ele vem e me pede desculpa pelo que os amiguinhos dele fizeram? Não seria Peeta o motivo principalmente deles agirem assim comigo? É meu velho amigo que começa com as provocações, ele é a cabeça ardilosa por trás de cada plano diabólico contra mim. Estou confusa, minha cabeça está a ponto de explodir por tentar encaixar todas as peças desse quebra-cabeças chamado Peeta Mellark.


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Notas finais do capítulo

Então é isso aí! Espero que tenham gostado! Té a próxima... beijos.



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