Ethereal escrita por Ninsa Stringfield


Capítulo 8
Sétimo




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De todos os trabalhos do mundo, aquele era definitivamente o último que lhe agradaria. Não que ele tivesse outra escolha, já que era obrigado a pagar sua dívida de algum modo. Quando pegou emprestado uma elevada quantia de dinheiro, nunca imaginou que teria que pagá-la com sua liberdade. Mas agora já era tarde demais.

Ao longe, ele ouvia os murmúrios dos convidados, as risadas e as batidas da música clássica que escapava por todos os alto falantes escondidos atrás das paredes da casa. Lá dentro a casa devia estar em fúria, cheio de gente rica conversando sobre assuntos que apenas lhes fariam ficar mais ricos, e discutiam casualmente como passariam por cima de tudo e de todos para conseguir o que queriam. Mas, ali fora, seu mundo se resumia a uma vegetação alta e fechada que circundava a grande mansão.

Ele não via qual era a utilidade de seu trabalho, ser segurança de um dos maiores chefes da máfia chinesa podia ser muito mais monótono do que esperado. Quer dizer, quem teria coragem de ameaçar o grande Mu Ning?

Eram em dias como aqueles, onde o rádio da segurança estava silencioso, e o sono quase fechava-lhe os olhos, que ele mais desejava estar em outro lugar.

E lá estava ele, quase dormindo em seu posto de trabalho, quando sentiu uma pontada em sua nuca, e todo seu corpo estremeceu. Observou ao redor, já com o sono fora de seu organismo e os olhos em alerta. Uma brisa leve e gelada agitou a vegetação, mas fora isso, tudo parecia igual. Deu de ombros, não podia ser nada de importante.

Então outra coisa chamou-lhe a atenção. Em algum ponto a sua direita, algo se movia em linha reta em sua direção. Ele não conseguia enxergar nada, e mesmo com as lentes para visão noturna, não havia nada na mata além dos próprios galhos que se mexiam e se retesavam como se um furacão abrisse caminho por entre as árvores. Ele segurou o cabo de sua arma, já com o dedo no gatilho, mas quando olhou para os outros seguranças em seus devidos postos, percebeu que nenhum deles notava a agitação da floresta.

Voltou seu olhar para a mata. Seja lá o que fosse que estivesse se aproximando, estava perto, perto demais. E quando ele pensou que já não poderia mais aguentar, e estava prestes a chamar um de seus parceiros, a agitação parou, e as árvores voltaram a se silenciar. Ouvia um zumbido em seu ouvido, daqueles que você ouve quando fica muito tempo de noite acordado sentado no escuro de seu quarto, como se você pudesse ouvir o silêncio gritar.

E ele continuou encarando aquele ponto da mata até a sensação incômoda passar, e ele conseguir ouvir novamente os murmúrios da festa e a sintonia do rádio em seu ouvido. Esfregou os olhos, deveria estar com mais sono do que acreditava. Mas assim que abriu os olhos novamente, se deparou com o mesmo ponto que o pequeno furacão deveria ter saído e ao invés disso, encontrou uma sombra.

Cerrou os olhos, tentando entender a imagem. Parecia ser o corpo de uma espécie de animal... algum tipo de leopardo. Ele encarou boquiaberto a sombra enquanto o animal andava em círculos, sua calda balançando de um modo hipnótico. E a pior parte não era a sombra, não era o fato de que a sombra agora o encarava com dentes à mostra; mas o fato de a sombra estar sozinha, sem possuir um corpo. E o guarda estava prestes a gritar quando sentiu uma picada no pescoço, nada mais do que uma fina agulha perfurando sua pele.

Seu mundo começou a girar, o zumbido que antes se prolongava agora explodindo em sua cabeça como fogos de artifício. Perdeu o controle de seu corpo quando se sentiu cair no chão, a arma anteriormente presa entre seus dedos voando para longe de seu alcance. Sua visão estava turva demais, mas ele conseguiu enxergar outros corpos caindo no chão como o dele enquanto ele lutava para conseguir respirar, seus pulmões não mais querendo funcionar.

Quando ele finalmente se viu desistir, fechou os olhos. Mas não antes de ver uma garota armada com um arco emergindo da floresta, bem a frente da sombra de leopardo, uma cabeça do próprio animal tatuada em um de seus braços. E o mais estranho da garota não era o fato dela estar carregando um arco e flecha, ou o fato de estar pegando outra flecha; mas o simples acaso dela própria não ter uma sombra.

***

Do lado de dentro, a casa era tão impressionante quanto por fora. Os salões eram desenhados por tapetarias ancestrais, o chão era coberto de linóleo e o teto parecia com o de uma grande basílica, com mais pinturas encrustadas por ouro. Uma ostentação sem fim, claro, mas mesmo assim maravilhosa.

O lugar era decorado com o único propósito de ser usado como um instrumento de poder. Era magnífico, e longe do alcance de qualquer um, fazendo com que quem o encarasse se sentisse impotente, inferior. Diane pegou outra taça de champanhe enquanto Quinn passava sorridente pela guarda que revistava os convidados na entrada.

Ela manteve o sorriso no rosto mesmo depois de todos os olhares se desviarem dela, manteve o sorriso enquanto cumprimentava membros da alta sociedade que desconhecia, e manteve o sorriso enquanto finalmente se aproximava de Diane, que ria da outra sem disfarce algum.

– Alguém parece estar se divertindo - comentou Diane com um tom casual, erguendo a taça para sua nova companhia.

– Tente enfiar duas 45 automáticas por debaixo desse vestido curto que você vai saber quão bem eu me sinto.

– Ah, por favor - pediu Diane - Já passamos por coisa pior.

– Oh, sim, com certeza - Quinn deu a volta na garota e se apoiou no balcão de vidro ao seu lado, pedindo uma bebida ao garçom - Mas - continuou ela assim que o homem se afastou - Nunca participei de um evento beneficente, agora entendo porque a ideia me parecia tão assustadora.

Elas deram uma risada seca.

Tudo aquilo fazia parte de um disfarce, claro, mas mesmo assim, o ambiente não era nada agradável. Todos os presentes eram membros da sociedade que tinham sido minuciosamente estudados antes de receberem seus devidos convites, e todos os Ilegítimos presentes foram obrigados a assumir um disfarce.

Observando-os dali, Diane entendia o perigo que representava por ser um deles. Eram guerreiros em primeiro lugar, mas isso não os impedia de ter que assumir qualquer outro papel necessário para ganhar uma guerra; assim como faziam infiltrados naquela noite.

Quando passou por todo o procedimento necessário para se tornar um deles, se perguntou por que se autointitulavam Ilegítimos, e precisou de muitos anos no meio deles para entender finalmente. Eram filhos ilegítimos da humanidade, corrompidos por uma força que nenhum deles compreendia, mas que serviam de bom grado. No começo, dizia a si mesma que era forçada a fazer tudo o que fazia, forçada a ser o monstro que estava sendo treinada para ser. Mas agora, depois de tantos anos como um deles, Diane se perguntava se na verdade tinha sido escolhida entre todos os outros seres humanos porque era perfeita para o trabalho.

A música suave nos alto falantes foi abaixada e todos os convidados abriram passagem da entrada do corredor que terminava em uma grande escadaria que dava no salão em que se encontravam. O casal tão esperado emergiu da escuridão seguidos de perto por um garoto mais jovem que parecia claramente entediado. Com as mãos nos bolsos e o ego inflando, o garoto logo se distanciou da sombra dos pais na direção do bar onde Diane e Quinn se viam conversando.

Ele não olhou para a cara de ninguém até se sentar de frente ao balcão, ordenando um dry martini. O infame Mu Ning e sua esposa, Dakota, notaram o afastamento do rapaz, mas continuaram a cumprimentar os convidados com sorrisos e beijos no rosto.

Quinn se afastou imediatamente do balcão, indo para o lado de Sebastian que conversava amistosamente com uma mulher de idade vestindo um macacão de seda desenhado com fios que poderiam ou não ser de ouro. O espaço entre Diane e o garoto já era curto, mas mesmo assim, ela se deu o trabalho de desencostar suas costas da borda do balcão e se virar para o garçom ordenando outra bebida.

Seu movimento provocante teve a reação esperada, e o garoto que antes se concentrava rabugento em encarar sua própria bebida, levantou os olhos para ela. Eles pareceram brilhar por um segundo, encantados.

Essa era a outra vantagem de se tornar uma Ilegítima, a beleza. As transformações em seu corpo ocorreram lentamente, mas quando finalmente se viu com um rosto perfeito e perigosamente belo, se surpreendeu, como a imagem que agora se recusava a encarar no espelho. As transformações na verdade nunca acabaram, constantemente em mudança para agradar cada nova geração que surgia.

Outro detalhe sobre os Ilegítimos: eles eram imortais.

– Me perdoe, mas acho que não fomos apropriadamente apresentados - começou o garoto, pigarreando enquanto estendia a mão - Sou Wei Ning, seu anfitrião.

Diane estampou seu melhor sorriso no rosto.

– Marlène Suzzete - respondeu ela com um sotaque francês - Encantada.

– Igualmente - ele parecia sorrir para ele mesmo agora, se divertindo - Suponho que não estaria interessada em dançar comigo.

Diane lançou um olhar inocente para o resto do salão, tentando soar desentendida, onde todos permaneciam parados conversando, uma tensão de cautela no ar.

– Bom, todos parecem estar se divertindo tanto, não gostaria de causar um alvoroço.

– Eu vejo isso como mais uma razão para que dancemos - incentivou ele - Vamos lá, prometo que serei gentil se o problema for que você não sabe dançar.

– Não sei dançar? - repetiu Diane levantando uma sobrancelha - Isso é um desafio?

Ele se levantou, ficando perigosamente perto dela.

– Apenas se você aceitar - e então levantou a mão para ela, que Diane aceitou fazendo um olhar ao mesmo tempo provocativo e desconfiado.

Eles caminharam até o centro do salão bem a tempo de a pequena orquestra que se encontrava num canto começar a tocar uma melodia mais lenta, e Wei segurou em sua cintura, a aproximando de seu corpo, e eles começaram a dançar. Ficaram um bom tempo apenas se balançando e se encarando, todos os olhares vidrados neles, principalmente do casal Ning e de Sebastian e Quinn que disfarçavam seus olhares entre eles e o resto da multidão, atentos ao relógio.

– Eu admito - começou Wei pela primeira vez desde que começaram a dançar - Já tive parceiras piores.

Diane riu.

– Posso dizer o mesmo sobre você.

– Sabe, você não parece com uma das fanáticas por arte da high society como os muito presentes hoje a noite.

– Oh - exclamou Diane - Essa na verdade é minha melhor qualidade, apreciação da arte moderna - mentiu ela - Sou uma fã fervorosa de Xu Beihong e de Guan Weixing - ela repetia as palavras que eram sussurradas em seu ouvido pelo pequeno microfone donde Quinn passava-lhe todos os dados necessários - Os retratos de Weixing são minha verdadeira paixão, dos rostos sem expressão para os sorrisos mais verdadeiros e sem dentes que eu já vi.

– Temos algumas obras dele aqui hoje nessa exposição ridícula que meu pai insistiu em fazer - Diane deu um sorriso tímido - E mesmo que ele me diga que ama arte, você me parece muito mais informada do que ele.

– É, fiz minhas pesquisas.

– Mas quer saber um segredo? - Diane ergueu uma sobrancelha - Eu sei porque você está aqui, e não é por causa das obras.

– Não? - perguntou Diane inocentemente.

– Tem uma obra aqui, uma xilogravura, de uma artista brasileira chamada Fernanda Grabner intitulada "Anjos Caídos" - começou Wei. A música já tinha mudado umas duas vezes, mas eles continuavam a se balançar no centro da pista de dança, todos os olhares ainda sendo atraídos em sua direção - é a imagem de uma garota ao meu ver abraçando o próprio corpo e olhando para o horizonte, e as suas asas parecem feridas caídas ao seu redor. Ela passa uma sensação de desolação, sabe. Eu sinto pena do anjo, quero dar forças as suas assas novamente... Mas sabe qual é a melhor parte da obra? Você não pode ver o rosto da criatura.

Diane o encarava nos olhos, fingindo interesse tentando imaginar onde ele queria chegar.

– Eu sinto pena da criatura mas não consigo ver seu rosto, então como posso saber que sua tristeza é real? Como posso saber que toda aquela postura não passa de um truque? - perguntou ele retoricamente - O modo que ela age é a sua máscara, sua postura é tão bela que me faz querer amá-la. Mas se eu chegar perto demais sei que ela acabara me enganando.

A música mudou outra vez, por uma mais agitada que exigia gritos melódicos das cordas do violino que pareciam ser apunhaladas violentamente.

– Você está me comparando a um demônio? - perguntou Diane.

Wei riu, parecia achar realmente graça da situação, como se soubesse de algo que todo o resto da humanidade desconhecia.

– Eu na verdade fui alertado sobre você - Wei voltou a dizer - A beleza perfeita, os movimentos precisos e gracioso... e o mais importante de tudo, a falta de uma sombra.

– Puta merda - a voz de Sebastian xingou em seu ouvido. Ele e Quinn fingiam ter uma conversa animada no canto, e mesmo que parecessem abalados com o que ouviam, não largavam sua postura.

Diane não se deixou abalar. Sem tirar o sorriso do rosto, ela pigarreou, jogando o cabelo para o lado.

– Então você sabe o que sou.

– O que vocês são - corrigiu ele, lançando o olhar na direção em que Sebastian e Quinn se encontravam fingindo uma conversa.

– Eu admito - confessou Diane - Já tivemos planos melhores.

– Com certeza - confirmou ele, divertido - E disfarces melhores também se não me engano - ela se controlava para segurar sua raiva, pensando em um jeito de tentar mantê-lo calado - É... Ilegítimos, não? Como se chamam hoje em dia? - ela não respondeu - Pessoalmente falando, sou um grande fã da Semana do Massacre que vocês causaram lá na Hungria, melhor evento do século.

– Bom - começou Diane com seu tom mais penetrante, deixando o falso sotaque francês de lado - Imagino que foram seus pais que te alertaram sobre nossa existência, e mesmo assim, aqui está você, calado sobre nossa presença.

– Não fique tão animada, querida - riu ele - Por mais aterrorizantes e perigosos que vocês me foram descritos, meus pais ainda assim falham em notar sua presença. Não acho que seja meu dever informá-los.

– Por que não? - incentivou ela - Traição não é um pecado capital ou algo do tipo?

– Traição não, querida, inteligência - corrigiu ele erguendo o queixo - Tudo bem que eu sou um gênio e tudo mais, mas a segurança daqui foi rigidamente treinada para detectar inimigos e coisas do tipo. Essa situação toda é simplesmente... decepcionante.

Aposto que se você fosse o líder da máfia não estaríamos tendo essa conversa.

– Com certeza - assegurou ele - Mas esse não é o ponto. Eu não seria o líder dessa babaquice nem como última opção viável. Quer dizer, se cargo viesse com uma coroa e um cetro e o certificado de Dono do Mundo, até não seria má ideia, mas até lá me contento com a igualdade de um ser humano comum.

Diane riu, enxergando sua vantagem como se esta brilhasse na sua frente.

– Eu tenho uma teoria - disse ela, o provocando. Ele assentiu sorrindo - Acho que eu e você temos um interesse em comum com meus amigos ali no canto, sabe, sexualmente - o sorriso sumiu do rosto dele - Eu notei que você não conseguia tirar os olhos deles, e presumi que fosse uma medida de segurança, sabe, mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto. Mas o tempo que você ficou encarando? Grande demais. Você poderia estar apreciando a beleza da minha amiga, mas nem ao menos notou sua existência quando ela se encontrava comigo no bar. Então acho que meu amigo ali no canto atraiu sua atenção.

Wei parecia realmente desconfortável agora, contorcendo o pescoço como se a gravata o sufocasse.

– E eu fiz minha pesquisa antes de vir e tudo mais - continuou ela - Você provavelmente já deduziu que é a minha missão, então vamos ignorar essa parte - ele soltou uma risada partida em meio a um suspiro exasperado - E tentei incorporar sua ex-namorada que foi a única entre muitas que durou mais do que duas semanas, um ano para ser mais específica, como você claramente deve ter percebido. Então ninguém sabe sobre o seu segredo. Imagino se seus pais sabem - ela o encarou analisando sua expressão, que agora se recusava a encará-la de volta - Ai meus Deus, eles sabem, não sabem? Mas não querem que ninguém mais saiba - ela assentiu para ela mesma, saboreando o gosto da vitória - Eu imagino o que eles pagariam para que esse segredo continuasse... bom, como um segredo.

– Sabe - começou ele após uma longa pausa desconfortável - Minha mãe na verdade pagou aquelas garotas para sair comigo. E meio que me obrigou a sair com elas, toda essa baboseira de sempre. E se você quiser usar esse segredo contra eles, beleza. Apoio completamente. Mas acredite, minha opção sexual é a qualidade menos interessante sobre mim.

Ele pegou a mão dela e a rodou.

– Mas mesmo assim, sei que não preciso me preocupar. Você nunca usaria esse segredo contra eles.

– Não usaria? - repetiu ela, curiosa - E por que não?

– Sabe, eu consigo enxergá-la por debaixo da besta. Consigo ver o pequeno resquício de humanidade em seus olhos. E também porque sei que não sou a essência do seu plano. Você não apostaria tanto em um simples segredo como esse, não com tudo que está em jogo.

Diane engoliu em seco, imperceptivelmente, mascarando o gesto com outro sorriso perfeito no rosto.

– Sou tão previsível assim?

– E é por isso - continuou ele, seu rosto voltando a animação natural - Que não vou te interromper. Ambos sabemos um segredo sobre o outro então touché. Fim de jogo.

Ele se distanciou dela, fazendo uma reverência exagerada.

– Foi uma ótima partida, não vejo a hora de termos uma segunda rodada - e ele já estava quase indo embora, deixando uma Diane perdida para trás, quando voltou a juntar seus corpos e encostou seus lábios no ouvido dela - Estarei no meu quarto, caso precise de mim - e ele se virou para ir embora, então voltou a encará-la - E mais uma coisa. Por favor, tente não fazer muito barulho, estou com um enxaqueca daquelas.

Ele fez uma pequena encenação massageando as têmporas com uma careta de dor antes de dar um último sorriso e ir embora, desaparecendo pelos mesmos degraus de onde surgira.

Diane sorriu para as costas dele.

– Serei silenciosa como uma sombra.


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Notas finais do capítulo

HAHA MORES QUANTO TEMPO :D. Mentira, faz o quê? Uma semana que eu não posto? Meu recorde, to aprendendo.
De qualquer jeito, só passei aq pra desejar um Feliz Natal (atrasado), e um ótimo Ano Novo pra vocês meus queridos leitores (se é que vocês existem kkkkk)
bjs, ninsa



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