Banho de Lua escrita por mimidelboux


Capítulo 1
Capítulo 1




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– Oh! Então, dessa vez, você se apaixonou por uma pessoa acamada?

Sandman suou frio. Não lembrava como chegaram nesse assunto.

– Essa não é a primeira vez, desde O Começo, que você se apaixona por alguém? - Bicho Papão, irmão gêmeo de Sandman, apenas analisava a reação de seu irmão mais novo.

– Eu apenas sinto que preciso proteger ela. - Sandman sentiu que precisava explicar sua situação, mesmo o irmão não tendo perguntado tal.

– Ela? Ela não é a Terminal? - Désiré entrara no meio da conversa.

Terminal era como os 3 deuses chamavam a única menina que os médicos mortais não conseguiram curar, pois desconheciam a doença da menina e no momento, ela era a única pessoa que apresentara os devastadores sintomas dessa nova doença, que era desconhecida da medicina mortal.

– Sim… - Sandman sentia seu peito pressionado pela aurea mal humorada de seu irmão mais velho.

Ambos Bicho Papão e Désiré se entreolham, pensando a mesma coisa, tendo uma certa dó de Sandman.

– Bem, eu tenho que ir… - Bicho Papão se levanta em um movimento calculado. - Eu sinto muito, mas não posso te ajudar com isso.

Desesperado, Désire levanta rápido, puxando o braço do irmão mais velho:

– Ah, pera! Vamos juntos!

Sandman não pode deixar de pensar algo como se sentisse que seus irmãos estavam tentando se livrar dele naquele momento. Sentia-se um tanto depressivo e queria conversar com eles para tentar resolver este problema incômodo, que era seu o pulsar de seu coração.

De algum jeito, o Bicho Papão sentiu a áurea de seu irmão e preocupado, virou-se para dar um conselho:

– Mas lembre-se: você não pode usar seus poderes para mudar o destino da Terminal.

Sandman suou frio com as palavras do irmão. Enquanto Bicho Papão e Désiré acabavam de se arrumar, Sandman apenas olhou para suas mãos, sentindo uma angústia dentro de si. Não há pouco tinha ido prestar uma visita à Terminal.

Ele sempre ficara ao lado da cama dela, de pé, observando-a dormir. Colocava sua mão sobre os olhos dela e com seus poderes entrava dentro de seus sonhos, observando os gostos dela e muitas vezes interagindo com a própria menina.

Do lado de fora, ele não percebia que a Terminal recebia exames noturnos de um enfermeiro. Tão pouco o enfermeiro sabia da existência e da presença de Sandman, que era invisível a olho nu. O enfermeiro apenas continuava a fazer massagens nas pernas e braços da menina, observava os números.

– Ah! Está como a enfermeira chefe disse. - pensava o enfermeiro, enquanto o analisava a Terminal atentamente.

Ele colocou sua mão sobre a testa da menina, para ver se ela estava com febre.

– Por que será que o estado dela começou a ficar estável durante à noite? - o enfermeiro pensou alto.

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– Não acredito que você me trouxe até aqui!

Sandman estava segurando Désiré pelo braço, em frente a cama da terminal. Apenas com isso o deus dos sonhos era capaz de controlar o chilique de seu irmão mais novo.

– Preciso que você me ajude a confirmar uma coisa. - Sandman disse sem tirar os olhos da menina.

– Você que saber se ela sente algo por alguém? - Désiré pareceu ter lido a mente de seu irmão, que estava de costas para ele.

Sandman corou, mas continuou olhando apenas para a menina.

– Vocé é tão fácil de ser lido!

Sandman inconscientemente tenta esconder o rosto do irmão, mesmo de costas para ele.

– Tá, o que você quer que eu faça? - Désiré já não aguentava mais ficar parado ali com um irmão bobão que agia como uma menina de 15 anos, toda tímida.

– Bem, eu pensei em entrar nos sonhos dela com você e ver no que você vai se transformar.

– Acho que nunca me senti tão usado na vida. - Désiré soou meio irônico, mesmo não sendo.

– Mas nem fizemos nada! - Sandman se virou desesperado.

– VOCÊ ainda não fez nada! - Désiré apontava o dedo para a cara do irmão, apertando seu nariz. - E eu NUNCA entrei no sonho de alguém a pedido de vocês!

Mesmo sabendo que era verdade, Sandman não queria deixar a chance escapar. Já tinha trazido o irmão até ali! Ele fez uma certa cara de choro com um misto de cara de cachorro pidão.

– Ai, tá bem! Vamos logo com isso! - Désiré odiava quando o irmão começava a fazer essas coisas.

Sandman se virou e botou sua mão sobre os olhos da terminal, enquanto ainda segurava Désiré pelo pulso com a outra mão. Ele olhou para o irmão e ambos fecharam os olhos juntos.

Ao abrir os olhos, Sandman se viu entregando algo para a Terminal, mas ela recusava com educação:

– Ah, estou feliz por ter se lembrado do meu aniversário… Mas não posso aceitar o seu presente…

– Por que não?

– É que… ele está quebrado - ela apontava para o objeto na mão do deus.

Ele suou frio e lentamente abaixou os olhos para o objeto em suas mãos: segurava um relógio de pulso de couro marrom claro.

– Parou? - Sandman pensou, enquanto chegava com o relógio mais perto de seus olhos, onde os ponteiros marcavam 2 horas e 1 minuto.

Na altura do nariz de Sandman, o vidro do relógio começou a trincar, cada vez mais, até explodir e espalhar vários cacos pelo chão.

Sandman voltou a realidade com seu irmão chamando pelo seu nome:

– Joy… Joy!

Ainda meio atordoado, Sandman abriu seus olhos, que estavam lacrimejando um pouco e ao olhar pelo quarto da Terminal, acabou trocando olhares com o enfermeiro, que tinha acabado de entrar no recinto.

– Está chorando…? - o enfermeiro se indaga, pois consegue ver uma ou duas lágrimas descendo pelo rosto de Sandman.

Sentindo um aperto no peito, ele corre o olhar pelo deus e percebe que Sandman ainda está com uma das mãos sobre os olhos da Terminal. Uma pontada em seu coração o faz correr para examiná-la.

Sandman não consegue ter nenhuma reação e meio abobado, se deixa observar o enfermeiro tirando o pulso da menina.

– … tsk! - o enfermeiro larga o pulso da paciente. - Tinha que ser no meu turno… - ele retoma o olhar para Sandman e engole em seco - … eu já volto.

O enfermeiro sai correndo do quarto, deixando Sandman e Désiré sozinhos. Sandman não consegue compreender o que acabou de se passar ali e fica se perguntando se o enfermeiro realmente consegue vê-lo.

– Vamos logo, Joy! - Désiré puxa o braço do irmão, fazendo-o sair de seu estado de transe.

Ambos saem do pela janela, deixando o quarto vazio ser banhado apenas pela luz do luar.

Quando o enfermeiro volta com a enfermeira chefe, ele rapidamente mostra a paciente para ela e começa a procurar pelo homem que acabara de ver.

– … ué?

– O que foi? - a enfermeira chefe virou um pouco o rosto, sem tirar os olhos da menina.

– Agora pouco havia uma visita aqui…


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