Guardian escrita por Marih Yoshida


Capítulo 1
O Reencontro.


Notas iniciais do capítulo

Cara, já é a terceira vez que tento postar isso.Hey! E aqui estou eu, super irritada com a minha internet, trazendo mais uma história para vocês! Dessa vez vamos ter a participação especial de uma amiga em alguns capítulos - eu aviso quando - e ela vai ser maiorzinha que as duas últimas que eu postei.Vou postá-la dia sim dia não, okay? Espero que gostem :3
PS: A HISTÓRIA ESTÁ CONFUSA ASSIM POR CAUSA DA MINHA INTERNET, AMANHÃ EU ARRUMO ELA E REVISO, TÁ?



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Eu sou louca? Eu não me sinto louca, mas então, porque eu estou aqui?

Minha vida começou a ficar essa merda quando eu tinha onze anos, e minha mãe morreu. Ela morreu em um acidente de carro, estava bêbada e tinha brigado com meu pai, então saiu de casa e dirigiu, acabou perdendo o controle do carro e morreu. Me lembro direitinho quando recebi essa notícia, mas as lembranças depois disso começaram a ficar embaçadas com o tempo, e todos me acham louca por causa delas, mas eu tenho plena certeza de algumas coisas.

Como por exemplo, logo depois que recebi essa notícia, corri até a casa de meu melhor amigo, Nico, e ele me levou até a praça, onde eu fiquei chorando por horas abraçada á ele. Eu tenho certeza que Nico existia, ele era real. Me lembro de ele ter dito "Aconteça o que acontecer, Thals, vai ficar tudo bem tá?" e então desaparecer, tipo, literalmente.

Mesmo eu o conhecendo desde que nasci, meu pai não tem lembranças dele, e nas fotos que tenho com ele, meu pai diz que estou sozinha. As vezes acho que ele está apenas brincando comigo, mas seu olhar preocupado me mostra que não é isso. Ele realmente acha que sou louca.

Meu psicólogo me disse uma vez, que eu estava muito mal e minha cabeça criou lembranças que não existiram realmente. Minha madrasta, Hera, acha que sou esquizofrênica. De um jeito estranho, ainda acho que ela é a única que acredita em mim, porque se sou realmente esquizofrênica, para mim, Nico realmente existiu, e ela acredita nisso.

E agora estou no hospital psiquiátrico Olympus, sendo guiada por um homem baixinho e cheio de energia, enquanto ele fala muito e eu entendo pouco.

Hã, pode me dizer seu nome de novo? - Pergunto. Ele já me disse três vezes, mas eu sempre esqueço.

Oras, que tipo de doença você tem? - Ele perguntou com as mãos nos quadris. - Tem um problema de memória?

Não sei exatamente. - Eu disse. - Acho que estou aqui porque eu me lembro de alguém que ninguém mais lembra.

Então acho que seu problema é exatamente na memória. - Ele disse e então suspirou. - Sou o treinador Hedge, você ainda vai me ver muito por aqui, mocinha. Agora vou te levar até seu quarto, deve estar cansada da viagem. Você tem uma colega que já está aqui há alguns anos, ela vai poder te explicar muitas coisas, é bem simpática, apesar de ser irritante quase sempre.

Viramos em um corredor que era extremamente comprido e tinha portas idênticas de ambos os lados.

Essa é a área dos dormitórios femininos. - Ele disse. Andamos mais um pouco até que Hedge parou em uma porta com o número 42 em um dourado desbotado. Bateu nela duas vezes.

Quem é e o que faz aqui? - Uma voz feminina perguntou lá de dentro.

Sou o treinador Hedge. - Ele respondeu. Ouvi passos e logo depois a porta sendo aberta.

Uma garota loira um pouco mais alta que eu saiu lá de dentro. Ela era bem bonita, tinha lindos olhos azul-acinzentados, seu cabelo dourado descia em cachos até o meio de suas costas e ela tinha um apostura impecável, que se ela quisesse, daria medo em qualquer homem.

Precisa de ajuda com Reyna de novo? - Ela perguntou.

Não, não, ela ainda está controlada. - Ele disse fazendo um gesto com a mão. - Vim te apresentar sua colega de quarto.

A loira depositou toda sua atenção em mim, me examinando por completo. De repente, me senti exposta, como se ela estivesse lendo meus pensamentos e descobrindo todos os meus segredos. No entanto, ela sorriu.

Bem vinda! - Disse. - Sou Annabeth Chase.

Suspirei aliviada, pelo menos ela parecia ser uma boa pessoa. Sorri de volta.

Thalia Grace. - Disse. Ela pegou as minhas malas que Hedge trouxera.

Deixe que eu cuido a partir de agora. - Disse para o homem, então se virou para mim. - Vamos, entre.

Agradeci Hedge e segui Annabeth para dentro do quarto. Ela colocou minhas coisas com cuidado no chão e então se sentou na cama de baixo do beliche. Olhei para o quarto, era tão limpo e arrumado. Tinham várias estantes que estavam abarrotadas de livros, duas escrivaninhas - uma delas cheia de papéis - um guarda-roupas grande e o beliche. Ele não era grande, mas também não era pequeno.

Me desculpe a bagunça. - Ela disse. - Eu não sabia que viria, então não arrumei nada.

Bagunça? - Perguntei surpresa. - Desculpe, estamos falando do mesmo quarto?

Annabeth riu, a risada dela era uma risada que eu não ouvia há anos, uma risada sincera. Sem querer eu sorri.

Eu sou um pouco neurótica com arrumação. - Ela disse colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. - Aliás, você vai querer a cama de cima ou a de baixo?

A de baixo, eu tenho horror a altura! - Eu disse. Ela sorriu.

Está bem, então. - Disse. - Se quiser, eu posso arrumar as suas coisas depois, você deve estar cansada.

E estou. - Eu disse. - Obrigada.

Agora me diga, porque está aqui? - Perguntou. Seus olhos mostravam uma curiosidade estranha.

Acham que sou esquizofrênica ou algo do tipo. - Eu disse dando de ombros. - Mas não tenho um motivo real para estar aqui. E você?

Meu pai acha que sou depressiva, mas eu sei todos os sintomas, tenho certeza que não sou. - Ela respondeu um pouco triste. - Mesmo assim estou aqui, mas para mim, ainda é melhor do que estar em casa.

Acho que para mim vai ser melhor também. - Eu disse. Ela sorriu.

Você está com fome? - Perguntou se levantando. Eu assenti. - Então vá tomar um banho que nós vamos juntas em uma lanchonete!

*

Olympus era o melhor hospital psiquiátrico dos Estados Unidos. Ele foi construído para que seus pacientes se sentissem em uma cidade de verdade, então dentro dos limites dele tinham praças, ônibus, carros, lojas, um shopping, ruas... enfim, ele era praticamente uma cidade de pessoas loucas.

Depois que tomei meu banho, Annabeth me arrastou para a saída do prédio onde ficavam os dormitórios femininos, e pediu um táxi, então me levou até o shopping, que era surpreendentemente grande. Entramos em uma lanchonete e Annabeth foi até o balcão.

Quero o de sempre. - Ela pediu confiante. O homem que estava ali anotou o pedido. - O que você quer, Thalia?

Um queijo quente. - Eu respondi. O homem anotou e nós duas nos sentamos. - Você sempre vem aqui?

Sim, adoro essa lanchonete! - Ela disse sorrindo. - Os donos das lojas aqui não não pacientes, e a maior parte dos funcionários também não, mas tem alguns adolescentes e adultos que trabalham meio-período, e alguns que realmente trabalham. Nós ganhamos nosso dinheiro assim, e cumprindo nossas tarefas. A cada tarefa cumprida perfeitamente bem ganhamos uma quantia, eu opto pelas tarefas, não sou muito de trabalhar.

Assenti, a vida parece ser bem legal por aqui, e pelo que Annabeth me disse até agora, eu estou melhor aqui do que com meu pai. Continuei conversando com Annabeth e descobri que nós éramos bem parecidas em alguns aspectos.

Depois de algumas horas, voltamos ao prédio dos dormitórios femininos. Entramos no elevador e Annabeth apertou o número do nosso andar, andamos até o dormitório e a loira destrancou a porta. Entramos no quarto e ambas ofegamos.
Sentados na cama tinham dois garotos. Um deles eu não conhecia, mas o outro era ele. Nico, meu melhor amigo que literalmente desapareceu. Ele estava mais velho, mas eu tinha certeza que era ele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3 Comentem, por favor!Volto com um novo captulo na sexta t?~Kisses!