Assim que as meninas entraram na sala pedirão desculpa ao professor e  cada uma foi se sentar em seu devido lugar,para o azar de Alicia o seu lugar ainda era ao lado de Paulo.

Paulo tentou de toda forma chamar a atenção de Alicia mais tudo o que conseguiu foi o professor o mandando ficar quieto. Na hora do intervalo toda vez que Paulo se aproximava de Alicia aparecia uma das meninas e levava ela embora.

—Aff eu já disse que as meninas da nossa sala são um bando de intrometidas? _  perguntou Paulo assim que se aproximou dos meninos que estava em um canto mais afastado do  pátio.

—Por que você diz isso? _ perguntou Davi

— Porque  toda vez que eu chego perto da Alicia uma delas aparece e leva a Aly  pra longe.

— Vai ver a Licia ainda não quer falar com você da um tempo pra ela.  _ disse Daniel

—Mais....

—Mais nada Paulo o Daniel tem razão deixa ela pensar um pouco quem sabe ela mesmo não vem te procurar._ disse Jaime fazendo com que todos se surpreendesse mais eles  concordaram

—Acontece que é hoje que a Aly  vai no escritório do tal advogado dos pais dela e era eu que ia com ela.

— Chama a sua irmã Paulo e pergunta para ela se a Alicia disse alguma coisa sobre isso , se não você vai de qualquer jeito. _ Mario disse

—Boa ideia .É isso que eu vou fazer _ disse e saiu correndo atrás de sua irmã. E  assim Paulo saiu atrás de sua irmã .

Marcelina estava saindo do banheiro quando sentiu uma mão agarrando-a pelo braço. De inicio ela soltou um grito mas quando percebeu que era seu irmão parou.

—O que você quer Paulo? _ exclamou Marce com uma certa ignorância na voz

—Só quero perguntar uma coisa.

—Então pergunta logo que eu tenho mais o que fazer...

—Eu só quero saber se Aly falou alguma coisa sobre hoje a tarde?

—O que você quer saber é se você ainda vai acompanhar ela para a leitura do testamento não é?

—È pirralha e sobre isso mesmo. Responde logo ela falou ou não?

—Falou....

—E....

—E ela me pediu para ir com ela no escritório do tal advogado.  _ respondeu Marcelina  e na mesma hora o semblante de Paulo entristeceu.

—E você vai?

— E claro que sim Paulo eu seria incapaz de dizer não.

—Ahh  _ exclamou Paulo e já ia saindo quando sua irmã o chamou

—Paulo...

—O que?

—Da um tempo pra ela, ela ainda tá muito sensível por causa da morte dos pais dela...

—Por esse motivo eu queria tá com ela quando fossem ler o testamento. Vai saber o que pode tá escrito lá.

—Por que você não vai ai você fica esperando agente sair. Eu acho que depois que acabar ela vai precisar de você.

—Boa ideia pirralha obrigada._ falou Paulo um pouco mais feliz e antes de sair deu um

 abraço rápido nela.

Assim que o sinal bateu anunciando o fim das aulas Alicia e Marcelina saíram juntas em direção ao ponto de ônibus  já que para chegarem no escritório do advogado tinha que pegar um ônibus.Sem que elas percebesse Paulo que estava seguindo elas também foi para o ponto de ônibus e entrou depois delas.

20 minutos depois

 Depois de mais ou menos 20 minutos elas chegaram ao escritório, assim que entraram avistaram a secretaria dele Marcelina foi logo dizendo:

—Com licença, nos queremos falar com Richard Alves.

—Vocês tem hora marcada?  _ perguntou a secretaria com uma voz de desdém

—Sim temos._ continuou Marce  no mesmo tom que a mulher

—E qual o nome de vocês?

—Meu nome e Alicia Gusman e agente esta aqui para a leitura do testamento dos meus pais. _ dessa vez que falou foi Alicia já que Marcelina estava quase pulando no pescoço da mulher.

—Ahh claro entrem ele já esta esperando._ disse após avisar o advogado.

Após ela dizer isso as duas seguiram em direção ao escritório deram duas batidas na porta e entraram.

—Sentem, por favor. _ Pediu Richard e quando elas se sentaram ele começou a ler o testamento no começo elas não estavam entendendo quase nada ate que ele chegou à parte em que realmente interessava para Alicia.  A que o pai dela dizia com quem ela iria morar...

—...... E caso aconteça algum com nós dois de uma vez só nós declaramos que a guarda da nossa filha será dada a minha irmã Roberta Gusman Ribeiro. 

E após ele ainda falou algumas formalidades que todo testamento tem e depois deu por encerrado a leitura.

—Então e isso, meninas tem alguma duvida?_ perguntou ele se dirigindo a Alicia

—Bem eu acho que não..._ Alicia disse ainda um pouco chocada com o conteúdo do testamento.

—Será que eu posso perguntar uma coisa? _ dessa vez Marcelina perguntou

—Claro pode falar _ Richard disse

—Onde essa tia da Alya mora? E aqui mesmo no Rio?

—Bem deixe me ver... Não ela mora nos Estados Unidos._ disse após ver em um dos papéis.

—O QUE? _ gritaram as duas juntas se levantando da cadeira

—Calmas meninas. Não precisam gritar. _ disse ele tentando acalma-las  

—Então quer dizer que eu vou ter que ir morar la?_ Alicia perguntou

—Sim. Ela vem te buscar daqui a 15 dias pra assim já acerta os últimos detalhes sobre a sua ida pra lá e sobre a sua escola... Me desculpe. _ disse após ver a menina chorando desesperadamente abraçada com a amiga que também chorava.

—Não tudo bem o senhor não tem culpa de nada afinal ninguém tem culpa de meus pais terem morrido e eu tá indo pro outro lado do mundo morar com uma tia que eu quase nunca vejo e estar abandonando minha vida, meus amigos e principalmente o meu namorado..._após falar a menina desabou a chorar novamente.

—Vem Alya vamos lá pra casa._ Marcelina a chamou após uns 10 minutos abraçada com ela, Marcelina estava torcendo por seu irmão pelo menos dessa vez ter a escutado e ter vindo espera-las, pois naquela situação ela não conseguiria levar Alicia pra casa.

E ela deu graças a deus quando saiu com a Alicia do prédio e o avistou um pouco, mas afastado do prédio mais as encarando. Quando ele percebeu o estado de Alicia correu pra perto delas mesmo sabendo que provavelmente sua Aly não iria querer ver ele ali.

—Aly você tá bem? _ perguntou ele, mas ao invés de responder a única coisa que a garota fez foi abraça-lo forte e começar a chorar.