O outro lado do clichê escrita por Apiolho


Capítulo 5
5 - O diabo, o anjo e eu


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Quero agradecer a Queen, Senhorita Foxface e Vengeance por comentar no anterior. Muito obrigada por darem crédito e continuarem a acompanhar, realmente muito significa para mim.

Muito obrigada a gaby, Spring Pie, I Love Black, Mariana Souza, Vengeance, Queen, Senhorita Foxface, butterfly e Bia por acompanhar. Adorei demais, porque com certeza dá um colorido a mais na história.

Espero que gostem, pois fiz para vocês.



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Capítulo cinco

O diabo, o anjo e eu 

"Dê a quem ama: Asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar"

(Dalai Lama)

Estava no banheiro do colégio, mais precisamente na quarta cabine. Faltava algum tempo ainda para as aulas começarem e só o que entrava na minha cabeça era o que li ontem.

“Só um cego não veria que é completamente apaixonada por ele”.

Isso era idiota!

É claro que eu o acho lindo, legal, maravilhoso e sinto-me nervosa quando o vejo. Que meu coração bateu mais forte que o normal, porém isso não é a mesma coisa que o amor né?

— Você é perfeita amiga. — e essa frase foi a que interrompeu meus pensamentos.

— Então qual o motivo de não arranjar um namorado? — parecia desesperada.

Quando abri uma pequena fresta da porta para ver quem era minhas suspeitas se confirmaram. Aquela era nada menos que Catherine. E o que tive vontade de responder a ela era: “Óbvio que está sozinha pois só fica atrás do Evan. Todo mundo pensa que estão namorando. Até aposta sobre os dois estão fazendo”.

— Porque ninguém te merece. — balbuciou.

Que foi que escutei? Se for pensar assim não dará chance a ninguém. Isso realmente é um raciocínio infantil. É como dizer: “todos os homens são iguais e não prestam”.

— Mas ainda sim preciso de alguém para ir no baile. — choramingou.

— E eu também. — no mesmo tom.

Para quer comparecer naquela festa sem importância? O diploma que comprova que passamos no ensino médio, que é o necessário, recebemos na colação mesmo. O baile só servia para beber até cair, beijar na boca ou mais e se divertir.

Sem falar do dinheiro que é perdido com algo assim.

— Por que não vai com o Evan? — quis saber.

E quando as garotas se mexeram um pouco eu tranquei a porta novamente, colocando meus pés em cima do vaso sanitário. Até porque não poderia correr o risco de me verem aqui.

— Nunca! — gritou.

Ai meus tímpanos.

— Quer enganar a quem? Estamos cansados de saber que vocês se amam. — declarou a garota.

Sabe o que achei? Essa guria foi corajosa.

— Espero que não repita mais essa frase! É impossível que algo assim ocorra.

— Não está mais aqui quem falou. — balbuciou.

Passos se afastando e soube que estava sozinha. Sai daquele cubículo fétido, apertado e que me deixa muito sufocada para ir em direção a minha classe. E ao chegar vi que a Cat estava mais aborrecida do que nos outros dias.

Isso significava que aquela conversa surtiu algum efeito.

“Logo irá achar uma pessoa que te interesse, e quando encontrar dê a ele uma chance. Mas para que isso ocorra continue sorrindo.”

Sim, fui eu que mandei.

Isso foi quando a minha colega desde do primário saiu por um tempo.

Era o que minha mãe falava antes do meu pai morrer. Só que eu nem sequer segui esse conselho. E quando ele se foi mais difícil será sentir-me feliz novamente, ainda mais ser tão grande ao ponto de ser mostrado dos olhos a boca.

— Quem me enviou isso? — essa Catherine era escandalosa quando queria.

Neste instante várias pessoas já estavam na sala.

— Claro que foi o Miller. — gritou uma garota loira.

— Nunca que seria esse garoto do mal. — revidou com fúria.

Depois de ouvir duas vezes que eles poderiam ter um relacionamento com o seu rival desde muito tempo deve ter sido horrível.

E ainda fez uma piada com seu nome. Evan, o evil.

— Dessa vez não fui eu, mas tenho certeza que queria que fosse. Não é docinho? — fechou com chave de ouro ao piscar para ela.

— Nem que a vaca tussa querido! — respondeu.

— Porém isso já ocorreu. Ou esqueceu que estava gripada no ano passado? — devolveu.

— Você me ama mesmo. Até lembra a última vez que estive doente. — provocou.

— E se for verdade? O que irá fazer? — disse aquilo no ouvido dela.

E no instante seguinte os outros que estavam na sala começarem a berrar, como se a cena que viram foi a melhor de todas. Só que posso confirmar que foi apenas para deixa-la confusa.

— Quando vai crescer? Parar de brincar com os sentimentos dos outros e ser sério por um momento? Isso realmente está começando a me cansar sabia? — fez todas essas perguntas da maneira mais rápida possível.

— Tem de encarar a realidade, Cat, ou não se lembra que o seu primeiro beijo foi com-

— Cala a sua maldita boca, Evan Miller! — berrou de maneira pausada.

O local ficou em silêncio e uma garota saiu enfurecida pela porta. Ninguém foi atrás dela, mas eu sim. Queria ter a certeza do que estava ocorrendo, por isso a segui.

Também um pouco foi por “conhece-la” há bastante tempo.

— Que foi? Veio rir de mim? — percebi que estava chorando.

Catherine, Catherine! Realmente está fazendo mau juízo da minha pessoa. Sentei-me ao seu lado, mas ela ainda continuava com a cabeça entre os joelhos. A maneira como me olhava fazia com que eu me sentisse culpada por ter mandado aquela mensagem.

Respira. Inspira.

— Eu. — foi só o que consegui falar.

— A que está se referindo? — murmurou.

— Quem mandou aquele bilhete. — completei.

— Por quê? Acho que não preciso do seu conselho. — deu uma patada.

Essa doeu.

— Sei que perdeu o BV com o Miller, que chorou quando perdeu a sua boneca no colégio. Sou sua colega há anos, tanto quando o Evan, e sei que está preocupada sobre arranjar um par para o baile. — confessei.

— Isso não é verdade. Qualquer cara ia querer sair comigo, Audrey.

Fazendo-se de forte, como sempre.

— Não finja que é mentira, porque eu escutei exatamente isso de ti no banheiro. — escancarei que estava a espionando antes.

— E o que quer em troca? — declarou.

— Por enquanto nada, só que tudo dê certo. — comuniquei de forma calma.

Nem sequer quis ameaça-la com algo assim em momento algum.

— Então irei sorrir mais. — balbuciou.

Sim, ela possivelmente aceitou minhas palavras.

— Obrigada. — comentei.

— Mas mesmo assim ainda estou devendo, tanto por guardar meu segredo quanto por ter ido fazer a limpeza no meu lugar. — enquanto limpeza as lágrimas e se levantava.

— Não... — fui cortada.

— Ainda não pensei em nada, porém logo irei recompensá-la. — parecia decidida.

E com certeza era algo ruim. Muito, muito terrível.

Começou a andar após aplicar maquiagem no seu rosto. Estava magnifica, como se nunca houvesse chorado. Só que ao entrarmos na classe ao mesmo tempo notei que o homem que estava me puxando para o lado negro me mirava com um semblante nada agradável.

“Irá me explicar isso direitinho Campbell.” — Evil.

Eu devo ter pregado Jesus na Cruz, ajudado a acabar com os Astecas, enganado os índios quando chegamos ao Brasil e ainda ter sido uma seguidora assídua do Hitler para merecer isso.

Com certeza algo assim fez-me mudar o nome do seu contato.

“Depois. A aula já vai começar.” — Audrey.

— Bom dia. — a voz masculina fez-se ser ouvida na multidão.

Está vendo? Tanto que o professor acabou de chegar.

“Espero que não fuja, ok?” — Evil.

— E a múmia ressuscitou. — comentou um garoto.

— Sim, tanto que me lembro que seu pai era um ótimo aluno, ao contrário de você. — rebateu com fogo nos olhos.

O silêncio reinou e começou a aula.

Algo como “ache o x, graus, números” foram lançados pela boca do educador. Era uma matéria que eu gostava, no entanto não era a minha preferida.

— A menina da caverna quer. — e foi uma morena que disse.

Uma tal de Ingrid.

Logo levantou a minha mão e vi a expressão do professor mudar, ao ponto de dar um sorriso e apontar em minha direção. Fui na frente e vi aquele problema, tentando entender o incompreensível.

E agora? O que eu faço? Nem sequer prestei atenção no que estava passando, só algumas poucas coisas. Era como se tivesse escutando grego. Nem sequer usei o tempo que ele deu para tentar resolver.

— Eu não sei. — sussurrei apenas para ele.

— Como assim? Esqueceu que aprendeu isso na oitava série? — quis saber.

Não entrou no meu jogo de falar baixo e a sala inteira ouviu.

— Mas esses cálculos são mais complexos. — inventei.

— Não enrole Senhorita, porque é exatamente igual. E espero que faça logo, pois além de ter se candidatado não tenho muito tempo. — deu um Xeque-mate.

Garota que se senta ao meu lado, pode ter certeza que está ao ponto de entrar para a minha lista negra. Peguei o giz e coloquei entre meus dedos, percebendo que eu estava tremendo.

“X = 2,4m”

Foi o que coloquei.

— Certíssimo. E ainda foi rápida. — falou ao me liberar.

Eu consegui arrancar um elogio dele?

A minha linha de pensamento interrompeu-se com uma bola de papel caindo na minha carteira. A cor da folha era rosa e a cor da letra dourado e curvilínea. E ao abrir tal foi minha surpresa por não ser um xingamento.

Você foi demais!

— Catherine Lewis

O mundo está acabando? É um sonho?

“Foi legal, demais, mas ainda quero saber o que vocês conversaram.” — Evil.

E como sempre acaba virando um pesadelo.

“Vai incomodar outro, fazendo o favor? Obrigada.” — Audrey.

Dei um pequeno sorriso em direção a Cat e me endireitei na mesa para me concentrar no que estava ensinando o professor. As novidades não chegaram, porém ao sair do colégio eu fui em direção a famosa lanchonete.

Dessa fez quero um hambúrguer com bacon.

“Bom dia, Au. Está onde?” — Logan.

Eu li direito? Ele quer saber de mim? Mandou uma mensagem ainda?

“Bom dia. Almoçando perto da escola.”— Audrey.

Não ia me atrever a chama-lo de Log, não quando fez o favor de não me apelidar de Audy como minha mãe.

“Naquela que tem o melhor xis da cidade?” — Logan.

Para mim é a que tem o sanduiche mais delicioso de todos.

“Sim.”— Audrey.

Mandei por nada, pois não tinha esperança de que ia encontra-lo.

“Estou indo para ai, com o Evan” — Logan.

O quê? Com isso nem tenho certeza se é bom ou ruim.

Nada respondi e fiquei esperando pelo que ia ocorrer logo. O encontro com o anjo e o diabo em um mesmo lugar não é algo agradável. E ainda mais sabendo que o Evan ia é ficar me incomodar direto sobre eu gostar dele.

Será que eu mereço?


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Notas finais do capítulo

E ai? Que acharam?

A imagem não é minha. Se tiver erros sorry! Tentarei o máximo para responder meus leitores queridos.

Quem quiser comentar muito me fará feliz. Amo vocês, senti muita falta e meio que me perdi e tentei lembrar como ia continuar essa fanfic. Tudo estava perdido, assim como as ideias. E quem quer recomendar a fic? Sei que é mega cedo, mas me deixará contente também. Claro, se acharem que a fic merece! Podem criticar também, porque me ajuda a melhorar.

Beijos, até a próxima.



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