Oathkeeper II escrita por Denise Miranda


Capítulo 16
Sansa


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Sansa Stark observava seu exército de nortenhos guardando suprimentos, pegando seus melhores cavalos, colocando cotas de malha, armaduras resistentes e suas espadas, escudos, machados.

A loba de Winterfell respirou fundo o puro ar gélido do Norte. Está na hora, pensou, feliz consigo mesma. Está na hora de vingar minha família. Primeiro, o Trono. Depois, os leões sofrerão. Vão conhecer a fúria dos lobos. Havia decidido que não daria misericórdia para nenhum cujo sobrenome fosse Lannister.

Às vezes, sua consiência a reprimia. O que estava fazendo não era honroso. E se o seu pai te visse agora, Sansa?, uma voz sussurava em seus ouvidos. Ele estaria orgulhoso de mim, respondia para aquela voz desconhecida. Mas, uma parte sua sabia que aquilo não era verdade. Nem todos os Lannisters eram culpados pela estupidez de Joffrey e pelos planos de Tywin. Ambos morreram. Deixe os outros leões em paz!, sua consciência gritava durante a noite. Sansa cobria seus ouvidos com o travesseiro, afim de não escutar seus pensamentos.

Nesse momento, não poderia voltar atrás. Sou a Rainha deles, se lembrou, erguendo sua cabeça enquanto via seus homens entrando em posição para a marcha. A Rainha do Norte. Não posso ser fraca. Preciso ser decidida, e eu serei. Eu sou.

– Sansa, - ouviu uma voz atrás de si. Uma voz conhecida que, embora fosse grossa e rouca, era doce e suave em seus ouvidos. Se virou para fitar Clegane. - deixe-me ir com você.

– Não. - Respondeu Sansa, decidida. Deslizou seus dedos pelo rosto de Sandor, parando na parte queimada. - Não quero que corra riscos.
– Oh, me poupe. Minha vida inteira eu corri riscos. - Respondeu o homem, claramente irritado. - Deixe-me ir. Deixe-me protegê-la!

Sansa adoraria seu cavaleiro lá na guerra, mas sabia que seus vassalos não confiavam muito no homem. Afinal, ele foi o Cão de Joffrey, como eles adoravam lenbrá-la.

– Não. - Respondeu Sansa mais uma vez, olhando nos olhos castanhos de seu Cão de Caça. - Se algo acontecesse com você, eu não teria mais forças. Você é a minha única força, Sandor. - Umedeceu seu lábio inferior antes de continuar. - Além disso, dizem que Daenerys tem três dragões. Será pior que a batalha da Água Negra...

O olhar de Sandor tomou um brilho sombrio. E, no fundo, havia medo. Muito medo. Um medo que Sansa só conseguia perceber pois já o viu outra vez. Já o viu quando Porto Real sangrava e o mar estava repleto de luzes verdes vindas do fogo-vivo.

– Eu quero protegê-la. - Ele disse mesmo assim.

– Eu sei que quer. Mas eu quero que fique aqui. Sou sua Rainha, e você tem que me obedecer. - Respondeu, dando um sorriso zombeteiro.

– Estamos prontos, Sua Graça. - Interveio Grande Jon Umber. Sansa tirou a mão do rosto de Sandor para encarar seu vassalo mais leal, e respondeu:

– Então não podemos perder mais tempo. Vamos indo.

Grande Jon Umber assentiu, fez uma reverência e começou a esbravejar ordens para seus soldados.

Sansa virou-se para Clegane novamente e, pela primeira vez, deu um beijo apaixonado no mesmo, bem ali na frente de todos. Por alguns segundos, o Cão parecia surpreso e tenso. Mas logo relaxou em seus braços e correspondeu ao beijo na mesma intensidade.

Quando Sansa soltou seus lábios dos dele, sabia que seus olhos estavam úmidos, mas não choraria. Lobos não choram.

– Eu voltarei.

Prometeu a Rainha do Norte antes de se virar e subir em seu cavalo. Seus vassalos olhavam perplexos para a cena que tinha acabado de acontecer, mas Sansa não se deixou intimidar. Não era mais uma garotinha. Era uma mulher, uma Rainha. E seu único objetivo no momento era o sangue dos seus inimigos. O Norte se lembra.


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