Teddy & Andromeda escrita por Jack


Capítulo 4
Consequencias


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Obrigada a quem está lendo e comentando!

Boa leitura..!



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Andrômeda nunca se divertiu tanto na sua vida.

Ela as vezes se surpreendia por rir o tempo todo que ficava com os três grifinórios. Cada um deles tinha uma característica única, Molly era mais responsável e protetora, Arthur ainda deixava Andy desconfiada com sua fixação pelos trouxas, e Teddy fazia questão se nunca deixa-los parados.

A Black parou de ir a reuniões com a irmã e os alunos com nomes influentes, e apesar de irmã não ter falado nada sobre isso ela sabia que uma hora ou outra ela ia enfrentá-la.

_ ... nós pegávamos uma balsa e atravessávamos o lago até a casa de campo. – Teddy contava tirando a atenção de Andrômeda dos problemas com a irmã. – Era incrível passar o verão lá, era quente, e calmo... Mas meu pai teve que vender com conta de problemas com dinheiro.

_ Sei como é isso. – Molly afirma suspirando. As turmas da Grifinória e da Sonserina estavam indo para a Torre de Astronomia juntas,e por mais que recebesse olhares tortos, Andrômeda ficava com seus amigos. – Depois que minha mãe e foi meu pai diminuiu o tempo de trabalho para cuidar de nós, então a casa também diminuiu, e o lazer... Mas isso não foi tão terrível, meu pai fez isso porque nos ama, e minha casa sempre foi um lar feliz, não importa o tamanho da casa.

_ Bom, meus pais nunca venderam nada, porque não temos nada para vender. – Arthur diz dando de ombros. – Mas minha família é extremamente grande, então quando você precisa de ajuda sempre tem um tio ou um primo para recorrer.

Andrômeda ficou quieta, afinal nunca teve problemas com dinheiro para comentar. Ela achava isso muito injusto, já que seus amigos eram ótimas pessoas e ela conhecia pessoas horríveis nadando em galeões. Isso a incomodou por todo o caminho que eles fizeram até subir na grande torre que era um dos lugares mais lindos da escola na opinião dela. Os telescópios já estavam prontos e os alunos já se posicionaram abrindo os cadernos com os mapas astrais para fazerem as atividades.

_ Você está bem? – Teddy perguntou baixinho já que estava ao lado de Andy. – Sabe, não precisa ficar incomodada por, sabe, ser rica...

_ Como você sabe que eu estou pensando nisso? – ela indaga confusa e ele solta um sorriso.

_ Eu sou adivinho. - ele responde fazendo graça e ela ri.

_ Só não acho certo. – ela diz depois de rir, já esquecida das estrelas. – Tem gente que tem tanto, e gente que tem tão pouco. Vocês são pessoas boas, não deviam ter problemas com dinheiro. E além disso, parecem ser muito felizes nas suas casas. Já na minha, tem muito dinheiro, mas amor.... Amor é uma raridade por lá.

_ Tenho certeza que é só o jeito da sua família. – Teddy comenta dando de ombros e olha pelo telescópio. – Sabia que Andrômeda é o nome de uma galáxia?

_ É claro que sim. – a menina responde revirando os olhos e deixando o amigo corado. –E está vendo aquela estrela ali, a direita, bem brilhante..?

_ É a estrela do cão certo? A Sirius. – ele diz.

_ Isso. É o nome de um priminho meu. – Andrômeda diz sorrindo. – Novinho e com muita mais atitude que eu. Aquele lá será um rebelde...

Teddy desviou novamente desvia os olhos das estrelas e olha para o lado, fazendo Andrômeda encará-lo.

_ Toda a sua família tem nome de estrelas? – ele pergunta franzindo a testa e a menina balança a cabeça rindo.

_ Não, mas sempre tem um significado. – ela responde olhando para o céu. – Nenhum Black tem um nome só porque acharam bonito. Nossos nomes tem força.

_ Hm... – ele murmura olhando para o nada pensativo. – Meus pais colocaram possíveis nomes em uma caixa e sortearam Edward.

A menina apenas riu da expressão do amigo e voltou a fazer sua atividade pensando no quanto os dois eram diferentes.

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_ Futebol?

_ Não faça essa cara Andy, é divertido! – Teddy resmunga pegando a bola da mão da menina. Estava um lindo dia de Domingo, com sol, poucas nuvens e quase nenhum vento. A neve do inverno estava derretendo e dando espaço para a primavera.

Naquela tarde, depois do almoço, Teddy veio com aquela bola marrom estranha, falando de um jogo dos trouxas e que seria legal jogar. Arthur, como sempre, ficou super animado, e pelo jeito queria jogar aquilo a tempos. Molly por sua vez não parecia feliz com a ideia, mas aceitou tentar. Já Andrômeda estava desconfiada daquele “futebol”. Pessoas correndo atrás de uma bola sem poderes, querendo chutá-la em um lugar e ainda sem poder voar ou pelo menos usar as mãos. Naquele jogo ela só via a inferioridade dos trouxas, afinal o Quadribol era algo muito mais emocionante.

Mesmo assim ela aceitou dar uma chance, para satisfazer os amigos, e nunca diria o que realmente achou para não magoar Teddy. Ela vinha mudando muitos conceitos por conta dele, mas ainda tinha que esconder alguns comentários para não deixá-lo chateado.

Depois de um tempo ela não achou o jogo tão ruim assim. A grama estava escorregadia por causa da neve derretida, e resultou em incríveis tombos que só faziam as crianças gargalharem. Teddy, apesar de ser o que mais sabia do jogo ali, não era muito bom, e junto com os outros três fazia ótimos passes errados. Andrômeda tentava se sair bem, conseguiu chutar a bola com força e até defendeu o gol, o sorriso não saia de seu rosto e ela ficava feliz em ver seus amigos se divertindo também. Ela nunca teve pessoas da sua idade para brincar. Bellatriz sempre fazia questão de quebrar suas bonecas de porcelana, e Nascisa preferia brincar sozinha.

_ A-acho que devíamos... parar! – Molly diz sem fôlego, apoiando as mãos nos joelhos. Andrômeda aceitou de bom grado a ideia e também respirou fundo tentando ficar menos ofegante, sua saia e sua blusa branca do uniforme estavam sujos de terra e lama, e o cabelo preto bagunçado. Ela tentou arrumar o melhor que pode e então olhou pro céu, que agora estava cinzento e cheio de nuvens. Se perguntou como o tempo mudou tanto de repente.

_ Vai chover, é melhor irmos para dentro. – Andrômeda diz para os outros que olham em sincronia para o céu.

_ Vamos. – Arthur diz recolhendo a bola.

_ Já deve ser quase hora do jantar. – Molly comenta apressada. – Eu ainda tenho que tomar um banho.

_ Todos devemos. – Andrômeda diz rindo. – Nunca me sujei tanto assim brincando!

_ Como não? Toda criança já se sujou brincando Andy! – Teddy diz incrédulo.

_ Eu não. Sempre brinquei dentro de casa, e sempre fiquei limpinha.

_ É, para tudo tem uma primeira vez certo? É o que minha mãe sempre diz! – o menino exclama abraçando o ombro de Andy e fazendo-a corar com a proximidade do menino.

_ Sai para lá Teddy, você está suado! – ela diz empurrando o menino de brincadeira.

_ Como se você não estivesse!

Eles continuaram rindo até chegar no hall de entrada do castelo que estava vazio, tirando alguns poucos alunos da Sonserina que passavam por ali. Ao ver os quatro entrando porém, o grupo parou e veio na direção deles. Andrômeda tremeu ao identificar Bellatriz ali no meio, a irmã já estava fuzilando-a com os olhos.

_ Meu Merlin, mas o que é isso? – um dos meninos mais altos disse com um tom zombeiro, Andy sabia que aquele era Antonio Dolohov, na verdade, ela conhecia todos ali. – Os porquinhos acabaram de sair do chiqueiro?

_ O que isso Antonio... Não seja bobo! – um outro menino loiro, Yaxley, disse rindo. – Eles só estão matando saudade de casa. Rolando na lama...

_ E o que é isso? – outro garoto pergunta puxando a bola das mãos de Arthur.

_ Uma bola de futebol, Mané! – Teddy responde confrontando-o e Andrômeda engole em seco. Teddy devia ficar quieto e aguentar as piadas, seria melhor assim.

_ Futebol... Mas o que é isso? – Rosier indaga girando a mão com nojo na mão. – Um jogo de bárbaros?

_ Pior. É um jogo trouxa. – Mulciber responde pegando a bola e jogando para cima. Em um movimento rápido ele puxou a varinha e estourou a bola no ar com um estrondo.

_ Ei! Quem você acha que é para estourar a minha bola? – Teddy pergunta irritado. Mulciber, um quartanista, foi para sua frente e olhou para baixo. Teddy era pequeno e magrelo, enquanto Mulciber era forte e muito alto. As mãos de Andrômeda tremiam com a possibilidade de Teddy querer enfrentá-lo. O menino provavelmente ficaria hospitalizado.

_ Quem eu sou? – Mulciber repete parecendo incrédulo com a audácia da menino, assim como Andrômeda estava. – Eu sou um bruxo, de sangue- puro, tradicional! Não sou alguém como você sangue-ruim! Sujo, ralé... Eu ainda me pergunto com o diretor tem coragem de aceitar gente como você aqui na escola! Infectando todo mundo com essas suas coisas trouxas! Você devia ficar com seu povo, aqueles imbecis!

_ Olha como fala rapaz! – Teddy exclama estufando o peito e deixando Andrômeda com ainda mais medo. Ela já via os sonserinos partindo Teddy ao meio. Ele não podia ficar quieto? – Trouxas não são ralé!

_ Não, você tem razão. – Dolohov disse puxando o braço de Mulciber e Andrômeda agradeceu mentalmente por isso. – Trouxas são piores que isso. Agora, moleque, se o diretor permite que fique aqui, pelo menos reconheça seu lugar e não tente nos enfrentar.

Teddy pareceu querer falar algo, mas Andrômeda vendo isso o segurou pelo ombro tentando evitar mais confusão.

_ Ele não vai mais fazer isso. – Andrômeda afirma puxando Teddy pelo braço e pedindo ajuda para Molly e Arthur, porém, antes que ela saísse dali com os três uma mão a segurou para trás.

_ Espere um pouco... Essa não é sua irmãzinha Bella? – Yaxley pergunta olhando para Bella que estava pálida de raiva. Andrômeda fechou os olhos por um momento se preparando para o que viria a seguir. – Andando com sangues-ruins e pobretões?

_ E eu pensando que os Black eram uma boa família. – Dolohov diz balançando a cabeça em negação, mas sorrindo. Andrômeda conseguia perceber que agora ela estava sendo o motivo de piada ali, juntamente com sua irmã.

_ Os Black são uma ótima família Dolohov. – Bella rebate, e mesmo pequena ela conseguia se impor com todos aqueles. – Na verdade, nós somos melhores que todos vocês. Somos extremamente puros. E quanto a minha irmã... – ela acrescenta puxando a pequena das mãos de Yaxley. – Eu vou resolver isso.

_ Ótimo. Não íamos odiar se sua família tivesse esse tipo de problemas. – Dolohov diz ainda conservando o tom zombeiro. Andrômeda não teve tempo de olhar para seus três amigos que ela tinha certeza de que estavam ali, Bellatriz a puxou para longe dali, parando apenas quando chegaram a uma sala vazia. A mais nova estava temerosa com o que a irmã podia dizer.

_ O que você tem na cabeça? – Bella ralha concretizando as expectativas da irmã. – O que você pensa que está fazendo?

_ Eu só estou me divertindo Bella... E-eles são pessoas boas e...

_ Boas pessoas..? Você está me envergonhando, desonrando nossa família! – ela continua apertando o braço da irmã. Andrômeda só pensava em acalmar a irmã e sair dali. – Imagine o que papai diria se soubesse de tal coisa!

_ Não, o papai... Não conte a ele Bella! – Andrômeda exclama assustada. Seu pai era um assunto complicado, pois sabia do que ele era capaz. Se arrepiava só de pensar no que aconteceria se o pai soubesse dos seus amigos.

_ Então se afaste desse idiotas! –Bella rebate arregalando os olhos. Andrômeda odiava quando ela fazia isso. – Ou você para de conversar e se misturar com pessoas assim, ou vou tomar providencias. Não vou deixar que sua estupidez arruíne nossa família!


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Notas finais do capítulo

Comentáriooos????

Beijos



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