TRL escrita por Lykka


Capítulo 20
Vingança com Beijos e Chuva de Bosta




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Os olhos azuis-elétrico de Danna se arregalam assim que sussurro o meu plano para ela.

–Você quer... Você quer...

Ok. Ela está em choque mas realmente preciso da sua ajuda.

–Então?

–Não.

–Danna... Eu não consigo sem você.

–Não – ela repete, agora mais firme.

–Por que?

–Porque não.

–Por que não?

–Teddy.

–Eu não consigo sem você.

–Então você não consegue.

–Por favor – peço com biquinho.

–Não.

Ela muda de opinião quatro semanas depois quando eu e ela pegamos o Dolohov beijando Annabelle McNair.

Claro que antes de sair correndo ela lança uma boa azaração em Annabelle McNair. Annabelle até que era bonitinha mas agora não é mais. Parece um sereiano.

–Eternus – lanço o feitiço antes de seguir Danna.

Não sei se o feitiço vai funcionar mas que se dane. Eu me senti bem fazendo aquilo.

–Droga! – Danna grita quando consigo alcançá-la.

Ela realmente estava rápida mas eu tenho uma velocidade de lobo.

O sinal de recolher toca. Tenho que estar na Comunal daqui à cinco minutos.

–Danna...

Ela se vira colocando a ponta da sua varinha no meu pescoço. Ela pode ser bem ameaçadora quando quer.

–Eu não queria voltar para a Comunal agora mesmo... – comento.

Ela dá as costas para mim.

–Você tem doze anos, tem uma vida toda pela frente. Não deveria ficar assim por um idiota qualquer.

Ela se vira ferozmente para mim.

–Você não fica assim pela sangue-ruim?

Puxo a minha varinha.

–Não chame Grace de sangue-ruim.

–Não chame Gary de idiota qualquer.

–Dolohov – falo no meu tom de amor falso.

–Becker – ela me imita.

–Não gostei do tom.

–Eu que não gostei do tom.

–Ele te traiu.

–Ela...

Ela não completa. Ela nem sabe o que Grace fez.

–Você nem sabe o que ela fez.

–Não é importante.

–Obviamente.

Ela me dá um chute na canela. Não dói muito mas faço uma careta para agradá-la. E ela dá o seu sorriso arrogante e lindo.

–Eu topo, Teddy.

–O que?

–Quero vingança. Você quer atacar os sonserinos. Eu topo te ajudar.

–Então... A senha.

–Sangue puro.

–Que senha idiota.

–Ei! O próprio Slytherin que escolheu.

–Explicou porque é idiota.

Ela revira os olhos.

–Vai fazer quando?

–Quando Luke e Jack toparem. Não sei Ryan vai aceitar participar.

–Me avisa?

–Não. Eu pretendo destruir o seu Salão Comunal com você lá dentro – ironizo.

Ela me chuta pela terceira vez.

–Será que dá para parar de me usar como saco de pancadas?

A resposta? Ela me usa como saco de pancadas novamente.

Eu a seguro contra a parede.

–Pare de me chutar.

–Não – ela responde rindo.

Tendo amigos como Danna Greengrass que me usa como saco de pancadas e zomba de mim, quem disse que preciso de inimigos?

Escuto um barulho de garganta sendo limpa atrás de mim. Me viro. Uma professora que eu não conheço encara eu e Danna com reprovação.

–Vocês são o que? Primeiranistas? Segundanistas? – ela pergunta com reprovação.

–Pera aí! Não me lança esse olhar! Não é o que você pensa que é! – protesto irritado.

–Não importa. Uma semana de detenção para os dois.

–Mas tem treino – murmuro.

–Não importa.

–Você era de casa no seu tempo? Sonserina? – pergunto a achando particularmente insuportável.

Claro que Danna percebe do que estou falando e me chuta novamente.

–Grifinória.

Arregalo os olhos.

–Vá mentir assim lá no inferno.

–Menos dez pontos para a Grifinória.

Mas eu não fiz nada!

–Mas eu estou brincando. Eu era da Corvinal.

Tenho dó dos corvinais legais que devem existir.

–Os grifinórios sempre são idiotas que ficam competindo com sonserinos, ou no caso de beijando com sonserinas.

–Eu já disse que isso não aconteceu – retruco irritado.

–E você quer que eu acredite porque...

–Sou bonito?

–Detenção durante um mês.

–Vá se ferrar – comento saindo.

–Dois meses!

Passo por uma janela e observo a lua cheia. Isso explica o meu mau humor.
...

–Eu te amo – Luke comenta beijando a bochecha de Danna.

Essa é a sua reação com ela aceitar nos ajudar.

–Estou me vingando de Gary. Há outro modo de também me vingar dele.

E ela o beija. Aparentemente Luke paralisa em choque. Ele é normal! Mas retribui. Ok, ele não é normal.

Assim que eles se separam, Jack comenta:

–Isso é vingança? Eu quero vingança também!

–Terá seu tempo – Danna comenta.
...

–Tem certeza disso, Danna?

Ela encara o Mapa do Maroto sem me responder. O ponto de Dolohov se aproxima cada vez.

–Tem certeza?

Ela olha nos meus olhos com os seus incríveis e belos olhos azuis-elétrico.

–Tenho.

Eu a pressiono contra a parede e a beijo.

–Lupin! O que faz com a minha namorada?

Danna se separa de mim.

–Cale a boca, Dolohov. Nós terminamos.

–Desde quando?

Ele ainda se finge de desentendido.

–Desde que me traiu com a Annabelle, há uma semana atrás.

Ela me olha e sorri.

–Agora com licença que tem alguém aqui que beija muito melhor com você.

A pressiono contra a parede e a beijo novamente.

Com a minha super audição ligada o escuto se afastar.

Observo o ponto com o nome do Dolohov no Mapa do Maroto chegar no Salão Comunal da Sonserina para só aí mandar um patrono falante para os garotos que pode se iniciar a operação "Chuva de Bostas na Comunal da Sonserina".

–Vem, Teddy. Eu quero ver.

–Mas assim vai me denunciar.

–Que se dane.

Eu deixo ela puxar o meu braço e me guiar até a entrada da sua Comunal.

–Puro sangue.

Assim que a passagem se revela consigo ver os sonserinos recebendo uma chuva de bombas de bosta. Eles se viram para mim.

–Foi ele!

–O que? Não fui eu! – protesto. – E cara, vocês fedem. Tudo bem que já fedem naturalmente por serem sonserinos mas com a comida do último jantar do ano passado em vocês fedem muito mais.

As caras deles me fazem lutar muito para não cair na gargalhada.

–Meu rapaz.

Exibo o meu melhor sorriso de santinho enquanto me viro. Ótima hora pra Slughorn aparecer.

–Professor, eu faço um monte merdas mas essa não foi uma das minhas. Eu juro.

–Onde você estava?

Olho para Danna e ela me encoraja a falar mas com o seu tipico olhar "Se der problemas não me meta nessa" nos olhos.

–Eu estava com Danna no corredor. Estávamos...

Coço a minha nuca enquanto faço a minha melhor cara de envergonhado enquanto mudo a cor dos meus cabelos para aquele vermelho que só fica quando estou envergonhado.

–Sim?

–Nos beijando no corredor – murmuro com aquelas vozes baixas típicas de vergonha.

Ele olha para Danna que assente com a cabeça.

–Foram os dois! – Filch comenta puxando Luke e Jack pela orelha.

Luke puxa a varinha e aponta para Filch. Todos sonserinos puxam as varinhas e apontam para o meu melhor amigo. Puxo a minha varinha e faço um círculo de proteção mágica ao redor de mim, Danna, Slughorn, Luke, Jack e Filch.

–Não fomos nós – Jack comenta. – Será que dá para largar a minha orelha, ela dói!

–Só porque é um aborto você odeia os alunos. Sua opinião não vale – comento.

Todos os sonserinos começam à murmurar entre si se Filch é ou não um aborto.
...

Depois da nossa situação cômoda no Salão Comunal da Sonserina, Slughorn decidiu nos levar até a sala da diretora. Minnie que sempre é um amor decidiu me ferrar ainda mais e chamar os responsáveis. O casal Wood, a Sra. Abbott, Andrômeda Tonks e Harry Potter são chamados. Não sei porque Minnie quis chamar os dois... Estou completamente ferrado se descobrirem que realmente tive participação com isso.

Qual responsável chega primeiro? A Sra. Abbott. Ela realmente tem favoritismo de filho. Ela olha para o Luke e murmura "O exemplo que os irmãos lhe dão..."

Harry chega em seguida. Assim que ele sai da lareira cumprimenta todos com um aceno de cabeça e se vira para mim.

–O que você fez, Teddy?

–Lugar errado, hora errada.

Ele balança negativamente a cabeça.

–Teddy...

–É sério! No seu segundo ano isso aconteceu, não aconteceu? No primeiro acho que também... Sempre aconteceu com você. Por que não pode acontecer comigo?

–Porque não foi um ataque de basilisco ou escutar acidentalmente uma conversa entre um covarde professor e seu mestre.

Sorrio.

–O único professor que teve bom de DCAT...

–Foi seu pai. E foi o seu pai que me escolheu como o seu padrinho. Como o seu padrinho devo perguntar se você realmente não quer admitir que fez algo errado quando Andrômeda ainda não estiver aqui?

–Eu não fiz nada de errado.

Ele revira os olhos. Ele realmente leva à sério a tarefa de padrinho. Quer ser o melhor padrinho do mundo do mesmo modo que Sirius Black foi para ele. Mas para mim ele já é o melhor padrinho do mundo.

O casal Wood chega em seguida. A Sra. Wood passa um carão no filho e o seu marido ri ao seu lado. Jack olha divertido a cena como se fosse apenas um programa de TV.

A última pessoa chega. Me encolho na cadeira ao perceber o olhar dela.

Sussurro no ouvido do meu padrinho assim que vejo o olhar da minha avó:

–Eu declaro se você convencê-la de não brigar comigo.

Ele estica a mão e eu a aperto.

–Feito.

Ele se vira para ela.

–Andrômeda.

Uma troca de olhares e tudo está resolvido. Os dois se entendem por olhares mas apenas quando se trata de mim.

–Minerva, tem alguém aqui que quer falar – Harry fala e me indica com a cabeça.

–Eu não quero falar – protesto.

–E o nosso acordo?

–Isso não quer dizer que quero falar, isso quer dizer que vou falar mesmo não querendo.

Ele dá de ombros.

–Eu fiz aquilo. Sozinho.

Luke e Jack se entreolham. Nem sabem disfarçar.

–Pode me dar detenção, o que for. Só que os dois não estão nessa. Estiveram em muitas outras mas eu fiz tudo isso sozinho.

Todos se entreolham. Será que dei pistas que Luke e Jack estão nessa comigo?

–Menos duzentos pontos para a Grifinória. Deveria ter tirado mais porém a sua lealdade me fez aliviar isto, Teddy.

Antes de irem embora, a Sra. Abbott e o casal Wood se despedem de Luke e de Jack, respectivamente.

Luke e Jack são liberados então ficamos eu, Minnie, minha avó e Harry.

–Seus pais ficariam orgulhosos do filho que tem – comenta Harry.

Minnie e minha avó assentem em concordância.

Eu queria poder brincar que é o genes mostrando mais uma vez em como me orgulho de ser filho de Remus John Lupin e Ninphadora Tonks Lupin. Mas eu sempre faço isso, está na hora de mudar um pouco.

–Filho que você ensinou o que é certo e o que é errado, papai.


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