TRL escrita por Lykka


Capítulo 18
Aulas Extra-Curriculares




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Quando descubro que essas aulas extra-curriculares são no sábado me arrependo amargamente de querer fazer todas, eu não deveria ter escolhido nem mesmo apenas uma.

–Você tem aula. Levante – chama Ryan.

Coço os meus olhos enquanto sento na minha cama.

–Ryan.

–Que?

–Você escolheu que aulas para fazer?

–Estudos Antigos.

–Só?

Ele assente com a cabeça.

–Cara... Eu achei que você era o nerd da turma.

–Se ser nerd significa fazer todas as matérias, o nerd aqui é você.

Penso por um segundo. Ele está certo.

Me levanto e vou para o banho. Demoro um bom tempo diante o espelho do banheiro tentando decidir qual aparência vou usar. Decido por deixar meus olhos no seu tom original, âmbar, e meu cabelo verde limão.

–Teddy – chama Luke batendo na porta. – Por que está demorando tanto? Pelo que eu sei você não é uma garota!

Escuto as risadas dos três.

Abro a porta.

–Vocês não tem como escolher a aparência de vocês todo santo dia. Não sabem como é.

–Preocupado com a aparência? – pergunta Jack. – É uma garota mesmo.

Olho para ele e lanço um feitiço não verbal. Levicorpus.

Jack grita ao ser pendurado no ar pelo tornozelo.

–O cara que achava que a pena estava de mal com ele melhorou muito – comenta Luke.

–Lukezete, não zombe de mim exceto se quiser fazer companhia pro Jack.

–Me perdoe, ó grande Tedzito – Luke responde fazendo uma reverência.

...

Depois de libertar Jack, caminho até a mesa do café da manhã.

–Droga! Por que vivem trocando a nossa comida? – grita Dolohov.

E aqui descobrimos que os primeiranistas da Grifinória não possuem criatividade.

A diretora olha para mim e para os meus amigos pronta para brigar conosco.

–Não brigue com a gente Minnie, nós não costumamos repetir o que aprontamos – comento.

Ela desvia os olhos do meu rosto e murmura algo para Slughorn.

–E é aqui que vocês ganham o prêmio por criatividade – Luke fala para os primeiranistas que toparam fazer a Iniciação.

...

Jack está paralisado ao meu lado observando Evelyn. Meu Merlin! Como essa garota canta!

Lhe dou uma cotovelada no meio das costas.

–Ai!

Todos o encaram.

–Eu desafinei? – Jack questiona inocentemente.

Assim que param de olhar para ele, ele me olha irritado.

–Pelo menos disfarce – sussurro. – A intensidade do olhar que você lançava para ela teria feito ela ficar desconfortável se tivesse percebido.

–E os seus olhares para Grace?

–Isso não tem nada haver com o assunto. Grace e eu temos uma história, diferentemente de você e a Evelyn.

Ele coça a cabeça exibindo um pequeno sorriso.

–Eu não gosto da Evelyn, diferente de você com a Grace.

–Com certeza – ironizo. – O olhar que você lançava para a Evelyn dizia com todas as letras "Eu te odeio".

–Cale a boca – Jack retruca.

Solto uma risada baixa.

...

Me sento ao lado de Luke para a aula de Estudos Antigos, como Ryan essa foi a única aula que ele quis fazer.

–Sabe o que estou pensando? – ele pergunta me encarando com seus olhos azuis-celestes.

–O que?

–Acho que vou abandonar esta aula.

–Luke, você só está aqui faz três minutos – comento olhando para o relógio na parede.

–Não que eu não esteja gostando. Na verdade nem estou prestando atenção no professor, nem o escuto falar.

Sorte a sua. Para mim ele está gritando em um megafone.

–Mas é que é no sábado. Não vou fazer uma aula no sábado. Nem tava afim de fazer essa aula, agora estou menos ainda.

–Por que você se inscreveu nela então?

–Minha mãe. Ela queria que eu fizesse. Vai saber porque.

Assinto com a cabeça.

–Então vai abandonar a aula?

–Vou fazer melhor.

Ele abre a mochila. Tem um estoque de bombas de bosta ali dentro.

–Pretende interromper a aula?

–Vai pedir para ir no banheiro ou vai ficar?

–Pedir pra ir no banheiro por que?

–Você sabe o que eu pretendo fazer – ele comenta indicando as bombas de bosta na sua mochila com uma mão.

–Está brincando ou parece que você está querendo me deixar de fora da diversão?

Ele exibe um sorriso descontraído e malandro.

Poucos minutos depois a sala inteira está suja por bombas de bosta igualmente quem está dentro, exceto eu e Luke que fomos protegidos pelo feitiço que lancei na gente.

...

–Poupe o serviço, professor – Luke comenta.

Eu e ele estamos na frente do prof. Longbotton. Qual é? Ninguém pode mais se divertir hoje em dia não?

–Com certeza – concordo. – Junte todas as coisas que aprontarei por um tempo e depois exibe tudo isto para Andrômeda Tonks. Ela perderá a paciência. E cara... Ela pode ser a pessoa mais calma do mundo mas também a pessoa mais brava do mundo.

–Detenção para os dois e a Grifinória perde...

–Alguns pontos – completo bocejando. – Quantas vezes terei que escutar isso para o resto da minha vida, hein?

Luke solta uma gargalhada. Eu não achei que fosse tão engraçado assim...

–Se aparentemente não se importam com a Grifinória, ela pode perder quantos pontos? Uns trezentos?

Eu e Luke devemos ter feito cara de terror pois o prof. Longbotton continua:

–É isso que ela perde. Vamos ver se isso os acalma. Porque, sinceramente, vocês são impossíveis.

...

Estamos na mesa do almoço. Acabamos de falar para Jack e Ryan o que aconteceu.

–Seus doentes mentais! Como é que a gente vai conseguir ter a Taça das Casas agora se já estamos com pontos negativos na primeira semana? – Jack expressa todo o seu amor por mim e por Luke em um grito.

Onde está o botão mudo?

–Vamos recuperar estes pontos, Jack. É melhor se acalmar ou a minha cabeça vai começar à doer – comenta Ryan.

A cabeça dele vai começar à doer? A minha está à um fio de explodir.

...

Eu me concentro na pintura. Eu não sei o que era pra parecer mas tenho certeza que não eram para parecer órgãos genitais. Eu só percebo o que eu fiz depois que já fiz.

–Sr. Lupin, como está indo a sua pintura?

Ótimo. Para piorar a professora está vindo na minha direção. Tenho dez segundos antes dela chegar e ver o que eu pintei.

9 segundos. O que eu faço?

Olho ao redor buscando ajuda. Jack me encara preocupado. Ele não é comportado mas acredito que ele não quer mais perder nenhum ponto para a Grifinória.

Olho para a minha varinha. Não. Isso provavelmente só me fará perder mais pontos para a Grifinória.

Olho para os potes de tinta. Será que...

Abro o pote de tinta azul.

A professora se aproxima.

Não penso duas vezes. Jogo a tinta em cima da minha pintura. E para melhorar perco o equilíbrio e caio por cima. Todo o meu uniforme que era vermelho e dourado se torna azul.

Me levanto e olho para a professora.

–Me desculpe. Eu perdi o equilíbrio.

Olho para a tela rasgada e azul que é o meu trabalho agora.

–Tudo bem. Você me apresenta o trabalho na próxima aula.

–Quer saber, professora? Eu acho que não me dou bem com artes.

–Quer dizer que...

–Quero abandonar essa aula. Claro, com todo o respeito do mundo pela matéria que você ensina.

Só que eu tenho criatividade demais e isso não é bom, meu amor; completo em pensamentos.

...

–O que você pintou?

Estamos eu e Jack saindo da aula de artes.

–Qual é a importância disso?

–Eu sei que não estava nos seus planos cair e rasgar a tela...

–Ah! Jura? – ironizo.

–Mas sei que você queria estragar o seu trabalho – Jack continua como se não tivesse sido interrompido. – Ou não teria jogado o pote de tinta azul no trabalho.

–Qual é o problema de azul ser a minha cor favorita?

–Teddy...

–Nem se eu for torturado contarei o que aconteceu naquela sala. Isso morreu comigo, ok?

...

Eu caminho para a sala de Estudos Espectrais ao lado de Grace.

–Por que você sempre apronta uma? – ela pergunta enquanto suas mãos trabalham para formar uma trança no seu cabelo loiro.

–Eu? Apronto uma? Desde quando?

–Teddy, é sério.

Sorrio.

–Também é sério. Não está vendo a minha cara de sério?

Me esforço para fazer uma cômica cara séria. Gray ri um pouco enquanto me dá um tapa de leve no ombro. Lhe apresento o meu melhor sorriso.

–Respondendo a sua pergunta, eu sou filho de um maroto, tenho sangue maroto, eu tenho que sempre aprontar uma.

–Maroto?

–Ok. Não sei como é que você foi minha namorada se não sabe de um seleto grupo de quatro garotos da Grifinória que aprontavam muito em seu tempo e eram também inteligentes tirando boas notas.

–Tem certeza que não está falando dos Flamas da Glória?

–Os Marotos tiveram uma coisa que espero, sinceramente, que nós, Flamas da Glória, não termos.

–O que?

–Um traidor. Peter Pettigrew. O desgraçado vendeu Lily e James Potter, os pais do meu padrinho, à Voldemort.

–Soube que não se deve dizer o nome.

–Ah! Qual é? Gray, você nunca ouviu falar de Dumbledore?

Viramos o corredor entrando no corredor onde está a sala de aula que temos que entrar.

–Sim. A única pessoa de quem Você-Sabe-Quem tinha medo.

Você-Sabe-Quem? Fala sério! Gray só entrou no mundo da magia depois que Voldemort foi derrotado e teme falar o nome dele.

–Ele dizia para chamarem Voldemort pelo nome que recebeu. Ele dizia que o medo de um nome aumenta o medo da coisa em si.

–Você o admira?

Transformo o meu cabelo de verde-limão para azul-anil enquanto sorrio mais uma vez.

–Eu acho que isso é algo dos Lupin. Admirar Dumbledore.

–Seu pai o admirava?

–Com certeza. Se não fosse por Dumbledore meu pai nunca poderia ter estudado em Hogwarts.

Entro na sala de aula.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, comentarem e gostarem.
Espero que continuem lendo, comentando e gostando.



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