TRL escrita por Lykka
Notas iniciais do capítulo
Faça uma boa leitura e por favor, comente, sua mão não irá cair com isto.
A parede de tijolos se abre em um grande portal.
Estou junto da minha avó, do meu padrinho, da tia Ginny, dos meus praticamente irmãos James, Albus e Lily.
Lil tem um ano e está no colo de tia Ginny. Al e James tem quatro e cinco anos respectivamente e não importa o que eu diga ou faça, eles continuam sem serem normais. Mas de algum modo eu entendo. Ginny Weasley e Harry Potter é uma combinação interessante. E dessa combinação que James e Al vieram.
–Eu quero comprar uma Firebolt 1600 – comenta James. – Eu vou ser um grande jogador de Quadribol! Tenho que ter uma dessas!
Minha avó sorri para James (o menino com apenas cinco anos é viciado em Quadribol. Este é dos meus) antes de se virar para mim.
–Vou no Boticário comprar o seu estoque de poções. Vá comprar o seu uniforme.
Ela me entrega dinheiro e sai.
–Vou comprar algumas roupas para Lily e para o James. Eles estão precisando – comenta tia Ginny.
Ficamos somente eu, Al e meu padrinho Harry.
–Vou ir comprar seus livros mas depois levarei Al para tomar um sorvete. Nós encontre na Sorveteria Florean Fortescue, ok?
Assinto.
Eles saem e eu caminho sozinho para comprar o meu uniforme.
A vendedora me coloca em um banco para tirar as minhas medidas.
Um garoto de cabelos pretos e olhos cinzas-tempestade está tirando as medidas. Ele me observa para mim ao me ver subir ao seu lado.
–Ei! Tudo bem? Hogwarts também?
–Sim – respondo assentindo com a cabeça. – Quer ficar em qual casa?
–Não sei muito bem... Acho que Sonserina seria a minha última escolha. Talvez Grifinória ou Lufa-Lufa... Mas Corvinal não seria ruim.
–Seus pais ficaram em qual casa?
Ele sorri.
–Eu sou nascido-trouxa... É assim que vocês falam, não é?
–É exatamente assim. Seu nome é...
–Ryan.
Franzo a testa. Não é comum uma apresentação pelo nome no mundo bruxo.
–Ryan Lorentz. E você?
–Lupin.
Ele franze a testa. Também não deve ser comum uma apresentação pelo sobrenome no mundo trouxa.
–Ted Lupin.
–Quer ficar em qual casa?
–Grifinória, como o meu pai – respondo de imediato.
Penso um pouco antes de completar:
–Mas Lufa-Lufa, a casa da minha mãe, não seria mal...
A vendedora termina de tirar as medidas de Ryan e avisa:
–Terminei com você, querido.
Ele desce do banco em um pulo e acena para mim sorrindo.
–Nós vemos em Hogwarts.
–Até lá.
Fico quieto até que terminam de tirar as minhas medidas e pago pelas as minhas vestes.
Corro até à sorveteria e meu padrinho me paga um sorvete de baunilha com cobertura de chocolate e granulado. Agradeço e ando comendo o sorvete até a loja de varinhas do Olivaras.
Termino o sorvete assim que chego na loja. A vitrine da loja consiste em uma varinha solitária em cima de uma almofada roxa e desbotada em uma janela empoeirada. A loja é pequena e vazia, a não ser por uma única e alta cadeira no canto. Milhares de caixas estreitas contendo varinhas são empilhadas até o teto, e todo o lugar tem uma fina camada de poeira.
Escuto passos e do nada, um senhor velho de cabelo branco e aparência pálida sai do meio das estantes. É o senhor Olivaras, dono da loja e criador das melhores varinhas do mundo bruxo.
–Esperava te encontrar aqui, senhor Lupin.
–Não achei que fosse famoso – comento em resposta ao seu comentário.
Ele começa à tirar medidas de mim. Quer dizer, a sua fita métrica começa à tirar medidas de mim enquanto ele passa por suas estantes de varinhas. A minha varinha ideal está por algum lugar por aí. Só me esperando.
A porta é aberta e vejo minha avó entrar. Ela se une ao meu padrinho e Al me observando.
–Sabugueiro e pena de fênix. Trinta e quatro centímetros. Flexível.
–Varinha de sabugueiro? Está querendo me azarar?
Experimento a varinha mas Olivaras me tira logo em seguida.
Ele caminha por outro corredor de varinhas procurando a ideal enquanto tia Ginny, James e Lily entram na loja acompanhados por um garoto de cabelos loiros e olhos azuis-celestes que parece um daqueles anjos pintados em quadros trouxas.
O garoto sorri enquanto caminha até a caixa da varinha de sabugueiro e a abre.
–É de sabugueiro – comento.
–Vai que me dá sorte – ele responde dando de ombros. – Sempre fui diferente dos outros mesmo.
Ele pega a varinha. O seu sorriso se alarga e ele acena com a varinha como se ela fosse feita para ele.
–Corniso e... – o senhor Olivaras para de falar subitamente ao ver uma caixa de varinha voar na minha direção após o aceno de varinha de sabugueiro feito pelo garoto loiro.
A caixa da varinha para na minha frente e eu a abro.
A varinha é bela e eu sinto só de olhar que foi feita para mim.
–Cara... Estavam me escondendo esta preciosidade por todo esse tempo?
Pego a varinha e faço um arco com ela. O brasão de Hogwarts surge e o hino de Hogwarts começa à tocar (minha varinha canta!):
"Hogwarts, Hogwarts, oh querida Hogwarts
Venha nos ensinar,
Quer sejamos velhos calvos
Quer moços de pernas raladas, Temos as cabeças precisadas
De ideias interessantes
Pois estão ocas e cheias de ar
Moscas mortas e fios de cotão
Nos ensine o que vale a pena
Faça lembrar o que já esquecemos
Faça o melhor, faremos o resto Estudaremos até o cérebro se desmanchar."
Todos dentro da loja cantamos juntos exceto Lily que tem um ano, mesmo que seja murmurando.
James quase grita e não tem nenhum pouco de ritmo mas ele está bastante empolgado.
Eu e o garoto loiro cantamos como se fosse um rap. Cantamos juntos sem combinar. Isso já me faz adora-lo.
–Qual é o seu nome?
–Luke Abbott.
–Sou Ted Lupin.
–Sabugueiro e pena de fênix. Trinta e quatro centímetros. Flexível. Vai custar vinte sicles.
Luke separa as moedas e paga.
–Nós vemos em Hogwarts, Tedzito.
Reviro os olhos para o apelido.
–Até lá, Lukezete.
É a vez dele revirar os olhos.
–A sua varinha é feita de salgueiro mas não é de um salgueiro comum. É do próprio Salgueiro Lutador de Hogwarts.
Sorrio com a informação. O Salgueiro Lutador foi plantado em Hogwarts para o meu pai poder fazer a sua transformação em lobisomem sem ferir aos outros e sem ser descoberto. O Salgueiro Lutador é o guardião do segredo do meu pai. Adoro a ideia de ter uma varinha com a sua madeira. A coisa se torna pessoal.
–O núcleo é de corda de coração de dragão. Trinta e dois centímetros. É uma varinha poderosa. Excelente para duelos. Flexível.
Sinto que a minha varinha foi feita para mim do mesmo jeito que fui feito para ela.
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Ps: Comentem. Isto me encoraja à continuar.