TRL escrita por Lykka


Capítulo 2
O Trem Vermelho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e comente, sua mão não irá cair.



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–Tenha um bom ano letivo!

–Divirta-se!

–Estude!

–Hogwarts é incrível!

Todos os Weasley-Potter estão presentes para se despedir de mim. Eles riem, bagunçam o meu cabelo e falam palavras de despedida. As crianças agarram as minhas pernas para eu não poder andar.

Minha avó se aproxima de mim.

–Me mande cartas. Se comporte. Mas também se divirta. Bom ano letivo.

A abraço e ela seca as suas lágrimas quando se separa.

Harry se aproxima sorrindo. Enquanto ele me abraça, sinto algo escorregar para o meu bolso.

–Divirta-se – ele sussurra no meu ouvido e eu percebo imediatamente que o Mapa do Maroto está no meu bolso.

Ele se afasta e sorri para mim.

–Bom ano letivo.

Victorie, com seus dez anos, seus cabelos loiros-platinados e seus olhos azuis-safira, caminha até mim. Temos uma relação complicada. No início nos odiávamos mas aí tivemos que aceitar um ao outro, agora somos amigos.

–Me mande cartas, ok?

Concordo com a cabeça.

Ela me abraça. Eu retribui o seu abraço.

–Vou sentir a sua falta – Vick sussurra no meu ouvido.

Fico sem jeito e só me separo quando o trem apita.

Entro rapidamente no trem vermelho que me levará para Hogwarts e aceno me despedindo da minha família.

Entro em uma cabine com Arquimedes (a minha coruja das neves desde quando eu tinha oito anos) e me sento.

Assim que o trem parte a porta da minha cabine se abre. Um garoto de cabelos castanho-escuros cacheados e olhos mel entra. Arquimedes pia alto para ele.

–Oi. Posso me sentar aqui? – ele pergunta já se sentando na minha frente.

–Por que não? – questiono sorrindo agradavelmente.

–Eu me chamo Jack Wood. Você seria...?

–Lupin. Ted Lupin.

–Qual casa você quer ir?

–Grifinória.

–Toda a minha família esteve na Grifinória. Seria a melhor das opções.

Ficamos nós encarando por um momento.

–Quadribol? – ele questiona.

–Batedor. E você?

–Goleiro. Ser goleiro é uma coisa de família.

–Ela é puro-sangue da Grifinória, estou certo?

Ele assente com a cabeça empolgado.

–E a sua?

–Meus pais são mestiços consequentemente também sou.

–Seu pai é Remus Lupin, não é?

–Como sabe?

–Dizem que ele era o melhor professor de Defesa Contra as Artes das Trevas dos últimos tempos.

Sorrio. Meu pai adorava DCAT do mesmo jeito que eu adoro.

–É – concordo dando de ombros.

Ele era isso e era aquilo. Era. Pois ele morreu. Morreu antes mesmo de eu saber engatinhar.

–Qual é a sua matéria favorita? – questiono.

–Feitiços. E você?

–DCAT.

–Gosta de fazer o que no tempo livre?

–Ler e jogar Quadribol.

–Também. Quer dizer, exceto pela parte de ler – ele franze a testa para mim.

–Qual é o problema?

–Me diga, por Merlin, que você prefere jogar Quadribol do que ler.

Começo à rir dele e da sua cara desesperada.

A porta da cabine se abre. O garoto que eu conheci na Madame Malkin, Ryan Lorentz, entra.

–Tudo bem? – ele pergunta acenando para mim.

–E aí, cara? Esse é Jack Wood. Jack, esse é Ryan Lorentz.

Ryan se senta ao lado de Jack e o gato preto de olhos muito azuis que entrou atrás de Ryan pula para o seu colo.

–Conhece Quadribol? – Jack questiona para Ryan.

–Quadribol? Não.

Jack faz uma cara chocada, só não faço também pois sei que Ryan é nascido-trouxa.

–Escutei falar que alguém aqui não conhece o melhor jogo de todos os tempos – Luke, o garoto que conheci na loja de varinhas, comenta incrédulo parado na porta.

Ele entra e se senta ao meu lado. Faz um aceno de cabeça para mim e começa à explicar sobre Quadribol para Ryan com a ajuda de Jack.

Quando terminam a moça do carrinho chega.

–Vão querer algo do carrinho, queridos?

–Trinta sapos de chocolate, dez caixas de feijõezinhos de todos os sabores, catorze balas de goma, cinco chicles de bola, três tortinhas de abóbora, dezessete varinhas de alcaçuz, três bolos de caldeirão, cinco pastelões... É. Acho que só isso – responde Jack abrindo a sua carteira.

Ryan olha espantado para ele.

–Que foi? Eu estou com fome – ele retruca.

–Nada. Vou querer um de cada, por favor – Ryan pede.

–Precisamos de um estoque – Luke sussurra para mim.

–Acho que não. Eu sei algumas passagens para fora da escola.

Sei que existe uma na bruxa de um olho só e outra no Salgueiro Lutador, graças ao Mapa do Maroto que está no meu bolso.

Luke assente e abre a sua carteira. Ele pega alguns galões e pede para a moça do carrinho:

–Vinte sapos de chocolate, duas caixas de feijõezinhos de todos os sabores, cinco tortinhas de abóbora e dez varinhas de alcaçuz.

–Quero dez sapos de chocolate, três caixas de feijõezinhos de todos os sabores, três balas de goma, três chicles de bola e vinte e cinco varinhas de alcaçuz - peço.

Pagamos tudo e colocamos os doces no banco de Jack e Ryan.

Ryan abre uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores enquanto Jack devora um sapo de chocolate em questão de segundos.

A reação de Ryan ao comer os feijõezinhos é tão engraçada que nós (eu, Luke e Jack) rimos e logo em seguida ele se surpreende com a figurinha de Jack se mexendo. Ele tem muito à aprender do mundo bruxo.

Devoro as minhas varinhas de alcaçuz rapidamente. É o meu doce preferido de qualquer modo.

Jack passa do seu limite de doces mas no final todos dividimos os nossos doces. Jack é com certeza o que come mais enquanto Ryan é o que come menos. Eu e Luke? Comemos o suficiente para nos satisfazer.

–Vamos chegar a Hogwarts dentro de cinco minutos. Por favor, deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola.

Nós quatro nos entreolhamos. Estamos chegando em Hogwarts finalmente depois de anos esperando por isto.


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Notas finais do capítulo

Ps: Comentem.