Operação Cupido. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 9
| ‘Cause she rules HHS.


Notas iniciais do capítulo

*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom*

WASSUP?
Já disse que vou parar de pedir desculpas pela demora, mas mesmo assim acho que devo uma explicação.
Quem está aqui e é uma das minhas leitoras antigas SABE que antigamente eu atualizava minhas fanfics dia sim e dia não. Às vezes até todos os dias. Eu era bastante assídua, até porque não gostava de ficar enrolando e tudo mais. Só que isso era ANTES. Agora eu sou uma pessoa que realmente não tem tempo pra nada pessoal. Se eu demoro, não é porque eu quero, juro. As vezes dou sorte e consigo escrever entre um período e outro, só que as vezes não é tão fácil. Eu tenho milhares de coisas para fazer e apenas 75% dessas coisas são relacionadas a minha faculdade. Então sinto muito se não consigo atualizar mais como atualizava antes, mas eu estou dando o melhor de mim.
Sobre minhas fanfics, eu não pretendo colocar nenhuma em hiatus pessoal. Eu não vou parar de escrever nelas – mesmo que as atualizações demorem um pouco. Então relaxem. Se POR UM MILAGRE eu vir a tomar uma decisão assim, vocês verão o nome “hiatus” na fanfic, acompanhado de um mega texto com minhas explicações.
Além do mais, eu estou demorando mais para escrever ultimamente porque eu estou com alguns projetos – pessoas e não – que estão correndo e que eu estou animada. E um esses projetos eu estou mega ansiosa de compartilhar com vocês e eu tenho certeza que muitas das minhas leitoras antigas irão gostar.
Mas enfim, não irei continuar com esse monologo.
Sobre o capitulo: confesso que gostei e que gostei muito. Pela primeira vez, Lily Evans irá mostrar quem manda no pedaço.
Obrigada pelos reviews e favoritos. Vocês são demais.
Espero que gostem.
Vejo vocês nas notas finais.
Enjoy it.
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*Malfeito, feito.*



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|| Anteriormente em Operação Cupido...

– Não se esqueça que temos que começar a colocar a parte dois do plano em ação. – James mudou parcialmente de assunto, se dirigindo a ruiva que apenas rolou os olhos.

– Vamos lá. – ela incentivou as meninas querendo mais do que tudo sair dali, mas em seguida parou subitamente e olhou para trás dando um sorriso. Se aproximando calmamente do moreno, Lily depositou um beijo demorado em sua bochecha e em seguida se afastou sorrindo. – Até mais, Jay. – falou numa voz fofa quando viu a Marlene passar por perto.

A mesma perdeu brevemente o compasso de seus passos, parecendo não acreditar no que havia acabado de ver.

Sem querer ver mais nada, a ruiva puxou as suas duas melhores amigas que prendiam as risadas para longe dali. Lily sendo fofa? Lily chamando o Potter de Jay? Só as gargalhadas que aquela história renderia, já valia o preço para Dorcas e Carly.

Os marotos tentaram ficar sérios e indiferentes já que tinha muita gente por perto e não podiam desconfiar de nada, mas tudo aquilo estava se revelando mais cômico do que deveria ser. E, assim os três entraram no vestiário dos jogadores e viram que estavam sozinhos, eles romperam em gargalhadas.

É. A fase dois do plano entrava em ação.

.

|'CAUSE SHE RULES HHS.

.

Os dias estavam se esvaindo lentamente e mais de uma vez Lily Evans se pegou questionando se tudo aquilo fora uma boa idéia. Para variar.

Para começar, era lógico que a ruiva era o assunto de Hogwarts High School. Não importava aonde ela fosse ou o que estivesse fazendo, cabeças se viravam para olhá-la e começarem a murmurar. Algumas coisas boas, algumas ruins, francamente ela não se importava mais. Ela preferia se fingir de surda e passar através daquilo com o nariz em pé, ignorando os olhares que lhe encaravam pelas costas. Secretamente Lily estava meio que se divertindo com tudo aquilo e ainda mais com a estranheza de toda a situação. Se contassem para ela que a mesma estaria envolvida em uma situação assim alguns dias atrás, ela teria, honestamente, gargalhado da cara da pessoa.

O segundo fato que a fez questionar – mais de uma vez – se tudo aquilo não era uma roubada, era que James Potter estava agindo de um jeito... estranho. Estranho demais para o gosto de Lily. O maroto vivia sempre encontrando um jeito para estar próximo à ela, mantendo qualquer tipo de contato físico: um braço envolta dos ombros da ruiva, uma mão apoiada no braço dela enquanto eles “conversavam”. Ela não sabia se tudo isso se tratava de fazer todo o plano mais convincente e (apesar de saber que o plano iria exigir algo como isso) Lily estava começando a se sentir meio desconfortável de ter sempre aqueles olhos castanhos lhe acompanhando aonde quer que ela fosse, vindo sempre em conjunto com um sorriso cheio de segunda intenções.

James Potter estava jogando com ela, isso era obvio.

E isso a fez lembrar da aposta: terceiro fato origem de todos os seus questionamentos. Tinha parecido uma boa idéia não abaixar a cabeça no calor do momento e na excitação de um desafio. Lily Evans não era o tipo de garota que engolia sapos calada e James Potter havia claramente a provocado. Ela não podia fugir daquilo e deixá-lo pensar que tinha ganhado e, ainda por cima, pensar que ela poderia estar com medo daquela aposta e, conseqüentemente, que havia chances do maroto ganhar. Porque não havia. Claro, obvio. Não havia um só universo paralelo em que a ruiva pudesse se imaginar se apaixonando pelo Potter. Aquilo era impossível.

A única coisa que Lily não contava era que, aparentemente, só havia uma pessoa que não suportava perder mais do que ela. E essa pessoa era James.

O maroto não havia programado alguns pequenos desvios e imprevistos no seu plano, mas ele com certeza podia ver modos de se aproveitar daquilo. Como a aposta: James tinha certeza que ia se divertir muito com ela. E mais ainda com a expressão da Evans toda vez que ele tentava uma aproximação, mantendo qualquer contato entre eles (mesmo que fosse apenas uma mão no ombro). A ruiva sempre parecia desconfortável perto dele e isso o divertia sem precedentes. Oh sim, ele tinha certeza que tudo aquilo iria ter mais que um ponto positivo no final.

Era hora do almoço e, diferente dos outros dias, a Lily não se sentou nos jardins e sim no próprio refeitório – resultado de uma pequena discussão com James Potter sobre esse tópico, onde aparentemente o garoto havia saído ganhando. Segundo o maroto, fazia parte do plano e ela teria que parar de ser tão anti-social e começar a interagir, fazer tudo aquilo parecer convincente. Afinal ele era James Potter, um maroto. E (apesar da fama de galinha irrecuperável) ele não saía com qualquer tipo de garota, a HHS inteira sabia disso. E Lily teria que começar a se encaixar em seu padrão.

Como havia aceitado ser parte de tudo aquilo, obviamente a ruiva teve que engolir algumas respostas mal criadas que queriam sair e simplesmente aceitar que o moreno possuía um ponto. Ninguém realmente acreditaria que ela e James poderiam ter algo se as coisas continuassem como estavam. Seu objetivo era: Cumprir a sua parte do acordo sem se envolver emocionalmente com James Potter, o que para ela parecia fácil, já que naturalmente não suportava o maroto.

O que a fazia lembrar que todo esse pequeno favor que ela estava fazendo para James Potter, também possuía uma segunda mão. A ruiva fez um lembrete mental de questionar ao maroto onde havia ido parar a sua vaga no jornal da escola. Afinal era isso ou bye-bye operação cupido.

Lily, Dorcas e Carly estavam sentadas em uma mesa meio afastada, afinal as mudanças começavam aos poucos. Elas haviam feito questão de pegar a mesa mais afastada possível dos marotos que se sentavam com o time de basquete. Ao lado da mesa deles estava a mesa das lideres de torcida, como era absolutamente previsível. Aquelas garotas provavelmente tinham um GPS pra testosterona.

– Você não perguntou ainda sobre a vaga do jornal da escola? – Carly questionou se dirigindo a ruiva, enquanto colocava uma colher de pudim na boca. – Por quê?

– Ainda não surgiu a oportunidade. – Lily fez cara feia para o seu sanduíche, como se ele houvesse lhe feito uma ofensa pessoal. Ou como se ele tivesse a cara de James Potter. – Toda vez que eu vou abordar o assunto, algo sempre interrompe. Alem do mais, vocês sabem que eu tento passar o menor período possível perto dele.

– Acho melhor você resolver isso, Lily. – Dorcas apontou. – Afinal, até onde eu sei, essa não foi a razão para você ter aceitado tudo isso?

– Claro que foi. – a ruiva exclamou meio ofendida. – O Potter disse que iria conseguir a minha vaga no jornal e eu não estou duvidando muito disso. Só que vocês sabem quem é a editora-chefe. E pra conseguir isso ele tem que passar por cima da Mckfácil. E considerando esse plano estúpido em que eu estou envolvida, o babaca do Potter tem realmente problemas com tudo o que envolve aquela garota.

– Não seja boba e inocente, Lily. – Carly desdenhou. – Estamos falando de James Potter. Eu acho que aquele cara consegue qualquer coisa dentro da HHS apenas se sorrir. E se ele quiser. Pra conseguir a sua vaga, ela nem precisa falar com a Mckninnon. Ela é a editora-chefe, mas não detem todo o poder dentro do jornal, você sabe.

– Basta ele sorrir para algumas pessoas, lançar um charminho para as garotas da redação e vóila. Você tem a sua vaga. – Dorcas concordou com a loira. – A editora-chefe detém todo o poder a não ser que toda a redação entre em uma decisão unânime, você sabe.

– Além do mais... – a outra continuou a fala da castanha, enquanto Lily apenas ouvia. – Se fosse o caso de tratar diretamente com a rainha das vadias, o Potter tem meios muito confiáveis de convencimento. E não acho que seria tão difícil assim, no final. – ela completou, mas não olhava para ruiva e sim para um ponto atrás dela, com um sorriso de deboche.

– Do que você está falando? – a testa de Lily se franziu.

– Daquilo. – Dorcas que apontou para trás da ruiva, com as sobrancelhas arqueadas, o que fez a mesma imediatamente se virar.

Se virar a tempo de ver toda a ceninha que estava se desenrolando. Marlene Mckinnon estava encarando, descarada e abertamente, James Potter com um olhar... sedutor. Isso imediatamente confirmou a teoria de Lily que ela apenas queria jogar com o maroto, se fazendo de difícil, e com isso moldá-lo como se o mesmo fosse um boneco. O seu estúpido bonequinho particular. Com esse plano, a ruiva tinha que admitir que ela estava conseguindo.

James encontrou o olhar da Marlene e sorriu brevemente, sorriso que a garota retribuiu. Lily apenas observava a cena junto com as amigas, como uma platéia ávida mal crendo no tamanho da cara de pau. Então, pra encerrar com chave de ouro o espetáculo, Marlene se levantou e foi até o maroto falando algo brevemente no seu ouvido e sorrindo em seguida. A ruiva não tinha idéia do que tinha sido, porém tinha certeza que havia sido algo que havia agradado o maroto já que o sorriso do mesmo era safado e... sexy.

Remus e Sirius observavam a cena de canto de olho, com sorrisos idêntico ao do amigo. O resto do time de basquete também não estava muito diferente, assim como as lideres de torcida da mesa que a morena estava antes, agora davam risadinhas. Encerrando aquilo, Mckinnon sussurrou mais alguma coisa, se afastando em seguida e voltou rebolando para a sua mesa, não sem antes encontrar o olhar da Lily.

O sangue da ruiva ferveu.

Ela conhecia aquele olhar. O conhecia muito bem, já que o havia recebido da garota a droga de sua vida inteira. Era um olhar de superioridade, como se Marlene estivesse provando quem era a melhor e colocando a outra em seu devido lugar.

Lily estava farta daquilo. Farta de ser a invisível, a que sempre perdia. Farta de que, principalmente, Mckinnon sempre parecia ganhar.

A ruiva entendeu a ceninha facilmente. Marlene não estava cedendo ao James, ela estava provocando-o. Provocando-o com o que ele não tinha, mas que poderia ter. Antes de ceder, ela queria garantir que o Pontas estaria aos seus pés, se arrastando. Claro que nos últimos dias, a morena havia notado uma “aproximação” entre Lily e o maroto, afinal a HHS não falava de outra coisa. Tudo o que a Mckinnon estava fazendo com aquilo era mostrando também a Lily, que ela não poderia jogar aquele jogo. Que a ruiva perderia mais uma vez.

Um típico desafio de: você não pode fazer melhor.

Era como se dissesse: Você pode ter mudado de aparência Evans, pode ter feito o James “olhar” para você, mas ele sempre vai ser meu. Você não vai consegui tê-lo. Mais uma coisa que eu ganharei de você.

Lily estava farta daquela garota.

Marlene não sabia do plano e não sabia que toda essa mudança da Lily tinha um motivo, uma razão. Ela não sabia que a ruiva nunca esteve interessada no maroto, e por isso, a havia desafiado.

Só que tem um problema: Ninguém desafia Lily Evans.

Percebendo o mesmo que a ruiva, Dorcas e Carly olharam imediatamente para a amiga prevendo que viria muita merda por aí.

Lily sorriu torto, seus olhos verdes faiscando, e procurou um pedaço de papel escrevendo brevemente nele e, em seguida, se levantando sem nunca tirar o sorriso do rosto. Suas amigas prenderam a respiração em uníssono. Mckinnon passou a observar com fogo nos olhos, enquanto mais da metade do refeitório parecia achar interessante observar o que a ruiva iria fazer. Lily começou a caminhar calmamente em direção a mesa dos jogadores que tinha parado para observá-la, um passo na frente do outro. Sem pressa, como uma dança hipnótica. Seu vestido ondulava conforme ela andava, contornando cada uma de suas curvas. A ruiva focou suas orbes verdes que brilhavam felinamente em desafio, nos três marotos sentados ali e que tinham uma expressão que questionava claramente o que ela estava pensando em fazer. O sorriso de Lily se ampliou notando também o olhar receoso de suas amigas em suas costas.

Se aproximando de James que a olhava cauteloso, a ruiva se inclinou em sua direção, delicadamente colocando o pedaço de papel na sua mão.

– Preciso falar com você depois. – falou suavemente no seu ouvido, fazendo sua voz soar sensual e viu o maroto se arrepiar. Ela sorriu notando que nesse jogo da Marlene ela também podia brincar um pouquinho.

Em seguida, ignorando todos os olhares do refeitório, ela deu as costas sem se importar com mais nada, jogou seus lindos cabelos vermelhos para trás de seus ombros e saiu pelas portas do refeitório sem olhar para trás. Imediatamente Carly e Dorcas se levantaram da mesa que estavam e seguiram a amiga para fora dali. Simples e natural.

James ainda meio paralisado com a atitude de Lily e notando os olhares maliciosos e alguns admirados do resto do time e do colégio, abriu calmamente o papel, evitando que os outros vissem, exceto Remus e Sirius. Assim que leu o que estava escrito, o maroto jogou a cabeça para trás dando uma gostosa gargalhada, enquanto os outros dois marotos também riram e deram tapas nas costas do amigo, com sorrisos maliciosos na cara.

Todo mundo olhava curioso, e a Marlene olhava como se fosse capaz de matar alguém, percebendo que no jogo dela a Lily também era boa. James temendo que mais alguém se atrevesse a ver, apenas guardou o bilhete no bolso enquanto ainda sorria torto, percebendo que esse plano seria ainda mais interessante do que o planejado. As palavras de Lily Evans ainda flutuando em seus olhos como se houvessem sido escritas em sua pálpebra.

“Não se anime muito, Potter. Preciso conversar com você sobre a minha vaga no jornal da escola.

Ps. A Mckinnon pediu guerra. Se é guerra que ela quer, é guerra que ela vai ter, sweetheart. Aprenda com ela. Nunca desafie Lily Evans. Xx”

.

[...]

.

– Você é louca. – foi tudo o que Dorcas comentou em direção à Lily, quando as três se afastaram das portas do refeitório.

A ruiva sorriu, enquanto Carly apenas ria da situação. A loira pensava que não viveria para ver o dia em que a sua amiga iria colocar a Mckfácil no lugar dela.

– Que aula vocês tem agora? – Lily perguntou sorrindo e querendo mais que tudo mudar de assunto, antes que começasse a se questionar o peso de suas ações.

– Química. – ambas falaram juntas. A outra fez uma careta.

– Eu tenho Teatro. – resmungou e Dorcas riu. Havia poucas aulas que as três não faziam juntas e essa era uma delas.

– Eu acho que os marotos também têm essa aula. – Carly comentou enquanto seguiam pelo corredor.

– Nossa, me sinto muito melhor. – a ironia da Lily ainda impressionava as amigas. – Vejo vocês mais tarde. – se despediu ao chegarem em um cruzamento e seguiu no caminho contrario às outras duas em direção a sua própria aula.

Assim que entrou percebeu que pouca gente havia chegado, mas as que estavam não decepcionaram e todos os olhares da sala vieram imediatamente para ela. Ignorando, a ruiva foi se sentar no fundo do auditório, pronta para ouvir musica e dormir a aula inteira, como fazia sempre. Mas parecia que havia pessoas com outros planos.

– Lily. – Remus a cumprimentou chegando e se sentando perto dela.

– Red. – esse foi o Sirius se sentando do lado esquerdo da ruiva.

– Ginger. – e por ultimo o Potter que se sentou do seu lado direito.

Oh God... eu só pedi alguns minutos em paz! Só alguns minutos! – ela estralou irritada olhando para cima enquanto os marotos tentavam não rir. – E não me chame de Ginger. – completou irritada para o James.

Okay, Ginger. – o maroto sorriu torto, internamente achando que a ruiva ficava ainda mais bonita com raiva. Seus olhos verdes faiscavam perigosamente, fazendo um contraste ainda mais interessante que o normal com seus lindos cabelos vermelhos. Lily estava pronta para lhe dar um soco direto naquele sorrisinho presunçoso quando percebeu que eram observados por varias pessoas da sala, que começava a lotar gradativamente. Não dava para ouvir a conversa àquela distancia, porém dava para ver claramente. E a garota não achava que agredir fisicamente o seu suposto pretendente fosse fazer todo o plano parecer convincente aos olhos das pessoas da HHS. Ela respirou fundo tentando diminui a raiva e sorriu docemente para o Pontas.

– Potter, vai se foder. – falou sorrindo como se dissesse quando era o dia do seu aniversario, o que fez os três marotos darem gostosas risadas.

– Bom dia classe. – a professora Marry entrou sorrindo no auditório, interrompendo qualquer resposta que provavelmente viria. Lily se afundou em sua poltrona, desando que os três seres ao seu redor, sumissem. – Hoje vamos estudar os clássicos do teatro.

Resmungos indiferentes surgiram de todos os lados. Ninguém se importava com aquela aula, realmente. Era apenas para preencher horário.

– Acho que todos vocês já ouviram falar de Romeu e Julieta. – Marry continuou não atenta ao desanimo de sua turma. – Quem pode me dizer o que fez essa peça ser uma grande referencia hoje em dia?

As pessoas se afundaram em suas poltronas, colocaram as mãos no rosto, coçaram o queiro, numa tentativa de magicamente parecerem invisíveis à sua tutora. Já preparando seus fones de ouvido, Lily tentou não fazer contato visual com a professora que agora olhava ao redor da turma meio exasperada.

– Senhorita Evans. – Marry apontou para a ruiva que soltou um xingamento nada bonito sobre a respiração, enquanto erguia hesitantemente o olhar, para ver a turma inteira lhe encarando.

Se remexendo desconfortável, ela começou a achar sua antiga invisibilidade uma dádiva já que naquele momento parecia ter um holofote sobre sua cabeça. Sobre sua cabeça e a dos três marotos lhe rodeando e lhe olhando fixamente e divertidos, o que fazia tudo uma cena muito interessante para o restante dos abutres daquele lugar.

– Porque não responde a minha pergunta? – a professora a incentivou, quando a mesma não se pronunciou.

– Romeu e Julieta é um clássico. – Lily respondeu finalmente, sua voz ecoando por todo o auditório. – É uma tragédia escrita por William Shakespeare, entre 1591 e 1595, foi um grande sucesso na época, ficando ao lado de Hamlet, outra grande peça escrita pelo mesmo. Apesar de ter mais de cinco séculos desde que foi escrita, nunca realmente saiu de moda e durante todo esse tempo foi adaptada para o cinema, televisão, livros. É simplesmente impossível, ninguém saber quem foi Shakespeare ou simplesmente nunca ter ouvido falar de Romeu e Julieta. – completou.

– Isso mesmo senhorita Evans. – Marry bateu palmas, puxando um coro desanimado da turma, enquanto a ruiva se encolhia, sentindo suas bochechas meio vermelhas.

– Engoliu uma enciclopédia? – James se inclinou em sua direção e perguntou baixinho em seu ouvido.

– Vá se foder. – ela falou de volta sentindo suas bochechas se avermelharem ainda mais. Ele riu.

– No Ato I, cena V da peça tem um dialogo entre Romeu e a Julieta. Um dialogo especialmente importante na trama e que tem certo destaque. Essa foi um marco na relação de ambos. – a professora voltou a falar animada andando por entre as fileiras de seus alunos. – E eu quero que um par venha encená-lo, para nós.. – anunciou.

Resmungos de descontentamento surgiram de todos os lados, seguidos por um silencio tenso. Naquele momento todo mundo queria se fundir com a decoração do auditório. E, no momento em que seus olhos verdes encontraram os castanhos de sua mentora, Lily Evans quis correr dali.

– Já que ninguém se pronunciou, então eu escolherei. Senhorita Evans, poderia vir ser a nossa Julieta? – estendeu a mão em direção a ruiva.

A mesma quis imediatamente gritar um não, enquanto sua circulação fluía por seu rosto e a mesma tinha certeza que parecia um tomate. Especialmente porque todo mundo parecia se divertir, principalmente as pessoas ao seu lado. Certo de que aquela fora uma pergunta retórica e, com certeza, não fora um pedido, Lily se levantou de sua poltrona e começou a caminhar em direção à frente do auditório como se estivesse indo para a sua forca e ignorando os assovios brincalhões que surgiam.

– Ótimo, ótimo. – Marry só faltava pulinhos, seu sorriso gigante quando a ruiva se juntou à ela. – Vamos agora escolher o nosso Romeu para acompanhar essa linda ruiva nessa cena. – completou olhando ao redor e imediatamente os sapatos de Lily ficaram bastante interessantes para ela. – Senhor Diggory, poderia se juntar à nós, por favor?

Isso fez a ruiva erguer imediatamente a cabeça. Tão rápido que teve quase certeza que seu pescoço estralou. Aparentemente não havia sido ilusão auditiva, porque Amus Diggory realmente se levantava de sua poltrona e caminhava em direção à ela. Membro do time de basquete da lufa-lufa, loiro, olhos azuis, musculoso... lindo. Ele era adorável e estava sorrindo para ela.

Amus Diggory estava sorrindo aquele sorriso para ela. Lily se questionava se tinha caído em um planeta alienígena.

Por algum motivo os olhos verdes da ruiva se moveram imediatamente em direção aos marotos. Mas eles não olhavam para ela. James Potter tinha seus olhos fixos em Amus e sua expressão não era as das mais convidativas e isso parecia divertir o loiro sem limites. Não era novidade para ninguém que eles eram rivais (capitães dos times de basquete de suas casas, durante os torneios da HHS sempre tinha confusão) e não se davam muito bem por mil e uma razões. Uma parte o time e suas posições no mesmo, em outra parte mulher. Historia para outra hora. Já Sirius e Remus pareciam prender as risadas enquanto a sala inteira olhava para a cena.

Amus se postou do lado de Lily, fixando seus olhos azuis nos verdes dela, como se não tivesse nada melhor para fazer do que olhá-la. A ruiva se remexeu meio inquieta e envergonhada diante do seu sorrisinho de canto.

– Ótimo. – professora exclamou chamando a atenção dos dois e fazendo o loiro desviar preguiçosamente o olhar dela, seu sorriso se ampliando levemente ao mesmo tempo em que a garota sentia seu rosto esquentar enquanto colocava uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. – É bem simples na verdade. Vocês vão apenas declamar a seguinte cena. – acrescentou entregando aos dois papeis.

Assim que os olhos da Lily pousaram na primeira frase ela fez uma careta sabendo que cena era exatamente essa e sentindo seu estomago se agitar em nervosismo. Ela sabia Romeu e Julieta de trás para frente – já havia lido todas as versões de livros lançadas e já assistiu aos filmes, fora que já viu a peça. Essa era a cena do beijo deles.

De canto de olho, ela observou o loiro ao seu lado que lia atentamente o papel. Porém, de repente, ele ergueu o olhar da folha e olhou levemente para baixo em direção à ela, sorrindo torto.

– Podem começar. – Marry autorizou enquanto se sentava em uma poltrona da primeira fila e o resto da turma os olhava, curiosos. Lily respirou fundo para não sair correndo dali, enquanto o silencio se instalava.

Contra a vontade, a ruiva se virou de frente para o garoto que repetiu o seu gesto. Seus olhos se encontraram por um breve período de tempo, antes da ruiva fingir que precisava olhar no papel, coisa que definitivamente ela não precisava. Sabia aquela cena de co, mas o sorriso de Amus era enervante.

– Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência. – o loiro declamou com sua voz rouca quando a situação estava ficando constrangedora demais e Lily não pode deixar de ficar impressionada com a naturalidade que ele fazia aquilo.

– Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente. – ela deu continuidade, dessa vez abaixando o papel e olhando para o seu acompanhante de palco.

– Os santos e os devotos não têm boca? – Amus questionou lhe olhando nos olhos como se fosse o próprio Romeu. Até o tom de voz dele havia se modificado e a ruiva se perguntou se estava ficando maluca ao notar certa sensualidade em sua direção ali.

– Sim, peregrino, só para orações. – Lily respondeu como Julieta, mas tudo o que ela pensava era que uma boca só para orações com um Amus Diggory em sua frente, era um pecado.

– Deixai, então, ó santa! Que esta boca mostre o caminho certo aos corações. – o loiro disse se aproximando com um sorriso quase imperceptível nos lábios e ela sabia exatamente o que viria a seguir e tentou se preparar e se conformar.

– Sem se mexer, o santo exalça o voto. – a ruiva declamou calmamente, seus olhos nos dele.

– Então fica quietinha: eis o devoto. – ele estava próximo o suficiente para ela sentir sua respiração e ela sentiu aquela nervosismo pré beijo que Ra uma doce tortura. Muitas vezes melhor que o beijo em si. – Em tua boca me limpo dos pecados. – Amus declamou e acariciou lhe levemente o rosto, colando em seguida seus lábios com o dela.

Tão rápido quanto começou, acabou – a ruiva se separando dele assim que a turma começou a aplaudir e assoviar de forma brincalhona. Ele sorriu para ela que prontamente devolveu o sorriso antes de voltar para o seu lugar, sem se atrever a olhar para trás.

Sua testa estava franzida. Decididamente a excitação pré beijo fora melhor que o beijo em si (apesar de saber que foi uma atuação, claro). Não que o beijo de Amus Diggori fosse ruim (ou o de Romeu naquele momento, whatever), mas decididamente não tivera nada demais, apesar de Lily não saber exatamente o que esperava.

– Bravo. Isso foi incrível. – professora estava encantada, enquanto a ruiva apenas pegava sua bolsa querendo sair dali e sem se atrever a olhar para o lado. – Bom, estão liberados por hoje crianças. Sugiro que leiam Romeu e Julieta. Até a próxima. – completou os dispensando e todos os alunos começaram a sair da sala.

Lily não precisou ouvir duas vezes. Começou a abrir caminho entre os estudantes que brincavam sobre o acontecimento da aula e, de longe, Amus sorriu para a Lily e acenou para a mesma, que apenas inclinou a cabeça em resposta não dando muita atenção já que o mesmo estava rodeado de amigos. Estava quase alcançando a porta do auditório quando alguém tocou seu braço, fazendo a mesma se virar automaticamente dando de cara com os três marotos.

Remus e Sirius tinham os olhos brilhando em diversão enquanto prendiam as gargalhadas. Enquanto ao James... bom. O James não tinha uma cara muito agradável.


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Notas finais do capítulo

*Lumus*

E então? O que acharam amoras?
Não esqueçam de deixar a opinião de vocês.
Vamos então ao fato do dia, reclamação do dia e pergunta do dia.
Fato do dia: As coisas estão estranhas para mim. Honest. Serio, o dia de hoje está bizarro de um jeito que eu não consigo explicar. Mas como sei que vocês não querem saber sobre o meu dia, eu irei a um fato de verdade. FIZ UM TUMBLR PARA FANFICS, YEY! Nele eu irei postar edits das minhas historias, contos, etc – que estejam postados ou não. Assim como spoilers, sinopses e etc. Então, se alguém estiver interessado em mais informações, é só ficar ligado por lá. Irei colocar o link no meu perfil, em breve. Mas caso já queiram dar uma olhada, o mesmo é esse: prongsfanfics.tumblr.com
Reclamação do dia: Eu queria ser uma pessoa com mais tempo. Ou ter nascido rica. Como, não sou agraciada nem com tempo nem com dinheiro, tudo o que me resta é reclamar. AAAI SEM OR NÃO TA DANDO NÃO.
Pergunta do dia: Porque Jily me da tantos feels? Serio, eu fico no tumblr olhando os edits e fico “AI MEU DEUS KSJDNLASNDAL SCRR PQ PQPQPQ”. Meu Melrim, esses dois são PERFEITOS juntos. O que leva uma pessoa a shippar Snily quando se pode ter Jily, meus senhores? Não tem explicação! E como é obvio que Jily é a minha paixão, eu fiz uma capa pro meu cadastro do nyah lotada de jily e marauders feels. Só de olhar para ela eu não fico bem.
PARA AS LEITORAS DE DI 2.0: Pretendo atualizar a fanfic em breve! É porque eu ainda não tive tempo pra escrever o próximo capitulo e eu não gosto de escrever nela com pressa. É um fato. Mas no meio da semana devo resolver esse probleminha.
Enfim, é isso o que temos por hoje!
Xx
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*Nox*