Deixe a Neve Cair escrita por Vitor Matheus, Chery Melo, Luna, mywriterside


Capítulo 2
Natasha Coutinho apresenta - I Hate X-tmas


Notas iniciais do capítulo

Notas do André: Hey, pessoas! Eu estou postando hoje, mas não sou eu quem escrevi a one-shot. Tá confuso? Eu explico: lembram da autora diva que eu mencionei nas notas finais de "Memórias do Natal Passado"? Não? Enfim... ela não tem conta aqui no Nyah, e como as duas histórias que ela escreveu são muito divas, pedi para postar aqui, e é claro que os créditos vão para ELA... Natasha Coutinho! =D
A one-shot de hoje é de Once Upon a Time [série que brilha!] e o nome dela é "I Hate X-tmas"... com um casal que já vimos várias vezes por aí. Preparados?



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Natal deveria ser a época em que todos se reúnem para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, trocar presentes ou coisas do tipo. Não pra mim. Eu odeio o natal.

Não sei por que, nunca gostei. Quando eu era mais nova e me vinham com presentes e diziam: “Olha o que o Santa Claus lhe deixou na minha árvore!”, eu simplesmente devolvia... Acho que foi por isso que nos meus oito anos minha mãe me deixou trancada no banheiro...

Eu nunca fui muito sociável com a minha família por dois motivos: meu tio Rumpelstiltskin e a piada do “pavê ou pra comer?”, e minha tia Zelena perguntando sobre meus namorados. Cruzes! (Os três trastes não serão citados aqui, obrigada.)

Eu nunca entendi essa fissura da minha prima pelo velhinho com aqueles animais esquisitos... Gente, ELE TEM UMA RENA DE NARIZ VERMELHO! Isso não é normal.

Todo natal ela se pendura na janela e faltando apenas um minuto para meia noite, levanta seu dedinho e aponta para o céu gritando “Eu vi o Papai Noel!”. Na mesma hora disse que não era ele por que essas coisas não existiam.

Minha mãe acabou pagando a terapia da garota por dois anos.

No penúltimo natal minha mãe esqueceu-se de comprar a árvore, Regina, minha irmã mais velha, sugeriu que eu e ela fossemos comprar. Resumindo: Andamos quase a cidade inteira para achar apenas uma, e de médio porte.

Dona Branca reclamou até o natal seguinte.

Regina pode ser mais velha, mas tem um Q.I abaixo da média, com certeza. (Ela não parece normal. É toda abobalhada e alegrinha. Minha deve ter me trocado na maternidade.) Tem uma paixão absurda por rosa, seu animal preferido é um panda e – valha-me Deus – adora o natal.

Estou de férias da faculdade, isso significa que posso dormir até tarde todos os dias menos 24 e 25 de dezembro.

Minha mãe faz a casa inteira acordar com as galinhas pra tudo ficar pronto na hora certa. Como ela está fazendo agora.

– Levanta, Emma! – Puxou minhas cobertas e eu gemi.

– Cinco minutos. – Me virei para o outro lado.

– Cinco minutos, uma pinoia! Levante que o tempo é sagrado... – Disse saindo do quarto. – Você ainda tem de ajudar Regina com a casa de biscoitos.

Gemi mais uma vez em protesto, só que mais alto, e ninguém me ouviu. Ótimo.

Sai da cama com passos lentos e olhei no meu relógio com a cara do Perry, o ornitorrinco.

– Seis e meia da manhã. – Reclamei fechando os olhos enquanto ia ao banheiro. – REGINA TA FAZENDO BISCOITO AS SEIS E MEIA DA MANHÃ!

Fiz aquelas coisas de sempre, coloquei uma calça jeans e uma blusa muito significativa pro dia de hoje, onde estava estampado: Fuck this day. Everything is shit. (Foda-se este dia. Tudo está uma merda.)

Não lembro onde comprei, mas foi bem útil.

Desci as escadas e fui direto pra cozinha, ajudei Regina com a casa de biscoitos, que reclama toda vez que acabava os pedaços de chocolate.

[...]

Onze e meia da noite. A casa está cheia, minha mãe ainda está presa na cozinha, a casa de biscoitos tem um buraco no teto feito pela minha prima, e eu juro que ouvi o meu tio Rumpelstiltskin com a piada do pavê. Graças a Deus ainda não encontrei a tia Zelena.

Enrolada na toalha encontrei o vestido que minha comprou pra mim nesse natal.

Era bonito, mas...

– Mãããe! – Gritei. – Pode vir aqui um minuto?

– Que é garota? – Apareceu jogando um pano de prato por cima do ombro.

– Você sabe que eu não gosto de vermelho! – Fiz um beicinho segurando a roupa em minha frente.

Ela se aproximou devagar.

– Pelo menos, um natal na vida, tenta agir como gente normal... Veste logo esse vestido por que as rabanadas estão no fogo!

Ele saiu e me deixou atordoada segurando aquela coisa.

Suspirei e tratei de vestir logo.

Não entendo essa coisa de se arrumar pra ficar na sala de estar, vendo o povo assistir novela. Sinceramente.

Passei uma maquiagem bem leve devido as circunstâncias, arrumei tudo o que tinha bagunçado e sai do quarto esbarrando na tia Zelena no meio do caminho.

– Emma, querida! – Me cumprimentou com um abraço. – Quanto tempo... E os namorados em?

– Não namorei desde o último natal, tia. – Sorri sem graça.

– Pois trate de arrumar um ou vai ficar igual a sua tia Ingrid. Encalhada. – Falou me soltando. Tia Ingrid é irmã da tia Zelena.

– Eu ouvi isso, Zelena! – Tia Ingrid apareceu atrás de nós. – Deixa de ser essa velha chata e aproveita a rabanada.

– Não me fale em rabanada! – Minha mãe passou feita furação por nós.

– Como assim? Natal sem rabanada não é natal! – Tia Zelena exclamou.

Aproveitei a confusão das velhas chatas com a rabanada para fugir pra outro cômodo, Regina e a nossa prima estavam sentadas no chão terminando de arrumar a árvore.

– Emma, que bom que você chegou! – Regina sorriu. – Estamos com dificuldades aqui com as luzes e...

– Nossa que legal, muito divertido, mas... – Interrompi antes que elas conseguissem me pedir algo. Só de pensar em desenrolar aquelas luzes... – A mamãe me pediu pra comprar algo lá fora. – Sorri forçadamente e apanhei meu casaco jeans, que por sorte estava pendurado na cadeira em meu lado, e sai sem olhar para trás.

Minha família é uma completa confusão. Vocês não viram metade do que estou acostumada.

Sai da minha casa e pude sentir o ar gelado entrar e sair dos meus pulmões.

O céu estava bem estrelado, as casas estavam bem decoradas, a neve tinha parado de cair deixando uma pouca visão do chão da rua.

Ia passando e observando as famílias em suas casas, comendo, rindo, se divertindo e até duas crianças pendurando suas meias na janela dizendo pros pais que foram bons meninos.

Andei mais um pouco até chegar à pracinha, tirei a neve do banco do balanço e me sentei ali. Se eu fosse mais nova até balançaria, mas perde a graça quando seu pé já toca o chão.

Segurei nas correntes e fechei os olhos quando senti o vento bagunçar meus cabelos. Aquela sensação era maravilhosa.

No meio desse devaneio alguém senta no banco ao lado.

– Você! – Disse espantada, mas com um sorriso no rosto. – Não ia pra sua avó? – Fizemos um toque de mãos que ensaiamos há tempos.

– Nah! Meus pais mudaram de idéia. – Deu de ombros. – Ta uma confusão lá em casa...

– Porque você não estava na discussão da rabanada. – Gargalhamos.

– Qual era a da vez?

– Não fiquei pra ver... – Ele assentiu e nós olhamos para o céu. – Hey, uma estrela cadente! Rápido, Killian, faz um pedido!

– Eu não vi. – Voltou seu olhar pra mim. – Pede você.

Fechei meus olhos com um fraco sorriso na cara e pedi uma coisa que almejava há muito tempo: Mudança.

– O que pediu? – Ele perguntou depois de alguns segundos.

– Se eu contar não vai se realizar. – Sorri.

– Sabe por que eu não pedi nada?

– Não. – Murmurei.

– Porque o que eu queria já esta acontecendo. – Me fitou.

– Como assim?

– Você nunca notou nada, Emma? – Eu não entendia o que estava acontecendo.

– Notar o que? – Perguntei me virando completamente para ele.

– Eu sou completamente apaixonado por você.

Meu coração resolveu entrar para alguma escola de samba naquele momento.

Os olhos castanhos de Killian estavam grudados nos meus. Eu queria responder alguma coisa as não conseguia.

Como assim ele está apaixonado por mim? Como assim eu nunca notei?

– Ta. Metade das coisas que eu queria está acontecendo... – Falou nervoso e eu ri.

– Eu só não esperava. – Disse verdadeiramente. – Mas, podemos tentar...

Nós dois sorrimos e fomos nos aproximando, eu já podia sentir a respiração dele encontrar com a minha quando fogos de artifício começaram a pipocar no céu estrelado, dando uma linda visão.

– Feliz natal, Killian.

– Feliz natal, Emma. – Então, ele juntou nossos lábios.

Ali, naquela pracinha, meu desejo estava começando a se realizar.

É... Tô começando a gostar do natal.


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Notas finais do capítulo

Notas da Natasha: Hey pessoal, eu sou a Natasha, não tenho conta aqui, mas o André quis que eu postasse mesmo assim... Espero que tenham curtido a one shot e espero que curtam as próximas! Mil beijos.
Notas do André: Sabiam que ela ainda reserva mais uma one para o projeto? Sai na sexta-feira, então fiquem ligados e comentem sobre a história natalina de hoje... não pra mim, mas para ela, porque, de algum jeito, farei-a responder a todos ;)