POV Rose

Na loja do meu tio eu recebi só uma amostra do que vai ser quando o meu pai descobrir, eu tentei não pensar muito nisso quando estávamos nas compras, mas era impossível, quando voltamos para o castelo eu e Scorpius ainda tínhamos que ensaiar, portanto logo nos despedimos dos amigos e fomos para a Sala Precisa que era até então onde estávamos ensaiando.

– Rose, você esta bem? Você parecia meio distante hoje. – Falou Scorpius me abraçando por trás, odiava quando fazia isso seu cheiro simplesmente entrava em meu nariz e não conseguia pensar em mais nada, que ódio.

– Não é nada de importante. – Menti, mas pelo jeito não convenci, pois ele me fitou de tal jeito, que fui obrigada a falar. – É que eu estou meio preocupada... – Ele me cortou completando:

– Da reação do seu pai. – Eu assenti agora ele me virando para encarar seus brilhantes olhos acinzentados. – Não se preocupe meu anjo, eu vou estar lá do seu lado, e não esqueça, temos que encarar o Senhor Draco Malfoy também. – Eu o abracei desta vez eu queria que o cheiro de menta e grama impregnassem em mim.

– Vamos ensaiar. – Falei saindo de seu abraço, mas ele não soltou minha mão.

– Todos os dias quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo – Ele começou sozinho...

–Todos os dias antes de dormir
Lembro e esqueço como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder- Logo começamos a cantar juntos...

–Nosso suor sagrado
É bem mais belo que esse sangue amargo
E tão sério, e selvagem
Selvagem, selvagem – Desta vez eu cantei sozinha, disse que era uma homenagem para ele, me fazia lembrar dele...

–Veja o sol dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos
Castanhos- Aqui já foi o contrario, ele disse que se lembrava dos meus olhos...

–Então me abraça forte
E me diz mais uma vez que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo– Logo voltamos a cantar juntos...

Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes acesas agora
O que foi escondido é o que se escondeu
E o que foi prometido, ninguém prometeu

Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens
Tão jovens, tão jovens – Até o fim da música...

POV Scorpius

Eu amava a sua voz, era como um anjo, o meu anjo, mas eu tinha uma surpresa para ela, eu ia me atrasar, já tinha tudo preparado, já tinha falado com a Minerva, ou seja, seria especial, seria na frente de todos, seria para todos que acham que nós somos uma farsa, será para nossos pais.

– Ei, – chamei sua atenção, e ela me fitou com seus olhos castanhos. – baixinha, vem cá. – Ela ia me lançar um Crucio, mas ela era baixinha deveria ser tipo uns 15 centímetros menor que eu – Eu te amo. – E me abaixei em sua direção.

– Eu também, altão. – E saiu correndo da sala como uma criança, meu Merlin o que eu fiz pra merecer isso. Já na primeira coluna ela se escondeu, eu já sabia por que ela sempre ficava ali esperando pra pular nas minhas costas. Desta vez eu apareci de surpresa, e a peguei no colo, mas a difícil que eu chamo de namorada começou a se debater.

– Você me paga Malfoy. – Eu ri.

– Malfoy? Ta bom, voltamos ao sobrenome, você é incapaz de me ferir, Weasley. – Ela gargalhou.

– E porque acha isso Malfoy? – Eu a coloquei no chão, estávamos ainda longe das masmorras.

– Porque – Dei um passo para frente e ela ficou imóvel – há uns 3 minutos atrás – Dei mais um passo – você – Agora estava “cara a abdômen”, mas ela não tinha do reclamar, você já deu uma olhada nele, bom é perfeito – Da pra olhar pra mim, depois deixo você contempla-lo o quanto quiser – Ela me bateu e eu continuei – Porque há uns 3 minutos você disse que me amava. – E a puxei para um beijo.

– Você é muito idiota. – Ela disse indo em direção a nossa Sala Comunal, que a ainda faltavam uns seis andares.

Fomos em silêncio até lá, mas eu gostava quando ela ficava quieta eu podia reparar em cada de talhe dela, tipo ela piscava muito rápido quando estava nervosa, ela girava os pulsos quando não sabia o que fazer, ela corava de forma violenta quando alguém dizia algo sobre ela e ela gaguejava quando se tratava bem... De mim.

– Boa noite! – E entrou em seu quarto, mas eu bati na porta, e quando ela atendeu estava com um sorriso no rosto como se já esperasse por aquilo.

– Nananinanão, Srta. Weasley acho que esqueceu uma coisa. – E beijei-a.

– Bom então, agora boa noite!

– Para você também. – Retruquei me dirigindo para o meu quarto.

Ao entrar Zabine e Alvo estavam na maior guerra de travesseiro, “QUE CENA GAY!”, falei em minha cabeça, mas logo peguei dois travesseiros e dei na cabeça dos dois, fazendo com que eles parassem, mas eles não iam deixar barato, e meio segundo depois as provocações começaram:

– Ai meu loiro! – Começou Alvo tentando fazer a voz de Rose.

– Ai Rose, você é perfeita! – Agora Zabine entrou nisso.

– Chega os dois senão mostro pra todo mundo o que eu acabei de ver. – Os dois coraram e eu ri. – Mas que diabos era aquilo? – Eu perguntei sem cerimônia.

– Ele disse que ia ganhar como rei do baile, – Disse Alvo ofendido. – mas você já uma olhada no meu rostinho lindo.

– Para né, isso só a Júlia pra amar mesmo, olha pra mim metade de Hogwarts me quer. – Zabine retrucou.

– Parem já as duas princesas, mas estão todos errados que vai ganhar sou EU, eu sou lindo, loiro de alhos azuis e abdômen perfeito. – Os dois começaram a rir. E eu acrescentei. – E a Rose vai ganhar de Rainha.

– Não a Jú que vai, ela é a única a altura disso tudo. – Falou Alvo apontando si mesmo.

– Parem, parem a Roxy vai ganhar. E Alvo ela não é a única a altura, ela é a única que te aguenta isso sim. – Retrucou Zabine e eu cai na gargalhada.

Ficamos conversando a noite toda, comemos Feijãozinho de Todos os Sabores, Sapos de Chocolate e algumas brincadeiras da Geminialidades Weasley. Eu só queria tirar do pensamento o daí de amanhã, mas não conseguia.

POV Hermione

Eu, Rony, Gina e Harry estávamos todos a caminho da Toca onde passaríamos o dia para que a família inteira fosse ver Rose na apresentação de Natal. Nós sabíamos que prometemos ficar apenas na hora das apresentações, mas mesmo assim seria muito bom, e eu quero estar lá eu sabia como Rose odiava aparecer em público.

– Rony você tem que esquecer isso, talvez eles nem tenham se tornado amigos. – Disse Harry tentando acalmar Rony que estava preocupado pelo par de Rose ser Scorpius Malfoy.

– Ronald Billius Weasley chega, deixe Rose viver um pouco, ela tem só 15 anos, a deixe viver mais. – Molly chegou brigando com Rony que já estava irritando a todos.

– Obrigada Molly, eu não sei o que ele tem na cabeça, Rose não tem mais três anos de idade. – Agradeci Molly, agora levantando a voz para que ele ouvisse. – E se ela quiser namorar o Scorpius eu não vejo problema algum. – Agora eu me segurei para não rir assim com todos MENOS Rony, Harry e Sr. Weasley.

– NÃO PODE NÃO. – Disseram em uníssono.

– Ela não pode namorar ele, aquele Fuinha Albina Jr. – Rony começou.

– Ele é um filho de Comensal, ele é das trevas como o pai, aposto. – Harry começou junto com Rony.

– A minha neta não vai namorar um Malfoy. – Jorge riu ninguém entendeu bem, mas eu vou descobrir o porquê depois do jantar.

– Porque esta rindo Jorge? – Perguntou Angelina confusa.

– Nada não, só a cena é engraçada. –Respondeu ele.

– Ah e por falar em namoro, como foi com o namorado da Roxy. – De repente ele ficou branco, branco como só tinha o visto uma vez há muitos anos.

– Aquele pivete do caralho, pensa que pode simplesmente começar a namorar o meu anjinho assim. Ah mas o Fred e Alvo também estão namorando. – Disse ele mais calmo.

– Como assim meu próprio filho esta namorando e não me conta. – Indignada retrucou Angelina.

– Concordo Angelina, como assim Alvo namora e não nos conta. – Falou Gina.

– Fale por você, Alvo me escreveu que estava namorando uma tal de Júlia Wood. – Eu pensei que Gina ia matar Harry, em vez disso começou a dar tapas e a cada ta ela falava “E... VOCÊ... NÃO... ME... CONTOU... POR QUÊ??”

– Porque ele pediu. – Falou Harry rindo.

– Ta mas voltando ao Fred, quem é a sirigaita que esta namorando o MEU filho. E por falar nisso, Molly como aguentou isso? – Molly riu.

– OH querida, você se acostuma, mas para falar a verdade tive muita sorte, minhas noras são boas. – Toda sorriu em agradecimento. – Eu só não sei com Arthur não matou Harry.

– Harry é uma boa pessoa. – Disse Arthur.

– Obrigado Arthur.

– Ta Jorge que é a menina que esta namorando meu filho. – Falou Angelina Furiosa.

– Ah sim, Lina Patil, filha de Parvati. – Disse Jorge.

– Menos mal, pelo menos conheço a mãe da garota. – Disse Angelina enquanto Jorge a abraçava.