Anna acorda com o raiar do sol em seu rosto. Ela odiava acordar tão cedo, principalmente em um Sábado. Porém naquele dia ela apenas sorriu. Porque hoje ela tinha um encontro. Com Kristoff.

O seu loiro a convidara para passear no dia anterior, quando todo coberto de neve chegou à Floricultura ao final do expediente. Coberto de neve da Montanha do Norte, onde fazia passeios turísticos. E disse a ela que no dia seguinte ele seria o seu guia turístico por um dia.

Era um sábado incrivelmente quente em Tromsø. Fazia os seus 4ºC e isso era um milagre para o normal da região naquela época. Nesse dia Anna não iria abrir a Floricultura Arendelle.

Kristoff chegou na casa de Anna (que era em cima da Floricultura) às 9h da manhã. O sol iluminava os trechos da neve na rua. Anna acordara mais cedo, quando o sol nascera às 7h da manhã.

E quando ele chegou, ela já estava pronta e arrumada. Ela usava seu casaco de neve verde e sua calça verde com suas botas pretas. Os cabelos ruivos de Anna haviam crescido até os ombros e ela preferiu usa-lo solto naquele dia. Usava também protetores de orelha pretos.

Ele por sua vez usava seu uniforme da Empresa de Serviços Turísticos de Tromsø. Casaco e calças cinza e bota preta.

–Bom dia Anna – ele disse sorrindo e lhe dando um beijo.

–Bom dia para você também – ela reparou suas roupas. - Você vai trabalhar hoje?

–Vou sim. Vou ser o seu guia turístico, esqueceu? – ele sorriu e Anna também.

–Bobo – ela fechou a porta e eles então saíram.

Os sábados nas cidades frias da Noruega eram incrivelmente movimentados. Os pais e seus filhos aproveitavam esse dia de folga (para a maioria) para se divertir na neve. Fazer bonecos de neve nas praças e tudo mais. E os namorados... Aproveitavam para passeios românticos.

Anna pensara que Kristoff a levaria para o mirante de Tromsø, na metade da Montanha do Norte. E seu palpite manteve-se até eles subirem metade da montanha. Mas se desfez quando continuaram subindo.

–Onde estamos indo Kristoff? – eles estavam em um trenó e ela tentara não rir quando entraram nele.

–É surpresa Anna, não a estrague.

Ela manteve-se quieta por todo o caminho. Eles se aproximavam do topo da montanha. A Montanha do norte era baixa comparada a outras no mundo. Apenas 700 metros de altitude. Portanto quando chegaram ao topo da montanha ainda se sentiam confortáveis.

–A maioria dos turistas não pode subir a montanha. Não criamos um programa para subi-la. Mas eu já vim aqui várias vezes. Acontece que aqui se tem a melhor vista. De todo o mundo para mim – Kristoff explicou.

Ele deu a mão a Anna para que saísse do trenó. A temperatura estava mais baixa no topo da Montanha, mas nada que já não estivessem acostumados. Ele a guiou até uma espécie de planície com rochas atrás deles. E na frente...

Podia se ver todo o mundo. Era disso que Anna se lembrava. Ela estava no topo do mundo. Ela podia ver tudo. Ela podia ver a neve que cobria a sua cidade. Podia ver o sol iluminando todos os lugares no mundo. Ela sentia o vento no rosto e abrira os braços para senti-lo. Ela era um pássaro. Livre.

–É incrível – ela disse com os olhos ainda fechados.

Kristoff a abraçou por trás.

–Que bom que gostou. Tudo vale a pena para ver seus olhos brilharem.

Ela virou-se para ele. Seus olhos realmente brilhavam e pareciam sorrir assim como ela mesma.

–Obrigada – ela sussurrou com a boca próxima a dele.

–Eu te amo – ele sussurrou de volta.

Então eles beijaram-se. Imagine a pintura desse momento. O sol, fraco, mas poderosos iluminando e aquecendo o coração desses jovens. O topo de uma montanha. E o mundo inteiro em sua frente.

Um casal iluminado. Apaixonado.

Eles separaram-se.

–Eu também te amo sabia? – ela disse sorrindo.

Eles sentaram-se na neve mesmo e Kristoff pegou do trenó uma garrafa térmica e duas canecas. Chocolate Quente.

–Eu amo chocolate – ela gritou sorrindo e Kristoff caiu na gargalhada.

–Eu sei que você ama chocolate – ele disse ainda rindo. – E acho que o mundo inteiro agora também sabe.

Ela arqueou as sobrancelhas e o olhou de modo desafiador.

–O mundo inteiro? – Anna perguntou sorrindo.

–O que está pensando? – ele perguntou também com uma sobrancelha arqueada.

Ela entregou-lhe a caneca vazia de chocolate quente e levantou-se. Aproximou-se da borda do penhasco e Kristoff levantou-se e foi até ela, desconfiado.

Ela abriu os braços como se fosse voar. Fechou os olhos e gritou com força.

–EU AMO MAIS DO QUE TUDO E TODOS NESSE MUNDO KRISTOFF BJORGMAN!

Kristoff sorriu e parecia que poderia flutuar. Então se colocou ao lado dela, também abriu braços e fechou os olhos e gritou com mais força ainda.

–EU AMO AINDA MAIS ANNA ARENDELLE MESMO QUE TODOS DIGAM O CONTRÁRIO!

Acrescente a essa pintura dois jovens gritando aos quatro ventos que eles se amam.

Eles caíram na gargalhada e voltaram a se sentar. Abraçados, acompanhavam os ventos, as folhas e a natureza que dava às Boas Vindas aos Visitantes...