Descobri Que Te Amo - Cobrade escrita por HannaPasqualle


Capítulo 15
Pesadelo




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Naquela noite, Cobra e Jade não conseguiam dormir, pensando no que havia acontecido. E se Lobão fosse solto? Aquilo ficava os atormentando, apesar da polícia garantir que ele não sairia da prisão tão cedo. Já era bem tarde quando ambos conseguiram pegar no sono. Jade não parava de se mexer e ficava dizendo "Não me mate, não me mate". Até então Cobra não havia acordado, quando a bailarina gritou mais alto "Não... Não!".

– O que foi minha dama? Você está tremendo! - disse Cobra abraçando - a

– Eu... Eu tive um pesadelo! Foi horrível Cobra eu estava... - disse Jade chorando desesperadamente.

– Calma, calma minha dama... Eu estou aqui! - disse Cobra enxugando as lágrimas de Jade que se acalmou.

– Desculpa. Eu te acordei né? - disse Jade

– Não... É pra isso que eu estou aqui, pra te proteger! - disse o lutador e os dois se beijaram.

Jade estava molhada de suor e resolveu tomar um rápido banho. Edgard acordou assustado, viu a movimentação e resolveu checar o que estava acontecendo.

– Jade, Jade está tudo bem? - disse Edgard enquanto batia na porta do quarto.

– Está tudo bem Ed! Foi só um pesadelo. - disse Jade saindo do banheiro enrolada na toalha.

– Ok querida... Mais qualquer coisa não pense duas vezes antes de me chamar hein?

– Pode deixar Ed. - disse Jade

– Vem cá, esse cara acha que eu não consigo cuidar de você é? - disse Cobra.

– Claro que não! Ele só quer me proteger. - disse Jade com um pequeno sorriso.

– Rum.. - disse Cobra, também rindo.

Cobra e Jade voltaram a dormir. No dia seguinte, Jade era novamente o assunto da Ribalta. A bailarina mal chegou na fábrica e já começaram a lhe encher de perguntas, fizeram o mesmo com Cobra. Naquele dia seria a primeira aula da nova professora de dança, substituta de Lucrécia. Não tinha uma aula de dança que Jade não lembrasse de sua mãe. Ela partiu de repente, estava respondendo bem ao tratamento, estava tudo sob controle, mais aquela maldita doença venceu, ela se foi. Por que? pensava Jade. Podia até não parecer mais ela ainda sofria muito.

Três dias se passaram, mais Jade não estava muito bem. Ela estava tendo pesadelos todas as noites, sempre os mesmos. Gritava e chorava desesperadamente e Edgard corria até seu quarto e estava ficando cada vez mais preocupado com aquela situação. Os dias se passavam e aquilo estava cada vez pior, Jade não conseguia dormir e Edgard ficava em seu quarto tentando acalma - la, ele estava sendo um verdadeiro pai. Jade não estava mais frequentando as aulas na Ribalta e Cobra estava preocupado. Ligava, mandava mensagem, mais era como se Jade não tivesse mais celular, vivia trancada em seu quarto, não conseguia nem comer.

Edgard também estava sofrendo ao ver Jade naquela situação e resolveu procurar Cobra.

– Oi. Estava mesmo querendo falar com você! - disse Cobra ao ver Edgard entrando no QG.

– Suponho que seja sobre a Jade. - disse o professor seriamente.

– É... Ela não atende o telefone, não responde minhas mensagens, perguntei a todos na Ribalta e ninguém sabe dela! - disse Cobra com a cabeça baixa.

– Ela não está muito bem Cobra, você precisa me ajudar. - disse Edgard

– Mais o que ela tem? - disse Cobra

– Veja com os seus próprios olhos...

Cobra e Edgard foram até o apartamento de Jade. Edgard abriu a porta para que o lutador pudesse entrar. Cobra ficou impressionado com o que viu, Jade estava sentada no chão num canto do quarto encolhida com o rosto escondido pelo o cabelo.

– Jade. - disse Cobra e logo correu até ela.

– Cobra? O que você está fazendo aqui? - disse Jade

– Eu vim aqui pra te ajudar... - disse ele

Jade abraçou o lutador. Apesar de tudo, a bailarina ainda continuava linda.

– Eu não queria que você me visse assim! - disse Jade abaixando a cabeça

– Ei! - Cobra ergueu a cabeça da garota. - Você está linda! - disse ele rindo e arrancou um sorriso dela.

– Mentiroso!

– Levanta daí! Eu sei que tudo o que aconteceu nesses últimos tempos tem sido demais pra você. - disse ele estendendo a mão para Jade se levantar

Cobra olhou para o chão e viu que havia uma grande quantidade de fios de cabelo.

– Desculpa. Eu quebrei minha promessa! Eu sou muito fraca Cobra.

– Não, você e forte! Agora eu quero ver você com aquele sorriso lindo no rosto... Eu quero ver aquela Jade que eu admirava pelo os vidros do QG... E ainda admiro.

Foi difícil, mais Cobra conseguiu tirar Jade daquela situação, pelo menos naquele dia. Jade reapareceu mais linda ainda, Cobra iria leva - la para passear, afinal faz dias que Jade não ver a rua, pessoas, mais Cobra a tirou daquela situação antes que aquilo se tornasse uma doença.

Já era noite, Cobra e Jade estavam em uma balada. A jovem bailarina ainda estava um pouco desanimada, mais um pouco mais feliz. Desde que chegaram no local, os dois estavam sentados e em silêncio, quando começou a tocar a música que Jade mais gostava I Told You So.

– Minha dama, vamos dançar? - disse Cobra deixando a bebida e estendendo sua mão com um pequeno sorriso no rosto.

– Que coisa hein? Você me chamando pra dançar... Você que sempre disse que não sabia dançar. - disse Jade

– Pra tudo tem uma primeira vez! - disse Cobra.

Jade não resistiu, aquele sorriso era lindo, que só ele tinha. Foi ali que Jade teve certeza, o amor que ela sentia por Cobra jamais se acabará. Os dois dançavam juntinhos a música lenta, sorrindo e conversando.

– Só você mesmo pra me tirar de casa... Na minha situação. - disse Jade

– Eu posso tudo minha dama! - respondeu ele e em seguida a beijou. - Eu disse que ia cuidar de você.

– Esses dias, está tudo tão estranho! Parece que tem algo me assombrando, não sei... - disse Jade

– Não vamos pensar nisso agora! Eu estou aqui, isso vai passar! É só uma fase ruim. - disse ele.

Já era meio tarde, mais eles não estavam preocupados com o horário, estavam juntos, é o que importa. Quando saíram, foram direto para a praia, onde ficaram um bom tempo. Ficaram olhando a lua e lembrando quando tudo começou.

Flashback

Cobra morava no interior, estava indo para o Rio de Janeiro, em busca do seu sonho de ser um lutador profissional. Era um cara mau caráter, era capaz de tudo para conseguir o que queria. Jade, filha de Lucrécia, ia começar a estudar na Ribalta onde sua mãe dava aula. Jade passava por cima de tudo e de todos para ser a melhor e era a melhor.

Quando Cobra chegou, logo procurou pela academia do Gael, onde ficou por um curto período de tempo, pois discutia muito com Duca, um dos alunos da academia, e fazia de tudo para prejudica - lo. Até então ele não havia sido expulso, isso só aconteceu porque um certo dia ele exagerou na bebida e estava revoltado com a sua "namorada", a ruiva. No dia do show de talentos da Ribalta ele tentou agarra - la, sendo expulso da academia. A partir daí, Ricardo Cobreloa era um cara sozinho, ninguém confiava nele e assim ele foi para a Khan.

Jade era competitiva, discutia sempre com a Bianca, que era namorada de Duca. Sempre aprontava para cima da garota, mais sempre se dava mal. Muitos não gostavam de Jade, mais não sabiam o quanto a garota sofria.

Assim, Cobra e Jade se conheceram e viveram um amor proibido, mais um amor único. Os dois nunca haviam se apaixonado, e nem queriam se apaixonar, mais ninguém manda no coração.

Cobra e Jade estavam deitados na areia de mãos dadas, relembrando seus momentos juntos, os momentos felizes, tristes.

– Quanta coisa a gente já viveu junto... Temos uma longa história né vagabundo? - disse Jade virando - se para o rapaz.

– Pois é... E a gente vai viver muito mais! - os dois começaram a rir e depois se beijaram. - Jade, preciso te dizer uma coisa.


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