Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 8
Ela precisa de ajuda!




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Quando a noite chegou, Hermione se arrumou para sair com o Caleb. Estava em frente ao espelho se olhando. Tinha muita dúvida de tudo no momento. Tudo bem que sua mãe tinha razão quanto a seu pai, mas... Draco não era seu pai!

— Vai sair de novo, mamãe?

Hermione olhou a porta. Seu filho estava parado ali, olhando.

— Vou sim.

— Eu posso ir?

— Você não ia ficar com seu pai?

— Você não vai sair com ele?

— Não, filho.

— Então vai com quem?

— Um amigo.

— Que amigo?

— Você não conhece, Ethan.

— Hum...

— Sua avó vai levá-lo até ele, tá bom?

O menino concordou. Hermione o pegou no colo, ela deu um beijo demorado no rostinho do pequeno fazendo ele sorrir e a abraçar apertado.

A campainha tocou e ela seguiu até a escada. Enquanto descia, viu sua mãe abrir a porta e Caleb a cumprimentar com um beijo na mão. Sorriu. Ele era muito educado.

— Boa noite.

— Boa noite. Você deve ser o Caleb, certo?

— Sim.

— Vou chamar a Hermione.

— Estou aqui, mãe — falou parando ao lado dela.

— Então você que é o Ethan? — falou estendendo a mão ao pequeno, que estava no colo de Hermione.

Ethan virou o rosto para ele.

— Ethan! — brigou com o pequeno.

— Está tudo bem.

— Que coisa feia!

— Me dê ele aqui... — A mãe dela pegou o pequeno do colo de Hermione.

Ele ficou olhando Caleb com cara feia.

— Para de olhar assim, Ethan! Seu filhote de Draco! — disse nervosa.

— Hermione!

— Vamos? — ignorou sua mãe.

Caleb acenou para a mulher e os dois saíram da casa.

— Desculpa por isso... Eu aposto que o Draco falou alguma coisa pra ele.

O homem deu uma risadinha.

— Tudo bem. Não tem problema.

— Você é sempre compreensivo assim?

— Acho que sim — respondeu sorrindo.

Os dois foram a um restaurante trouxa. Caleb gostava muito dos trouxas. Na verdade, era fascinado por eles.

Comeram e conversaram bastante, mas em momento algum falaram de Draco ou da relação dos dois. Caleb sabia que eles estavam em crise e que não estavam juntos no momento. E Hermione era linda! Por que não aproveitar a oportunidade?

Fecharam a conta e saíram do restaurante.

— Você tem que voltar cedo por causa do seu filho?

— Na verdade, não. Ele vai ficar com o pai hoje.

— Deixou ele sozinho com o pai?

— A avó dele está lá.

— Menos mal né.

Os dois riram.

— Só deixei por esse motivo.

— Já que ele está em boas mãos e você não precisa voltar cedo, não quer dar uma volta?

— Claro — respondeu sorrindo.

— Tenho uma festa para ir, o que acha?

— Mas como eu vou entrar?

— Você está comigo ué.

— E daí? Deve ter nome na lista.

— Sim, o meu. E posso levar um acompanhante.

— Ah sim.

— Não se preocupe, senhorita, você não vai ser barrada — disse sorrindo.

— Tudo bem.

Assim que chegaram em frente à festa, entraram na fila. E quando chegou sua vez de ver o nome na lista...

— Preciso do seu documento, senhor.

Caleb procurou nos bolsos do casaco.

— Essa não...

— Que foi? — Hermione perguntou.

— Acho que deixei o documento em casa... — Procurou dentro da carteira. — Droga!

— Não dá para entrar sem o documento?

— Sinto muito, mas não posso deixar — respondeu o segurança.

— Se importa se formos lá em casa buscar?

— Não.

— Então vamos lá rapidinho.

— Ok.

Os dois saíram dali e foram a um lugar sem ninguém. Logo em seguida aparataram para a casa do moreno.

Quando chegaram, Hermione reparou bem o lugar, era uma casa grande e bem conservada. Caleb tinha dinheiro e Hermione sabia disso, mas não imaginava que fosse tanto.

— Vou pegar lá em cima.

— Tudo bem.

— Fique à vontade — disse sorrindo.

O homem subiu as escadas e Hermione reparou a sala. Era muito grande e bem mobiliada. Ele tinha bom gosto.

Hermione andou pelo lugar olhando as fotos. Tinha muitas. Ele era de uma família antiga e bem grande. Estilo Malfoy. Quando passou pelos quadros, viu um senhor a olhando fazendo um grande bico.

— O que você, sangue-ruim, faz aqui?

Hermione não respondeu e passou direto por ele.

— Não fale assim, vovô! — Caleb apareceu do nada e Hermione se assustou. — Não ligue para ele.

— Eu não ligo pra isso.

— Que bom.

Os dois ficaram em silêncio.

— Achou?

— Sim, mas se você quiser podemos ficar por aqui mesmo... Tenho vinho guardado.

— Bem, a casa é sua. Você decide.

O homem sorriu. Os dois ficaram na sala conversando e bebendo vinho. Hermione se sentia bem com ele. Era muito bonito e educado.

— Está tarde. Acho melhor ir pra casa — disse quando sentiu sua cabeça rodar.

Não deveria ter bebido dois copos de vinho...

— Não quer ficar mais? Seu filho não te espera mesmo. — Se aproximou dela.

— Na verdade, estou um pouco cansada... — Se afastou disfarçadamente.

— Se quiser posso fazer uma massagem em você para relaxar.

Hermione desviou o olhar.

— Não precisa. Não quero te incomodar.

— Nunca me incomodaria. — Se aproximou rapidamente e a beijou nos lábios.

Hermione se assustou. Caleb se aproximou bastante e deitou por cima dela no sofá. Ela tentou empurrá-lo, mas não conseguiu, pois era muito pesado. Ele era bem maior que ela.

Hermione fechou os olhos com força e apertou os braços dele. Tinha mudado de ideia, não queria ficar com ele dessa forma. Aliás, nunca quis ficar. Só falou aquilo para Draco para deixá-lo irritado e se vingar, mas não iria fazer isso de verdade.

Hermione sentiu um puxão no umbigo e quando abriu os olhos, percebeu que estava em um quarto. Ela engoliu em seco. Caleb beijava seu pescoço nesse momento e acariciava sua cintura.

— Caleb... — chamou, mas ele não respondeu. — Caleb eu...

O moreno a beijou nos lábios impedindo que falasse.

— Você não vai mudar de ideia agora! — disse frio e a apertou com força.

Hermione encarou os olhos dele. Um olhar de desejo e maldade. Ela engoliu em seco.

Merlin! Ele iria tomar a força! Estava escrito na cara dele!

***

Clara ficou sem palavras olhando Enrico. O loiro esperava a resposta.

— Então...? Não vai responder?

— Vou.

— E qual a resposta?

— Por que você quer namorar comigo?

— Que coisa! Vocês mulheres são muito estranhas! Primeiro você diz que eu não perguntei, aí quando pergunto quer saber por que?

— É claro que eu quero saber porque. Se for só um capricho seu? Não quero me envolver para depois me ferrar.

— E se eu disser que é por que gosto de você? Que desde que a gente se beijou naquele dia da coruja que eu não consigo tirar você da minha cabeça? Ia ser um bom argumento? — perguntou irritado.

Clara sorriu e se aproximou depressa dando um beijo nele.

— É um ótimo argumento!

Os dois sorriram.

— Então você aceita?

— Sim.

O loiro sorriu largamente e a rodou no ar segurando sua cintura. Clara deu uma risadinha e agarrou o pescoço dele com medo de cair.

Depois da conversa os dois correram para a próxima aula, pois Clara disse que não podia perder nada.

O dia foi bem cheio, com trabalhos em grupo e pequenas brigas entre Clara e Alex na sala de aula.

Após o jantar, todos seguiram para seus dormitórios. Clara estava deitada na cama olhando o teto. Lembrava da conversa que teve mais cedo com Enrico, agora seu namorado. Mordeu o lábio ao lembrar. Isso era realmente bom, mas seu pai não gostaria nem um pouco...

— Pensando em que? — Alyce pulou na cama dela fazendo levar susto.

— Em uma coisa que aconteceu.

— E o que foi?

— Enrico me pediu em namoro.

Alyce deixou o queixo cair quando escutou isso. A morena não conseguia fechar a boca.

— Não vai falar nada?

— Uau... Isso é estranho.

— Por quê?

— Ele nunca namorou ninguém! Lembra? Deve ter beijado todas as Sonserinas desse castelo.

Clara franziu a testa ao ouvir isso.

— E agora te pediu em namoro? Nossa ele deve estar apaixonado mesmo... Você aceitou?

— Sim — respondeu sorrindo.

— Espero que dê tudo certo.

— Por que não daria?

— Porque ele é um galinha, ué. — Deu de ombros.

— As pessoas mudam.

— Tudo bem. — Se afastou dela e deitou em sua cama.

Clara suspirou. Será que isso seria um problema?

Dormiu pensando nisso.

***

Clara acordou assustada depois de ter uma visão. Suava frio e estava apavorada. Sem perder tempo, saiu do dormitório correndo. Nem se importou com suas vestes. Estava de camisola e corria pelos corredores. Para o seu azar, ou não, deu de cara com o monitor chefe de sua casa.

— O que faz aqui fora?

— Eu preciso falar com a diretora! — disse histérica.

— O que?

— Por favor, me leve até ela!

— Claro que levo! Não era pra você estar aqui.

— Ótimo.

Os dois andaram pelos corredores e finalmente chegaram à sala de Minerva.

— Achei essa menina correndo pelos corredores, diretora.

— Por que está fora da cama, Srta.?

— Preciso falar com você — disse aflita.

— Nos deixe sozinhas, por favor.

O menino saiu da sala.

— O que aconteceu?

— Eu preciso falar com meu pai, é muito urgente! — disse aflita.

— O que seria tão urgente assim, senhorita? Já viu a hora?

— Por favor, diretora é muito importante! — falou com lágrimas nos olhos.

— E o que seria?

Clara hesitou um pouco em contar, mas não tinha muita opção.

— Eu... Minha mãe precisa de ajuda.

— Como assim?

— Por favor, eu explico tudo depois! Eu só preciso falar com ele agora!

— Tudo bem. Eu te levo até ele.

Clara respirou aliviada. A mulher se aproximou da menina e segurou seu braço. Clara sentiu um puxão no umbigo e logo estavam em frente ao portão de sua casa. A menina entrou correndo e seguiu até o quarto do pai.

Assim que chegou, pulou em cima dele, que dormia.

— O que...? — Acordou assustado. — O que faz aqui? — perguntou perplexo.

— Você precisa salvar a mamãe!

— De que?

— Eu não sei. Vi ela com um homem alto de cabelos negros... Ele vai abusar dela pai — disse desesperada.

Draco levantou rapidamente e aparatou dali. Clara desceu as escadas e sentou no sofá ao lado de Minerva.

— Pode me contar agora.

A menina engoliu em seco. Narcisa apareceu ali.

— O que faz aqui, minha filha?

— Eu tive uma visão.

Minerva a olhou curiosa e Narcisa se sentou para ouvir.

***

Depois de perguntar a mãe de Hermione onde ela tinha ido, Draco foi até o ministério e arrombou a sala onde Caleb trabalha. Precisava saber onde ele morava. Depois de revirar a sala inteira, achou o endereço.

Assim que encontrou, partiu para lá. Ao chegar na casa, pensou que poderia ter alguma proteção, mas mesmo assim entrou feroz e quando viu, já estava na porta, então no quintal não tinha nada.

Abriu a porta com magia e se surpreendeu em conseguir fazer isso. Ao entra na casa, ouviu um choro e subiu as escadas correndo.

Seguindo o som, ele se aproximou de uma porta e a abriu. Quando fez isso, viu Hermione sendo atacada pelo bruxo, ela estava encostada na parede, tinha os braços em cima da cabeça e as pernas em volta da cintura do homem. Ele segurava os braços dela contra a parede e beijava seu pescoço.

Draco queimou de raiva ao ver aquilo e conseguiu ver Hermione o olhando. O loiro se aproximou com raiva e puxou o cara de cima dela.

Hermione escorregou na parede e sentou no chão chorando. Estava com os seios à mostra, pois ele tinha rasgado sua blusa e sutiã.

Draco acertou um soco bem forte no rosto de Caleb fazendo ele cair deitado no chão. Sem perder tempo, começou a chutar o cara ainda caído. Estava furioso com o que ele tinha feito, queria matá-lo, mas não com um avada, ele tinha que sofrer até o fim! Se o matasse com essa magia, ia ser rápido e indolor.

— Draco para... — Hermione pediu chorando.

Ele não conseguia parar de bater no moreno, a raiva que sentia não deixava ele se controlar.

— Por favor... — pediu soluçando.

O loiro lançou um feitiço em Caleb o deixando petrificado. Depois chutou seu rosto com força, como fez com Harry uma vez. Ele colocou o cara dentro do armário e fechou a porta. Depois se aproximou de Hermione e a envolveu em seus braços.

Ela chorava muito e estava bem assustada.

— Vou te tirar daqui... — Pegou ela em seus braços e seguiu para casa.

Sabia que ia encontrar sua mãe e filha na sala e não queria que elas vissem Hermione daquele jeito, então aparatou direto no quarto.

— Está segura agora.

Hermione estava agarrada no pescoço dele. Assim que escutou isso, olhou ao redor, percebendo que estavam no quarto deles.

— Vou cuidar de você. — A levou para o banheiro. Draco fez magia para que a banheira se enchesse e colocou Hermione no chão, mas sem deixar de segurá-la pela cintura.

Lentamente ele tirou a roupa de baixo dela. Hermione o olhava nos olhos enquanto a despia. Draco a pegou no colo de novo e a levou até a banheira. Ele a colocou lá dentro e Hermione suspirou ao sentir a água quente em sua pele.

O loiro passou a esponja lentamente pelo corpo dela e trincou os dentes ao ver os roxos que aquele imbecil tinha feito. Hermione aproximou o rosto do dele fazendo com que parasse de esfregar. Ele a olhou nos olhos.

— Entra aqui comigo... — sussurrou.

Draco olhou os lábios dela e depois seus olhos. Suplicavam para que ele entrasse.

Ele tirou a roupa e entrou na banheira junto com ela. Estava sentada e ele por trás. O loiro beijou o ombro dela. Hermione fechou os olhos ao sentir isso. Ela pegou as mãos dele e colocou em sua barriga para que ele a envolvesse em seus braços. Ele entendeu na mesma hora e apertou um pouco, a fazendo suspirar.

Ficaram um tempo dentro da água abraçados assim. Depois Draco saiu e colocou um roupão. Logo em seguida puxou Hermione de lá de dentro e a secou com a toalha. Desdeu as pernas até os cabelos. Enquanto secava os cabelos, olhava seus olhos.

Hermione se aproximou depressa e o beijou. O loiro suspirou em surpresa. Não esperava mesmo isso, mas a beijou de volta na hora.

— Faça amor comigo, Draco — sussurrou.

Draco resmungou ao ouvir esse pedido.

— Mas...

Ela colocou a mão na boca dele.

— Por favor...

O loiro ficou sério a olhando um tempo e sem demorar muito a beijou com desejo.


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