My First Love escrita por sweetie


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Voooltei!

Bem mais rápido dessa vez, não? Capítulo novinho saindo do forno, espero que gostem!



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Quando Sherlock chega da escola, ele corre para o quarto e fecha a porta cuidadosamente, embora sua mãe insista que fique aberta, ele precisa de privacidade para pensar em como se vingará de Moriarty. Ele tinha mexido com John, não podia deixar isso passar em branco.

– Talvez o site da escola... – ele pensou, acessando-o rapidamente.

Se ele conseguisse entrar no site como um funcionário, e não na conta de aluno, poderia alterar as notas de Jim naquele semestre e o garoto ficaria para recuperação. Obviamente, ele passaria de ano por ser inteligente, e pelo seu pai ser o diretor, mas para começar a sua vingança, só em pensar na vergonha que ele passaria... Sherlock sorriu, e começou a tentar a hackear o site.

Na segunda tentativa ele já conseguiu, mas foi interrompido com a porta abrindo, e seu querido irmão intrometido se aproximando.

– O que você está fazendo aí? - perguntou Mycroft.

– Trabalho de escola. – ele disse, colocando em uma pesquisa aleatória sobre a Revolução Francesa. – Viu?

– Então por que a porta estava trancada?

– Eu estou tentando me concentrar, e está vindo um barulho irritante do papai e da mamãe discutindo por sua causa. – ele disse, atrevido.

– Você não tem que se meter nessas coisas.

– Não estou me metendo, tanto que fechei a porta para estudar em paz. – ele ficou encarnado Mycroft por alguns segundos. – Você vai ficar aqui?

– Não. Eu tenho que trabalhar, mas estou de olho em você, Sherlock. – ele respondeu com uma voz ameaçadora.

No fim das contas, hackear o site da escola foi brincadeira de criança e assim que terminou, Sherlock começou uma revisão de biologia, para facilitar quando ele fosse ensinar a matéria para John.

...

Quando o final de semana chegou, Mycroft foi obrigado a cancelar uma de suas reuniões importantíssimas para levar o irmão para casa do amiguinho. O Holmes mais velho não podia acredita que ia perder a sua tarde inteira com isso!

– Isso vai demorar muito? – perguntou a Sherlock, enquanto eles esperavam alguém atendê-los na porta.

– Como eu vou saber?

John abriu a porta, e sorriu no mesmo segundo ao ver que era o amigo.

– Você veio! – no impulso do momento, ele abraçou Sherlock que ficou um pouco envergonhado por Mycroft estar ali. – Oi!

– Olá. – Mycroft tentou dar o seu melhor sorriso simpático. – Onde eu posso ficar esperando meu irmãozinho?

– A Sra. Hudson disse que fez um bolo para você não ficar tão entediado durante todo o tempo que for ficar esperando. – disse John, e o Holmes passou a não odiar tanto a ideia de ter que ficar ali.

Isso até conhecer a senhorinha simpática, porém tagarela que queria ficar conversando com ele o tempo todo.

...

Sherlock subiu para o quarto de John, e eles se sentaram no chão para estudar. Primeiro, o loirinho ficou assustado com as quinze páginas impressas de revisão que ele entregou na mão de John, e ainda mais assustado com a ideia do inteligente e um tanto impaciente Sherlock Holmes lhe ensinar a matéria.

Mas foi uma preocupação boba, Sherlock explicava muito bem, e era muito mais paciente do que John pensava. Em quarenta minutos, ele já tinha entendido toda a matéria, e depois de revisarem tudo por mais vinte minutos, John suspirou exausto.

– Ainda bem que acabou! – disse John. – E obrigado, você é um bom professor.

– De nada, John. Tem certeza que não quer revisar mais uma vez?

– Não, não. – ele negou. – Eu posso ficar com essas folhas? Estudo mais depois sozinho, e consigo um B na prova.

Sherlock o olhou com reprovação. – Um B?! Depois de tanto que eu estudei com você, A é o mínimo, John.

– Ei, ei. B é uma nota muito boa. – ele disse, e então resolveu mudar de assunto. – Você pode ficar para ver série ou o Mycroft vai ficar zangado se tiver que esperar mais?

– Eu posso ficar. – ele respondeu, e os dois desceram para a sala de estar. Mycroft ficaria muito zangado, e a ideia só deixava tudo melhor ainda para Sherlock.

...

Os dois se sentaram em frente à televisão, e John olhava ansioso para Sherlock, torcendo para que ele gostasse do seu programa favorito. E afinal, era Doctor Who, o que tinha para não gostar em uma série dessas?

John explicou rapidamente que o episódio era quando a décima primeira regeneração do Doctor ficava presa na terra e tinha que viver uns dias como se fosse um humano. A Tardis tinha dado algo defeito ou algo do tipo, e o Doctor acabou ficando como inquilino na casa de um gordinho simpático, que nutria uma paixãozinha pela melhor amiga.

Apesar de Sherlock ter passado todo o episódio narrando as coisas impossíveis que estavam acontecendo naquele programa, ele parecia estar se divertindo.

– Primeiro, é idiota porque viajem no tempo é impossível. – o pequeno começou a sua lista.

– É ficção, Sherlock. Tem coisas que são impossíveis! Só assiste, ok? É divertido!

– Certo. – ele observou o Doctor, e não pode evitar um sorriso. – Cabelo legal, e roupas engraçadas.

John ria exageradamente na opinião de Sherlock, e apesar de ter coisas engraçadas, a reação dele era demais e o loiro tinha um estranho brilho nos olhos, ficava se remexendo no sofá, com a cara praticamente colada na televisão. Aquilo estava deixando Sherlock muito, muito nervoso.

Sherlock puxou John para trás, fazendo com que ele se sentasse direito no sofá.

– O que? – o garoto o interrogou confuso.

– Você estava quase entrando na televisão!

– Isso... seria impossível. – ele disse, sorrindo. – É só que eu fiquei bem animado.

– Estou percebendo.

E eles continuaram assistindo, e Sherlock continuava interrompendo a paz de John para falar os erros na série.

– Como que não existe o andar de cima? Tudo é na verdade uma “casa” dos alienígenas? E pelo amor de deus, como esse Graig é tão burro ao ponto de não ter beijado logo a garota? – ele finalizou.

– Essa parte não é impossível.

– Não, mas é idiota. Tá na cara que um é completamente apaixonado pelo outro. – Sherlock balançou a cabeça. – Qual é a dificuldade de dizer?

– Essa pergunta eu não sei a resposta. – admitiu o loirinho.

No final o casalzinho ficou junto, Doctor os salvou do ataque dos aliens, e ele voltou para a Tardis e sua companion da temporada, Amy. John desligou a televisão, e se virou para Sherlock, animado.

– Então? É muito legal, não é?

– Não é tão ruim. – ele admitiu.

– Ah, para, Sherlock! – disse John. – Eu vi você rindo também, e muitas vezes.

– Ok, é legal.

John abriu um sorriso de orelha a orelha. – Quer emprestado o box para assistir em casa?

Ele tinha realmente achava divertido, e apesar de achar que era uma perda de tempo ficar assistindo programas idiotas na televisão, sabia que John iria insistir, e sua mãe acharia bom que seu filho estivesse fazendo algo... normal.

– Tudo bem.

– Se sinta honrado... – John disse entregando o box ao amigo. – Eu não deixo ninguém nem segurar esse meu filho sem luvas.

Nesse momento, Sra. Hudson apareceu na soleira da porta. – Eu sinto muito interromper vocês, mas seu irmão está agitado, Sherlock. Acho que já deve está na hora de você ir.

John fez uma carinha triste, mas acompanhou o amigo até a porta, animado por pensar que a tarde foi divertida, Sherlock no fim das contas, era um garoto normal, com gostos diferentes e uma inteligência acima do comum, mas normal.

Mycroft ganhou duas tortas de presente da Sra. Hudson e ficou feliz por não ter ficado ali à toa, comida sempre era uma ótima recompensa. Infelizmente, ele teve que dividir com Sherlock que não tinha comido nada, mas ele ainda pegou uns docinhos, então tudo estava bem.

Ah, e Sherlock ia chegar em casa e ir correndo ver a série, só para poder ligar para John depois e ter algo sobre o que conversar. Claro, o loirinho ia amar a ideia de ficar falando sobre o seu programa favorito, e ainda com o melhor amigo!


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Digam aí nos comentários, eu adoraria saber.

Beijão!

p.s: o episódio que eles assistiram é o The Lodger, 5X11 de Doctor Who.