My First Love escrita por sweetie


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Voooltei. Estou viva, sim. Não sei como me desculpar pelo sumiço, mas eu fiquei sem ideias, e muito muito enrolada com escola, vestibular... Mas, agora estou tentando retomar as fics, voltar a escrever. Então, ei, estou de volta.

Espero que gostem (e que estejam aí)!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570491/chapter/7

John não conseguia parar de pensar se deveria ou não contar a Sherlock sobre Moriarty tê-lo trancado no armário. Será que ele realmente seria capaz de prender o moreno? E como ele iria saber se John tinha contado para ele ou não?

Ele suspirou, e empurrou o livro de biologia para longe. Como se já não bastasse a matéria ser difícil, ele ainda não estava conseguindo se concentrar por causa dos planos malignos do playboyzinho da escola.

– John? – Sra. Hudson o chamou. – Tudo bem?

– Sim, sim. – ele concordou. Se falasse com ela, aí é que o Moriarty ia ficar sabendo quando ela fosse correndo na escola reclamar. E sem dúvidas, Sherlock pagaria por isso. – É só... Bom, biologia é difícil.

– Você está sentado no mesmo lugar desde que chegou da escola, vai descansar e depois tente de novo.

Ele continuou em silêncio.

– Você não gosta do Peter da porta ao lado? – ela perguntou, e pela expressão do garoto, percebeu que não. – Que tal chamar aquele seu amiguinho do nome engraçado para vir estudar aqui no final de semana? Vocês se ajudam e podem brincar depois.

John ainda não tinha decidido entre contar ou não a verdade para Sherlock, mas era seu melhor amigo, e seria legal tentar convencê-lo a assistir Doctor Who.

– É, eu vou ligar para ele.

– Viu? Sua avó sempre tem os melhores conselhos. – ela piscou para o menino, antes de sair cantarolando.

O menino foi para o telefone da sala, torcendo para que Sherlock não respondesse achando que “Era uma ideia estúpida ficar brincando de pirata na casa de outra pessoa, e ver Doctor Who” ou algo como “Não, John, eu prefiro estudar sozinho”.

– Chamada Recebida -

– Alô? Eu queria falar com o Sherlock. É o John que estuda com ele.

– Sou eu, John. Tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

– Não, não. É só que... Bom, eu queria saber se você não quer vim aqui em casa esse final de semana. Para ver séries e brincar.

– Hm...

– Eu estou precisando de ajuda em biologia. E você é meu amigo e o mais inteligente que eu conheço.

– A matéria de biologia é bem fácil. Mas, eu acho que depois que eu te ajudar, você consegue aprender rápido.

– Você vai vir então?

– Sim, pode não ser uma má ideia.

– Legal!

– Claro, eu terei que perguntar aos meus pais primeiro.

– Sem problemas.

– John... Sobre o Moriarty ter prendido você no armário-

– Deixa isso pra lá, Sherlock. Por favor.

– Certo, mas se você quiser conversar sobre...

– Se eu quiser eu falo com você. A gente se vê amanhã na escola?

– Aham. Até mais, John.

– Até, Sherlock.

– Chamada Encerrada –

Depois dos pais de Sherlock saberem da notícia que ele tinha sido chamado pelo amiguinho para ir a casa dele, brincar e estudar, os dois ficaram muito felizes pelo filho finalmente estar se encaixando em algum lugar. Mycroft por outro lado, não ficou nada feliz, já que ele quem teria de levar Sherlock para a casa de John.

...

No outro dia na escola, Sherlock decide que é melhor não ficar perturbando John o tempo todo sobre o assunto com Moriarty, afinal, vai que o menino fica tão estressado com ele a ponto de não querer mais ser seu amigo e companhia nos intervalos?

– Toma. – John estendeu a mão, entregando um dos seus sanduíches a Sherlock.

– Não quero. Comer me deixa-

– Sherlock, você não come nenhum dia na semana. Nenhum. – disse John. – Vai acabar passando mal. Sou seu amigo e me preocupo com isso.

– Não tem necessidade, minha mãe me obriga a almoçar.

– Você tomou café da manhã?

– Não.

– Então, come. – o loirinho insistiu, e Sherlock acabou aceitando. E no fim das contas, o sanduíche estava mesmo muito gostoso. Só um lanchinho não o deixaria tão lendo assim, não é?

– O que é isso? – Sherlock perguntou, quando o menino abriu a mochila para guardar algo, e ele pode observar uma rosa branca. – Para quem é?

– Ninguém. – John respondeu, fechando o zíper da mochila, imediatamente.

– Mary?

– Não, não é para a Mary.

– Uma das duas que anda com ela?

– Sherlock. – John o interrompeu. – Não é para ninguém, okay? Vamos para sala.

– Você está estranho. – o moreno comentou, mas John fingiu não ouvir e saiu andando na frente dele, até ser seguido pelo mesmo até a terrível aula de biologia.

...

Quando sinal tocou, John se despediu do amigo com um rápido “Tchau” e correu para fora da sala. Desconfiado, pelo comportamento do loirinho, Sherlock jogou o material de qualquer jeito dentro da mochila, e saiu correndo atrás dele.

John estava se preparando para ir embora de bicicleta com Sherlock chegou, perguntando. – Por que você veio de bicicleta?

– Por motivo nenhum.

– Aonde você vai?

– Para casa. – ele respondeu, se afastando.

– Mentira, a sua casa é para lá. – Sherlock apontou. Ele parou na frente do garoto, que revirou os olhos, irritado. – O que está acontecendo, John?

– Nada.

– Você está misterioso demais hoje.

– Eu só não quero conversar. Você pode ter seus dias emburrados de não querer falar com ninguém, e eu não?

– É diferente. – Sherlock insistiu.

– Sherlock...

– Só me diz o que está acontecendo.

– Hoje faz cinco meses que meus pais morreram. – John respondeu, com a voz mais alta do que pretendia. – E eu estou indo colocar flores no túmulo deles.

– Então as flores eram para alguém.

– Sim, para eles.

Sherlock pensou por um momento. – Posso ir?

– Você não tem bicicleta.

– Mas eu sei o caminho, não é tão longe assim.

– Por que você quer ir? – perguntou John.

– Bom, eu sou seu amigo. Amigos deveriam ficar do lado uns dos outros em situações assim, certo?

John concordou. – Certo, você pode vim.

...

Sentados em frente ao túmulo dos pais de John, os dois meninos compartilhavam um silêncio absoluto, até Sherlock decidir que ele deveria dizer algo.

– Eu sinto muito.

– Tudo bem. – John sorriu tristemente. – Eles estão no céu agora.

– Isso não faz muito sentido.

– O que?

– Eles estarem no céu. – o moreno respondeu, franzindo a sobrancelha. – Porque eles estão debaixo da terra. Eu estou vendo, literalmente, o lugar onde eles estão enterrados. Não tem como eles estarem no céu.

John sorriu. – Você é tão burro para algumas coisas.

– Ei! – o menino pareceu ofendido.

– Obrigado por vir comigo.

– Não tem de que. – Sherlock sorriu de volta para o amigo. – Ah, e meus pais me deixaram ir brincar com você final de semana.

– E me ajudar em biologia.

– Sim. Você vai aprender, John. É esperto.

– Se você diz, eu acredito.

– John, eu posso fazer uma pergunta?

– Você acabou de fazer uma. – brincou.

– Me responde sinceramente: O que realmente aconteceu entre você e o Moriarty?

Depois de cinco longos e intermináveis minutos, John respondeu. Era Sherlock, seu melhor amigo, ele não deveria esconder as coisas dele, certo?

– Ele me bateu e disse que se eu abrisse a boca, ele iria bater em você também. – ele admitiu. – Quando eu saí do armário, disse o nome dele, mas depois pensei que se eu ficasse em silêncio...

– Ah, John. – Sherlock suspirou. – Você deveria ter me contado. Eu vou acabar com ele!

– Não, Sherlock. Por favor. – o loirinho pediu. – Por isso que eu não queria dizer nada... Eu não quero que você apanhe por minha causa.

– Não ficou brigar com ele, John. Sou mais inteligente do que isso.

– Vai fazer o que então?

Sherlock sorriu. – Depois que eu pensar em algo, eu te conto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Estou perdoada pelo sumiço?

Digam aí nos comentários, e um beijo para quem ainda está por aqui :)