My First Love escrita por sweetie


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Feeeliz Natal para todos!
Eu trouxe um capítulo super fofo de kidlock para vocês de presente... Espero que gostem!



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Depois de entrar no quarto à noite para apagar a luz, e ver o irmão dormindo abraçado com um Box de Doctor Who, Harry ficou completamente enfurecida. Sra. Hudson tinha comprado três temporadas de uma série idiota para John, e continuava ignorando, toda vez que ela pediu um celular novo.

Se sentindo injustiçada, Harry desligou o despertador do menino. John sempre foi um menino esforçado, e odiava perde um dia sequer de aula – há não ser que fosse pelo Doctor idiota –, ele ia ficar maluco quando acordasse ao meio-dia, e percebesse que faltou logo do segundo dia de aula. A irmã gostou da ideia, e saiu do quarto sorrindo.

John acordou com uma Sra. Hudson aborrecida, agitando o menino. A avó tinha acordado às seis e meia, e ao perceber que o menino não estava tomando o café, como sempre, ela correu para o quarto e viu o despertador desligado e o danadinho dormindo.

“Você não vai para a escola?” ela perguntou, assustando o menino que mal tinha aberto os olhos. “E ainda desligou o despertador”

“O que?”

O menino sentou na cama, confuso, e depois de esfregar os olhos, olhou para o relógio, e se desesperou ao ver a hora, pulando na cama no mesmo instante. Sra. Hudson viu o Box do menino no chão, jogado, sem nenhum cuidado, e percebeu que o pobrezinho não fazia ideia de quem tinha passado por ali.

...

Sherlock estava sentado na sala de biologia, olhando para o lugar vazio ao seu lado. Ele tinha esperado John até a hora do sinal tocar, não tinha nem tirado o seu volume completo de piratas da mochila para ler, porque não queria que o loirinho achasse que ele estava ocupado, e decidisse sentar com outra pessoa.

Só que o sinal já tinha tocado, ele já tinha ido para sala, todos os idiotas da escola já tinham chegado, e nenhum sinal de John. O que será que tinha acontecido?

Neste exato momento, a porta da sala se abriu, e ele apareceu, completamente cansado, parecia que tinha corrido uma maratona.

“Watson, achei que não viria” disse o professor. “Já sei? Andou salvando muitas abelhas, huh? Heróis são sempre tão ocupados”

“Eu... perdi... a hora” ele respondeu, enquanto recuperava o fôlego.

“Certo, certo” este sorriu, e apontou para o fim da sala. “Vá se sentar, a aula já vai começar”

John foi correndo para o seu lugar, e sorriu ao ver que Sherlock já estava lá. O moreno se limitou por ajudar o mais baixo com a mochila, que estava demasiadamente pesada, e o cumprimentou com um breve aperto de mão, antes de se virar para frente, e prestar atenção na sala. No fundo, ele estava era agradecendo por John ter aparecido.

...

Quando a aula terminou, os dois meninos foram conversando, enquanto caminhavam até seus armários no corredor. Sherlock ouvia John tagarelar sobre a manhã apressada, e como ele estava feliz por ter ganhado o Box de uma série que ele já tinha ouvido falar, mas nunca teve o interesse de assistir. Na verdade, a tal série estava rotulada como “coisas infantis inúteis” na cabeça dele, assim a maioria dos programas que passava na televisão.

“Você nunca viu Doctor Who?” perguntou John, incrédulo.

“Eu não vou gosto”

“Você já viu?”

Sherlock balançou a cabeça negativamente, e o outro sorriu. Ele só não gostava porque ainda não tinha assistido, porque era impossível não gostar do Doctor. O outro abriu a boca para discordar, mas parou em frente ao seu armário ao ver a palavra “Freak”, grafitada de vermelho.

“Gostou aberração?” uma voz gritou, fazendo com que eles se virassem para trás. “Freak, combina com você, sabia? Freak!”

Anderson gargalhava, apontando para Sherlock que, só conseguia observar Jim Moriarty atrás contendo o riso, o moreno sabia que ele era a pessoa por trás da pichação em seu armário.

“Eu sei que foi você” disse Sherlock, encarando o rival.

“Você me pegou, Sherloooock” Moriarty respondeu cantando, e erguendo as mãos na defensiva. “Minha... obra de arte. Para você, Sherlock Holmes”

“Que idiota” resmungou John.

“O que disse?” perguntou Anderson, cheio de si, pronto para defender o líder.

“Idiota” John repetiu. “Quem vocês pensam que são para ficar zoando as pessoas desse jeito? E ainda é proibido pichar a propriedade da escola”

“Arrumou um animalzinho de estimação para te defender?” Moriarty sorria, o joguinho estava ficando cada vez melhor.

John estava enfurecido, a manhã já tinha sido uma droga e, naquele momento, toda a raiva que ele tinha sentido da Harry, no dia anterior e quando acordou, só aumentou e foi transferida para o idiota de terno parado na sua frente. Ele avançou para o pescoço do garoto, fazendo Sherlock segurar o loiro imediatamente, e Anderson empurrar os dois para trás.

“Tudo bem, Jim?” perguntou Anderson.

“Moriarty” este o corrigiu, e caminhou até parar a centímetros de John. “Nunca mais encoste em mim” ameaçou, e se distanciou para ajeitar o terno. “Westood”

“Jim, por favor!” uma voz grossa gritou. Era o diretor e pai do menino se aproximando. “Ainda nem é meio-dia. Você não pode esperar o meu horário de trabalho terminar antes de começar com as confusões?”

Moriarty limitou-se por revirar os olhos, e sorrir para Sherlock antes de sair. O diretor suspirou, e perguntou para os meninos que tinham esbarrado nos próprios pés com o empurrão de Anderson, e acabaram caídos no chão.

“Vocês estão bem?”

Eles concordaram, e ele foi atrás do filho. Ninguém disse nada, o diretor não era uma pessoa ruim, ele só estava exausto, mas quem não estaria? Tendo um filho igual a Jim Moriarty.

“Você está bem?” Sherlock perguntou, depois de ajudar o amigo a se levantar.

Você está bem?”

“Sim”

“Então eu também”

Os dois sorriram um para o outro, e seguiram para a próxima aula. Dessa vez, foi Sherlock quem falou durante o caminho, ele contou a John quem era Moriarty e seu grupinho, e um pouco do longo passado de brigas com ele.

...

Antes de deixar John entrar na aula de inglês, e seguir para a sua aula de História, Sherlock perguntou, curioso.

“Você ia mesmo bater no Moriarty?”

“Claro que ia” o menino respondeu automaticamente. “Ele estava te zoando, e ainda escreveu... aquilo no seu armário”

“Mas... John, ele é bem mais alto que você? Seria quase impossível você conseguir encostar um dedo nele, ainda mais com o Anderson ali”

“Você está me chamando de baixinho?”

“Estou”

John sorriu.

“Pois saiba que eu sou um baixinho que pode ficar muito bravo quando alguém insulta os meus amigos”

“Amigo?”

“Não somos amigos?”

“Nós nos conhecemos ontem, John”

“Tem razão. Mas isso não tem importância, certo?”

“Não, eu acho que não” Sherlock respondendo, completamente confuso.

“Ok, eu vou para aula agora. Até mais?”

“Até...”

Sherlock não conseguiu prestar atenção na aula sobre a Primeira Guerra Mundial, costumava ser um de seus assuntos favoritos de história, mas ele não tirava a voz de John da sua cabeça. Amigo. Primeiro, ele concluiu que John estava exagerando, eles mal se conheciam, ele provavelmente quis dizer “colega”, e errou a palavra.

Mas John realmente tinha quase pulado no pescoço de Moriarty, não podia ser só seu espírito heróico, isso não iria fazer com ele enfrentasse o pior aluno da escola. Com isso, só restava uma opção: Sherlock tinha encontrado alguém que ele realmente podia considerar um amigo, e ele ia fazer de tudo para continuar a tê-lo por perto.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam do mini Moriarty? Esses dois meninos pequenos são uma fofura, né? Deixem um review de presente de natal para mim :)
Até mais!